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Luís Alberto Alves/Hourpress

sábado, 24 de agosto de 2013

The Manhattan Transfer: a arte de saber cantar bem



O quarteto é um dos grupos com mais lindo vocal na música popular dos Estados Unidos

 De olhos fechados é difícil acreditar que o quarteto The Manhattan Transfer seja integrado só de componentes brancos. O timbre de voz dos vocalistas é idêntico aos grupos musicais de negros das décadas de 1940 e 1950. Para tirar a dúvida é só ouvir o hit de 1985 “Baby Come Back to Me”, uma verdadeira aula de como cantar, com direitos a agudos e graves e ótima interpretação de todos eles. Criado em 1969, com Tim Hauser, Gene Pistilli, Marty Nelson e Erin Dickens. Essa formação gravou o disco Jukin para a Capitol Records antes de ocorrer a separação.

  Em 1972, o único integrante original da banda era Tim Hauser, acompanhado de Laurel Massé, Alan Paul e Janis Siegel. Todos na faixa dos 20 anos. Especialistas em cantar vários estilos, a marca registrada do quarteto sempre foi a bonita e sofisticada harmonia vocal. Não demorou em ganhar apoio no circuito Nova York Cabaret, por colocar no repertório canções nostálgicas. A versatilidade dividiu o público dos Estados Unidos e Reino Unido. O talento deles fazia transitar facilmente do Gospel para o Jazz ou Pop, como no hit “Tuxedo Junction”.

  O ano de 1979 marcou a entrada de Cheryl Bentyne, na vaga de Laurel Massé, sem afetar a qualidade vocal do quarteto. É dessa época os hits “Twilight Zone/Twilight Tone” (1980) e “Boy From New York City” (1981), renascendo o antigo sucesso de 1965 do grupo Ad Libs. Em 1980 ganharam o primeiro Grammy, por causa do vocal no álbum Weather Report “Birdland”, como Melhor Performance de Jazz e Arranjo para Vozes.

 Em 1981 trouxeram outro Grammy nas categorias Pop e Jazz, com o disco Boy New York City, nos quesitos Melhor Performance Pop por um Duo ou Grupo Vocal. Outro Grammy veio pelo álbum Route 66, no ano seguinte. Um dos grandes momentos do quarteto foram os dois Grammys  em 1985, com canções escritas por Jon Hendricks. Dois anos depois pegaram outro Grammy pelo álbum Brasil.

  No começo da década de 1990 entraram na Columbia Records, mas no final retornaram à Atlantic Records, onde lançaram diversos discos, como o tributo a Louis Armstrong no álbum The Spirit of St. Louis (2000). No século 21 entraram na Telarc
Jazz, lançando um CD ao vivo (2003). A essência dos Manhattan Transfer é tirar o fôlego de suas habilidades vocais, forte musicalidade e shows ao vivo. É lindo ouvir a versão do hit “Birdland”. Um clássico que continua moderno nas vozes deles.




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