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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 30 de agosto de 2011

The Trammps: outra marca da Disco Music


The Trammps foi um dos responsáveis pela divulgação da Disco Music na década de 1970. Ficaram marcados como o grupo de um só sucesso, com o álbum Disco Inferno, de 1977. Mas a história do grupo começa no início dos anos de 1970, quando ainda estavam sob influência da Soul Music e suas baladas ultrapassavam os 7 minutos.
A primeira formação do conjunto contava com o produtor e guitarrista Ron "Have Mercy" Kersey, os vocalistas Jimmy Ellis, Robert Upchurch, Harold Stanley Wade Wade e o lendário baterista Earl Young.
Na Buda Records, em 1972, eles gravaram uma canção pré-Disco Music de Judy Garland: "Zing Went o Strings of My Heart" (http://youtu.be/fFFbsxCRDa8). A música estourou nos Night Clubs de todo os Estados Unidos. A pegada da guitarra, unida à bateria e aos teclados, transmitia a energia necessária para se dançar. Outro destaque foi "Hold Back the Night" (http://youtu.be/fFFbsxCRDa8). Mais uma vez, o arranjo primordial do Som da Filadélfia era responsável para colocar outra canção nas paradas.
Nessa fase, o grupo começa a graver uma série de álbuns com arranjos de Disco Music (a KC and The Sunshine Band entraria no barco em 1975), porém na época todos imaginavam que o som deles fosse Soul Music. Era, mas de forma suave. Nada de forte marcação de contrabaixo, como ocorria nos discos da Motown ou da forte metaleira da Stax, conhecida como o Som de Memphis. Em 1974 eles estão nas paradas de novo, agora com o hit "Where Do We Go From Here" (http://youtu.be/0p45lTlxOjw). Canção para dançar, sem agredir os ouvidos. Estava lançada a senha de lançamento da Disco Music, que durou até o fim da década de 1970.
Em 1976 gravam "Disco Inferno" (http://youtu.be/-opY4qcidFk). No ano seguinte o hit entra na trilha sonora do filme Embalos de Sábados a Noite, com John Travolta e companhia. Aproveitaram a boa fase e vieram ao Brasil. O ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, ficou lotado. A maioria de pé, visto que ninguém conseguia ficar sentado com hits despejados pelos Trammps.
No ano seguinte, a Primavera do Sucesso começou a abandonar o conjunto. A qualidade do repertório caiu. Passaram a gravar baladas. Uma delas "Seasons For Girls" (http://youtu.be/RitquwlDX48) emplacou nos bailes, por causa de sua duração: quase 8 minutos! Tocava depois das 2h da manhã para facilitar a paquera e não deixar ninguém ir sozinho para casa. A capa desse disco, The Trammps III é bem sacada: a foto de uma mulher de costas, onde sai fumaça de uma tatuagem no ombro.
No início da década de 1980, os Trammps encerraram sua carreira. Dez anos depois, Jimmy Williams assumiu os vocais, seguido por Robert Upchurch e os irmãos Harold e Stanley Wade para tentar capitalizar um revival da Disco Music. Mas uma disputa com o fundador do conjunto, o baterista Earl Young, resultou numa versão alternativa do grupo que continua até hoje.
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Major Harris: talento que não alçou voo

Major Harris é lembrado pelo romantismo de suas músicas. Uma delas é a inesquecível "Love Won´t Let me Wait" (http://youtu.be/_NhWV36Zt7g), trilha sonora de diversos casais de namorados pelos moteis de todo o mundo. Porque no final dessa balada, a mulher geme simulando ter um organismo. Balada totalmente erótica, além do ótimo arranjo. Gravada em 1975, parece que foi lançada ontem. Tornou-se sucesso eterno.
Harris é primo do guitarrista Norman Harris e produtor do movimento conhecido como Som da Filadélfia, na década de 1970.
Sua carreira começou no grupo Delfonics, nos anos de 1960, onde sua voz transformava letras fracas em boas melodias. Quando resolveu seguir carreira-solo, reuniu bons músicos para acompanhá-lo na gravação do álbum My Way. Um dos destaques era o guitarrista Bobby Eli, autor de Love Won´t Le me Wait.
Em 1976 gravou "I Got Over Love" (http://youtu.be/AbH6cd-iAgg) pelo selo Atlantic Records. Dois anos depois foi para RCA Victor e lançou "How Do You Take Your Love" ( http:youtu.be/4dilpClONRO). Após essa balada, Harris deixou de ser uma das grandes vozes da Soul Music.
Nas décadas de 1980 e 1990 gravou junto com o grupo Delfonics. Em 2007 lançou o álbum Forever. Ninguém sabe os motivos que impediram que Harris tivesse uma carreira repletas de sucessos, com o talento que trouxe do berço. Talvez estivesse no lugar errado e na hora errada e com pessoas erradas.




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Billy Preston: o 5º Beatles

Desde o final da década de 1960, Billy Preston foi músico muito influente. Tocou com a maioria das estrelas do rock daquela época: Beatles (é dele o solo de órgão em Let It Be), Eric Clapton, Rolling Stones, Aretha Franklin, Jackson Five, Bob Dylan, Quincy Jones, Sly and Family Stone (inspiradores da Earth, Wind & Fire), John Lennon, George Harrison, Ringo Star entre outros. Participava tocando órgão e também no vocal. É considerado o quinto Beatles.
Começou a carreira num conjunto de música Gospel de André Crouch. Seus primeiros álbuns foram nesse estilo. Sua fama cresceu em 1969 quando tocou órgão, com pegada de gospel, no disco dos Beatles em que participou da faixa "Let it Be" (http://youtu.be/yGK7zja72Tk). No ano seguinte repetiu a dose ao lado de George Harrison no álbum All Things Must Pass. Depois em 1971 apareceu junto com outros grandes nomes do rock no Concerto para Bangladesh (http://youtu.be/QyyetXvX76Q) em Nova York.
Como poucos, Preston transitava com facilidade entre o Soul, Blues e Gospel, além de nadar de braçadas velozes no Pop. Gravou 20 álbuns solo, além de participar de 30 discos de outros grandes artistas. Seus teclados estavam em "It´s Only Rock Roll
" (http://youtu.be/1tqtzkQVIL0) dos Rolling Stones. Em 1979 ele gravou a balada "With You I´m Born Again" (http://youtu.be/JaVPxMw1S58) ao lado da voz de cristal de Syreeta Wright, hit que aliás fez grande sucesso nos bailes.
Também apareceu ao lado de Joe Cocker no hit "You Are so Beatiful" (http://youtu.be/SydDdAmTo0c). Participou do álbum Stadium Arcadium do Red Hot Chili Peppers no ano de 2006 e morreu em junho daquele mesmo ano. Mas escreveu definitivamente o seu nome na história da música.
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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Gérson King Combo: o James Brown brasileiro



Gérson King Combo é considerado o James Brown brasileiro e grande divulgador da Soul Music no País. Seu irmão Getúlio Cortes (compositor do hit "Negro Gato", um dos sucessos de Roberto Carlos na década de 1960) o iniciou na carreira artística, quando o levou para dançar no programa Hoje é Dia de Rock, apresentado por uma emissora do Rio de Janeiro.
Depois foi para o programa Jovem Guarda, que Roberto Carlos apresentava na TV Record, em São Paulo. Mas o ritmo Iê, Iê, característico dos grupos musicais do movimento encabeçado por Roberto e Erasmo Carlos não fez a cabeça de Gérson King Combo. Visto que o DNA da Black Music dos Estados Unidos já estava em seu sangue. Aliás, o sobrenome artístico é alusão a King Curtis Combo, uma banda de soul norte-americana liderada pelo
saxofonista Curtis Ousley, com seu auge na década de 1960.
Logo encontrou trabalho na Banda Veneno, do maestro Erlon Chaves, e depois com Wilson Simonal, antes da derrocada. O curioso é que o pai de Gérson não queria os filhos envolvidos no mundo do samba, considerado por ele antro de desocupados. Ele foi para a Soul Music, durante muitos anos marginalizada nos Estados Unidos, lembrando que Soul Music na gíria dos guetos norte-americanos significa música de preto.
No começo da década de 1970, a Black Music estava no auge no Brasil. O DJ Big Boy, com programa na Rádio Mundial do Rio de Janeiro, ajudou a introduzir esse ritmo no País. Nessa época diversas equipes (nome de promotoras de festas) de bailes surgiam em várias regiões do Brasil. A Jirau, no Rio de Janeiro, e Chic Show e Discoteca Eduardo´s, em São Paulo, responsabilizavam-se por colocar fogo nos eventos, reunindo até 20 mil pessoas em salões de clubes, associações de classe ou sindicatos, caso dos Aeroviários, diante do Aeroporto de Congonhas, na capital paulista.
Logo, Gérson King Combo foi aclamado Rei dos Bailes Blacks cariocas e começou a gravar. Em 1977 lança o disco Gérson King Combo. O trabalho antes de sair nas lojas é elogiado por James Brown, que lhe manda um telegrama, anexado na contra-capa do álbum. Antes, ele viajou à Jamaica e dançou num show das Supremes. Os passos da black music brasileira deixou boquiaberto o empresário das meninas. Recebeu convite para participar de uma apresentação de James Brown em Nova York. No ensaio, dançou mais de 6 horas com o criador da Funk Music. Ensinou alguns passos ao mestre e saiu dali sendo admirado por Brown. Ele percebeu que Gérson King Combo não era cantor de laboratório. Mesmo sem ter nascido nos Estados Unidos, carregava a Soul Music no sangue. Na avalição de Combo, o segredo do sucesso consiste em ter uma ideia exatamente na hora em que ela tem condições de acontecer.
Para sobreviver e poder realizar o sonho depois, foi obrigado a fazer backing vocal para diversos cantores famosos, onde sua voz era diluída na mixagem. Igual lutador de boxe que cai, mas levanta olhando o adversário. Gérson King Combo procurou manter contatos no meio artístico. Nesta trilha fez parte do embrião da Banda Black Rio na primeira metade da década de 1970.
Com o surgimento do Pagode, nos anos de 1980, ficou meio esquecido pelas gravadoras, que deixaram de lado a Soul Music. Mas deu a volta por cima na década de 1990 e em 2011 participou da Virada Cultural em São Paulo e continua presente em vários eventos de Black Music no Brasil.
Do seu primeiro álbum, de 1977, uma das pérolas é a balada "Foi um Sonho Só" (http://youtu.be/4m22fbJkV8A). Repleta de strings e lindo vocal feminino em contra-ponto ao vozeirão de Combo. O hit até hoje toca nos bailes blacks de nostalgia. No mesmo disco tem a adrenalina pura "Uma Chance" (http://youtu.be/rmJkYo-cQ-o). Os metais, bem no estilo Banda Black Rio, não deixam ninguém parado e tem ótima percursão.
Em 1978, seu segundo álbum traz o genuíno Funk dos Estados Unidos, "Goodbye Girl, Goodbye Baby" (http://youtu.be/nfpNvKMPGK8). Nos bailes do final da década de 1970, alguns DJs colocavam essa música para avisar que a festa tinha acabado. Todos continuavam dançando até o som desaparecer. Em 2003, numa de suas apresentações em São Paulo, cantou "Brother Soul"(http://youtu.be/LCPnTJ9MZ1Y), aolado da excelente rapaziada da banda Funk como Le Gusta.

O relâmpago Loleatta Holloway


Loleatta Holiday foi uma talentosa cantora mais conhecida por seus hits da Disco Music "Love Sensation" (http://youtu.be/22fRZc1zrF8)
e "Hit And Run" (http://youtu.be/E-xzoSzTZpY). Porém sua história começou quando cantava Gospel com sua mãe. Quando fez parte do elenco da trupe de Chicago, conheceu Floyd Smit, seu futuro marido, produtor e diretor e gravou "Rainbow ´71, em 1971, uma canção de Curtis Mayfield gravada por Gene Chandler em 1963.
Nessa época, ela assinou contrato com Soul Aware Records. Lançou dois álbuns, ambos produzidos por Smith (Loleatta -1973- e Cry Me -1975). Após o casamento com Smith, gravou a balada "Cry to Me" (http://youtu.be/OiU6Ia2MqeI). O hit ficou entre as 10 mais da Billboard R&B.
Loleatta aproveitou a maré e foi para a Mind Gold Records, tendo como arranjador e produtor o guitarrista Norman Harris. Seu primeiro disco na nova casa teve outra balada: "Worn Out Broken Heart " (http://youtu.be/V9NnxoD3bWs). A canção alcançou o 25° posto nas paradas R&B. Outro hit desse mesmo disco, "Dreaming" (http://youtu.be/0EHEqyyGcrM) em ritmo de Disco Music também fez Loleatta sentir o gosto doce do sucesso.
Em 1980, ela lançou seu quarto e último álbum na Mind Gold Records. Com 18 canções, a balada "Only You" (http://youtu.be/E3SWy-4oIfA), composta e produzida por Bunny Sigler, apareceu entre 11 colocadas nas paradas de R&B. Na década de 1980 gravou o single "So Sweet" para a International Records. No final dos anos de 1980, seus vocais em "Sensation Love" foram usados na Grã-Bretanha no hit "Ride on Time". Por falta de seu nome nos créditos, moveu processo, resultando em acordo judicial a seu favor.
Na década de 1990, teve mais processos judiciais, com artistas usando trechos de músicas de Loleatta Holloway sem sua autorização. Nessa época ela produziu poucos discos. Não pode mais continuar sua carreira, pois morreu em abril de 2011 aos 64 anos.
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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

O som leve de Ray Parker Jr

Atualmente desaparecido das paradas de sucesso, Ray Parker Jr é considerado um dos grandes guitarristas da Soul Music. Ainda no colegial, era procurado em Detroit para participar de gravações das canções compostas pelo trio Holland/Dozier/Holland da Motown Records.
Aos 18 anos, em 1972, Stevie Wonder o contratou para tocar numa turnê. Dai em diante, acompanhou feras do porte de Marvin Gaye e Four Tops. No final da década de 1960, Parker foi aluno de Barry White e já acompanhava o trio The Love Unlimited, criado por White em 1967.
Em 1977 assinou com a Arista Records e inicia carreira-solo. Cria o grupo Raydio, e em vez de gravar Soul Music opta pelo Pop. O primeiro hit nessa pegada foi "Jack and Jill" (http://youtu.be/tUpqRrKh2CE). Ficou entre os primeiros colocados nas paradas de sucesso. Depois, dois anos depois, veio "You Can´t Change That" (http://youtu.be/0AYgpqkfT14).
No início da década de 1980, emplacou "Woman Needs You Love" (http://youtu.be/NEJyEb8jkGQ). Outra música com arranjo bem leve, balançante mas sem som pesado de contrabaixo ou bateria. Uma das marcas de Ray Parker Jr no grupo Raydio.
Nessa época, ele começou a compor e produzir para diversos artistas. Passa a gravar usando seu nome, em vez de Raydio. Lança os hits " The Other Woman" (http://youtu.be/jHLf6eMTv90) e "I Still Can´t Get Over Loving You" (http://youtu.be/A-z3_hiU6yg).
Em 1984 estoura nas paradas com o tema do filme Ghostbusters Bill Murray, no Brasil ganhou o nome de Os Caça-Fantasmas (http://youtu.be/KvkKX035484). Depois do ápice, Ray Parker Jr começa cair nos anos seguintes. Troca a Arista pela MCA Records, mas seu último disco, de 1991, I Love You Like You Are, é um fracasso de crítica e vendas. Na curta carreira de cantor fracassou, porém deixou sua marca na Soul Music como um de seus maiores guitarristas.
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A carreira meteórica de Rick James

Antes de enveredar pela Funk Music, no início da década de 1960, Rick James, com 14 anos, era integrante da banda de rock The Mynah Birds, formada no Canadá. Dela fazia parte Neil Young, Bruce Palmer, Goldy McJohn, Nash e Young Fame. Desde essa época, ele já tinha o hábito de usar drogas para encontrar inspiração e compor.
Aos 30 anos, final da década de 1970, que Rick James entrou na Motown Records. Antes, com a banda The Mynah Birds, gravaram um disco, mas a gravadora de Berry Gordy não o lançou. Quando chegou à Motown, pela segunda vez, como artista, compositor e produtor já havia tocado em diversos grupos.
Sua primeira música na nova casa, "You and I" (http://youtu.be/vVvEZByp_6M), em maio de 1978, liderou as paradas de sucesso nos Estados Unidos. Em setembro daquele mesmo ano, emplacou outro hit: " Mary Jane" (http://youtu.be/gfaguHBfwOM). Os dois funks, com batida de Disco Music, estavam no álbum Come Get It!, ganhador de um disco de ouro.
No ano seguinte não repetiu a mesma proeza com o disco Bustin ´Out of L Seven. Só voltou ao top das paradas de sucesso em 1981, com o hit "Give It To Me Baby" (http://youtu.be/wsXzDMRFWkk). Novamente, o molho Funk marcava presença, acompanhado de balançante naipe de metais. Outra faixa explosiva nesse disco era "Super Freak ( http://youtu.be/QYHxGBH6o4M). Vendeu milhões de cópias, além dessas músicas marcar forte presença nos bailes.
De bola cheia, em 1982, sugeriu que Berry Gordy ressuscitasse a carreira dos Temptations. Cantou junto com eles a canção " Standing on The Top" (http://youtu.be/N7741O4LS0c). Produziu discos de Teena Marie e do grupo feminino Mary Jane Girl´s. No ano de 1983, a música título do álbum Cold Blooded (http://youtu.be/lnjbMtHH1H8) chegou aos primeiros lugares das paradas. A faixa "Ebony Eyes", dueto com Smokey Robinson, virou sucesso em todo o mundo, inclusive nos bailes promovidos no Brasil.
Em 1984, o hit "17" frequentou as paradas. Repetiu a dose no ano seguinte com "Can´t Stop" (http://youtu.be/7qtym86hbww). Em 1986, a faixa "Sweet and Sexy Thing" (http://youtu.be/zRUU8yS2osk) teve o mesmo caminho.
Em 1988 ele trocou a Motown pela Warner Bros Records e lança o álbum Wonderful. Da década de 1990 em diante, Rick James passou a ter sérios problemas com drogas, ficando mais tempo na prisão do que nos estúdios. Em 1997 gravou o disco Rapsody, um fracasso de vendas. Em 6 de agosto de 2004 morreu de ataque cardíaco, provavelmente provocado por overdose, em sua casa, na cidade de Los Angeles.
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domingo, 21 de agosto de 2011

O grande talento chamado Natalie Cole

Natalie Cole é a típica filha de peixe. Seu pai, Nat King Cole, foi uma das maiores lendas do Jazz. Sua mãe, Maria, trabalhou como cantora na orquestra de Duke Ellington. Desde criança que Natalie respira música. Aos seis anos estreou no disco de seu pai, Christimas Album
(http://youtube.be/1pu2SqzfPV8). Com 11 anos subiu aos palcos e deles nunca mais desceu, só quando teve sérios problemas com drogas, no início da década de 1980 e precisou de tratamento para continuar explorando o talento que Deus lhe deu. Mesmo assim herdou uma Hepatite C da época em que cocaína, heroína e álcool faziam parte de sua rotina.
Em 1973, após terminar a universidade, uniu-se aos produtores Chuck Jackson e Marvin Yancey (com quem se casou) e assinou contrato com a Capitol Records. O hit "This Will Be" (http://youtu.be/5YOQCrEHhz4) e "I´ve Got Love on My Mind" (http://youtu.be/rD1sYh3A9ig) estouraram nas paradas. O resultado do ótimo álbum é a conquista do Grammy na categoria "Melhor Artista Revelação". Foi a primeira cantora negra a ganhar o prêmio nesse quesito.
Antes de terminar os anos de 1970, ela emplacou "Mr.Melody" (http://youtu.be/qYBMw5yxBI), uma Soul Music com algumas pitadas de Disco Music. O hit invadiu as pistas de danças e a programação musical das boas rádios FMs, que na época ainda engatinhavam no Brasil .
Também fez o mesmo com "Sophisticated Lady" (http://youtu.be/v15sV7PLPFo). Acabou escolhida a melhor cantora de R&B em 1977.
De 1980 a 1984 viveu o inferno das drogas, precisando de internação em clínicas de reabilitação. Ao sair limpa, lançou dois álbuns sem grande repercussão. Só em 1987 conheceu o sucesso outra vez, com o disco Everlasting. Nele estava a versão da canção de Bruce Springsteen: "Pink Cadillac" (http:youtu.be/7FdAO1JgvAo).
Para aproveitar os novos ares, Natalie Cole deixa em segundo plano o Blues e Soul Musc, aderindo ao estilo Pop mais baseado no Jazz. Em 1991 ganha o Grammy ao regravar junto com seu pai, numa montagem possível com ajuda da tecnologia, o hit "Inforgettable" (http://www.youtube.com/watch?v=pDTClaoY-zI). O álbum vende mais de 5 milhões de cópias. Para comemorar a boa safra, escreve, no final de 2000, sua autobiografia Angel On My Shoulder.




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Tavares: quando a tecnologia não substitui talentos


A carreira do quinteto Tavares, iniciada no final da década de 1960, chegou ao fim em 1982. Os cinco irmãos de Massachusetts formaram um dos conjuntos mais afinados dos anos de 1970 e colocaram nas paradas diversos hits. Tinham uma linda harmonia vocal. Exemplo disso é a música "Heaven Must Be Missing an Angel" (http://youtu.be/bmzWzfd2WN0), de 1976. Em ritmo de Disco Music, mas com letra e melodia bonitas, além, claro, de vocal impecável.
O segredo dos Tavares era conseguir encontrar sempre repertório certo e colocar nas mãos dos produtores, para transformá-los em hits de sucesso, vendendo milhões de discos e rendendo diversas turnês. Mas infelizmente cairam nas mãos de profissionais que não souberam explorar o potencial do quinteto.
Exemplo disso é a união dos produtores Grand Perren Slam e Kenny Nolan. O primeiro puxava para o Funk eletrônico e o segundo para baladas Pop. O resultado não surtiu efeito junto aos fãs.
Mesmo assim conseguiram colocar nas paradas os hits "Got To Find My Way Back To You" (http://youtu.be/amKvxvu4448) e " Maybe We´ll Fall in Love Again" (http://youtu.be/t08bQWmNZNE). Para não deixar tudo ser destruído, Nolan teve o lampejo de criar o hit "Penny For Your Thoughts" (http://youtu.be/_ikwyiziQ3A), uma balada bem melosa; daquelas visando lucro, além de um arranjo sem qualquer criatividade. Inesperadamente, a música ficou entre as 40 colocadas das paradas e alguém a indicou ao Grammy.
"Mistery Lady" (http://youtu.be/80eSn7Dy3Zo) foi outra canção que o grupo Tavares lembra um pouco o que era a arte de cantar na década de 1970, com os velhos componentes. A nova geração do quinteto não conseguiu reproduzir hit como "Never Had Love Like This Before" (http://youtu.be/kNwBqIHut2c), que fez muito sucesso nos bailes da década de 1970. Nem sempre a tecnologia supre a carência de talentos. Os novos integrantes do quinteto Tavares é a prova disso.
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Mais de 50 anos de carreira dos Four Tops

Four Tops foi um dos maiores grupos musicais que saiu da cidade de Detroit no começo da década de 1950. O quarteto era formado por Levi Stubbs, Benson Obie, Lawrence Payton e Duke Fakir. Naquela época, Four Tops significava o som da América jovem. No início dos anos de 1960 eles entram na Motown Records. Em 1964, o trio de compositores Holland/Dozier/Holland entregam a primeira obra-prima ao conjunto. "Baby I Need Your Lovin" ( http://youtu.be/joqjBAJx4ZA).
Logo, eles subiram para o top list da Soul Music da Motown, juntamente com os Temptations. Os Four Tops tiveram de driblar a coreografia e a suavidade vocal dos Temptations. O ponto extra dos meninos de Detroit era a união e a voz inimitável de Levi Stubbs. Quando gritava as notas de letras apaixonadas, acabava criando clássicos, como "Reach Out I´ll Be There" (http://youtu.be/KnDm3qr1Knk), "I Can´t Help Myself" (http://youtu.be/s3bksUSPB4c) entre outros.
De 1964 a 1972, os Four Tops figuraram como grupo top de linha da Motown Records, por causa das inúmeras canções transformadas em sucessos que venderam milhões de discos. Quando a ABC Records criou a divisão para gravar músicas de cantores negros, eles aceitam trocar de casa. Os produtores Lambert e Potter transformaram em pérolas os hits "Ain´t No Woman (Like The One I´ve Got)" (http://youtu.be/drotqeAuVRI´), onde o vocal do conjunto faz bela introdução, com o arranjo da canção fixando apenas no contrabaixo, bateria bem leve e suaves strings. Ou seja, nada de balada barulhenta, cheias de instrumentos, que acabam poluindo sua beleza.
A dupla Lambert e Potter lapidou também "Are You Man Enough" (http://youtu.be/faaxsHyyIzY) e "One Chain (Don´t Make No Prison). Até o final da década de 1970, eles permaneceram na ABC Records. É nesse período que gravam "If I Had a Hammer" ( http://www.youtube.com/watch?v=-wD6sI29_Ck). A canção fez muito sucesso nos bailes, pois virou autêntico samba-rock nas mãos dos DJs das equipes promotoras de festas nos diversos salões existentes em São Paulo e Rio de Janeiro. A letra é uma versão em inglês do hit "Datemi Un Martello" da cantora italiana Rita Pavone.
Na década de 1980 foram para a Casablanca Records e lançaram o hit "When She Was My Girl" (http://youtu.be/Ejg-22i4VYQ). Continuaram sentindo o gosto doce do sucesso. Três anos depois, no aniversário de 25 da Motown Records, eles e os Temptations participaram de uma competição, com ambos os grupos cantando seus clássicos musicais. Dali nasceu uma turnê que durou 20 anos.
Em 1989 assinaram com a Arista Records. Porém em 1997, morre Lawrence Payton. No ano 2000, Levi Stubbs teve sérios problemas de saúde encerrando sua carreira de cantor. Em 2005 Benson Obie também falece, no seu lugar entra Lawrence Payton Son. As outras duas vagas foram preenchidas pelo ex-Temptations Theo People´s e Ronnie McNeir. Depois de 50 anos de estrada, os Four Tops prosseguem na estrada.

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sábado, 20 de agosto de 2011

As doces baladas da Blue Magic

Quando se fala de Soul Music romântica na primeira metade da década de 1970, a banda Blue Magic é ignorada, como se não fizesse parte dessa rica história musical norte-americana. O quinteto formado por Mills Ted, Sawyer Vernon, Sawyer Wendell, Beaton Duke e Keith Pratt Richard nasceu na Filadélfia e começou gravando na Atlantic Records em 1973.
A produção ficou a cargo do veterano guitarrista Norman Harris, durante muito tempo trabalhando nos bastidores dos manda-chuva Gamble & Huff, criadores do famoso Som da Filadélfia, que resultou no lançamento de uma série de bons artistas da Soul Music.
No início, o estilo vocal da banda Blue Magic lembrava os Stylistics, até pelo formato de letras, falsetes e arranjos de teclados, repletos de strings.
Em 1974, lançam o segundo álbum, agora pela Atco Records, mas com as mãos de Norman Harris. O hit "SideShow" (http://youtu.be/eamL5JBdcM8) chega firme às paradas. Mas a música que explodiu nos bailes, principalmente do Brasil, foi "Just Don´t Want To Be Lonely" (http://youtu.be/UeZZ4RWW7HQ). Ela serviu de prefixo do extinto programa Almoço com as Estrelas, apresentado pelo casal Ayrton e Lolita Rodrigues, aos sábados na TV Tupi. Tinha mais de 6 minutos, a balada ajudava quem precisava sair acompanhado de uma festa. O arranjo facilitava a paquera. A letra dizia tudo: era a estória de alguém que não queria ficar solitário.
Até 1977, a Blue Magic ficou famosa por cantar baladas. O grupo manteve-se nas paradas da Soul Music com o hit "Stop to Start" (http://youtu.be/JI9mGvlM0uc). No final dos anos de 1970, a velocidade do grupo baixou. Gravaram dois álbuns na década de 1980: Magic (1983) e From Out of The Blue (1989). Nos anos de 1990, Mills Ted segue carreira-solo. Ainda prosseguem na banda Sawyer Vernon e Wendell, Beaton Duke e Keith Pratt Richard. Fazem turnês, apresentam-se em programas de Soul Music nas emissoras de televisão norte-americanas e ganham a vida cantando os sucessos passados do grupo.

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Carol King: a boa marca do Pop Rock

A carreira de Carol King começa na infância. Aos 4 anos de idade, em 1946, já aprendia piano, e anos mais tarde formaria seu primeiro conjunto. Na faculdade conheceu pessoas como Paul Simon, Neil Sedaka (de quem seria namorada no final da década de 1950, o qual comporia o hit "Oh!Carol" (http://youtu.be/5_KK73NdqaM) em homenagem a ela) e Gerry Goffin, com quem casou-se. Nascida em Nova York, Carole Klein, lançou seu primeiro disco Tapestry em 1971. Ocupou o primeiro lugar das paradas norte-americanas durante seis meses. Também ganhou quatro Grammy (álbum do ano, melhor performance vocal pop, gravação do ano "It´s Too Late" (http://youtu.be/kSep7QJXKlE) e canção do ano "You´ve Got a Friend" (http://youtu.be/trEwDejTKRY).
Como compositora e cantora, Carol King adotou o estilo de fazer melodias simples com pitadas de pop rock. O casamento com Goffin resultou na criação de uma séria de canções. A maioria chegou a lugares de destaque nos tops. Destacam-se "Will You Still Love Me Tomorrow" (
http://youtu.be/zx45YaqGMJ4), "The Locomotion" (http://youtu.be/QPtEuKgWmg4)
. A canção "Chains" foi uma das poucas gravadas pelos Beatles, no álbum Please, Please Me.
Mesmo com tanto sucesso, a carreira dela não decolou na década de 1960. Decidiu criar a Tomorrow Record, outra vez ao lado de outro marido, Al Aronowitz. Mesmo tocando e cantando bem, ela tinha medo de se apresentar ao vivo. Só em 1970 resolve encarar o receio e lança o álbum Writer. O disco não vendeu muito.
Em 1971, após gravar o álbum Tapestry, solta King, que trouxe o hit "Sweet Seasons"
(http://youtu.be/J-8HYbYYW1U). No ano seguinte veio "Rhymes and Reasons", em 1974 gravou "Wrap Around Joy"(http://youtu.be/cQLs7HhzW-0). Por volta de 1975, ao lado de James Taylor, David Crosby e Graham Nash; Carol King e o ex-marido Goffin
elaborou o álbum Thoroughbred. Nesse mesmo ano casa-se pela quarta vez, agora com Rick Evers, morto em 1976 por uma overdose de heroína.
No começo da década de 1980, ela afastou-se do mundo da música e foi viver numa comunidade rural no Estado de Idaho. Ali envolveu-se com ambientalistas. Da união, resultou na gravação do disco Speeding Time, de 1983. Depois só fez outro lançamento
, no caso City Streets, em 1989 com a participação de Eric Clapton. Colour of Your Dreams, de 1993, teve a presença de Slash dos Guns n´Roses. Três anos depois soltou o disco Time Gone By. Em 2001 gravou Breaking Up is Hard To e Love Makes The World, respectivamente. Seu último trabalho musical saiu em 2007.



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Billie Holiday: uma das maiores cantoras do mundo

Billie Holiday foi uma das maiores cantoras de Jazz de todos os tempos.
Filha de mãe adolescente, com 13 anos; o seu talento veio do pai Clarence Holiday, músico de Jazz de sucesso na cidade Baltimore, Maryland, Estados Unidos. Aos cinco anos, conheceu o amargo da separação dos pais. Sua mãe passa a deixá-la aos cuidados de outras pessoas. Por faltar muito à escola, aos 10 anos, em 1925 é encaminhada à Casa do Bom Pastor, entidade que cuidava de crianças negras vindas de famílias conturbadas. Com 14 anos retornou ao local, pois havia sofrido abusos sexuais em casa. Antes virou faxineira de prostíbulos.
Para superar os traumas, encontrou refúgio na música. Passou a cantar canções de Bessie Smith e Louis Armstrong. No final da década de 1920, aos 15 anos sua mãe a obrigou prostituir-se no bairro do Harlem, em Nova York. Perto do início de 1930 passou a cantar em night clubs, quando em busca de emprego entrou no local para o cargo de dançarina. O dinheiro era para evitar o despejo dela e da mãe. Nessa época adota o nome artístico de Billie Holiday, deixando em segundo o plano o de batismo: Eleanor Fagan Gouch.
Com 18 anos, em 1933, é descoberta por John Hammond. Ele é peça importante para a gravação de um single com o clarinetista Benny Goodman. Sai seu primeiro trabalho comercial "Your Mother´s Son-in-Law" (http://youtu.be/u7UqVomYQZY). No ano seguinte coloca nas paradas o hit "Riffin".
Por ter uma voz onde é visível o tom de melancolia, passou a gravar com o pianista de Jazz, Teddy Wilson. A partir de 1935 grava diversas músicas: "What a Little Moonlight Can Do" (http://youtu.be/ldwDvw99HHs) e "Miss Brow To You" (http://youtu.be/jTnoIDRxEbc). Ao participar do filme Symphony in Black, ao lado de Duke Ellington, vira amiga do saxofonista Lester Young. Em 1937 entra para a orquestra de Count Basie.
Depois trabalhou com Artie Shaw e sua orquestra, sendo a primeira cantora negra a fazer parte de um conjunto de brancos nos Estados Unidos no final da década de 1930. A partir de 1940 conhece o sucesso, mas para superar a tristeza, passa a beber e consumir drogas, inclusive heroína, responsável por sua morte em 17 de julho de 1959, aos 44 anos, num quarto de hotel. Seus principais sucessos são: " Stormy Blues" (http://youtu.be/_t1xnnrUkGU), de 1954; " Our Love is Diferent"(http://youtu.be/BgsxLDL9nA8), de 1939; "Now or Never"(http://youtu.be/-DYG5MpNros), de 1949. Além da gravação da clássica "Summertime" (http://youtu.be/h5ddqniqxFM). Curiosidade: Janis Joplin, fã declarada de Billie Holiday, também morreu de overdose de heroína num quarto de hotel, em 1970. Ambas carregavam na voz a melancolia típica das excelentes cantoras de Blues.
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Smokey Robinson: o cartão de visitas da Motown



O encontro de de Smokey Robinson com Berry Gordy, fundador da lendária Motown Records, mudou para sempre sua vida. Ele já tinha um conjunto chamado The Miracles. Como Robinson é hábil em compor músicas, a Motown matou dois coelhos usando a mesma paulada. Gordy o ensinou a manter suas rimas inteligentes no tempo máximo de 3 minutos, padrão usado em todas as composições da gravadora.
Durante o começo da década de 1960, Smokey Robinson virou máquina produtora de hits de sucesso para The Temptations, Marvin Gaye, The Supremes, Stevie Wonder entre outros. De 1962 a 1966, ele escreveu "My Girl" (http://youtu.be/NG2qd8SXCQc), "Ooh Baby, Baby" (http://youtu.be/uThnUmWRCCs), autêntica balada para tocar em bailes e dançar de rosto colado. O vocal, no formato de capella, ajuda derreter qualquer coração apaixonado. Também teve "The Way You Do The Things You Do" e "My Guy" (http://youtu.be/TR4eAhBXKdc). A voz em falsete junto com seus olhos verdes transformaram-se em fortes atrativos às mulheres, principalmente as jovens. Ao lado do grupo The Miracles, Smokey Robinson virou frequentador assíduo das paradas de sucesso nos Estados Unidos. O hit "The Track of My Tears"(http://youtu.be/ZuDIiw2CLS4), de 1965, depois regravado por Johnny Rivers no ano seguinte, é a mostra do talento dessa verdadeira fábrica de canções inesquecíveis.
Em 1972, Smokey Robinson separou-se dos Miracles para carreira-solo. Nesse período, lançou diversos álbuns, mas conquistando poucos êxitos. Antes do final da década de 1970, em 1978, voltou às paradas com o hit "Cruisin" (http://youtu.be/ifhe6GQsxUo). No Brasil, a música entrou na trilha sonora da novela O Astro e ganhou, também, os salões de bailes.
Quando todos imaginavam que ele estava na lona estirado, "Crusin" serviu de energético para retomar a velha estrada do sucesso. Seu estilo de baladas românticas iria dominar a noite de black music na década de 1980, além de impusionar carreiras de artistas como Anita Baker e Luther Vandros.
Aliás, em 1983, ao lado de Rick James estourou com a canção "Ebony Eyes" (http://youtu.be/fd1CALKdQTM)
, o dueto de Smokey Robinson e Rick James e a ótima produção carimbaram a chancela de música inesquecível a este hit. Depois emendou com "Just To See Her" (http://youtu.be/g5bvjUrVObk); no Brasil ela ganhou a versão "Mais Uma Vez" na voz do grupo Placa Luminosa.
Dai para frente, continuou gravando até 1987, quando o vício na cocaína quebrou o seu ritmo. A venda da Motown Records o levou a trocar de casa com o selo SBK, em 1991.
No ano de 2004, grava seu primeiro álbum cantando Gospel. O hit "Jesus Told Me To Love You" (http://youtu.be/ckzIUI0w29Y) foi o destaque do disco, onde uma faixa descreve a conversão do apóstolo Paulo, a caminho da cidade de Damasco, quando ouviu pela primeira vez a voz de Jesus Cristo. Em 2009 comemorou os 50 anos de criação da Motown Records. Nas rápidas canjas, mostrou que continua com o mesmo falsete cativante desde o início da década de 1960.



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Etta James continua grande dama do Blues

Aos cinco anos de idade, em 1943, Etta James era um prodígio. Cantava Gospel tanto no coro da igreja Batista quanto nas rádios. Ao completar 12 anos mudou-se para San Francisco, onde formou um trio e começou trabalhar com Johnny Otis. Com 16, em 1954, foi para Los Angeles gravar "Wallflower" na banda de Otis. Até ai ela usava o nome de batismo: Jamesetta Hawkins. Logo tornou-se Etta James, o seu nome invertido.
Para acompanhá-la surgiu o grupo vocal The Peaches. Em 1955 lança "Good Rockin´Daddy" (http://youtu.be/DDwKeEzy72Q).
Cinco anos depois assinou com a Chess Records, de Chicago, e sua carreira começa decolar.
Faz dueto ao lado de seu namorado, Harvey Fuqua, e gravam a balada "All I Could Do Was Cry" (http://youtu.be/7GhDw-QWT5o), "At Last" (http://youtu.be/ADDigK8LwyE) e "Trust in Me" (http://youtu.be/5lxE1s8zpBg). Por essas três músicas, os fãs do Gospel e Blues poderiam esperar vida longa para Etta James. Outro sucesso inesquecível é "Stormy
Wheater" (http://youtu.be/KgdJjvWIlJg ), autêntico blues, que ficou famoso no Brasil quando apareceu como trilha de um comercial de cerveja no início dos anos 2000. Afinal tinha 22 anos. Mostra do seu talento cantando louvores a Deus é com "Oh Happy Day" (http://youtu.be/oma9nsPimqI).
Nessa trilha ela emendou "Something´s Got a Hold on Me", de 1962, e "In The Basement"
(http://youtu.be/HfPJUtwhgYE), uma dançante Soul Music, revelando o seu talento fora das baladas.
No início da década de 1970, o vício em heroína quase destruiu sua carreira. Visto que precisou ser internada em clínicas de desintoxicação e longo tratamento para abandonar a droga. Em 1973 recebeu indicação ao Grammy. No ano de 1977 entrou na Warner Bros Records. De cara limpa, apareceu na cerimônia de abertura das Olímpiadas de 1984, em Los Angeles.
Seus discos posteriores receberam elogios da crítica, incluindo o álbum Blue Gardenia que alcançou o topo das paradas de Jazz da Billboard. Em 1993 entrou para o Hall da fama do rock.
Há oito anos ganhou o Grammy de melhor álbum de blues contemporâneo. Em 2004 repetiu o feito com Blues To The Bone, no quesito melhor álbum tradicional de blues. Dois anos depois lançou o disco All The Way, cantando canções de Prince, Marvin Gaye e James Brown.
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Jimmy Helms vira líder da New Londonbeat

Em 1963, com 19 anos, Jimmy Helms lançou seu primeiro disco, com o hit "Ragtime Girl". Depois, em 1969, grava "If You Let Me". Não o ajudaram profissionalmente, mas contribuiram para mantê-lo na dura estrada da carreira musical. Três anos depois assina contrato com a Fly Records e grava "Love So Long".
No entanto ele só se tornaria intímo das paradas de sucesso com o hit " Gonna Make You An Offer You Can´t Refuse" (http://youtu.be/B6N5z2KKFlk), de 1973. A canção virou flash back e colou em Helms, como ocorre com "Flor de Liz", de Djavan.
Depois gravou " I´II Take Good Care of You" e "Jack Horner´s Holiday", mas não repetiu o mesmo êxito. Em 1977, sob a produção do maestro Biddu, lançou o álbum Black Joy, destacando a faixa "Romeo and Juliet" (http://youtu.be/B6N5z2KKFlk) em ritmo Disco Music.
Onze depois compôs trilha sonora do filme Water. Nesse período dedicou-se a trabalhar como músico de estúdio. Na década de 1990 passou a cantar jingles em rádios da Grã-Bretanha. Em seguinda formou a banda Londonbeat, composta por George Chandler (ex-The Olympic Runner), Jimmy Chambers e William Henshall. Estouraram na Holanda com o hit "I´ve Been Thinking About You" (http://youtu.be/Eq6tW6792ss). Canção típica para as pistas de dança. O mesmo ocorreu com "A Better Love" (http://youtu.be/STATIKgATvk).
Em 2003, a banda foi rebatizada como New LondonBeat com as entradas de Kayne Myles e Goldschmitz Marc. Passaram a fazer parte da gravadora alemã Coconut e lançaram o álbum Back in The Hi-Life. Jimmy Helms percebeu que sozinho não era possível mais fazer sucesso, optou por criar uma banda e deixar o romantismo de lado. Por enquanto deu certo.

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Os estilistas das canções românticas

Os Stylistics é a marca registrada das baladas em ritmo de Soul Music. A parceria com o compositor Thom Bell (era pianista clássico) rendeu ao grupo diversos sucessos na década de 1970 e milhões de discos vendidos em todo o mundo. É o caso de "You Make Me Fell Brand New" (http://youtu.be/qyD5tAGBP9U). O hit foi um estouro, inclusive no Brasil, onde o grupo se apresentou no Centro de Convenções do Anhembi, em 1974, na esteira de 10 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.
Além de bons arranjos, preparados com mestria por Van McCoy e ótima produção da dupla Hugo & Luigi, o vocal dos Stylistics é primoroso. Nos discos é visível a voz em falsete de Russel Thompkins Jr. Em "You Make Me Fell Brand New" ele faz a segunda voz após a introdução das primeiras estrofes.
No álbum, gravado em 1974, as três primeiras faixas do lado 1 seduziram os ouvidos dos eternos românticos. "Let´s Put It All Together" (http://youtu.be/Ly2fZAKhlUo). A introdução de piano e suaves strings, aliados ao excelente vocal, foram a razão de tornar imortalizada esse hit na programação das boas rádios FMs.
A música que abre o disco, "We Can Make It Happen Again" (http://youtu.be/cNLwgas8-so) é outra massagem para os ouvidos. Visto que o maestro Van McCoy sabia fazer arranjos leves, baseados em teclados, com infinitos strings, e solos sutis de guitarra. A bateria soava, sempre, bem leve. Não descia a mão, como ocorria nos conjuntos do cast da Motown ou Stax Records.
Como emplacaram diversos hits nas paradas, os Stylistics deram-se ao luxo de fazer turnês escoradas em cima de seus flash backs. É o caso de " Maybe It´s Because You´re Lonely" (http://youtu.be/KWugm-lpBZU), faixa do álbum Fabulous de 1976, quando o grupo ainda tinha cinco integrantes. O mesmo se repete com " Because I Love Girl" (http://youtu.be/yEq1qfS0J1c), outra Soul Music romântica.
Uma das estratégias dos Stylistics, em mais de 40 anos de estrada, foi não mudar a maneira de cantar. Resistiram aos modismos das décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000. Adotaram a máxima de que em time vitorioso não se mexe. Há 10 anos Thompkis Jr., saiu e entrou em seu lugar Eban Brown, de falsete mais espesso, porém sem a sensibilidade de Thompkis Jr. A tônica é a mesma: letras falando do amor entre um casal, recheado de bons arranjos de teclados, strings e bateria bem mansa. Barulho passa longe dos Stylistics.

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Rose Royce é o exemplo de cantora cometa

Rose Royce é o exemplo de cantora cometa: rápido surgiu e velozmente desapareceu. Seu auge foi entre 1977 e 1979, quando estourou com diversos hits nas paradas de sucesso dos Estados Unidos. O combustível era o ex-compositor da Motown Records, Norman Whitfield.
Ele ajudou a montar a banda de apoio, com o vocalista e trompetista Kenny Copeland, o baterista Henry Garner, outro trompetista Freddie Dunn e o saxofonista Michael Moore.
Em 1977, Whitfield aumentou o grupo para nove membros, com a entrada de outro vocalista, Gwen Dickey. Logo eles gravaram um hit que entrou na trilha sonora do filme Car Wash (http://youtu.be/O1J9ofYW3LI). A música, bem dançante, chegou aos primeiros lugares das paradas nos Estados Unidos.
O problema é que Rose Royce e seus meninos ficaram indecisos entre fazer um som dançante para tocar em bailes ou cantar hits para emplacar nas rádios e programas de televisão.
Nem a balada " I Wanna Get Next To You" (http://youtu.be/5EO1nfSCKrU), composta por Whitfield melhorou a situação.
No ano de 1978, ela ainda conseguiu colocar nas paradas e bailes o hit " Love Don´t Live Here Anymore" (http://youtu.be/V5gFAiPJhvI). Em 1979, as brigas internas entre os integrantes da banda e Rose Royce provocaram o fim de sua carreira. Para complicar, Whitfield não tinha mais tempo disponível para compor material e manter o conjunto funcionando. Dickey deixou a carreira artística. Rose enfrentou diversos problemas pessoais nas décadas de 1980 e 1990. Em 2003, na companhia de Dunn, Copeland e Garner lançaram o álbum Live in Hollywood. Não perceberam que o trem do sucesso já tinha partido da estação, os esquecendo na plataforma.
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

As boas baladas de Al Hudson & The Soul Partners

Al Hudson & The Soul Partners, na década de 1970, cantaram canções de amor que ficaram marcadas para sempre no coração dos apaixonados. Quem ainda se lembra do hit " Lost Inside of You" (http://youtu.be/w88p3xq5KsI), totalmente apoiada no bom e excelente piano Rhodes. A bateria marcando bem de leve, com o contrabaixo pulsando levemente. O vocal do grupo também é uma verdadeira aula de cantar R&B (blues de rua). O tecladista Jonathan Meadowns dá um verdadeiro show de como se deve tocar teclados.
Outro destaque é o vocal comandado por Al Hudson. O hit serviu de inspiração ao velho Tim Maia relembrar sua passagem pelos Estados Unidos de 1960 a 1965, pois ele incorporou este estilo de tocar e cantar em suas baladas. Mas o estoque de boas músicas prossegue. Eles gravaram "Baby, Let me Love You" (http://youtu.be/WkfLZhctTPY), por volta de 1978. A balada entrou no circuito da maioria dos bailes que ocorriam em São Paulo, feitos pelas equipes Chic Show, Zimbabwe, Black Mad, Sideral, Os Carlos "O Som para Dançar". Novamente, o arranjo é baseado nos teclados, cheios de strings, e vocal deixando o coração dos apaixonados em polvorosa.
Antes, em 1977, Al Hudson & The Soul Partiners gravaram "Feelings" (http://youtu.be/1gXnz15A-84). Colocaram o mesmo molho de blues na composição de Morris Albert. Juntaram a fome com a vontade de comer. O arranjo no estilo black music deu outra roupagem ao hit, regravado por inúmeros cantores. Essa pegada durou até 1979, quando a gravadora ABC foi comprada pela MCA Records. Em nova casa, a banda passou a chamar-se One Way featuring Al Hudson. Juntos foram os guitarristas Dave Roberson e Cortez Harris, o baixista Kevin McCord, o baterista Green Gregory, o tecladista Jonathan Meadows, além do líder do grupo, Al Hudson. A eles se juntaram a vocalista Alicia Meyers.
Na MCA Records ficaram de 1980 a 1988. Em 1982 emplacaram o funk "Cutie Pie" (http://youtu.be/c24g4xZhHXQ). A música fez bastante sucesso nos bailes, pois não deixava ninguém parado. Dessa vez, a espinha dorsal é marcação forte de contrabaixo, bateria eletrônica e muito sintetizador, herança da Disco Music. Os ótimos arranjos vocais da década de 1970 ficaram para trás. Às vezes acertavam a mão, como em "Lady you Are" (http://youtu.be/eaJqFGL6DuM), outra balada escorada nos bons vocais de Alicia Meyers e Al Hudson, mas os teclados de Jonathan Meadows ficaram em segundo plano. Em 1989 trocaram a MCA pela Capitol Records. Pelo visto, a fonte de boas músicas ficou restrita às décadas de 1970 e 1980.

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Carlos Dafé é uma das raízes da soul music brasileira

A música já estava no DNA de Carlos Dafé desde quando se encontrava na barriga de sua mãe. Ela era poetisa e o pai multi-instrumentista. Aos 12 anos, em 1959, era aluno da academia de música. Depois aprendeu tocar piano e contrabaixo. Ao contrário de outras crianças, seus brinquedos estavam ligados ao seu futuro como cantor: gaita, violão e cavaquinho.
No subúrbio carioca da Penha, Rio de Janeiro, participou de diversos conjuntos. Fã de grupos de chorinho, aos 10 anos já participava desse estilo de música instrumental. Influência do seu pai, que tocava bandolim, cavaquinho e acordeon. Mais tarde trabalhou em orquestras.
Mesmo na Marinha, onde prestou serviço militar, o seu lado musical prevalecia. Nesse período conheceu o Caribe e Estados Unidos. Aproveitou para ouvir e trazer material de Jazz.
No início da década de 1970, com 24 anos, começou ter contatos com feras do porte de Oberdan Magalhães (fundador da Banda Black Rio), Paulo Moura, Dom Salvador (muito reverenciado nos Estados Unidos pela sua qualidade como músico) e Grupo Abolição. Em 1972 consegue gravar seu primeiro disco, com apoio de Ivan Lins e Roberto Menescal.
A qualidade do trabalho chamou a atenção de Tim Maia. Nessa época surge a oportunidade de tocar piano na banda do Síndico. Logo vieram convites para acompanhar Elza Soares, Nora Ney (a primeira cantora a gravar uma canção de rock roll no Brasil na década de 1950). Depois conhece Liza Minelli e Michael Jackson, quando ainda fazia parte dos Jackson Five.

Em 1975 era muito forte a influência da Soul Music no Brasil. Ou seja, ouvia-se mais o ritmo norte-americano nos bailes do que samba ou MPB. Foi este o pulo do gato de Carlos Dafé ao gravar, em 1977, seu álbum Dafé "Pra que vou recordar". O disco veio recheado de baladas no estilo Soul . Estourou nos bailes e em vendas. Logo começou se apresentar no ginásio do Palmeiras, com a equipe Chic Show reunindo 20 mil pessoas nas festas. No Rio de Janeiro ocorria o mesmo com a Soul Grand Prix. As baladas " A Cruz" (http://youtu.be/f3Hvt8RiPE0) e "Pra Que Vou Recordar o Que Chorei (http://youtu.be/E9khKwmA-E4) logo se transformaram em sucesso, mesmo sem tocar muito nas rádios. Os arranjos de teclados e cordas eram bem no estilo dos cantores norte-americanos. Tinham qualidade.
No ano de 1978 veio outro mega-sucesso: " Venha Matar a Saudade" (http://youtu.be/aMYnWB1l5S8). O disco vendeu igual pipoca na porta de cinema. Antes do fim da década de 1970, Carlos Dafé emplacou " Tudo Era Lindo" (http://youtu.be/aMYnWB1l5S8), composição com excelente arranjo de teclados e novamente a gostosa batida da Soul Music.
Nas décadas de 1980 e 1990, as gravadoras deixaram de apostar no talento de Carlos Dafé, optando pela febre do pagode descartável e do Axé Music, vindo da Bahia.
Mesmo fora do circuito comercial, Carlos Dafé continua em atividade, fiel às raízes da soul music, na mesma trilha de Tim Maia, Cassiano, Gérson King Combo e Banda Black Rio.
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A dinamite chamada Brenda Lee

Brenda Lee tem menos de 1 metro e meio de altura, mas no palco tem a potência de uma dinamite. Quando começa a cantar, o público esquece o seu tamanho e não consegue ficar mais parado. Quem não se lembra do hit "Jambalaya" (http://youtu.be/aOIvOEF268I), autêntica bomba incendiária musical? Aos 12 anos, em 1957, gravou a canção "Dynamite" ( http://youtu.be/zmm2u85BwXo). Desde criança já tinha voz potente. Além do mais, pegou o nascimento do rock roll. O talento de Brenda Lee começou ser notado aos dois de idade, quando a menina conseguia assobiar as canções que ouvia no rádio.
A partir dos 5 anos de idade, a fama de garota prodígio chamou a atenção de todos. Aos 6 anos ganhou um concurso de canto e como prêmio se apresentou num programa de rádio da cidade. Aos domingos cantava louvores na igreja Batista de Atlanta, onde morava com sua família.
Com 10 anos de idade, em 1953, perdeu seu pai. Sustentava a mãe e os três irmãos se apresentado em programas de rádios e televisão. Tempos depois a família mudou-se para Cincinatti, Estado de Ohio. Ali, o seu padrasto divulgou o seu trabalho nas emissoras locais de rádio e televisão. Numa de suas apresentações, ela conheceu o produtor artístico Sammy Barton. Apostou no potencial da menina e mudou seu nome de Brenda Tarpley para Brenda Lee.
O teste de fogo veio em 1955, quando ganhou US$ 30 para aparecer num programa da rádio Swainsboro para ver o DJ Red Foley. Ele foi convencido a ouvi-la. Quando Brenda Lee cantou "Jambalaya", ficou impressionado com a potência da voz de uma menina tão pequena. Em março de 1955, aos 10 anos, a dinamite do rock estreou no programa TV ABC Ozark Jubilee. Em 30 de julho de 1956 assinou contrato com a Deca Records e lançou um compacto simples (disco com duas músicas). No lado A estava "Jambalaya" e no B, "Bigelow 6-200". No ano seguinte veio " On Step at a Time" (http://youtu.be/8vMoLvkll2g). E quando seu estilo começa ser definido como Pop e Country. Visto que o rock é a mistura de blues e country music.
De 1958 a 1965, gravou inúmeros sucessos: "Sweet Nothin´s" (http://youtu.be/KWgyum5fjJc), "I Wanna Be Wanted"(http://youtu.be/ch5lZZGKd0E), balada com grandes pitadas de blues; "All Alone Am I"(http://youtu.be/40moEkSDxlc) e "Everybody Loves me But You", outra canção lenta, onde country revela a importância do blues. No ano de 1960, Brenda Lee grava " I´m Sorry" (http://youtu.be/HEMjeYPfqSg). Ganha seu primeiro disco de ouro e o hit é indicado ao Grammy. A canção a define como o som de Nashville, a terra da country music nos Estados Unidos. A orquestra de cordas e o vocal de apoio transformou "I´m Sorry" num dos maiores sucessos de Brenda Lee.
Numa turnê à Inglaterra, em 1960, a abertura do seu show ocorreu com um conjunto ainda desconhecido na época: eram os meninos de Liverpool batizados de Beatles. Por incrível que pareça, o reconhecimento de cantora pop foi primeiro na Grã-Bretanha e depois nos Estados Unidos.
Nas décadas de 1970 e 1980 ela continuou a gravar e chegar às paradas de sucesso. Como em 1985, com o hit " Hallelujah I Love Her So", de 1956, mas gravado num dueto ao lado de George Jones. Atualmente, Brenda Lee vive em Nashville ao lado do esposo, duas filhas e três netos. Em 2008, a National Academy of Recording Arts and Sciences deu-lhe o prêmio Lifetime Achievement Grammy.

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domingo, 14 de agosto de 2011

Roberta Flack: fonte de inspiração para várias cantoras

Das décadas de 1970 a 1990, Roberta Flack serviu de inspiração para gerações de cantoras que gostam de bom gosto musical. Ela soube, com sabedoria, mesclar Gospel, Soul e Folk em letras falando de amor. O talento para essa nobre arte aflorou desde criança, quando aprendeu tocar piano no grupo de louvor da igreja onde congregava com sua família. Espelhou-se na grande cantora de Gospel, Mahalia Jackson.
Aos 15 anos foi aceita na Howard University com bolsa para estudar música. Ali conheceu seu futuro parceiro, Donny Hathaway. O pianista de Jazz, Les McCann ao ouvi-la cantando, a trouxe para a Atlantic Records em 1969.
Com 40 anos colocou o pé na estrada da carreira de cantora. First Take foi seu álbum de estreia, onde combinou Soul, Jazz e Folk. Não decepcionou, mas também não explodiu nas paradas. Em 1972, ela gravou a balada "The First Time Ever I Saw Your Face" (http://youtu.be/hOFrGbuUqnQ). O hit entrou na trilha sonora de um filme de Clint Eastwood. Logo chegou aos primeiros lugares. Nesse período, Roberta já tinha lançado três álbuns, incluindo Chapter Two e Quiet Fire.
Além do disco de duetos com Donny Hathaway. Este último tornou-se favorito nas programações das rádios, com a música "Where is The Love"(http://youtu.be/6Sl-MHhEJxI) e " You´ve Got a Friend"(http://youtu.be/ZRDYYFyAYVg). Nesse mesmo disco outra balada estourou: "Come ye Disconsolate".
Em 1973 ela grava o disco Killing me Softly. A canção que batizou o álbum "Killing me Softly With His Song" ( http://youtu.be/LQ2t5e7stVM), originalmente um reggae se transformou numa linda e inesquecível balada. Foi o segundo álbum mais vendido nos Estados Unidos, e 20 anos depois o grupo The Fugees repetiu o mesmo ao cantar a mesma composição. Até 1977, Roberta Flack pausou sua agenda de turnês. Nesse ano ela grava, ao lado de Donny Hathaway, o hit "The Closer I Get To You" (http://youtu.be/egx1cI7yCbA). Atinge os primeiros lugares e faz muito sucesso nos bailes. Vira trilha sonora de amor de diversos casais. Para colocar mais lenha na fogueira, um comercial de cigarros coloca o hit como fundo musical. Até hoje, quando Roberto Flack vem ao Brasil, não pode terminar sua apresentação sem cantá-la. Anos depois, Luther Vandross e Beyonce a regravaram.
Dois anos depois ela voltou a trabalhar em outro álbum de duetos com Hathaway, mas não pode conclui-lo, pois ele suicidou-se. Em 1980, lançou o disco Roberta Flack featuring Donny Hathaway, nele incluídas duas letras que havia feito junto com Hathaway: "Only Heaven Cant Wait" e "Stevie Wonder´s You are My Heaven".
Até 1990, ela gravou vários discos ao lado de Peabo Bryson. Conseguiram emplacar os hits " Tonight I Celebrate My Love" (http://youtu.be/2dbcFLz0R64), " You´re Looking Like Love To Me" e o disco "Maybe". Em 1994 lançou outro álbum; trê anos depois gravou dois discos na época de Natal.
Descansou até 2003, quando a Rhino Records lançou de The Very Best of Roberta Flack, incluindo todos os seus grandes sucessos. Prossegue trabalhando, além de colaborar com um grupo de advocacia que cuida dos direitos de artistas e suas obras.
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A pérola negra britânica Linda Lewis

Linda Lewis é bela interpréte, além de boa guitarrista. Tudo começou aos 14 anos, em 1964, quando conheceu o bluesman John Lee Hooker num clube de Londres. Ousada, cantou junto com ele "Dancing in The Streets". Hooker a apresentou a Ian Samuel que incumbiu Don Arden para gerenciar sua carreira. Gravou o single " You Turned My Bitter Into Sweet" (http://youtu.be/D1vfgE1MEJ4). Em 1970 substituiu Marsha Hunt na banda de rock The Ferris Wheel. Em setembro desse mesmo ano, oito dias após o seu aniversário, Linda Lewis vai ao Festival de Glastonbury e conquista o primeiro lugar. Ali encontra com Ian Rafini, da Warner Bros Records. É convidada a assinar um contrato e sua carreira toma impulso.
Em 1973, aos 22 anos, estourou nas paradas de sucesso da Europa com o hit " Rock a Doodle Do" (http://youtu.be/Xlvck6i7Zcs), deixando para trás aquela impressão de mais um rostinho bonito no mundo da música. Em seguida estourou com "Sideway Shuffle"(http://youtu.be/TMq4F4aTNE8), funk com batidas de canções africanas. Apesar de 23 anos, a voz de menina de Linda Lewis cativa o público europeu. Em 1975, ela grava "Not a Little Girl Anymore" (http://youtu.be/qZJWxITBrRU). A balada faz sucesso nos bailes, inclusive por causa da interpretação de Linda. Quem ouve, imagina que é uma menina de 15 anos que está cantando. O bom arranjo de backing vocal aliado aos arpejos de teclados completam essa obra-prima. Em 1976, o Brasil conheceria o seu maior sucesso. O hit " This Time I´ll Be Sweeter" ( http://youtu.be/yNjFTU101gU) fez parte da trilha sonora da novela Anjo Mau, na sua primeira versão com Suzana Vieira no papel principal. Até hoje toca nos programas de flash back das boas rádios FMs e bailes de qualidade. Com 26 anos, Linda Lewis parecia o piloto de Fórmula-1 no primeiro lugar, voando a 350 km/h em busca do título. Na década de 1980 trabalhou de backing vocal para David Bowie, Cat Stevens, Steve Harley, Rick Wakeman, Rod Stewart e Jamiroquai. Com forte influência de Billie Holiday e Smokey Robinson; Linda Lewis consegue transitar facilmente pela Soul Music, Funk e Folk. Isto é bem vísivel no hit "My Love is Here to Stay " (http://youtu.be/nEos2ccRYzo), onde o ritmo lembra um pouco o mega-sucesso "How Sweet it Is", um dos grandes sucesso de Marvin Gaye na década de 1960. Nos anos de 1990, ela mudou-se para Los Angeles. Em 1995, o hit " Second Nature" estourou no Japão. O sucesso a levou em 1996 a uma turnê por aquele país. Em 2002, a Warner Bros lançou coletânea com os 30 anos do seu trabalho. Em 2003, a BMG Records solta no mercado o álbum The Best of Linda Lewis. No ano de 2005, compôs a canção "Old Smokey" (http://youtu.be/_ohCjQKU4Hc), também gravada pelo rapper Common. O hit chegou ao primeiro lugar das paradas dos Estados Unidos. Ela continua fazendo shows. Apesar de estar com 60 anos, ainda carrega o timbre de voz de menina.

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Se Ritchie Valens não tivesse morrido?

Se Ritchie Valens não tivesse morrido aos 17 anos, num acidente de avião, quais mudanças teriam ocorrido no rock? Na segunda metade da década de 1950 só existiam feras no mundo da música. Vejam com quem ele rivalizava: Elvis Presley, Chuck Berry (ensinou o guitarrista dos Stones, Keith Richards, a tocar), Buddy Holly (em quem os Beatles e Stones se espelharam para formar suas bandas), Little Richard, Bill Haley e seus Cometas, Fat Domino, Bobby Darin e Sam Cooke, sem citar os inúmeros grupos musicais que pegaram carona no surgimento do rock no início da década de 1950.
Em 1957 formou sua primeira banda, com dois negros, um americano descendente de mexicanos e outro de origem japonesa. Logo foi descoberto pelo produtor Bob Keane (o mesmo que apostou nos talentos de Sam Cooke e Barry White). Gravou um compacto simples (disco com apenas duas músicas) com o hit "Come on Let´s Go" (http://youtu.be/ozr-EItKGu8).
No ano seguinte, apaixonado por sua colega de escola Donna Ludwig, compõe a balada "Donna" (http://youtu.be/HMcHbh6HBDk). Ela chegou ao segundo lugar das paradas de sucesso dos Estados Unidos . Tudo isso com apenas 17 anos. De garoto pobre, morador numa favela da periferia de Los Angeles, Ritchie Valens virou pop star.
Numa viagem ao México resolveu homenagear sua raíz natal e grava em ritmo de rock, a canção folclórica "La Bamba" (http://youtu.be/74C_gVCT2wU). O hit estoura e a carreira de Valens toma ritmo alucinante. Para cumprir agenda de shows passa a viajar por todo o país. Pois precisa se apresentar em diversos locais numa mesma noite.
E o pior iria acontecer quando na noite do sábado de 3 de fevereiro de 1959, após show na cidade de Clear Lake, no Estado de Iowa, ele embarcou num pequeno avião monomotor. Debaixo de forte tempestade de neve, a aeronave explodiu numa plantação de milho, minutos após a decolagem. Com Valens morreram também o cantor Buddy Holly, o DJ Big Bopper, além do piloto. A música de Valens"We Belong Together" (http://youtu.be/AzgSFJEsg1I), com o vídeo do acidente, mostra o encontro dos restos do avião, destroçado no meio da neve. Aquele dia ficou conhecido como o "Dia em que o Rock Morreu".
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A máquina de cantar chamada Harold Melvin and The Blue Notes

Harold Melvin and The Blue Notes é considerado um grupo fora de série na arte de cantar, principalmente nas décadas de 1950 e 1960. Quando descobriu Teddy Pendergrass, no final dos anos de 1960, a fome uniu-se à vontade de comer. De início entrou como backing vocal, depois adentrou à equipe dos vocalistas, quando o grupo integrou o time da Philadelphia International Records, pelo feeling dos produtores Kenny Gamble e Leon Huff.
Em 1972, eles estouram com o hit "I Miss You" (http://youtu.be/Ey2JUUrBFs8). A introdução do excelente piano Rhodes, aliada ao vocal, e letra muito bonita, virou composição eterna na vida dos grandes amantes.
Depois gravaram "If You Don´t Know Me By Now" (http://youtu.be/xFKy7fVVyyM) . Com esses dois hits, Teddy Pendergrass torna-se uma das estrelas brilhantes da Soul Music na década de 1970.
No ano de 1973, outro sucesso emplaca nas paradas: " The Love Lost" (http://youtu.be/qDNfN_t-DuQ). Outra vez a introdução de piano, salpicada de solos de guitarra e vocal inesquecível carimbaram a música na galeria da eternidade. A letra é bonita, pois fala da dor de perder o grande amor. Vendeu mais de 1 milhão de cópias e sua batida já anunciava a chegada da Disco Music.
Em 1975 gravaram "Wake Up Everybody" (http://youtu.be/uyAuATJXc14) e "Bad Luck". No ano seguinte, Teddy Pendergrass saiu do grupo para seguir carreira-solo e Harold Melvin and The Blue Notes vão para a MCA Records. Tentaram repetir na nova casa, a mesma pegada da Philadelphia International Records, mas o novo vocalista David Ebo não era páreo para Pendergrass.
Na década de 1980, veio o disco Blues. O fracasso do álbum provocou reestruturação do conjunto: com Melvin, Rufus Thorn, Spratley Bill, Dwight Johnson e Gil Saunders. O time durou quase uma década. Em 1997 morre Harold Melvin aos 57 anos. Sob o nome Blue Notes Harold Melvin, o conjunto prossegue em atividade.
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A sensibilidade do saxofone de Junior Walker

Junior Walker, na década de 1960, provou que era um dos grandes talentos da Motown Records. Ele e sua banda All Stars, apoiado no som de seu saxofone, colocou diversos hits nas paradas de sucessos, além de deixar sua marca em diversos bailes. Acabou, também, influenciando várias gerações de músicos que tocavam funk (o legítimo dos Estados Unidos).
Foi em Michigan, onde mudou-se ainda criança, que Junior Walker acabou descoberto pelo lendário cantor e produtor Harvey Fuqua. Na Motown, apoiado pelo trio All Stars (Tony Washington, Willie Woods e Victor Thomas) estourou em 1965 com "Shotgun" (http://youtu.be/YnhI_ECOAK4). A música ocupou o quinto lugar das paradas de sucesso.
Em seguida incendiou as rádios e programas de televisão com " I´m a Road Runner" ( http://youtu.be/7Ek1UslvFps) , "How Sweet it Is" ( http://youtu.be/b35kP8MvV4U ) foi o hit em 1964 que ajudou Junior Walker conquistar diversos fãs. Essa música acabou regravada por diversos cantores, entre eles Marvin Gaye, James Taylor, Cissy Houston (mãe de Whitney Houston) , "Shake and Fingerpop" (http://youtu.be/gTNf7QvkNa4) e "Gotta Hold on To This Feelings".
Em 1969 gravou o maior sucesso de sua carreira, nos Estados Unidos e Brasil: "What Does It Take (To Win Your Love)" (http://youtu.be/wzPQe8JYJns) , regravado mais tarde por Kenny G. A balada virou disco obrigatório nas mãos dos bons DJs nas décadas de 1970 e 80. Fazia o arder o fogo da paixão numa festa. Em 1977 estourou nos bailes de black music brasileiros com o hit "Fell Like Makin´Love (http://youtu.be/feJdZk6r-Ac). Aliás, essa música entrou na coletânea Verão 77 da rádio Difusora Jet Music.
No ano de 1981, após algum tempo longe das paradas de sucesso, Junior Walker é convidado pelo grupo de rock Foreigner, para colocar um solo de saxofone na faixa "Jumpy". Na improvisação, ele surpreendeu os rapazes. Criando um dos mais lindos solo de sax em uma canção de rock. O hit emplacou, rendendo a Junior Walker a gravação, em 1983, do álbum Blow Down The House. Com a carreira ganhando fôlego novamente, fez várias turnês no restante da década de 1980. Iria mais longe, porém o câncer o matou em 1995.
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