Chuva não mata só a sede ou provoca enchente, ela já serviu de fonte de inspiração para diversos sucessos. Dos Estados Unidos, o jovem guarda Demétrius importou a balada "O Ritmo da Chuva", versão de "Rhythm of The Rain", do grupo The Cascades. A letra diz: "Olho para a chuva/ que não quer cessar/nela vejo o meu amor/ esta chuva ingrata/que não vai parar/pra aliviar a minha dor.."
Em 1963, quando apareceu Jorge Ben (hoje Jorge Benjor), uma de suas primeiras composições era "Chove Chuva". Meio infantil, a letra era um pedido para Deus segurar a força das águas: "Chove chuva/ chove sem parar/pois eu vou fazer uma prece/pra Deus, nosso Senhor/pra chuva parar/ de molhar o meu divino amor..." Essa música fez sucesso nos Estados Unidos e ajudou alavancar sua carreira internacional. No ano de 1969, Jorge Benjor gravou um compacto simples (disco com uma música de cada lado), acompanhado pelo violonista Toquinho. Uma das faixas era "Que Maravilha". Está nas paradas até hoje. É a história de um homem apaixonado correndo para encontrar sua amada. Alguns versos já previam o caos atual do nosso trânsito. "Lá fora está chovendo/mas assim mesmo/ eu vou correndo/só pra ver o meu amor.../por entre bancários/ruas e avenidas/ milhões de buzinas tocando sem cessar/ela vem chegando de branco/meiga, linda, pura/ e muito tímida.."
De forma mais poética, a dupla Ed Wilson e Ronaldo Bastos, em 1984, compôs "Chuva de Prata". Ela estourou na voz de Gal Costa. "Se tem luar no céu/retira o véu e faz chover/sobre o nosso amor/chuva de prata/que cai sem parar/quase me mata/ de tanto esperar..." Em meados de 1997, o roqueiro Lobão escreveu a balada "Me Chama", retratando a vida de alguém que precisa de outra com urgência. Fez sucesso. "Chove lá fora/e aqui dentro tá tanto frio/me dá vontade de saber/aonde está você?/ me telefona/ me chama!/me chama!.."
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