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Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Fertile Ground: o som cabeça da black music


Alguns anos atrás, um trio jovem de músicos balançou as paradas de sucesso de Baltimore, ficando famosos no mundo das gravações independentes de Soul e Jazz.
Compostos pelo compositor, produtor e músico James Collins, sua esposa Cleveland Navasha Daya e o baterista Marcus Assante, o Fertile Ground mudou o cenário da Soul Music independente.

O primeiro CD trouxe canções bem trabalhadas, que ganharam a simpatia nos clubes de Jazz dos Estados Unidos. Juntaram instrumentação suave e lindos vocais de Navasha e as letras profundas de Collins. Os próximos seis álbuns do grupo venderam 250 mil cópias em todo o mundo, incluindo um remix e um greatest hits. Com ajuda da internet e um centro próprio de distribuição, o BlackOut Studios, a Fertile Ground conquistou fãs de Sydney a Tóquio.

Logo os três músicos ganharam a companhia de mais gente: Ekendra Das, Freddie Dunn, Mark Prince, Joel Mills e Craig Alston. Porém o membro fundador (Marcus Assante) perdeu o lugar entre o lançamento do projeto do grupo no segundo ano: Spiritual War. Com o passar do tempo, a visão musical da banda mudou, incluindo Spirituals, World Music e ritmos afro-caribenhos. Acrescentaram um naipe de metais, liderado por Mills, Dunn e Alston. O último projeto inédito da banda é Black Is.

Outra praia do Fertile Ground é mergulhar de cabeça em hits dançantes, como "Peace and Love", "Another Day" e "Live in the Light". Por causa dessa sacada, eles são comparados com outras bandas de Soul/Jazz do leste dos Estados Unidos, como Brand New Heavies.  Mesmo com esse crescimentos, sempre colocam em suas canções um pouco de consciência social, que às vezes ofusca os hits de amor.

A ideia da banda é expor questões aos fãs e levá-los a questionamentos, como Bobby Brown os ensinou. Não é novidade ouvir em suas canções citações ao líder negro mulçumano Malcom X. O restante do grupo reconhece que Collins é um ótimo educador e através da BlackOut Studios mostra às pessoas como seguir o caminho fértil para o sucesso independente.

O Fertile Ground tem uma equipe que executa a distribuição de CDs, desenvolve eventos como Organic Soul, além do festival de patrimônio africano em Baltimore, além de gerir suas próprias composições. Vários de seus hits Soul ganharam o público durante as sessões de Organic Soul, realizado às terças-feiras. Ali abrem oportunidades para outros artistas locais e nacionais. A Blackout Studios tem distribuído e publicado trabalho de outros compositores, dentro e fora de Baltimore, incluindo Julie Dexter e Olu Butterfly.

Collins reconhece que certas coisas precisam ser postas em prática para ajudar a fazer o processo tornar realidade. O Fertile Ground cria as oportunidades propiciando o crescimento. Como artista, o dever da banda é fazer tudo acontecer rapidamente.

As apresentações do grupo traz muito Jazz, um lindo naipe de metais  e o balanço da voz de Daya, que descalça entra dançando ritmos de percussão africanos incendiando a plateia. Ela canta um refrão e o público responde em seguida, às vezes com gritos e lágrimas.

Uma apresentação do Fertile Ground é um discurso em forma de música. Uma conversa íntima, trazendo as emoções retidas no interior de cada pessoa. Falam de espiritualidade, governo, mudança de cultura e muito assunto para provocar inspiração nos fãs.


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