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sexta-feira, 30 de maio de 2014

T. Ski Valley: O rapper de sucesso na década de 1980




O primeiro disco do rapper lançado em 1981

Luís Alberto Alves

 O auge da carreira do rapper T. Ski Valley foi na década de 1980, quando explodiu nas paradas de sucesso com o hit “Catch The Beat”, apesar ter começado a carreira aos 14 anos no bairro do Bronx, onde nasceu. Conseguiu transitar bem pelo RAP, Reggae, Gospel e Jazz Urbano.

 No início tocava guitarra no grupo The Erotic Disc Band. Em 1978 juntou força com o MC Fly Force. Após concluir o Ensino Médio foi trabalhar com Reggae na companhia do produtor Brad Osborne da Clocktowers e de Sir Coxson Dodd da Studio One Records.

 Em 1986 ainda retornou às paradas com Sexual Rapping, de Marvin Gaye, em ritmo de RAP. Passou a produzir os grupos 4 Girls of The World e  Chapter Three MCs. Depois sumiu do showbiz.


John Barry: O versátil compositor de lindas trilhas sonoras




É longa a lista de trilhas sonoras inesquecíveis compostas por John Barry

Luís Alberto Alves

 Jonathan Barry Prendergast, nascido em 1933, mais conhecido como John Barry é um dos principais compositores de trilha sonora de filme. O início da carreira foi no grupo John Barry Seven. Neste conjunto emplacou vários hits entre 1960 e 1962 no Reino Unido, sendo o mais conhecido “Hit And Miss”.

 O primeiro que alcançou os primeiros lugares nas paradas Britânicas foi o tema para Juke Box Jury. Em seguida passou a aparecer em diversos programas de Pop Music, incluindo Oh, Boy! E Drumbeat. É grande a lista de hits que ele transformou em trilhas sonoras, como “James Bond Theme”, no filme Dr. No, de 1962, o primeiro de uma série de grande sucesso.

 Barry produziu canções para vários filmes de James Bond, incluindo “From Russian With Love”, “Goldfinger” e “You Only Live Twice”. Seus hits viraram singles nas vozes de Matt Monro (1963), Shirley Bassey (1964) e Nancy Sinatra (1967).

 Suas composições englobavam contrastante humor, como “The Knack..” e “How To Get It”, as duas de 1965, “Born Free”, que ganhou dois Oscars em 1966, “Midnight Cowboy” (1969) e “Mary, Queen of Scots” (1971). Reforçou a conta corrente compondo comerciais de televisão de itens domésticos diversos.

Durante as décadas de 1970 e 1980, apesar dos temas de remake para os filmes King Kong (1976) e Howard The Duck, receberam várias críticas negativas.

 Porém em 1977, a trilha sonora de The Deep virou grande sucesso na voz de Donna Summer, mostrando a versatilidade de Barry. Acertou a mão com “A View to a Kill (1985) e “Peggy Sue Got Married” (1986) revelarem seu conhecido talento. Com o tema do filme Dança com Lobos (1990) ele ganhou um Oscar e um Grammy.


 O grande segredo de Barry é mesclar música clássica, Jazz e temas populares.  Em 1998 fez 87 peças para a Orquestra de Câmara de Londres, numa festa show no Royal Albert Hall de Londres. Foi o primeiro trabalho não trilha sonora por duas décadas. No ano seguinte retornou ao Royal Albert Hall para lançar a trilha sonora do álbum Playing By Heart, inspirado no trompetista Chet Baker.John Barry morreu em 2011.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

The Main Ingredient: A banda de Black Music do Harlem



O grupo apareceu no bairro barra pesada do Harlem, Nova York

Luís Alberto Alves
 O grupo surgiu em 1964 no bairro barra pesada do Harlem, Nova York. A base era Soul e R&B. Estouraram nas paradas com o hit “Everybody Plays the Fool” de 1972. No começo, eles se chamavam The Poets, com Donald McPherson, Lutero Simmons Jr, e Tony Silvester. Gravaram a primeira música na Red Bird Records. Depois mudaram de nome para The Insiders e entraram na RCA.
 Lançaram vários singles até 1968, quando assumiram o nome de The Main Ingredient, após um membro do grupo tomar uma Coca­Cola. Logo veio o produtor Bert DeCoteaux, que tinha feeling para luxúria e as letras do trio partiram nessa direção na década de 1970, principalmente com a canção “You´ve Been My Inspiration”.
 A versão cover dos The Impressions, “I´m So Proud” entrou no Top 20 e “Spinning Around  (I Must Be Falling in Love)” chegou ao Top 10. Nessa pegada estouraram também com a canção “Black Seeds Keep on Growing”. Mas o mar de rosas ficou preto após a morte de McPherson, de leucemia em 1971. Para sua vaga entra o vocalista Cuba Gooding Sr, que já havia feito backing vocal em outras gravações do grupo e tinha substituindo McPherson numa turnê quando estava doente.
  Ficaram de pé, com os milhões de cópias de “Everybody Plays the Fool”, número dois nas paradas de R&B e posto três na Billboard Hot 100 e o maior hit do trio. Vendeu mais de 1 milhão de discos e ganhou o Disco de Ouro de 1972. No ano seguinte o álbum Afrodisiac trouxe vários hits escritos e parcerias com Stevie Wonders. Em 1974 chegaram ao oitavo lugar na lista de R&B com “Just Don´t Want to Be Lonely” e mais de 1 milhão de cópias vendidas. No Brasil essa canção virou tema de abertura do programa Almoço com as Estrelas, de Airton e Lolita Rodrigues, na extinta TV Tupi, na voz da banda Blue Magic.
  Em 1975 gravaram diversos hits de Leon Ware, incluindo “Rolling Down a Mountainside”. A fama e a sede de ganhar mais dinheiro fizeram Silvester lançar disco solo e sair do grupo. No seu lugar entrou Carl Tompkins e Cuba Gooding mergulhou em carreira individual pela Motown Records em 1977, produzindo dois discos. Simmons saiu da vida artística para atuar como corretor. Em 1979, Gooding, Silvester e Simmons novamente e lançaram mais dois álbuns, Ready for Love (1980) e I Only Have Eyes For You (1981), este último trazendo a canção “Evening of Love”.

  Em 1986 o trio se reagrupou para segunda turnê, trazendo o single “Do Me Right” como carro chefe. Simmons retornou ao grupo. Ele foi substituído por Jerome Jackson na gravação de “I Just Wanna Love You”. Na versão cover de Aaron Neville no Top Tem Revival de “Everybody Plays The Fool”, Gooding retomou a carreira solo e soltou o terceiro disco em 1993. Silvester e Simmons reorganizaram a banda em 1999 com o novo vocalista Carlton Blount, lançando o CD Pure Magic em 2001. Porém em 2006 Silvester morreu. De 1970 a 2001 gravaram 13 álbuns.

The Friends of Distinction: Banda que brilhou com “Grazing In The Grass”



A banda surgiu em 1968 e começaram abrindo shows de Ray Charles

Luís Alberto Alves

 A banda foi formada em 1968 por Floyd Butler, Harry Elston, Jessica Cleaves e Barbara Jean Love. Este quarteto vocal suave começou a trabalhar abrindo shows para Ray Charles. Estilisticamente semelhante ao grupo Fifth Dimension, venderam milhões de discos com a versão de Hugh Masekela, “Grazing In The Grass” de 1969. Dois novos lançamentos, “Going in Circles” e “Love Or Let Me Be Lonely” também fizeram sucesso até o quarteto entrar no circuito de cabaré.

 O grupo foi descoberto pelo jogador de futebol americano Jim Brown, que também encontrou os meninos da banda Earth, Wind & Fire em 1968. Após ganharem Disco de Ouro com hit “Grazing In The Grass” estouraram nas paradas. Love esteve fora da banda durante gravidez. Charlene Gibson a substituiu colocando voz no hit “Love Or Let Me Be Lonely”, sexto lugar na Billboard Hot 100 de 1970.

 Entre 1969 e 1971 soltaram cinco álbuns, também lançaram vários singles, incluindo “Check It Out” e um cover de “Time Waits For no One”, de Neil Sedaka. Saíram em turnê em 1975 e chegaram ao fim depois. Cleaves entrou na Earth, Wind & Fire e ali permaneceu vários anos. “Going in Circles” acabou regravado por The Gap Band e Luther Vandross.


 Em 1990, Elston e Butler tentaram reviver o grupo, mas Butler morreu de ataque cardíaco. Ela há havia canções para a banda e ajudou compor “Check It Out”, sucesso com os Tavares. Elston formou novo quarteto, usando o mesmo nome The Friends Of Distinction e está no circuito de shows. Cleaves morreu em maio de 2014.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Marsha Ambrosius: O cartão de visita da Black Music britânica




Marsha é o cartão britânico da Black Music

Luís Alberto Alves

 Marsha Ambrosius é cantora e compositora que fez parte do grupo Floetry. Britânica, nasceu em 1977, e antes de entrar no ShowBiz estudou negócios e finanças, para depois se graduar em Artes Cênicas, Mídia e Arte. Seus planos era estudar no Instituto de Tecnologia da Georgia, em Atlanta, mas um problema de saúde a impediu de realizar o sonho. Resolveu ficar na Universidade de Middlesex, em Londres.

 Durante esse período manteve contato com duas meninas que fazia parte do Floetry. Em 1999 escreveu e apresentou uma canção numa editora musical. Estreou peça de teatro mesclando canto e diálogos. O ano 2000 marcou sua viagem aos Estados Unidos no circuito da poesia, até chegar à Filadélfia, onde conheceu Darren “Limitless” Henson e Keith “Keshon” Pelzer e começou a gravar.

 Dois anos depois entrou na DreamWorks Records lançando o CD Floetic, destacando os signles “Floetic” e “Say Yes”. O álbum ganhou destaque no Reino Unido com mais faixas. A partir daí não parou mais. Soltou no mercado os hits: “I'm Black”; “The Game's ", “Start from Scratch" e "Why You Hate The Game."  Na parceria com Nas soltou as canções: “Get You Some" e "Cocaina"; e "Hustlers" , "Music for Life" junto com Jamie Foxx's . Colaborou com a banda Earth, Wind & Fire no hit “Elevated”.

 Após o mercado conhecer seu talento, escreveu músicas para vários artistas, que vão de Alicia Keys, Rayen­Symoné, Jamie Foxx, Mario de Fabolous, Slum Village e Wale. Em 2009 foi abordada por inúmeras gravadoras, após apresentação em Nova York acompanhada por The Roots e DJ Aktive. Entrou na J. Records, onde lançou um CD em 2011.

 “Far Way” foi o segundo single do disco. Pela primeira vez  em 20 anos na história da Billboard uma cantora britânica, de Black Music, liderou as paradas nos Estados Unidos. Ganhou vários prêmios, inclusive indicação ao Grammy de 2011, pela música “Far Way”. Saiu da J. Records e foi para RCA Records para lançar o CD Friends & Lovers

Ruby Andrews: A cantora do hit “Casanova (Your Playing Days Are Over)”


Ruby é conhecida pelo seu maior sucesso "Casanova (Your Playing Days Are Over)"

Luís Alberto Alves

 Ruby Stackhouse, mais tarde conhecida como Rubi Andrews, nasceu em Hollandale, Mississippi em 1947. Vinte anos depois estourou nas paradas de R&B com o hit “Casanova (Your Playing Days Are Over)”. A canção, co- escrita e produzida por Joshie Jo Armstead , contou com um típico estilo de Chicago, mas foi gravada e arranjada por Mike Terry, em Detroit.

 A maioria dos hits de Ruby  teve a produção da equipe de Fred Bridges, Robert Eaton e Richard Knight, trio bem-sucedido com o grupo vocal Brothers of Soul, principalmente na canção “of ‘I Guess That Don’t Make Me A Loser’ Fame”.

 Ela  cresceu muito como boa vocalista, principalmente ao gravar canções agressivas igual “You Made A Believer (Out Of Me)” que teve grande destaque nas paradas Pop em 1969, seguida de “Everybody Saw You” (1970) e “‘You Ole Boo You” (1971).


 Gravou vários de seus discos em Detroit e Memphis. Quando esteve na ABC Records, entre 1976 e 1977, não produziu nenhum hit. Em 1980 teve novos ares na carreira, cantando como trio feminino, lançando versão Disco Music no Reino Unido, sem grande sucesso. Em 1991 Jerry (Swamp Dogg) Williams produziu o disco Kiss This, na Califórnia.

Linda Jones: A estilista do Soulful



Linda Jones é considerada uma das maiores cantoras de Soulful

Luís Alberto Alves

 Linda Jones viveu apenas 32 anos, mas deixou sua marca na Black Music dos EUA. Era considerada estilista na arte de cantar Soul. Começou num grupo gospel de sua família, Singers Jones aos seis anos de idade. Aos 19 gravou a primeira canção, “Lonely Teardrops”, usando o codinome de Linda Lane pela Cub Records em 1963.

 Depois lançou outros singles, sem sucesso, na ATCO Records em 1964 e Blue Cat em 1965. O ano de 1967 marcou a parceria com compositor e produtor George Kerr na Russ Regan’s Loma Records. Ali lançou o hit “Hypnotized”. Depois passou pela gravadora da dupla Gamble e Huff, do inesquecível Som da Filadélfia, até chegar à Turbo Records, de Sylvia Robinson em 1971.
 Linda poderia ter ido mais longe, caso não tivesse a diabetes presente no seu sangue. Numa apresentação que faria no Teatro Apollo, em Nova York, em 14 de março de 1972, passou mal no camarim e morreu pouco tempo depois no hospital. Era uma cantora à frente de seu tempo. Tinha facilidade espalhar uma frase musical sobre várias notas, numa forma de arte.


 Serviu de inspiração para vários artistas de R&B, talvez uma das mais intérpretes de Soulful da história deste gênero musical. Em 2008, sua filha Terry Jones, junto com Helen Bruner, produziram um CD com vocais de Linda e uma das faixas “Bay I Know” acabou nomeada ao Grammy.

terça-feira, 20 de maio de 2014

The Satintones: Um dos primeiros grupos da gravadora de Berry Gordy



The Satintones foi um dos primeiros grupos a gravar na Motown Records

Luís Alberto Alves

 O grupo The Satintones foi o primeiro conjunto da Motown Records, gravando de 1960 a 1961, lançando seis singles. Tudo na época do Blues e R&B, antes da chegada da banda de estúdio, focada em arranjos de Jazz, The Funk Brothers. Nessa época a gravadora de Berry Gordy lançava nove discos ruins para um bom.

 A banda original era formada por Charles “Chico” Leverett, Sonny Sanders, James Ellis e Robert Bateman. Chico cantou com os Spinners e gravou o hit “Solid Sender” na Tamla Records. Viraram quinteto em 1961 com a entrada de Vernon Williams com nova formação entrando Sammy Mack. Os hits eram assinados por Brian Holland.

 Estouraram nas paradas com os singles: “My Beloved”, "Motor City”. "Tomorrow and Always”, "Angel," "I Know How It Feels” e "Zing Went the Strings of My Heart". A canção “Tomorrow and Always” criou controvérsia e ação judicial da Motown. Ela era resposta ao hit das The Shirelles, “Will You Still Love Me Tomorrow”.

  Todos os integrantes do grupo já estavam em carreira musical antes da formação dos The Satintones. O mais destacado era Sonny Sanders, arranjador e compositor da Golden World Records. Mais tarde ele mudou para Chicago e escreveu para Barbara Acklin o hit “Love Makes a Woman”. Bateman produziu e escreveu as músicas: “It's Too Late" e "If You Need Me” para Wilson Pickett. Para as Marvelettes, ele fez “Jamie”.

 Inexplicavelmente, a Motown mantém até hoje mais de 20 faixas inéditas dos The Satintones, sem contar outras 12. Na década de 1990, eles lançaram algumas canções, produzidas por Ian Levine. Por incrível que pareça, são melhores do que as originais da década de 1960.