Reportagens com clipes descrevendo histórias de artistas famosos, principalmente de intérpretes da Black Music, além de destacar a importância do Blues no Showbiz.
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Luís Alberto Alves/Hourpress
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Ed Lincoln, o rei dos teclados no Brasil
Ed Lincoln é um grande instrumentista, cantor e compositor. Na década de 1960 conseguia rivalizar com os Beatles e demais conjuntos nas paradas de sucesso. Suas mãos faziam proezas nos teclados. Sob sua batuta, no final dos anos de 1950, um jovem violonista começou a tocar no seu grupo. Mais tarde o seu talento foi reconhecido mundo afora. Baden Powell era o seu nome. Outro diamante da MPB começou a ser lapidado por Ed Lincoln. Um ótimo crooner. No final da década de 1970, ele chegou ao grande público e permanece até hoje. Seu nome? Emílio Santiago.
A carreira de Ed Lincoln iniciou-se aos 19 anos, quando veio para o Rio de Janeiro em 1951 e passou a trabalhar na boate Plaza tocando contrabaixo e piano ao lado de feras como Luiz Eça e Johnny Alf, um dos pais da Bossa Nova. Quatro anos depois formou sua banda. Em 1961 gravou os discos Ao Teu Ouvido e Ed Lincoln Boate, nesse segundo inclui o hit "Saudade Fez um Samba", de Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli. Dois depois lançou o disco Ed Lincoln - Seu Piano e Órgão Espetacular. Do álbum constavam as músicas "Só Danço Samba", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes; "Influência do Jazz", de Carlos Lyra; "Vamos Balançar", de Carlos Imperial; "Balansamba", autoria de Luiz Bandeira; "Pra Que?", de Silvio César, entre outros hits.
Durante a década de 1960, Ed Lincoln foi considerado o rei dos bailes. Visto que seu conjunto literalmente colocava fogo nas pistas de danças. Quem curte samba-rock vai se lembrar do hit "Meu Querido Amor" (http://youtu.be/5eJXOOcMERI), de 1966. De letra simples, mas com bom arranjo, destacando o órgão que Ed Lincoln sabe tocar de forma magistral. Outra composição inesquecível é o "O Ganso" (http://youtu.be/0MmYIOUYVX0), da segunda metade da década de 1960. Novamente, é visível o molho que Ed Lincoln consegue colocar numa música, até considerada infantil. Mas nas mãos de um grande profissional torna-se obra-prima.
Outra nitroglicerina é o hit "Blues Walk" (http://youtu.be/SPMNJvwROLM). Instrumental, mas cheia de molho, com lindo solo de metal. Esse hit fez muito sucesso nos bailes de salão, principalmente nas periferias de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o estilo samba-rock predominou. Em 1968 lançou "Catedral" (http://youtu.be/5Zfc6kC41E4). Outro hit que entrou para a galeria de seus grandes sucessos. Com arranjo bem leve, recheada de strings, é um samba bem no estilo Bossa Nova.
Para avaliar o feeling musical de Ed Lincoln, pelo seu conjunto passaram feras como Toni Tornado, Silvio César, Orlandivo, Marcio Montarroyos (o nosso Kenny G), o papa da bateria Wilson das Neves entre outros.
Até 1971, Ed Lincoln lançou disco e trabalhava tocando em bailes. A partir daí passou a gravar jingles e trilhas sonoras. Dedicou-se à música eletrônica, sendo um dos primeiros a usar este tipo de tecnologia na produção de álbuns, o que fez em 1989, quando lançou o disco Novo Toque, com regravação de antigos sucessos.
Em 2000 participou do CD de Ed Motta, na faixa "Conversa Mole". Como ocorreu com a Banda Black Rio, de 2002 em diante as músicas instrumentais de Ed Lincoln estouraram nas pistas de danças da Inglaterra, algumas delas pirateadas.Após problemas de saúde, Ed Lincoln retornou ao pique em 2007, tocando órgão Hammond (que teve em Jimmy Smith excelente divulgador) no samba " Sem Compromisso", de Geraldo Pereira e Nelson Trigueiro.
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Ed Lincoln meu ídolo dos anos 1960. Catedral me emociona até hoje marcou a minha vida. Tenho comigo esse LP.
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