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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Lincoln Olivetti/Robson Jorge: a dupla tecnológica dos estúdios

É famosa a parceria entre os produtores musicais Lincoln Olivetti e Robson Jorge. Ela perdura desde a década de 1970, quando ambos trabalharam para diversos cantores da black music brasileira, cujo o auge foi entre 1975 e 1978. Olivetti começou a mexer com música em 1967, aos 13 anos. Depois não parou mais.
Instrumentista, arranjador e compositor cursou faculdade de Música e Engenharia Eletrônica. No início da década de 1970 conheceu o guitarrista Robson Jorge, com quem formou longa parceria. Ambos produziram, em 1980, o álbum Tim Maia; disco repleto de ótimos arranjos de metais com o Síndico cantando o hit "Meu Samba", como se fosse um velho partideiro de escola de samba. É deste disco a canção "Está Difícil de Esquecer", hit responsável pela fossa de diversos casais de namorados até hoje.
É extensa a galeria de artistas que recorreram aos arranjos da dupla Lincoln Olivetti/Robson Jorge: Gal Costa, Gilberto Gil, Jorge Benjor, Rita Lee, Roberto Carlos, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Ângela Rô Rô, Fagner e Wando.
Mas o trabalho da dupla não ficou restrito aos estúdios. Nos anos de 1980 lançaram verdadeiras pérolas.
Destaques para os hits "Aleluia" e " Prét-à-porter", essa última com metaleira no estilo da banda Earth,Wind& Fire e riffs de guitarra semelhantes ao de George Benson. A mesma pegada se repete nos hits "Squash" e "Alegria".
Porém, o prestígio de ambos foi alvo de diversas críticas. Puristas da MPB diziam que eles estavam tirando a essência da nossa música, numa época em que a tecnologia andava a passos de tartaruga nos estúdios brasileiros. Por causa desse patrulhamento, na década de 1990 ambos participaram da produção de poucos discos, com exceção de Lulu Santos e Ed Motta que continuaram de braços abertos à modernidade.
O avanço tecnológico deste século mostrou que Lincoln Olivetti e Robson Jorge não estavam errados ao usar essa ferramenta de trabalho na produção de ótimos discos. É igual a guitarra, que na década de 1960 foi acusada de acabar com a MPB. Hoje ninguém se lembra mais disso dentro de um estúdio de música.

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