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Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Craques que viraram músicas inesquecíveis


Fio  Maravilha  foi  um bom camisa 10 do  Flamengo, em 1970. Um  criolo com    os  dentes da parte de cima virados para fora .  Era o terror dos zagueiros e goleiros da época. 
No ano de 1972, na partida entre Flamengo e Benfica de Portugal, Fio  marcou o gol da vitória. Fez tabela, driblou dois beques, com um toque sutil tirou o goleiro da jogada e parou com a bola na risca do gol, de onde chutou para o fundo das redes.
Jorge Benjor (na época Jorge  Ben), flamenguista fanático, se inspirou e escreveu um de seus maiores  sucessos: "Fio Maravilha". O refrão é conhecido até hoje: "Foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa/e a galera agradecida se encantava/foi um gol de anjo, um verdadeiro gol de placa/ e a galera agradecida assim cantava: "Fio Maravilha, nós gostamos de você/Fio Maravilha faz mais um para gente ver.."Essa música consagrou a cantora Maria Alcina, no Festival Internacional da Canção, em  1972.
No ano seguinte, um jogo em homenagem a Mané Garrinha, no Maracanã, reuniu várias estrelas do futebol, inclusive Pelé e atraiu mais de 100 mil torcedores. Já naquela época, o vício da bebida tinha transformado o maior ponta-direita do  mundo num caos. Dias depois, Garrincha foi ao programa do Chacrinha. De surpresa, o cantor Moacir Franco aparece no palco e começa interpretar a "Balada n°7 -  Mané Garrincha". O jogador e plateia choram com a grandeza da letra:"Sua ilusão entra em campo no estádio vazio/uma torcida de sonhos aplaude talvez/o velho atleta recorda as  jogadas felizes/mata a saudade no peito driblando a emoção/hoje outros craques repetem suas jogadas/ainda na rede balança seu último  gol/ mas pela vida  impedido parou/ e para sempre o jogo acabou/ suas pernas  cansadas correram pro nada/e o time do tempo ganhou.."
A Copa do Mundo de 1974, na então Alemanha  Ocidental (na época existam duas  Alemanhas) não teve o brilho da presença de Pelé. Ele não atendeu aos  pedidos dos brasileiros, inclusive do próprio presidente da  República, Médici. O craque manteve a palavra de não vestir mais a camisa amarela da Seleção, de onde saiu em 1971. 
O  sambista Luiz Américo protestou, mas escrevendo o samba "Camisa  dez na seleção": "Desculpe seu Zagalo/mexe nesse time que tá muito fraco/levaram uma flecha  (ponta -direita do Grêmio de Porto Alegre), esqueceram o arco/botaram muito fogo  e sopraram o furacão (Jairzinho, na época jogando na França) que não saiu do chão/desculpe seu Zagalo/puseram uma Palhinha (atacante do Cruzeiro e depois do Corinthians) na sua fogueira/e se não fosse a força desse pau pereira (zagueiro  Luiz Pereira do Palmeiras)/comiam um frango assado lá na jaula do leão (goleiro do Palmeiras)/ é camisa dez da seleção, laia, laia/dez é a camisa dele, quem é que vai no lugar dele.."Pelé não foi  à Copa, e o Brasil perdeu para carrosel holandês e a Alemanha de Beckenbauer foi campeã do mundo. 
Em 1975, o swingueiro Bebeto , ex-juvenil do  Timão, resolveu homenagear o meia -esquerda Adãozinho. Ele defendeu o Corinthians de 1971 a 1978, porém nunca se firmou na equipe titular, porque se machucava muito. No samba-rock "Adão você pegou o barco furado", Bebeto descreveu o drama  do alvinegro de Parque São Jorge, na época sem ganhar títulos há vários anos. "Você pode passar até por dez/matar no peito, chutar forte, fazer gol/o sapo canta, o time perde, o povo chora/você lamenta e fica triste com razão/mas de nada você é culpado/você já pegou o barco furado.."

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