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sábado, 21 de abril de 2012

A bela e afinada voz rouca de Kim Burrell


A marca registrada de Kim Burrell é a sua voz rouca, mas bem afinada, que transita livremente pelo Gospel e Jazz. Antes de chegar ao auge, criou vários hits nas comunidade de música Gospel dos Estados Unidos. Apareceu em diversos eventos onde mostrou seu grandioso talento. O início da brilhante carreira começou em Houston, Texas, onde diversas pessoas já apostavam, na década de 1990, que ela teria destaque no Gospel norte-americano.
A voz de contralto chama atenção. É após servir de escada para muitos, em 1997 lançou o primeiro álbum solo: Try Me Again.
Mesmo com produção limitada e gravado de forma independente, as canções que se dividiam entre Jazz e Gospel, causou boa impressão na crítica, além de contrato com a Tommy Boy Records.
Kim não decepcionou. A canção "Everlasting Love"  chegou ao posto 12 na Billboard Gospel de 1998. Em 2002 foi candidata ao Grammy para Melhor Álbum Gospel. O CD Soul Live in Concert renovou várias de suas músicas de seus dois primeiros discos com estilo Gospel e Jazz. Foi apelidada de Geração Ella Fitzgerald, por sua grande interpretação nas composições de Jazz. Ela diz que isto se deve à maturidade e experiência vocal, obedecendo aos propósitos de Deus, no lugar da imitação.
Por causa de seu talento, Kim acostumou-se a fazer apresentações ao lado de artistas como Harry Connick Jr., Missy Elliot e Stevie Wonder. Mas nesta caminhada enfrentou problemas. Com a morte de Tommy Boy, em 2002, Kim assinou contrato com a Elektra Records. Na época ela preparava um plantel de artistas gospel, incluindo cantoras como Yolanda Adams e Karen Clark-Sheard. Mas ali lançou apenas um CD. Teve vários projetos arquivados pela gravadora. Foi para a Sony, mas em 2006 a fusão com a Colombia Records a deixou confusa. Isto prejudicou a carreira de diversos artistas elogiados pela crítica. Kim passou a fazer backing vocal e cantar música secular. É desta época o dueto com Shirley Caesar, Connick Jr e com R. Kelly & Kelly Price, além de aparição ao lado do funkman George Clinton.
Após a passagem desta tempestade, Kim escolheu novo repertório mesclando Gospel/Jazz, com cada faixa melhor do que a outra. No hit "Sir Wonder, Duke", um tributo ao Jazz moderno de Duke Ellington, ela faz bonito num arranjo ágil. O mesmo acontece com "Happy". Também não se esqueceu de George e Ira Gershwin no clássico "Someone To Watch Over Me", onde muda a canção original num verdadeiro Spirituals.
Com a ajuda do co-produtor Chris Davis, os arranjos de todas as canções revela a revitalização do Gospel na voz de Kim Burrell, com ela não se esforçando para ser igual Ella ou qualquer diva do Jazz, mas servindo apenas de  padrão para nova geração de cantores Gospel.

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