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Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Toni Tornado é a energia da Black Music no Brasil

toni tornado front Toni Tornado é a mais pura energia da black music no Brasil. No final da década de 1970 já cantava funk e soul como James Brown e outras bandas dos Estados Unidos. Além de apresentar passos de dança que muita gente sentia dor na coluna para colocar em prática.

Aos 11 anos fugiu de casa, no Interior de SP, e foi parar no Rio de Janeiro onde tornou-se menino de rua. Para sobreviver vendia amendoin e engraxava sapatos.

Após servir o Exército na escola de paraquedismo, ao lado do desconhecido Senor Abravanel, mais tarde conhecido como Silvio Santos, entrou para o mundo da música, antes, é claro, de lutar no Egito, no final da década de 1950.

No começo dos anos de 1960, adota o pseudônimo de Tony Checker e vai dublar e dançar no programa “Hoje é Dia de Rock”. Ali imitava os cantores Chubby Checker e Little Richard. Nessa mesma década viaja e passa cinco anos morando nos Estados Unidos.

Ao retornar ao Brasil, em 1969, trabalha como cantor nas boates, sob o codinome de Johnny Bradfort. É a partir de 1970 que adota o nome artístico de Toni Tornado por causa da influência de James Brown.

Nesse mesmo ano, ao lado do Trio Ternura, defende a soul music brasileira “BR-3”, que conquista o primeiro lugar no  V Festival Internacional da Canção. Depois grava o funk “Podes Crer Amizade”. O hit faz muito sucesso nos bailes de black music, realizados em salões de clubes de futebol e periferia de São Paulo e Rio de Janeiro.

Ainda na década de 1970 se casa com a atriz Arlete Salles. A união de ambos provoca debate acalorado na população. Diversas pessoas não aceitam o matrimônio, por Toni Tornado ser negro e Arlete branca e loira. A pressão aumenta e após alguns anos eles acabam separando-se.

A partir de 1972 vai trabalhar de ator e participa de diversas novelas na extinta TV Tupi e Globo. Aliás, na novela Roque Santeiro, escrita por Dias Gomes, o seu personagem, Rodésio que trabalhava para a viúva Porcina (Regina Duarte), num dos finais gravado terminaria ao seu lado.

Mais uma vez discriminação racial imperou: por medo da reação do público, na metade da década de 1970, a Rede Globo vetou. Aos 81 anos, Toni Tornado (sem nehuma ruga no rosto) continua em plena atividade. Inclusive participou em 22 de julho de 2011 do Black Na Cena Music Festival, realizado na Arena Anhembi, São Paulo, ao lado grandes feras da black music brasileira e internacional.

Uma das pérolas do baú musical de Toni Tornado
Adrenalina dos salões de baile na décade de 1970
Soul music de quem viveu nos Estados Unidos
Balada com gosto de baile
A clássica BR 3

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