Ouvir o tecladista Herbie Hancock é semelhante assistir a um craque de futebol marcar um gol de placa, com direito a chapéu no goleiro. Exemplo disso foi a "canja" que ele deu no Parque Villas Lobos, Zona Oeste de Sampa, atraindo mais de 80 mil pessoas num final de semana de garoa e frio, em 2009. Ele não é um artista cometa: rápido aparece e depressa desaparece.
Tudo começou em 12 de abril de 1940, em Chicago, onde nasceu Herbert Jeffrey Hancock. Com sete anos de idade começou a tocar piano e virou garoto prodígio ao solar o difícil "Primeiro Movimento do Concerto de Piano de Mozart" com a Orquestra Sinfônica de Chicago, quando tinha 11 anos.
Logo depois foi estudar na Faculdade Grinel, para integrar o grupo de Donald Byrd. O seu estilo de tocar logo chamou a atenção do selo Blue Note. Logo, ele obteve um contrato para gravar seu primeiro álbum: "Talkin Off", em 1962.
Com 18 anos de antecipação, Hancock ensaiou o que seria o movimento Hip Hop, que estourou nos Estados Unidos no final da década de 1970. Aliás, "Hip Hop" é o nome de uma de suas músicas mais conhecidas. A inspiração, ele buscou no jazz e funk (não confundir com o ritmo horroroso surgido no Rio de Janeiro).
Hancock colocou mais brasa no funk nos anos de 1970, ancorado na sua banda: os Headhunters. Matéria-prima para fazer dançar qualquer pessoa. Em 1976, com outra banda, a V.S.O.P, ele se adaptou melhor ao público seguidor do jazz mais puro. Porém, a maior experiência musical de Hancock foi trabalhar na banda de Miles Davis, quando compôs várias trilhas sonoras para filmes. Uma delas: "Por volta da Meia-Noite", de 1986, ganhou um Oscar.
Ao lado de Davis, Hancock introduziu o piano elétrico Fender Rhodes, com direito a pedal de wah-wah (para os leigos parece um som feito com a boca), além de uma câmara de eco, o chamado Echoplex. Todos esses detalhes influenciaram na qualidade de sua música.
Outra sacada foi, ainda na década de 1970, se aproximar da tradição popular afro-americana, resultando em grande sucesso. Em 1973, o álbum "Head Hunters" solta nas paradas uma funk music com fortes pitadas eletrônicas, recursos que só apareciam no mercado por volta de 1980. Antes, em 1969, misturou jazz com rock, abusando de solos de sintetizador e piano elétrico. Descontadas as proporções, seria algo parecido com algumas músicas do movimento Tropicalista, liderado por Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé e Mutantes, entre outros no Brasil.
Excelente pianista (é dele o truque de colocar um pedaço de papel entre as teclas para prolongar o som de uma nota, sem realizar nenhum acorde), criou posições sofisticadas. Mostra disso são os álbuns "Maiden Voyage", "Cantaloupe Island", "Goodbye to Childhood" e "Speak Like Child".
Em 1983 lançou na MTV o single "Rockit", três anos depois foi a vez do álbum "Jazz África". Nessa época participou de vários festivais com os irmãos Marsalis e George Benson. Quase no final da década de 1980, grava o álbum tecno-pop "Perfect Machine". Em 1998 ganhou o Grammy. É essa versatilidade, ancorada numa forte base musical e no seu talento, que fez nos últimos 49 anos Herbie Hancock ser uma verdadeira enciclopédia ambulante de música de qualidade.
Tudo começou em 12 de abril de 1940, em Chicago, onde nasceu Herbert Jeffrey Hancock. Com sete anos de idade começou a tocar piano e virou garoto prodígio ao solar o difícil "Primeiro Movimento do Concerto de Piano de Mozart" com a Orquestra Sinfônica de Chicago, quando tinha 11 anos.
Logo depois foi estudar na Faculdade Grinel, para integrar o grupo de Donald Byrd. O seu estilo de tocar logo chamou a atenção do selo Blue Note. Logo, ele obteve um contrato para gravar seu primeiro álbum: "Talkin Off", em 1962.
Com 18 anos de antecipação, Hancock ensaiou o que seria o movimento Hip Hop, que estourou nos Estados Unidos no final da década de 1970. Aliás, "Hip Hop" é o nome de uma de suas músicas mais conhecidas. A inspiração, ele buscou no jazz e funk (não confundir com o ritmo horroroso surgido no Rio de Janeiro).
Hancock colocou mais brasa no funk nos anos de 1970, ancorado na sua banda: os Headhunters. Matéria-prima para fazer dançar qualquer pessoa. Em 1976, com outra banda, a V.S.O.P, ele se adaptou melhor ao público seguidor do jazz mais puro. Porém, a maior experiência musical de Hancock foi trabalhar na banda de Miles Davis, quando compôs várias trilhas sonoras para filmes. Uma delas: "Por volta da Meia-Noite", de 1986, ganhou um Oscar.
Ao lado de Davis, Hancock introduziu o piano elétrico Fender Rhodes, com direito a pedal de wah-wah (para os leigos parece um som feito com a boca), além de uma câmara de eco, o chamado Echoplex. Todos esses detalhes influenciaram na qualidade de sua música.
Outra sacada foi, ainda na década de 1970, se aproximar da tradição popular afro-americana, resultando em grande sucesso. Em 1973, o álbum "Head Hunters" solta nas paradas uma funk music com fortes pitadas eletrônicas, recursos que só apareciam no mercado por volta de 1980. Antes, em 1969, misturou jazz com rock, abusando de solos de sintetizador e piano elétrico. Descontadas as proporções, seria algo parecido com algumas músicas do movimento Tropicalista, liderado por Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé e Mutantes, entre outros no Brasil.
Excelente pianista (é dele o truque de colocar um pedaço de papel entre as teclas para prolongar o som de uma nota, sem realizar nenhum acorde), criou posições sofisticadas. Mostra disso são os álbuns "Maiden Voyage", "Cantaloupe Island", "Goodbye to Childhood" e "Speak Like Child".
Em 1983 lançou na MTV o single "Rockit", três anos depois foi a vez do álbum "Jazz África". Nessa época participou de vários festivais com os irmãos Marsalis e George Benson. Quase no final da década de 1980, grava o álbum tecno-pop "Perfect Machine". Em 1998 ganhou o Grammy. É essa versatilidade, ancorada numa forte base musical e no seu talento, que fez nos últimos 49 anos Herbie Hancock ser uma verdadeira enciclopédia ambulante de música de qualidade.
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