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Luís Alberto Alves/Hourpress

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Al Green é a black music romântica

Al Green ( Albert Greene) é sinônimo de músicas românticas, daquelas baladas bem gravadas e que estiveram presentes em diversos bailes dos últimos 40 anos. As décadas de 1970 e metade dos anos 80 foram marcantes na carreira dele, por causa de sua bela voz, bons arranjos, além de realizar concertos musicais intensos, com a plateia participando de sua apresentação.
Sua carreira começou aos nove anos (ele nasceu em 1946), junto com outros três irmãos num grupo gospel de seu pai. Era o Green Brothers. Durante a década de 1950, o quarteto excursionou pelo sul dos Estados Unidos. Naquela época, sua família mudou-se para Michigan, onde Al Green formou o grupo "Al Green and The Creations".
Em 1969, segue carreira-solo. Conheceu o produtor Willie Mitchell e dessa parceria nasceu o disco de estreia "Green is Blues". No ano seguinte o sucesso prosseguiu com o álbum "Al Green Gets Next to You". O destaque foi o hit "Tired of Being Alone".
Sempre navegando no mar do gospel e da soul music, Al Green grava, em 1972, o disco Let´s Stay Together". Fica entre os oito melhores colocados da parada Pop da Bilboard nos Estados Unidos e primeiro lugar nos tops de Black Music.
O melhor ainda estaria por vir. Ao gravar o hit "For The  Good Times", de 1973, entra na rota dos grandes baladeiros. É o famoso LP capa branca, que durante anos virou peça rara nas lojas de discos.
A música vira trilha sonora da maioria dos bailes. Também entra na programação das rádios que investem na linha black music, caso da Rádio Mundial, no Rio de Janeiro, e Difusora, em São Paulo. Essas duas emissoras mantinham, na década de 1970, o monopólio de lançar hits de qualidade, que o tempo se responsabilizou de torná-los sucessos eternos.
Antes, no mesmo disco "Let´s Stay Together", ela tinha regravado dos Bee Gees o hit "How Can You Mend a Broken Heart", outra balada que aumentou a procura por esse álbum. Aqui no Brasil ficou famoso como o disco "Al Green capa marrom", por causa da foto do cantor, diante de um muro, onde aparece escrito o nome de uma das músicas do álbum "Let´s Stay Together".
Até 1975, sua carreira só teve êxitos. Shows mantinham sua agenda lotada e as vendagens dos discos estavam em alta. Porém, nesse ano, ele recusa casar-se com sua namorada Mary Woodson. A garota jogou comida quente em Al Green, provocando ferimentos de segundo grau. Em seguida, a jovem correu para outro cômodo da casa onde estavam e tirou a própria vida, usando uma arma do cantor.
Esse episódio afetou profundamente sua carreira. Como ocorre com a maioria dos cantores de soul, blues e gospel, nos Estados Unidos, ele procurou socorro numa igreja Batista, da cidade de Memphis, Estado do Tennesse. Tornou-se reverendo (cargo equivalente ao de bispo no catolicismo).
Em 1979, durante uma apresentação, sofreu atentado e quase morreu. A partir dai passou a gravar no estilo gospel. No ano seguinte lançou seu primeiro álbum, nesta fase, era o disco "The Lord Will Make a Way". De 1981 a 1989, gravou mais discos do gênero, oito deles premiados com o Grammy de "Melhor Perfomance Soul/Gospel".
Seu dueto de 1994, com a cantora de country music Lyle Lovett, que juntou esse estilo musical ao R&B (blues de rua), lhe rendeu seu nono Grammy. Desta vez na categoria Pop Music.
No ano de 2004, após lançar o álbum "Take Me to The River", produzido por Willie Mitchell, é nomeado para o Hall da Fama fa Música Gospel. Nessa época, a revista Rolling Stone o ranqueou na posição 65° na lista dos 100 Maiores Artistas de Todos os Tempos. Seu último disco "Lay it Down" foi gravado em 2008.

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