Postagem em destaque

#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Sonny "Boy" Willianson: O grande craque da gaita no Blues


Sonny foi outra grande lenda do Blues, tocando gaita
 Sem sombra de dúvida, Sonny Boy Willianson foi outra grande lenda do Blues. Quando morreu, em 1965, já tinha tocado com lendas como Robert Johnson e pego o começo de carreira de Eric Clapton, Jimmy Page e Robbie Robertson. Enquanto esteve no Show Biz bebeu muito whisky, emendou várias turnês por vários países, e teve um programa de rádio de sucesso durante 15 anos.
 Durante a carreira se preocupou em escrever belas letras, tocar e cantar. Seus hits eram repletos de humor mordaz e composições autobiográficas. Acabou sendo único neste estilo. Tinha a fama de mal-humorado, amargo e desconfiado. Nunca se soube com exatidão a data correta do nascimento de Sonny. Para alguns foi 1899, outros citam 1897 ou 1909.
 É desconhecido o período de sua infância no Mississippi. É certeza que no início da década de 1930 ele começou a viajar usando o codinome de Little Boy Blue, ao lado de talentos como Robert Johnson, Robert Nighhawk, Robert Lockwood Jr., e Elmore James, parceiros de palcos em inúmeras apresentações.
 Até a década de 1940, Sonny era estrela de King Biscuit Time of KFFA, o primeiro programa de rádio de Blues ao vivo no rádio dos Estados Unidos. A estratégia do patrocinador, Interstate Grocery Company, para aumentar as vendas do King Biscuit Flour, foi usar a foto de Sonny, com ele segurando sua famosa gaita. Na época a proposta foi usar o nome artístico: John Lee “Sonny Boy” Williamson.
Após a morte de John Lee em Chicago, restou apenas o nome Sonny Boy. Aos poucos conquistou sucesso. Porém ele não queria gravar nenhum disco, apesar de sua foto na embalagem do biscoito contribuir bastante nas vendas. Não demorou em Lellian McMurray, da Trumpet Records, encontrá-lo num internato e seduzi-lo a gravar um disco.
 É quando surgiu o hit “Sonny Boy”, entre 1951 e 1954, com ele no auge da forma, com bastante fôlego para soprar sua gaita em vários shows. O disco Sight for the Blind, que capturou a essência do Blues, num de seus melhores momentos. Virou lenda a sessão de gravação dele com Elmore James. Sonny na gaita e a bateria de James num dueto maravilhosos. A canção “Dust My Broom” é o registro desse encontro.
 Em duas ocasiões, Sonny foi morar em Detroit, contribuindo com solos de gaitas nos álbuns de Baby Warren, Blue Lake e Excello, em 1954. No ano seguinte virou moeda de troca entre gravadoras. Após soltar um disco pela Johnny Vincent, foi para a Buster Williams e depois parou na Chess Records.
Fixou moradia no norte dos Estados Unidos e virou artista oficial da Chess, soltando o single “No Start Me to Talkin” em agosto de 1955. Estourou nas paradas de R&B. Ao lado do parceiro de longa data, Robert Lockwood Jr., lançou outro disco. O álbum Lockwood´s resultou na combinação de Robert Johnson, repletos de ritmos e acordes de Jazz, com a gaita de Sony em lindos vocais e guitarra de Lockwood comendo solta por fora.
 Quando secavam os shows em Chicago, ele corria para Arkansas investindo forças no programa de rádio King Biscuit. Em 1963 viajou a Europa pela primeira vez para participar do American Folk Blues Festival. Destacou-se em todos os shows. Ao término da turnê resolveu passar um tempo na Grã-Bretanha. É dessa época o trabalho com The Yardbirds e Eric Burdon. Resultado: estouro do hit “Help Me” na Europa.
 Voltou aos Estados Unidos para gravar outro disco na Chess. Em 1964, ao pisar na Europa pela segunda vez, acabou recebido como herói. Gravou a canção “I'm Trying to do London My Home” ao lado do guitarrista Jimmy Page. No ano seguinte estava no Mississippi para apresentar pela última vez o programa King Biscuit.

 Poucos sabiam que Sony retornará ao Sul dos Estados Unidos para morrer. Contou com ajuda de amigos para visitar os locais onde passou a infância, inclusive ficando uma tarde às margens do rio numa pescaria. Após uma gravação com Ronnie Hawkins, da banda The Hawks, os rapazes perceberam que Sonny passou a noite cuspindo numa lata de café. Ela se encheu de sangue. Em 25 de maio de 1965, Sonny não apareceu aos estúdios para apresentar o King Biscuit. Um ataque cardíaco o matou enquanto dormia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário