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sexta-feira, 20 de abril de 2012

Melba Moore sacudiu a poeira e deu a volta por cima

Melba Moore é filha de um saxofonista de Jazz. É bacharel em música, cantora, atriz com vários papéis interpretados em peças na Broadway, além de participar de diversos filmes e seriados da TV norte-americana.
Como interpréte tem vários discos gravados, desde quando entrou para valer no show-biz, em 1971, aos 25 anos.
Melba é o exemplo da superação: saiu da miséria para a riqueza, quando criou seu próprio programa de televisão de rede, tornando-se um nome familiar no início da década de 1970. Porém sua carreira foi ladeira abaixo deixando-a na pobreza em 1990. Mas após chegar ao fundo do poço, recuperou-se e deu a volta por cima, para alegria dos seus fãs. A música esteve sempre em suas veias, pois o pai era saxofonista e a mãe cantora, depois o padrasto era pianista. Os seus irmãos eram também músicos, que se reuniam em casa para tocar e cantar.
Outra grande influência foi o bairro negro do Harlem, onde cresceu em meio a violência. Descobriu cedo que estudar era o lugar certo para perseguir seus objetivos musicais. Para isso frequentou boas escolas em Newark, em New Jersey. Ali formou-se em música, depois seguiu para faculdade Montclair para se especializar nesta arte nobre.
Após a formatura retornou ao ensino público de Newark e lecionou música durante um ano, mas decepcionou-se com a falta de estrutura do local.
Enquanto trabalhava começou a cantar num grupo local chamado Voices, formado por professores interessados em divertir os outros. Em seguida passou a trabalhar de backing vocal nas gravadoras e bandas de Aretha Franklin e Frank Sinatra. Também engordava o salário cantando comerciais de televisão.  Ganhou respeito da crítica.
Em 1967 chegou cedo para uma sessão de gravação e foi convidada pelo dramaturgo Gerome Ragni para uma produção musical numa peça de teatro na Broadway. O enredo era venenoso: sexo, drogas, rock e nudez. Sua presença no palco eletrizou a plateia, ganhando o papel principal. Anos depois reconheceu que a experiência foi tremenda loucura. Melba brilhou nesta peça 18 meses. Depois partiu para outra, mas desta vez mais leve, falando das plantações da Geórgia. Acabou ganhando o Prêmio Tony. Até chegar 1971, quando lançou seu primeiro disco. Neste período estrelou um programa na TV CBS. Aproveitou para emendar diversas turnês. Nos shows fazia diversas vozes e estilos diferentes, como se estivesse encenando uma peça.
Apesar de todo trabalho duro, ela encontrou pedreira no caminho, com seus gerentes deixando-a na mão até ficar sem nenhum projeto nas mãos. A sorte mudou ao casar-se com o promotor artístico Charles Huggins, com que teve um casal de filhos e parceria numa empresa de produção. Assinou contratos com a Buddah e Epic Records. Neste período, 1971 a 1979, gravou vários discos, além de estourar nas paradas de sucesso.
A maré alta prosseguiu na segunda metade da década de 1980, quando foi nomeada para um Grammy pela segunda vez, por um álbum gravado em 1985: Read My Lips. Os anos de 1990 começaram bem, quando gravou uma versão do sucesso "Lift Every Voice and Sing" ao lado de Dionne Warwick, Anita Baker e outros. Mas o pedido de dívórcio pelo marido em 1991 a deixou sem rumo. Ficou sem dinheiro até para comprar comida para os filhos, quando o ex-marido não lhe pagava a pensão. No final da década de 1990 retornou por cima.

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