Postagem em destaque

Macy Gray, cantora que a Atlantic Records recusou gravar

Radiografia da Notícia *  Na virada do milênio, ela aproveitou sua voz totalmente única e um senso de estilo estranho para o estrelato pop *...

quarta-feira, 18 de março de 2015

Kath Bloom: A cantora do fracassado álbum Moonlight



Kath sentiu na pele gravar um disco que vendeu apenas 300 cópias

Luís Alberto Alves

 A filha do oboísta Robert Bloom, Kath Bloom é uma cantora e compositora comparável a Vashti Bunyan. Na infância estudou violoncelo e depois passou para o violão na adolescência. No começo da década de 1970 colaborou com Bruce Neumann até conhecer o guitarrista Loren Connors Mazzacane. Em 1976 gravou o primeiro disco.

 Ao lado de Connors lançou cinco álbuns. A parceria durou até 1984, quando saiu Moonlight, que vendeu apenas 300 cópias. Mãe solteira, focou as energias na criação dos filhos, raramente fazendo shows fora de New Haven. Porém no início da década de 1990, o diretor Richard Linklater descobriu as canções de Bloom encorajando o interesse da Linklater por suas músicas.

 Surgiu a vontade de escrever e soltou o álbum The Florida Years, em 1999. Seguido do relançamento de hits da época que havia gravado com Connors pouco antes da separação de ambos. Em 2001 veio Sing the Children Over. Sete anos após soltou Terror, seguindo do CD tributo Loving Takes This Course: A Tribute to the Songs of Kath Bloom.


 Passou a fazer shows ocasionais, após ficar dois anos parada. Em 2012 apresentou o EP digital, Here I Am, trazendo cinco faixas pela Caldo Verde Records. Em 2014 gravou pela primeira vez na Califórnia, resultando no CD Pass Through Here.

Judy Collins: A Joan Baez número dois


As duas grandes vozes da Folk Music

Luís Alberto Alves
 Ao lado de
 Joan Baez, Judy Collins foi uma das duas principais cantoras interpretativas da década de 1950 e início dos anos de 1960. De início soltava a voz em músicas folclóricas tradicionais até passar a compor de verdade. Ao contrário de Baez, Judy usou sua formação clássica para deixar as letras mais bonitas.

 Na carreira que começou no final da década de 1950, e mais forte ainda meio século após, realizou média de 50 a 80 concertos por ano, atingindo ápice do sucesso comercial a partir da década de 1960 para meados dos anos de 1970, com seis discos ganhando Ouro ou Platina.

 Judy também acertava a mão em singles de sucesso, como ocorreu com o hit “Both Sides Now”, numa versão do hino de louvor “Amazing Grace” a cappella e “Send in the Clowns”, ganhando o Grammy.

 Nascida em Seattle, a primeira dos cinco filhos de Charles Thomas “Chuck” Collins e de Marjorie “Byrd” Collins, uma cantora de rádio e MC, no Verão de 1943 foram para Los Angeles onde o velho arrumou emprego na rede de emissoras NBC.

 Desde criança já gostava de música e passou a ter aulas de piano antes dos cinco anos de idade. Aos 11 uma professora percebeu que ela tinha jeito para pianista de concertos. Logo passou a gosta da Folk Music, pegou o violão em 1957 se formou na MacMurray College em Illinois.

 Por sugestão do marido passou somente a cantar. Logo tinha cinco apresentações por semana e a fama ganhou outras cidades dos Estados Unidos. Mudou-se para Chicago e passou seis semanas abrindo a festa popular The Gate of Horn.

 A partir de 1960 começou a aparecer em Nova York, principalmente em locais como Gerdes Folk City. No ano seguinte assinou contrato na Elektra Records. O primeiro álbum, A Maid of Constant Sorrow, saiu em agosto de 1961. Em 1962 veio outro, Golden Apples of the Sun. Os dois discos traziam canções folclóricas tradicionais, numa instrumentação acústica simples.

 O sucesso crescente provocou o fim do seu casamento. Ao abrir o show para Theodore Bikel no Carnegie Hall, aquela casa de espetáculos iria virar rotina em sua vida artística. O terceiro álbum, Judy Collins, trouxe hits de Bob Dylan, Woody Guthrie e Pete Seeger. Chegou às grandes paradas. Em 1964 uma apresentação no Town Hall virou álbum ao vivo com letras que não entraram no disco anterior.

 A partir daí se apresentou na Polônia, na então União Soviética, Europa e outros países da Ásia em 1966. Antes gravou Judy Collins ´Fifth Album, interpretando hits de Dylan, Eric Andersen, Richard Fariña e Gordon Lightfoot. Chegou ao Top 100.

 Para o sexto álbum, In My Life, Judy contratou o arranjador Joshua Rifkin. Esse disco chegou ao Top 50. Em 1967 soltou Wildflowers. Alcançou o Top Tem de 1968, ganhando o Disco de Ouro e a faixa “Both Sides Now” rendeu o Grammy, como Melhor Perfomance Folk. Who Knows Where the Time Goes, lançado no final de 1968, numa levada mais Pop trouxe outro Disco de Ouro, gerando o single “Someday Soon”.

 A partir daí ela lançou vários álbuns de sucesso, Whales & Nightingales (1972), The Concert Judy Collins (1972), True Stories & Other Dreams (1973), Judith (1975), Bread & Roses (1976), Hard Times for Lovers (1979). Quando a Elektra foi comprada pela Warner Records, Judy ganhou a porta da rua após 20 anos juntos. Em 1990 entrou na Columbia Records, lançando Fires of Eden.

 O álbum Judy Collins Sings Dylan...Just Like a Woman (1992) teve sabor amargo para ela por causa do suicídio do filho, de 33 anos. Em 1995 apresentou o disco Shameless, com canções próprias. Após lançar o clássico da Broadway sobre Platinum Records, em 1999, criou a própria gravadora, Wildflower.


 Passou a se apresentar regularmente. No início de 2007 estreou como artista de cabaré no famoso Café Carlyle de Nova York. Três anos depois gravou o disco Paradise.

Malvina Reynolds: Compositora da canção satírica “Little Boxes”



Malvina também compôs canções infantis

Luís Alberto Alves

 Malvina foi outra compositora de destaque na década de 1960. Estava na idade de aposentadoria, acabou conhecida como autora da canção satírica “Little B0xes”, que era singles Pop de Pete Seeger lançado em 1964.

 Também escreveu o hit "What Have They Done to the Rain," para a banda The Searchers em 1965. Suas músicas acabaram gravadas por Joan Baez, Judy Collins e outros.


 Pela Columbia Records soltou os discos Malvina Reynolds Sings The Truth e Folkways (Another Country Heard From), além de soltar no seu próprio selo Cassandra. Escreveu canções infantis para o programa de TV Vila Sésamo.

Bonnie Dobson: A eterna intérprete de “Morning Dew”




Bonnie Dobson ficou marcada pela canção "Morning Dew"

Luís Alberto Alves

 As canções de Bonnie Dobson fizeram muito barulho na década de 1960. Ela é autora do hit “Morning Dew”, balada linda e comovente sobre a ameaça de devastação nuclear. Essa canção é conhecida também como “Take Me for a Walk", que saiu em 1962 e depois num CD lançado no ano 2000, The Best of 1962-1988 Broadside Box Set, inspirado no filme On The Beach, a respeito das conseqüências de um bombardeio de armas atômicas.

 Grande nome da Folk Music nunca se tornou grande sucesso, mesmo após versões lançadas por artistas do porte de Tim Rose, The Grateful Dead, Lulu, Jeff Beck Group, Episode Six (futuros membros do Deep Purple), Clannad, Dave Edmunds, Nazareth e The Allman Brothers.

 Ainda é desconhecido que Dobson tenha gravado discos de Folk Music acústico para a Prestige Records na primeira metade da década de 1960 e mudou para o estilo Pop/Folk/Rock com arranjos completos em álbuns lançados pela RCA em 1969 e 1970. Os fãs reconhecem que ela nunca mais escreveu e cantou algo tão memorável como “Morning Dew”.

 Esse hit foi o primeiro composto por Dobson. O ourives desse hit foi Fred Neil, que a colocou num disco da Elektra Records, como parte de um duo ao lado de Vince Martin, alterando parte da letra. Esse detalhe causou confusão, por que Tim Rose, ao regravá-la em 1967 aparece dividindo parceria. Dobson, porém disse em 1993 que co-autor deveria ter sido Neil.

 Infelizmente ela não soube capitalizar a crescente popularidade dessa canção em sua versão elétrica, no álbum de 1969 pela RCA. “Morning Dew” é linda, mas Dobson não teve cacife suficiente para deixar de ser coadjuvante na década de 1960 no movimento da Folk Music. 

Nessa época ela estava quase no anonimato comercial. Na década de 1970 mudou-se para a Inglaterra e praticamente se aposentou do mundo da música, trabalhando no departamento de Filosofia da Faculdade Berwick, da Universidade de Londres.


terça-feira, 17 de março de 2015

Billy Ward: O chefe mão de ferro dos The Dominoes



Billy Ward era o grande cabeça desse grupo musical

Luís Alberto Alves

 The Dominoes (às vezes também conhecido como Billy Ward & the Dominoes) teve um dos melhores pedigrees musicais de qualquer R & B como grupo vocal da década de 1940, pelo menos com base na formação e experiência do seu fundador.  Com diversos hits R&B o conjunto saiu do Gospel e Bo Diddley ainda estudou violino como um menino. O mais curioso é o criador da banda ter sido treinado na Juilliard.

 Billy Ward nasceu em 1921, em Los Angeles. Os pais eram ministros musicais na igreja. Na infância já se revelou grande prodígio, recebendo educação e teoria musical clássica e composição. Na adolescência sabia, como ninguém, tocar órgão, ganhando prêmio de composição aos 14 anos, a partir de Walter Damrosch, o célebre educador musical de Nova York.

 Após o Serviço Militar durante a Segunda Guerra Mundial, Ward estudou na Juiliard School of Music, onde mais tarde virou maestro na arte vocal. Trabalhou na Broadway no final da década de 1940. Com seus ex-alunos recrutou os membros para sua banda: Clyde McPhatter (vocalista), Charlie White (tenor), Joe Lamont (barítono) e Bill Brown (baixo).

 The Dominoes venceu vários concursos de caça talentos, incluindo o célebre Talent Scouts de Arthur Godfrey. A voz de McPhatter fez o grupo ter um som muito bom e ajudar emplacar diversos hits de R&B no começo de 1951, entre eles “Do Something for Me”. Mas foi com a canção, neste mesma época, “Sixty Minute Man” que entraram para a história da Black Music dos Estados Unidos.

 Suas músicas serviram de ante sala do que seria o Rock & Roll, que dava os primeiros passos. Vários meses em turnês, ganharam o reputação de melhor banda de R&B da década de 1950. Os excelentes arranjos e linda voz de McPhatter ajudaram a vencer barreiras raciais, num tempo de forte segregação nos Estados Unidos.

Ganharam fãs entre negros e brancos, a maioria adolescentes, que não se importavam com as regras sociais, mas curtiam o momento. Foi desse fermento que estourou de vez o Rock & Roll. Infelizmente é difícil administrar o sucesso. Ainda em 1951, a banda já enfrentava problemas quando Charlie White saiu, cedendo lugar para James Van Loan, seguido por Bill Brown, depois substituído por David McNeil, antigo membro do grupo Cotovias.

 Mesmo assim estouraram nas paradas com: “I Am With You” e “That's What You're Doing to Me”, antes de chegar ao topo com “Have Mercy Baby”, dois meses seguidos na boca do povo em 1952. Parte da moçada não agüentou sucesso, diversas turnês e gravações. Ninguém contestava a competência musical de Ward para gerir a banda com mão de ferro, o problema é que o público amava a voz de McPhatter e o restante dos integrantes recebia pouco dinheiro.

 McPhatter chegou a dizer que ganhava apenas o suficiente para viver. Às vezes para driblar dificuldades dizia que era irmão de Clyde Ward. Em 1953 tudo isso explodiu de vez. Ele saiu para criar os The Drifter, gravando na Atlantic Records. A sua ausência nos The Dominoes mexeu com a comunidade negra.

 Ward percebeu o erro. Colocou no seu lugar Jackie Wilson, com voz melhor do McPhatter. Eles emplacaram os hits  "You Can't Keep a Good Man Down" e "Rags to Riches". O grupo parecia estar no caminho certo. Em 1954 Ward resolveu renovar o contrato da banda com a King Records. Vendia muitos discos, mas viam pouco dinheiro de direitos autorais.

 Entraram na Jubilee Records em 1954, onde lançaram dois singles. Em 1955 mudaram-se para Decca Records e ali conheceram o doce sabor do sucesso do hit “St. Teresa of the Roses”. Não conseguiram repetir a dose no ano seguinte. Em 1956 Jackie Wilson sai para carreira solo de sucesso.


 Ward tentou segurar a onda contratando Eugene Munford, obtendo novo contrato na Liberty Records. Fizeram sucesso com “Star Dust”. No final da década de 1950 o conjunto passou a viver de flash backs. Mesmo assim chegaram até 1960 explorando os hits imortalizados nas vozes McPhatter e Wilson.

Syd Nathan: O Little Caesar da Black Music das décadas de 50 e 60

Nathan produziu grandes artistas da Black Music dos EUA

Luís Alberto Alves

 Uma das figuras verdadeiramente excêntrica da indústria discográfica, Syd Nathan foi o fundador e chefe da King Records baseados em Cincinnati. Nathan, que fundou o selo como uma extensão de sua loja de discos, teve uma incrível capacidade de sentir os tipos de música que os afro-americanos que migram do Sul queria ouvir e aproveitou a oportunidade para assinar o melhor R & B e Country atos da época.

 Conhecido como "Little Caesar" porque era baixo, gordo, e governou seu rótulo como um ditador, o chefe do selo constantemente gritava e intimidava seus artistas e funcionários. No entanto, apesar de seu comportamento tirânico, Nathan montou uma lista extremamente diversificada e talentosa de artistas. Eis algumas pérolas que gravaram com ele: Bradshaw, Cleanhead Vinson, Little Willie John, os Midnighters, os "5" Royales, Cowboy Copas, e, o mais famoso, James Brown.

 No final da década de 1950, Brown entrou na sua gravadora como vocalista do grupo Famous Flames. Mas o rei do Funk teve relação conturbada com Nathan, durante os 10 anos que ali ficou. Os atritos renderam ação judicial, concedendo a Brown um novo contrato com mais autonomia.


 Ficou famosa a história de que Nathan teria pago US$ 5 mil de taxa de gravação para financiar Brown no célebre disco Brown Classic Live at the Apollo. Embora teimoso Nathan produziu alguns dos melhores cantores de R&B dos Estados Unidos nas décadas de 1950 e 1960.

Garnet Mimms: O famoso intérprete da canção “Cry Baby”



Garnet é considerado um dos maiores cantores da Soul Music
Luís Alberto Alves

 Garnet Mimms ficou famoso por causa da sua interpretação para o hit “Cry Baby”, que virou peça chave no repertório de Janis Joplin. A grande entrega ao Gospel fez dele um dos  primeiros grandes cantores de Soul Music. Infelizmente a mídia subestimou o seu talento, visto que nunca mais emplacou nas paradas outra canção igual “Cry Baby” na década de 1960.

 Ele lembrava o estilo de Sam Cooke, outra fera da Black Music naquela época. Nascido em 1933, criou-se na Filadélfia e começou a soltar a linda voz na igreja. Durante a infância se apresentou em diversos grupos evangélicos, incluindo the Evening Stars, the Harmonizing Four e The Norfolk Four, com quem gravou o primeiro disco em 1953, aos 20 anos.

  Em 1958 criou um quinteto de Doo Wop, conhecido como Gainors, no qual fazia parte Sam Bell e Evening Star Howard Tate. Com os Gainors lançou diversos singles no período de três anos, incluindo Red Top, Mercury e Tally Ho.

 Depois saiu do conjunto ao lado de Bell. Graças ao programa American Bandstand de Dick Clark, a Filadélfia virou refúgio para ídolos teen e Mimms levou seu grupo para Nova York em 1963. Na grande Apple conheceu o compositor e produtor Bert Berns. Entrou na United Artists Records. É dessa época o megasucesso “Cry Baby”, que liderou as paradas de R&B de 1963.

 Nesse mesmo ano emplacou “Four Your Precious Love”. Infelizmente Mimms e The Enchanters se separaram em 1964. Ele resolveu apostar em carreira solo. A produção refinada de suas canções refletia a mudança no R&B liderada pela Motown, mesmo com Mimms mantendo o estilo Gospel no cantar.

 Em 1966 lançou os hits "It Was Easier to Hurt Her" e "I'll Take Good Care of You". Não acabou bem-sucedido comercialmente como sua qualidade parecia indicar. No ano seguinte a United Artists moveu sua subsidiária Veep, onde “My Baby” resultou em outro fracasso, mais tarde reparado por Janis Joplin.


 Ele continuou a bater na tecla, gravando quatro singles, sem qualquer sucesso. Entrou na MGM Records. O último suspiro ocorreu em 1977, já na  Arista Records, assinando como Garnet Mimms & The Truckin Company soltou um single na praia Disco Music/Funk “What It Is” produzido pelo fundador da banda Brass Construction, Randy Muller. O fracasso o levou a se aposentar da música após se converter ao cristianismo.

J. Cole: O primeiro rapper da Roc Nation Records



Os pais de J. Cole eram fãs de Black Music

Luís Alberto Alves

 Produtor e MC J. Cole foi o primeiro artista a assinar contrato com a gravadora Roc Nation de Jay-Z. Nascido na Alemanha, mas crescido na Carolina do Norte, Cole teve a mãe que amava de Rock a Folk, enquanto seu pai era um fã de artistas de Hip-Hop hardcore como 2Pac e Ice Cube.

 Ao sair da escola, suas excelentes notas o ajudaram a ganhar bolsa de estudo, mas a música tomou conta de sua vida e resolveu morar em Nova York. Após vários dias no escritório de Jay-Z, na esperança de lhe entregar uma fita demo, Cole imaginou que seu ídolo o recebesse bem. Nada disso aconteceu.

 Ficou magoado, pois sonhava contribuiu com o álbum de Jay-Z (2009). Naquele mesmo ano ele iria gravar a mixtape The Warm Up.

Em 2010 soltou Friday Night Lights, sob sua produção. No ano seguinte a Roc Nation lançou o CD Cole World: The Story Sideline, fazendo bonito na Billboard 200. A nitroglicerina foi o single “Power Trip”. O nome da versão 2014, 2014 Forest Hills Drive era o endereço de sua casa, onde passou a infância na Carolina do Norte.

Kendrick Lamar: Artista que zela pela qualidade de suas músicas


Lamar deixa a qualidade em primeiro lugar

Luís Alberto Alves

 Kendrick é um dos raros artistas que conquistaram o sucesso comercial e de crítica ganhando respeito e apoio daqueles que serviram de fonte de inspiração. No início da carreira na Califórnia, onde nasceu, lançou uma série de mixtapes usando o codinome de K.Dot.

 Aos 16 anos chamou a atenção da Top Dawg Entertainment selando associação de longo prazo, contribuindo para elevação da moral do rapper. Lançou ali os CDs Training Day (2005) e C4 (2009) antes de criar a própria gravadora, a Black Hippy, junto com os artistas Ab-Soul, Jay Rock e ScHoolboy Q, um grupo que, em sua maior parte, apareceu num mixtapes e álbuns do outro.

 O CD Overly Dedicated saiu em 2010 que estourou na Billboard R&B/Hip-Hop. Mas foi em 2011 que lançou o álbum Section. 80, no formato download digital, também entrando na Billboard.

 Passou a ganhar nome ao aparecer cantando ao lado de estrelas do RAP do porte de West Coast, Dr. Dre, Snoop Dogg e Game. Tudo melhorou quando ele entrou na Aftermath Records. Em 2012 gravou MAAD City, outra vez fazendo bonito na Billboard, principalmente os três singles: "Swimming Pools (Drank)," "Poetic Justice," e "Bitch Don't Kill My Vibe". Esse trio de canções virou febre nas rádios dos Estados Unidos.


 Lamar passou a ser visto como excepcional contador de histórias, com a vantagem de gravar CDs de boa qualidade. Resultado disso foi ser indicado ao Grammy de Melhor Artista Revelação e Álbum do Ano. Não ganhou, mas caiu de vez no gosto popular.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Carrie Underwood: A linda voz de “Inside Your Heaven”



A beleza de Carrie é proporcional ao seu talento

Luís Alberto Alves

 É verdade que Carrie Underwood saltou para a fama como um vencedor do American Idol, mas sua carreira precisa ser definida no contexto de superstars em vez de reality show competidores nos Estados Unidos. Seus milhões de discos vendidos, suas dezenas de prêmios da academia de Country Music e os Grammys, seus muitos feitos recordes nas paradas, e seu status como uma das pessoas mais poderosas do mundo da música todos testemunham seu poder de permanência para além American Idol.

 Underwood cresceu na pequena cidade de Checotah, Oklahoma, e começou a cantar na sua igreja com a tenra idade de três anos. Ela se apresentou ao longo de sua infância, acabou de passar para festivais e shows em vários estados. 

Junto com o desenvolvimento de seu canto, Underwood aprendeu a tocar violão e piano. Ela se formou no colégio e depois em comunicação de massa na Northeastern State College com um olho numa carreira no jornalismo, mas continuou sua carreira de cantora ao longo de seus estudos.

   Foi na temporada do American Idol de 2005 que sua voz doce e o charme em St. Louis, Missouri, ajudaram a chegar entre os 12 finalistas. O seu single de estréia: “Inside Your Heaven” estourou naquele Verão e gravou o primeiro CD, após completar o American Idols Live! Tour.

 O grande estourou ocorreu com o álbum Some Hearts, vendendo 300 mil cópias na primeira semana e ganhando sete Discos de Platina. O CD do primeiro single “Jesus, Take The Wheel” foi outro grande sucesso , superando o Hot Country Songs da Billboard por seis semanas.

 O ano de 2006 teve outra nitroglicerina, o CD Acclaim, quando Some Hearts reentrou do Billboard Top Tem após aparição de Underwood na final do American Idol daquele ano. O hit “Jesus, Take The Wheell levou outro troféu, da Academy of Country Music Awards, um Dove Award da Associação de Gospel Music e Breakthrough Vídeo e Melhor Vídeo Feminino nas CMT Awards, única vencedora dupla no evento.

 Mesmo com carreira agitada como estrela da Country Music, incluindo turnês em 2006, ela encontrou tempo para acabar o curso. O terceiro single “Before He Cheats” saiu no final daquele ano, explodindo na Billboard. Ganhou cinco Billboard Music Awards. 

Em 2007 veio o segundo CD, que teve canções fazendo bonito outra vez nas paradas. Ganhou outros dois prêmios, inclusive dois Grammys. Underwood foi a primeira cantora Country a vender inúmeras cópias de álbum de estréia desde LeAnn Rimes em 1996.


 O CD Carnival Ride teve quatro faixas no topo das paradas dos Estados Unidos, vendeu milhões de cópias e rendeu dois Grammys. Em 2009 soltou o CD Play On, ressaltando suas qualidades de compositora. O quarto disco, Blown Away, de 2012, teve a produção de Mark Bright, com o single “Good Girl” fazendo muito sucesso. 

O ano de 2014 foi de calmaria para ela, mesmo assim lançou em setembro daquele ano “Something in the Water”, que chegou ao topo das paradas. No início de 2015 sentiu o sabor de ganhar outro Grammy.