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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Otis Spann: Outra pedra preciosa do Blues





Luís Alberto Alves

 Quarenta anos foi o tempo de existência de Otis Spann, outro bluesman nascido no Mississippi em 1930. Um dos melhores pianistas desde gênero musical aprendeu a tocar quando criança. Primeiro no grupo de louvor da igreja do padrasto. Aos 14 anos já tinha sua banda.
Spann foi outro brilhante pianista do Blues

 Antes tentou carreira no futebol e boxe, porém ao mudar para Chicago centrou forças no Blues, inclusive trabalhando com Memphis Slim e Roosevelt Sykes. Aos 22 anos fez as primeiras gravações com Muddy Waters e depois virou membro oficial da banda dele.

 Em 1958 saiu numa turnê ao Reino Unido com Waters e participou do Newport Jazz Festival. Antes de retornar aos Estados Unidos esteve presente em diversos concertos na Inglaterra durante 1963 e 1964. É dessa época o lançamento das faixas “Pretty Girls Everywhere” Stirs Me Up”, com o guitarrista Eric Clapton.


 A carreira solo começou na volta aos Estados, soltando vários álbuns em gravadoras diferentes, incluindo Prestige e Bluesway. Nesses discos ficaram evidente o notável talento ao piano, além de ótimas letras e bons vocais, com apoio de Waters, James Cotton e SP Leary na bateria. Poderia ter ido mais longe, caso um câncer não o matasse em 1970.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Magig Sam: Grande talento precoce do Blues



Magic Sam viveu pouco, mas deixou seu nome na galeria de grandes músicos do Blus

Luís Alberto Alves

 Samuel Gene Maghett é outra grande lenda do Blues, nascido também no Mississippi em 1937. Seus pais não gostavam de música. O incentivo para carreira veio do tio, Shakey Jake, cantor de Blues popular nas ruas de Chicago. Com 20 anos conseguiu contrato na Cobra Records de Eli Toscano, sele independente emergente.

 Foi dele a idéia de criar o nome artístico Magic Sam. Lançou o primeiro single “All Your Love” destacando o seu estilo de tocar guitarra, estabelecendo um padrão para futuras gravações. Em 1959 foi prestar Serviço Militar. Não gostou da experiência e fugiu do quartel. Acabou preso seis meses.

 Seis anos depois retornou aos estúdios para gravar na Crash Records. Soltou o álbum West Side Soul pela Delmark Records. Virou atrativo no circuito de rock de Chicago e depois de San Francisco. Nesse disco estava a vibrante canção “Sweet Home Chicago”, depois regravada pelos Blues Brothers. 

Poderia ter ido mais longe, caso não tivesse morrido aos 32 anos de ataque cardíaco em 1969. Dias antes estava negociando sua entrada na Stax Records, que dois anos havia perdido Otis Redding num acidente de avião.

Elmore James: O rei da guitarra slide



Elmore James é considerado o rei da guitarra slide

Luís Alberto Alves

 Elmore Brooks, depois conhecido como Elmore James, nasceu no Mississippi em 1918. Foi muito influenciado por Robert Johnson uma das lendas do Blues. É memorável seu primeiro disco lançado em 1951, quando estava com 33 anos, Dust My Broom. Sua marca registrada era o jeito elétrico de tocar guitarra.

 A construção da carreira teve como base a sólida amizade com Rice Miller (Sony Boy Williamson), no seu programa na rádio KFFA, King Biscuit Time Show. Ele acompanhou Miller vários anos e através do amigo garantiu o primeiro contrato de gravação. Usando o codinome Elmore James, estourou nas paradas e despertou interesse nas gravadoras.

 Logo depois mudou para Chicago e formou o primeiro de várias bandas, Broomduster. Lançou discos para Modern Records, subsidiária Flair e Meteor e em outros selos dos Brothers Bihari, além de gravar um álbum na Chess Records e participar de gravações na Fire Records.

 Aproveitou a onda incluindo diferentes variações em cima do seu sucesso inicial “I Believe”, “Dust My Blues”, “‘The Sky Is Crying”, além de hits como “Bleending Heart” e “Shake Your Moneymaker”, adotadas mais tarde por Jimi Hendrix e Fleetwood Mac. Bandas de blues da Inglaterra seguiram a mesma pegada de Elmore, principalmente Brian James, dos Rolling Stones.

 Infelizmente Elmore não viveu bastante para desfrutar das homenagens que diversos artistas de renome lhe fizeram. Em 1963 um ataque cardíaco o matou quando estava na casa do primo Homesick James. Apesar de ter vivido 45 anos, deixou grande influência em diversas bandas de rock.


sexta-feira, 25 de julho de 2014

Marlena Shaw: Bela voz do Soul Jazz




Marlena começou a cantar ainda criança
Luís Alberto Alves

 Marlina Burgess é nome de batismo de Marlena Shaw, nascida em 1944 em Nova York. Aos dez anos de idade fez a primeira apresentação no famoso teatro Apollo. Talentosa, a mãe impediu inicialmente que ela saísse em turnê com o tio, trompetista Jimmy Burgess.

 Logo começou a trabalhar na região de New Rochelle, virando cantora de Jazz e às vezes se aventurava nas paradas de Soul Music. Em 1966, aos 22 anos, acabou descoberta pela Chess Records durante uma apresentação no circuito do salão Playboy.

 Sob batuta do produtor Richard Evans gravou hits de sucesso como: “Mercy, Mercy, Mercy” e “Wade In The Water”. Em 1968 saiu da Chess. Nos cinco anos seguintes trabalhou com Count Basie e entrou na Blue Note Records em 1972, construindo sólida carreira de cantora de Jazz, lançando vários discos.

 Seu álbum mais popular foi  Who Is This Bitch, Anyway? Em 1976 soltou o disco Just A Matter Of Time. Depois mudou para a Columbia Records em 1977, estourando nas paradas com o hit “Go Away Little Boy”, remake de “Go Away Little Girl, autoria de Steve Lawrence. Seu último single foi “Never Give Up On You”.


 Na década de 1990 assinou com a Concord Records e melhorou suas aptidões no Jazz, aparecendo ao lado de artistas como David Hazeltine e Chris Potter em Dangerous em 1996. Marlena também teve canções incluídas num mix de David Holmes. Durante o final dos anos de 1990 e início do século 21 realizou várias turnês nos Estados Unidos e Exterior.

Terry Callier: Talento ignorado do Acid Jazz



Callier foi ignorado pela crítica especializada durante muitos anos

Luís Alberto Alves

 Em 1945 nascia em Chicago Terry Callier. Amigo de infância do Soulman Curtis Mayfield, cresceu cantando nas ruas daquela cidade, fazendo parte de vários grupos de Doo Wop. Aos 18 anos entrou na Chess Records para lançar o single “Look At Me Now”, porém o álbum de estréia gravado em 1965 pela Prestige Records saiu quatro anos depois, porque o produtor sumiu com as fitas originais.

 O disco misturava Soul, Folk e Jazz. Infelizmente ele nunca recebeu elogios pelo excelente trabalho, mesmo lançando bons álbuns pela Cadet e Elektra Records na década de 1970. Em 1983 Terry resolveu se aposentar da música e foi trabalhar de programadora de computador na Universidade de Chicago.


 Mesmo ausente do circuito, sete anos depois, os DJs de Acid Jazz britânico, Gilles Peterson e Russ Dewbury reviveram as canções de Terry nas pistas de dança do Reino Unido. Ele não resistiu e gravou um álbum ao vivo, trazendo novos hits, recebendo boas críticas de celebridades como Paul Weller e Beth Orton. Em 2003 saiu o remix Total Recall.

The Ebonys: Pérola descoberta pela dupla Gamble e Huff



A banda fez muito sucesso no início da década de 1970

Luís Alberto Alves

 O grupo The Ebonys é de New Jersey e fizeram muito sucesso no início da década de 1970. Era formado por Jenny Holmes, David Beasley, James Tuten e Clarence Vaughan. A marca registrada do grupo consistia num barítono na liderança respondendo com falsete na segunda voz.

 Também foram descobertos pela dupla de produtores, inventores do Som da Filadélfia, Gamble e Huff. Gravaram vários discos pela Philadelphia International Records e chegaram às paradas com os hits: “You´re The Reason Why” (1971) e “It´s Forever” (1973).


 Três anos depois entraram na Buddah Records, mas tiveram pouco sucesso. Só conseguiram obter êxito com o single “Making Love Ain´t No Fun (Without The One You Love”. Depois desapareceram do mundo artistico.

The Intruders: Os concorrentes de The O´Jays e Harold Melvin and The Blue Notes



A banda foi descoberta pela dupla de produtores Gamble e Huff

Luís Alberto Alves

 Essa banda foi formada na Filadélfia em 1960. Tinha como integrantes Eugene “Bird” Daughtry, Phil Terry, Robert “Big Sonny” Edwards e Sam “Little Sonny” Brown. Eram amigos dos produtores Gamble e Huff, mais tarde criadores do The Philly  of Sound.

 Naquela década fizeram muito sucesso com os hits “(We´ll Be) United”, “Together” e “Cowboys To Girls”, quando venderiam 1 milhão de discos, antecipando o lindo e famoso Som da Filadélfia, criados por Gamble e Huff. Outro estouro nas paradas foi a canção “(Love Is Like A) Baseball Game”, uma das melhores metáforas esportivas da Soul Music.

 Em 1970 Sam Brown saiu do conjunto para entrar Bobby Starr. Chegaram às paradas com “When We Get Married”, “(Win Place or Show)  She’s A Winner”, “I´ll Always Love My Mama” e “I Wanna Know Your Name”.


 Na década de 1980 Daughtry reviveu a banda gravando a canção “Who Do You Love?”, mas de curta duração. Em 1994 morreria de câncer e Brown iria se matar no ano seguinte. Starr prosseguiu liderando uma versão ao vivo do grupo. Apesar da boa qualidade de suas composições, a banda perdeu terreno para os concorrentes The O´Jays e Harold Melvin and The Blue Notes, todos produzidos por Gamble e Huff.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

The Monotones : Sexteto da memorável “Book Of Love”




O grupo gravou uma das canções mais famosas da época: "Book Of Love"

Luís Alberto Alves

 Formada em 1955, em Newark, New Jersey, a banda The Monotones gravou uma das mais memoráveis ​​canções novidade Doo-Wop dos anos 50, "Book Of Love '. O grupo era um sexteto, Warren Davis, George Malone, Charles Patrick, Frank Smith, John Ryanes e Warren Ryanes. O início deles foi num coral da igreja ao lado de Dionne Warwick e Cissy Houston (futura mãe de Withney Houston), antes de criar o próprio grupo.

Em 1956, eles apareceram no programa de televisão Amateur Hour de Ted Mack, cantando a canção da banda The Cadillacs: “Zoom”. Ganharam o primeiro prêmio e começou a pensar mais seriamente em uma carreira na música. Inspirado por um comercial de televisão para creme dental ('Você quer saber onde o amarelo foi depois de escovar os dentes com Pepsodent'), Patrick, Malone e Davis escreveu “Book Of Love” para uma melodia similar.

 Eles gravaram na Bell Studio, em New York e foi lançado pelo pequeno selo da Mascot, subsidiária do Hull Records. Em seguida, foi pego por Argo Records para distribuição nacional e, finalmente, chegou a número 5 nos EUA.


 O grupo estava em turnê quando o hit entrou nas paradas, e meses se passaram antes que eles tivessem a chance de gravar um follow-up. Um single chamado 'Tom Foolery' foi lançado, mas falhou nas paradas; o terceiro, "The Legend Of Sleepy Hollow", foi um recorde, estourando nas rádios. Infelizmente o grupo desistiu da carreira artística, embora membros nãos originais fizessem turnês na década de 1990 usando o nome do conjunto.


The Five Keys: Banda que revolucionou o R&B na década de 1950



A harmonia vocal do grupo marcou a década de 1950

Luís Alberto Alves

 A banda The Five Keys deu nova roupagem ao R&B nos Estados Unidos e revolucionou o Blues no começo da década de 1950. Formado inicialmente com o nome de The Sentimental Four em Newport News, Vírginia, em 1945, o grupo era composto por Rudy West, primeiro tenor; Bernie West, baixo, Ripley Igram, oitava tenor, Raphael Ingram, segundo tenor e James Descei Smith, segundo tenor.

 Em 1949 mudaram o nome do conjunto para The Five Keys. Nessa época entrou o guitarrista Joe Jones e Maryland Pierce. Com o pianista Joe Jones, sem nenhum parentesco com o guitarrista, gravaram o hit “The Glory of Love”, estourando nas paradas dos Estados Unidos, mesclando padrões antigos e originais do R&B.

 O ano de 1952 marcou a saída de Rudy West para o Serviço Militar, cedendo o lugar para Ulysses K. Hicks. Em 1954 pulou fora do barco Dickie Smith, abrindo vaga para Ramon Loper. Entraram na Capitol Records. Aprofundaram mais o som do Blues, mesclado ao Pop e maior instrumentação.

 Explodiram com a canção “Ling, Ting, Tong”. Depois soltaram os hits “Close Your Eyes”, “Out Of Sight, Out Of Mind” e o remake de “The Gypsy”. Em 1958 Rudy West e Loper se aposentaram. Entraram no conjunto Thomas “Dickie” Threatt e Charles “Bobby” Crawley, segundo tenor. Pegaram a época das vacas magras na King Records entre 1958 e 1961. Passaram a competir com as novas bandas de Rock.