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Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 17 de maio de 2011

Estragos provocados pela separação no mundo da música


 



Na vida artística ocorrem separações, como num casamento. Quando a banda Eva regravou "Coleção",  autoria de Cassiano e Paulo Zdanowski, e sua vocalista principal, Ivete Sangalo, deu um show de interpretação, logo o mercado fonográfico ficou de olho naquela voz. Em 1998 ela saiu, hoje é sucesso e a banda Eva já não tem o mesmo brilho.
O grupo de pagode Negritude Junior, nascido na Cohab de Carapicuíba, Grande SP, sentiu o baque, em 2001, ao perder um de seus fundadores e principal vocalista do conjunto, Netinho. Com ele, o Negritude Junior freqüentava as paradas de sucesso e a agenda de shows era extensa.
Final dos anos 60, o Jackson Five, formado por cinco irmãos, era uma das sensações da música negra norte-americana. O garotinho Michael Jackson massageava os ouvidos do público com sua linda voz. Sucesso para eles tornou-se rotina: "Got to be There", "Ben", "Happy", "One Day in Your Life", "Rockin ´Robin", "I Wanna be Where you Are", todos até 1975. A saída dele, em1978, provocou a derrocada dos Jackson Five.
A maré de sucesso banhou bastante o conjunto Commodores na década de 70. Emplacaram "Sweet Love", "Just to Be Close to You", "Brick House" e o ainda presente nas FMs até hoje, "Easy". O álbum duplo Live Commodores, de 1977, vendeu milhões de cópias. Em 1979 estouraram de novo com "Still", que no Brasil virou trilha sonora de novela. Porém, a lua de mel acabou em 1981, quando o pianista, cantor e compositor Lionel Richie resolveu sair. Desde então, os Commodores nunca mais foram os mesmos
A curiosidade é que tanto os Jackson Five e os Commodores tiveram como arranjador e produtor, o maestro James Carmichael. Porém, seu talento não foi o bastante para lapidar letras e melodias ruins após as saídas de Michael Jackson e Lionel Richie.
 Por volta de 1999, sete garotas do grupo baiano "As meninas" chegaram às paradas de sucesso com o hit "Xibom Bombom", numa letra com certa profundidade política. Percorreram o Brasil e o charme da banda cativou o público. Não demorou muito e a vocalista Carla Cristina resolveu alçar voo sozinha.
Entretanto, o inverso também ocorre. O líder sai e o grupo se mantém de pé. Muitos imaginaram que os Titãs chegariam ao fim após a saída do vocalista e compositor Arnaldo Antunes em 1992. Aconteceu o contrário. O conjunto continua em atividade, às vezes emplaca algum hit, enquanto Arnaldo subsiste numa carreira-solo, sem o mesmo charme da época em que era vocalista dos Titãs. Conseguiu grande destaque na mídia ao gravar o CD "Os Tribalistas", em 2004, junto com Carlinhos Brown e Marisa Monte.
Toda exceção tem sua regra. Ainda bem. Aliás fica uma pergunta no ar: sem Mano Brown, os Racionais seriam os mesmos? E o Kid Abelha, desfalcado de Paula Toller? E os Rolling Stones, ausentes de Mick Jagger?



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