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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Billy Fury: forte concorrente dos Beatles na Grã-Bretanha


Billy Fury estourou nas paradas de sucesso na década de 1960



  Billy Fury foi outro destaque do Rock and Roll de raiz, hoje chamado de Rockabilly. Nascido em 1940 pegou o auge desse movimento musical que influenciou profundamente o Show Biz internacional nas décadas seguintes. Fury continuou atuante nos anos de 1980. Porém, a febre reumática contraída na infância contribuiu para sua morte em 1983 aos 42 anos.

  Na agitada década de 1960, ele se igualou ao recorde dos Beatles de 24 sucessos nas paradas britânicas, passando 332 semanas com suas canções tocando nas rádios do Reino Unido. O segredo era a boa voz e talento mesclado a boa aparência e masculinidade despretensiosa. A receita ideal para o ritmo que estava abalando as estruturas da América do Norte.

Nascido num hospital de Liverpool, Fury começou a assistir aulas de música no piano na adolescência. Aos 14 anos comprou sua primeira guitarra. Aos 15 já era líder de uma banda, ao mesmo tempo em que dividia o tempo entre o serviço de estivador e pequenas apresentações. Com 18 anos entrou num concurso de caça talentos e passou a escrever suas próprias canções.

 Numa apresentação do cantor Marty Wilde, durante concerto em Birkenhead, tentou entregar algumas de suas letras. Mas ocorreu o contrário. O empurraram para cima do palco. O empresário Larry Parnes percebeu que estava diante de uma mina de ouro e o contratou rapidamente, lhe batizando artisticamente de Billy Fury (o nome original era Ronald Wycherley). 

  Suas primeiras apresentações, com gestos sensuais, atiçou a ira da censura, como ocorreu com Elvis Presley nos Estados Unidos.  Segurou a bola. Em 1959 lançou o primeiro single de sucesso, pela Decca Records, “Maybe Tomorrow”. “No ano seguinte chegou ao nono lugar na UK Singles Chart com o hit “Colette”, seguido da composição” That´s Love”. Lançou o primeiro álbum The Sound of Fury. 

  Para garantir mais dinheiro na conta corrente, o empresário Parnes realizou alguns testes em Liverpool em busca de novos talentos. Ali ele encontrou um rapaz que recusou o trabalho para ganhar 20 libras esterlinas para tocar numa banda chamada Silver Beetles. Ele só foi embora após pegar um autógrafo de Billy Fury. O jovem era John Lennon. 

  A grande jogada de Fury foi centrar fogo em baladas do que em Rock and Roll. São dessa época o lançamento de “Halfway to Paradise” e “Jealousy”. As duas canções chegaram ao terceiro e segundo lugares, respectivamente, nas paradas de sucesso da Grã-Bretanha. Ele certa vez explicou que não desejava ser reconhecido apenas como cantor de Rock, mas de outros ritmos. 

  Os executivos da Decca Records, de olhos no baú de ouro de Fury, tomaram a decisão de transformá-lo em ídolo teen, após a gravação do hit “My Christmas Prayer". Os anos de 1962 e 1963 foram os melhores de sua vida artística, com Fury aparecendo em diversos programas de televisão e filmes. O álbum Fury´s We Want Billy (1963) foi um dos primeiros discos gravados ao vivo da história do Rock britânico. Nele estão diversas regravações, entre as quais o R&B “Unchain My Heart”.

  Após aparecer no filme I´ve Gotta Horse (1965), e gravar sua trilha sonora, Fury trocou a Decca pela Parlophone Records. Ali emplacou os hits "It's Only Make Believe" e "I Will" (ambas compostas por Dick Glasser. Depois veio “In Thoughts of You”. Ficou de molho até 1967. De 1972 a 1976 enfrentou diversas cirurgias para sanar problemas do coração. Mesmo assim continuou popular, com a canção “I Will” estourando nos Estados Unidos na voz de Dean Martin. 

  Na década de 1980, Fury tentou colocar nas paradas o hit” Be Mine Tonight”, mas não obteve êxito no Reino Unido. Em 1981 sofreu acidente quando trabalhava em sua fazenda, quase morrendo. No final daquele ano voltou a fazer turnês, lançando dois singles, “Love or Money” e” Devil or Angel”. Entre 1981 e 1982 ficou na Polydor Records, gravando o álbum The One and Only, lançado após sua morte. Infelizmente a saúde debilitada impediu que Fury fizesse muitos shows. A última apresentação ocorreu em Sunnyside, Northampton, Grã Bretanha, em dezembro de 1982. Morreria em janeiro do ano seguinte após retornar do estúdio de gravação em Londres.






terça-feira, 28 de maio de 2013

The Coasters: outra grande banda da década de 1950

O vocal dos The Coasters fez escola no Show Biz norte-americano

  The Coasters, na década de 1950, foram considerados um dos melhores conjuntos vocais daquela época. Suas canções eram escritas pelos compositores Jerry Leiber e Marl Stoller. São deles os hits “ Yakety Yak” e “Charlie Brown”.Também fizeram o mesmo com Elvis Presley, que gravou as músicas “Hound Dog” e “Don´t “.

  Tudo começou com o grupo The Robbins em Los Angeles, tocando R&B de 1954 a 1955. Só a partir de 55 que adotaram o nome Coasters. A banda original era composta por Carl Gardner (vocalista e líder do conjunto), Billy Guy (barítono), Bobby Nunn (baixo), Leon Hughes e Adolph Jacobs (saiu em 1959).

  De 1958 a 1961 só restavam Gardner e Billy Guy, entrando Cornell Gunter (tenor), Will “Dub” Jones (baixo vocal), Albert “Sonny” Forriest (guitarra). Com esse time clássico, eles chegaram ao auge. Depois tiveram outras substituições. Atualmente o grupo é composto por Carl Gardner, Alvin Morse (barítono), Carl Gardner Jr (tenor), J.W. Lance (tenor), Ronnie Bright (baixo) e Thomas “Curley” Palmer (guitarra). Na trajetória de sucesso da banda, amargaram perdas trágicas, como a do saxofonista King Curtis, morto num assalto por dois drogados diante do seu apartamento.



The Diamonds: a ponte do Rhythm and Blues na Pop Music


The Diamonds introduziram o Rhythm and Blues na Pop Music


  The Diamonds são um quarteto vocal canadense. Surgiram na década de 1950 e no começo dos anos de 1960 estouraram nas paradas de sucesso de todo o mundo. Continuam em atividade até hoje. Nesse período ganharam 16 Discos de Sucesso da Billboard.

  Seus primeiros integrantes eram Dave Somerville, Ted Kowalski, Phil Levitt e Bill Reed. Ficaram conhecidos por cantar e introduzir o Rhythm and Blues como conjunto vocal na Pop Music. 

  Tudo começou em 1950, quando o engenheiro de som Somerville trabalhava na Canadian Broadcasting Corporation, em Toronto, Canadá, reuniu outros três colegas que gostavam de cantar.  Nasceu o grupo The Diamonds. A primeira apresentação ocorreu no porão da igreja de St. Thomas Aquinas no Natal. A reação do público foi positiva e decidiram tornarem-se profissionais.

  Após 18 meses de ensaios, mudaram-se para Nova York e participaram do Talent Scouts de Arthur Godfrey. Dali assinaram contrato com a Coral Records. O músico profissional Nat Goodman virou o gerente da banda. Lançaram quatro canções, a mais famosa, "Black Denim Trousers & Motorcycle”.

  O próximo passo da banda foi realizar um teste em Cleveland, Ohio, com o famoso DJ Dr. Bill Randle, expert em lançar diversos grupos populares. Deixaram ótima impressão e ele o recomendou para a Mercury Records. Ali, lançaram a regravação do hit “Why Do Fools Fall in Love”, autoria de Frankie and The Teenagers, em seguida fizeram o mesmo com “The Church Bells May Ring".  Em 1957 chegaram ao maior sucesso da carreira, “Little Darlin”, seguido de “The Stroll”.  

  De 1960 a 1970 cantaram nos cassinos de Las Vegas e ficaram sem gravar discos. Nessa época surgiram outros dois grupos com o mesmo nome da banda. O caso parou na Justiça na década de 1980. No ano 2000 entraram em estúdio para trabalhar o álbum The Magic Moments-Best of ´50 Pop lançado em 2004. Com nova formação, pois a maioria dos componentes originais já morreu ou saiu do grupo, prosseguem em turnês pelos Estados Unidos e outros países no período 2013/2014.


sábado, 25 de maio de 2013

The Regents: grande banda Oldies

The Regents é outra grande banda da década de 1950
   A banda The Regents nasceu em Nova York no final da década de 1950. Ficaram conhecidos por colocar nas paradas o hit "Barbara Ann", em 1961, figurando entre as 13 mais na Billboard Hot 100. Repetiram o mesmo com "Runaround, entre as 30 canções bem executadas na Billboard. Os membros originais eram Ernie Maresca, Chuck Fassert, Guy Villari e Sal Cuomo, reforçados por Tony Gravagna (sax) e Don Jacobucci (baixo)

  Eles vieram do bairro do Bronx (espécie de Cracolândia de Nova York) em 1959. Outra versão anterior do conjunto, dois anos antes, era conhecida como The Monterays, que incluía Villari, Cuomo,Fassert e Ernie Maresca, autor das canções "Runaround" e "The Wanderer". Ele escreveu também "Shout, Shout, Knock Yourself Out".

  Para entrar no congestionado trânsito do Show Biz, gravaram fitas demos (na época não existia CD) nos estúdios Bell Sound. Dali assinaram contrato com a Sevilha Records, com o nome de The Desires. Porém não liberaram nenhuma das canções gravadas. Três anos depois estouraram como The Regents. O nome do grupo é combinação de gravar uma fita demo no estúdio Som Regents e Villari gostar de fumar os cigarros Regents. 

  Em 1958 eles lançam o hit "A Teenager´s Love". No mesmo dia incluíram a canção "Barbara Ann". Depois o grupo acabou, mas reviveu pelas mãos de Eddie Jacobucci, pois sua banda The Consorts não tinha composições próprias para lançar um disco. Então eles gravaram uma versão de "Barbara Ann, irmã de Chuck Fassert. 

  O dono da Cousins Records gostou do hit e bancou a versão original dos The Regents. A canção chegou aos primeiros lugares em Nova York. Depois ficou entre as 13 mais na Billboard Hot 100. Lançaram mais dois discos pela Gee Records, porém uma disputa de royalties resultou no fim da banda. Em 1973, com outros componentes, Villari realizou várias turnês e shows em todos os Estados Unidos. No ano de 1988 acabaram escolhidos como um dos quatros grupos "oldies" para figurar no Grammy Awards Show. Os outros três foram The Cadillacs, The Flamingos e The Angels.

 Em 1995, uma nova banda The Regents saiu do papel. Incluía Villari, Tony Valitutto, Frank, Civatillo e Tony Cacase; na instrumentação estavam Richard Rogers, Joel DeRuggiero e Sal DiCicco. Como é bom se escorar nas costas dos outros, em 1979, outra banda com o mesmo nome The Regents estourou no Reino Unido com o hit "7 Teen"



quarta-feira, 22 de maio de 2013

Betty Davis: a cantora que fez a cabeça de Miles Davis

Betty foi símbolo sexual na década de 1960
   Um ano foi o tempo suficiente para a cantora Betty Davis "fazer" a cabeça do ícone do Jazz, Miles Davis com quem ficou casada de 1968 a 1969. Apaixonado ele incluiu em seu álbum Filles de Kilimanjaro uma canção homenageando a amada. Em sua autobiografia, Miles reconheceu que Betty contribuiu para semear as sementes em suas futuras músicas, explorando o Rock psicodélico tocado por Jimi Hendrix e o Funk de Sly Stone. Isto é visível no álbum Bitches Brew, inaugurando a era do Jazz Fusion.  

  O fim do matrimônio de ambos se deve a suspeita de Miles de que Betty teve um caso com Jimi Hendrix. Após o divórcio, Miles ameaçou matar o guitarrista. Depois Betty mudou-se para Londres em 1971 para prosseguir na carreira de modelo. No Reino Unido compôs alguns hits e retornou aos Estados Unidos no ano seguinte, visando gravar com o roqueiro Santana. 

  Porém mudou de ideia e resolveu colocar voz em suas próprias canções, amparada por uma banda de Funk do Oeste norte-americano. O primeiro disco, Betty Davis, saiu em 1973, com dois hits na Billboard R&B: "If I´m In Luck I Might Get Picked Up" e "Shut Off The Lights". Lançous mais dois álbuns de estúdio, The Say I´m Different (1974) e Nasty Gal, na chegada à Island Records (1975). Nenhum deles estourou comercialmente. 

  Betty Davis, nascida em 1945, é considerada por vários críticos como grande cantora de Funk, Rock e Soul. Como compositora é reconhecida por letras impressionantes e muito balanço, em hits como "Anti Love Song". Durante anos permaneceu como intéprete cult, por causa do comportamento abertamente sexual, criando polêmica na década de 1970. Inclusive com shows boicotados e músicas "queimadas" em algumas rádios, devido a pressão de determinados seguimentos da sociedade norte-americana. 


  Curioso que esse histórico a tornaram preferida por colecionadores de discos de Soul e Funk. O álbum 
The Say I´m Different, de 1974, foi relançado pela Seattle´s Light em 2007. Dois anos depois saiu a reedição de Nasty Gal e o inédido Is It Love or Desire, de 1976, cujo nome original era Crashin ´From Passion. Os dois relançamentos tinham encartes e tiravam dúvidas dos fãs sobre o porquê o quarto disco (1976) ter sido deixado no arquivo por 33 anos.

 A conturbada carreira de Betty durou de 1967 a 1979, quando após sessão de gravação resolveu parar de cantar e retornar para a Pensilvânia. Desse material surgiram dois álbuns piratas: Hangin ´Out In Hollywood (1995) e Crashin ´From Passion (1996). Depois para ganhar dinheiro, a gravadora soltou a coletânea "Anti Love, The Best Of Betty Davis, em 2000. 

  Se tivesse permanecido no Show Biz, Betty teria aumentando suas influências, pois o talento sempre a acompanhou. Uma de suas primeiras canções, "I´m Going to Bake That Cake Of Love", ela fez aos 12 anos de idade. Na fazenda de sua avó, em Reidsville, Carolina do Norte, ouvia muito BB King, Jimmy Reed, Elmore James e outros papas do Blues. Quando resolveu morar em Nova York no início da década de 1960, absorveu a cultura de Greenwich Village e a música popular da época, conhecendo diversos músicos, entre Hendrix e Sly Stone. Após gravar o hit "The Cellar", em 1964, numa produção de Lou Courtney, de letra simples, mas cativante, Betty colocou fogo no Show Biz até 1979.