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terça-feira, 12 de julho de 2011

O dia em que o rock perdeu o seu “Neymar”

otis redding   Imaginem o futebol perder precocemente o craque Neymar e a Fórmula-1 ficar sem o talento do atual campeão mundial Sebastian Vettel? Isto aconteceu com o rock em 10 dezembro de 1967, quando um acidente aéreo matou, aos 26 anos, Otis Redding e quase a maioria dos integrantes de sua banda Booker T.& The MG´s. Assim como o atacante santista e o piloto da Red Bull, Redding começou cedo sua carreira musical.

Aos cinco anos já cantava no coral de uma igreja Batista de Macon, Estado da Geórgia, sul dos Estados Unidos. Na adolescência venceu por 15 semanas seguidas, o concurso show de talentos do Douglas Theatre. Logo resolveu ir embora para mostrar seu talento ao mundo. Aos 20 anos, em 1961, inicia turnê com o cantor Johnny Jenkins com o grupo The Pinetoppers.

Nesse mesmo ano escreve “Fat Girl” e “Shout Bamalama”. Nesses dois primeiros hits, Redding já denunciava sua marca registrada: rock com forte influência de blues mesclado ao som de metais para não deixar ninguém parado. De inicio, seu estilo lembrava Little Richard, mas logo seguiu sua própria marca ao mesclar emoção com interpretação.

Em 1962 grava “These arms of mine”, uma soul music em compasso de blues; a típica balada para não deixar ninguém sozinho numa festa. O hit estoura nas paradas e mais tarde vai influenciar feras como Al Green em suas composições românticas, como as presentes no álbum “Al Green Let´s Stay Together”, lançado em 1972.

A música sai pelo selo Volt Records, subsidiária da gravadora Stax, a máquina de sucessos rival da Motown na década de 1960. A vantagem de Redding é que ele não dependia de outros autores. Ele mesmo escrevia seus sucessos. Às vezes dividia parceria com o guitarrista Steve Cropper, um dos integrantes da Booker T. & The MG´s. Logo virou uma máquina de bons hits.

Pouco tempo depois escreve “Try a Little Tenderness”, outra dinamite; dessa vez amparada nos lindos metais da banda Bar-Kays, que fez muito sucesso no Brasil no final da década de 1970 e inicio dos anos 80. Ela começa lenta e seu ritmo vai acelerando até não deixar ninguém mais parado. Não é um rock barulhento, mas melodioso e dançante.

Foi o estilo musical que os ingleses assistiram numa apresentação de Otis Redding na Inglaterra em 1965. No ano seguinte ele retornou e colocou fogo na plateia numa inesquecível interpretação de “Satisfaction”, numa época em que os Rolling Stones ainda engatinhavam na carreira e o próprio Mick Jagger reconhecia que sua banda ainda não tinha a adrenalina de Redding.

Com cinco anos de carreira, Redding já era o pop star do rock, emplacando várias músicas nas paradas dos Estados Unidos e Europa. Em 1967 participa do Festival Pop de Monterey, de onde estouraram Janis Joplin e Jimmi Hendrix. A estrada de êxitos de Redding estava completamente asfaltada para uma longa carreira de êxito.

Porém, o destino não permitiu que continuasse nessa trilha. Dezoito dias antes do acidente aéreo que o mataria, junto com a maioria dos integrantes de sua banda Booker T. & The MG´s e alguns músicos do grupo Bar-Kays, Redding gravou “The Dock of The Bay”, produzida pelo guitarista Steve Cropper, que escapou do desastre com o avião. O hit ganhou o Grammy de 1968, na categoria The Best de Rhythm and Blues daquele ano. Até hoje, os fãs do rock bem composto, produzido e gravado questionam: se Otis Redding não tivesse morrido, como seria o atual cenário musical?

A última música gravada, 18 dias antes da morte

Satisfaction que os Stones seguiram

Rock melodioso e bem dançante

 

Balada para não deixar ninguém só
Shout Bamalama
Otis Redding e seu primeiro hit

 

Última música gravada, 18 dias antes da morte

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