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Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Esther Philips: talento grandioso sugado pelas drogas



Esther Philips foi outra grande cantora morta pelo vício das drogas. Era expert em Pop, Country, Jazz e R&B, mas aos 46 anos acabou sugada pelo além. Nascida Esther Mae Jones em Galveston, Texas. Na  adolescência sentiu a dor da separação dos pais e passou a dividir o tempo entre o pai, em Houston, e a mãe, em Los Angeles.

Para compensar a tristeza, cresceu cantando no grupo de Louvor da igreja. Entrega de bom tamanho a fez hesitar ao aceitar convite para entrar num concurso de calouros num clube noturno de Blues. Porém, os apelos da irmãos foram fortes quebrando sua resistência. Aos 14 anos venceu o concurso no Barrelhouse Club, cujo dono era Johnny Otis. Mais tarde ele seria responsável pelos funerais de Esther.

O talento de Esther a levou à Modern Records e logo virou cantora daquele selo e entrou na turnê California Rhythm and Blues Caravan. Os demais artistas a apelidaram de Little Esther Philips. O primeiro sucesso foi "Duble Crossing Blues", gravado em 1950 pela Savoy Records. Em dueto com Mel Walker estourou nas paradas com "Mistrusting Blues" e "Cupid Boogie". Também vieram "Misery", "Deceivin´Blues", "Wedding Boogie" e "Faraway Blues".

Poucos artistas, seja de R&B ou de outros estilos, sentiram o gosto de tantos sucesso no primeiro ano de estreia. No final da década de 1950 ela deixou Otis e a Savoy Records e entrou na Federal Records. Não demorou para entrar no deserto de sucesso. Embora tivesse gravado mais de 30 singles na nova gravadora, apenas "Ring-a-Ding-Doo" chegou ao top das paradas.

Aos 17 anos, Esther já estava completamente envolvida com as drogas. Abandonou Otis e voltou a Houston para viver ao lado do pai e tentar se reabilitar. Com pouco dinheiro passou a trabalhar em clubes noturnos no Sul dos Estados Unidos, dividindo o tempo em clínicas de recuperação. Em 1962, aos 22 anos, Kenny Rogers a redescobriu enquanto cantava num clube de Houston.

Com o nome de artístico de Esther Philips, em vez de Little Esther", ela gravou a canção country "Release Me", com o produtor Bob Gans. O hit chegou ao topo da parada de R&B e a 8ª posição na Pop. Após pequenos sucessos na Lenox Records, assinou contrato com a Atlantic Records. A versão do sucesso dos Beatles, "And I Love Her" quase atinge o Top 10 de R&B de 1965 e os Beatles a trouxeram ao Reino Unido para suas primeiras apresentações no Exterior.

Enquanto dividia, na década de 1960, o tempo entre colocar nas paradas mais hits, o vício da heroína aumentava cada vez mais. Não demorou para retornar a outra clínica de recuperação. Sobre tratamento gravou algumas canções pela Roulette em 1969, produzidas por Lelan Rogers. Voltou a Los Angeles e assinou outra vez com a Atlantic Records. Apresentou-se ao lado de Johnny Otis no Monterey Jazz Festival em 1970.
Em 1972 estourou nas paradas com "Home is Where The Hatred Is", onde falava do vício em drogas. Foi a canção principal do álbum From a Whisper to a Scream, indicado ao Grammy. Ela perdeu o título para Aretha Franklin, mas a rainha da Soul Music entregou o troféu a Esther, dizendo que era merecedora do prêmio.

Continuou a gravar durante a década de 1970 e início da de 1980, mas o vício da heróina já destruído completamente seu organismo. Gravou um total de sete álbuns pela Kudu e quatro pela Mercury Records, onde entrou em 1977. Cinco anos depois lançou sua última canção que apareceu nas paradas: "Turn Me Out". Finalizou a gravação do seu último disco poucos meses antes de morrer, mas ele não saiu antes de 1986. O descobridor e amigo Johnny Otis responsabilizou pelo funeral.

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