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Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Artistas que perderam o trem do sucesso

Blitz
 Kleiton e Kledir, Blitz e RPM são exemplos de artistas que perderam o trem do sucesso, que desfrutaram na década de 1980, quando venderam muitos discos e tiveram agenda cheia de shows. Quem não se lembra dos versos: "Deu pra ti/ alto astral/vou pra Porto Alegre/ tchau..." Com esse hit "Deu Pra Ti", gravado em 1980, os gaúchos Kleiton e Kledir marcaram presença nas rádios e programas de televisão de todo o Brasil.
Tiveram composições incluídas nos repertórios de Simone, Nara Leão, Caetano Veloso, Ivan Lins, Leonardo, Emílio Santiago, além de gravar discos nos Estados Unidos, Portugal, França e Argentina. Em 1987, auge do sucesso, a dupla se desfez. Quando retornaram em 1994, o trem do sucesso já tinha partido da estação do tempo.
O rock brasileiro foi sacudido em 1980 com o nascimento da Blitz, no Rio de Janeiro. Dois anos depois, o grupo lança o compacto (disco com uma música de cada lado) "Você Não Soube me Amar", em seguida veio o álbum "As Aventuras da Blitz". Da união do teatro com letra debochadas, temperadas com rock estilo anos 50, a banda entrou na rotina dos jovens da década de 1980.
O ator Evandro Mesquita, na guitarra, dividia o vocal com Fernanda Abreu, mas tarde conhecida como "garota sangue bom". Em 1983, o sucesso continuou com o rock mesclado ao R&B (blues de rua) "Wekeend". Nesse mesmo ano, ganharam as paradas com a balada " A Dois Passos do Paraíso" (Longe de casa/ há mais de uma semana/ milhas e milhas distantes/ do meu amor...).
Porém, o sucesso garantido, agenda cheia de shows e presença em diversos programas de rádio e televisão não evitaram a separação. Evandro Mesquita foi fazer novelas na Globo, Fernanda Abreu emendou carreira-solo e o restante dos músicos se dispersou. No ano de 1999, alguns ex-integrantes reuniram-se e gravaram o CD "Últimas Notícias", mas o trem do sucesso não os esperou na estação do tempo.
Quando Paulo Ricardo conheceu, em 1976, o pianista clássico Luiz Schiavon, não imaginava que dali sairia o embrião da banda de jazz-rock RPM, que engordou com o baterista Paulinho Valenza. No ano de 1985 lançaram as músicas "Olhar 43", "A Cruz e a Espada" e "Revoluções por Minuto", que batizava a banda e tinha o guitarrista Fernando Deluqui ( ex-Gang 90) e o baterista Charles Gavin ( ex-Ira e mais tarde dos Titãs).
A partir dai, veio um sucesso atrás do outro. "Louras Geladas" marcou presença nas danceterias e emissoras de rádios. Letras politizadas e transformações sociais não impedem o RPM de aumentar sua agenda de shows. O álbum "Revoluções por Minuto" ganha disco de ouro, após vender 100 mil cópias e fecha 1985 com 300 mil discos vendidos.
O álbum "Rádio Pirata", de 1986, auge do Plano Cruzado do governo Sarney, vende 2,2 milhões de cópias. Nessa fase, os shows do RPM têm megaprodução, com direito a efeitos especiais em grandes ginásios e estádios de futebol.
No ano seguinte ocorreu a primeira separação do grupo. Voltam em 1988 e gravam o álbum "Quadro Coiotes" e vendem 250 mil discos. A partir dai, o RPM não percebeu que o trem do sucesso já havia partido da estação do tempo, deixando eles na mão, assim como ocorreu com Kleiton e Kledir e Blitz.

RPM

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