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Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Jimmy McCracklin: Meio século a serviço do Blues



 
McCraklin dedicou 50 anos ao Blues
 Jimmy McCraklin  cantou Blues 50 anos, mas trabalhando como um jovem. Na sua avaliação, começou a gravar em 1945, na época que cresceu no Missouri, sendo influenciado pelo estilo de tocar piano de Walter Davis, depois apresentado pelo seu pai.
 Antes de se enveredar pela música, gastou um pouco de tempo no boxe, mas o Blues o retirou dos ringues. Após temporada na Marinha, durante a Segunda Guerra Mundial, mudou-se para Costa Oeste, estreando com o hit “Mis Mattie Left Me”. Dividiu o disco com JD Nicholson, numa canção em que ele tocava piano.
 No período 1949/1950 gravou em diversos selos de pequeno porte, tanto de Los Angeles quanto de Oakland. Mas foi em 1951, ao lado de Lafayette “Thing” Thomas, como guitarrista, que McCracklin Blues Blasters alçou voo.
 Três anos depois retornou com The Brothers Bihari, estourando com o hit “"There could be a dream" onde ele detalhava uma noite de amor ao lado da mulher amada. O produtor Bob Geddins, da Irma Records, mais tarde Imperial, em 1956 McCracklin alcançou o sonhado grande sucesso com a canção “The Walk”, atingindo o Top Tem de R&B e Pop de 1958.
 Nesta altura do campeonato, ele era conhecido como o pianista andarilho, por causa do grande número de gravadora que passou. Entrou na Mercury Records e ali lançou o disco Georgia Slop em 1959. Dois anos depois soltou o hit “Just Got to Know” para Art/Tons Records. Aproveitou e gravou o single “Shime, Shime, Shime”, outro estouro nas paradas.
 Em 1965, de novo na Imperial Records, lançou outro disco fazendo sucesso com os hits “Every Night, Every Day”, “Think” e “My Answer”. O trunfo de McCracklin é a habilidade de compor. É dele a canção “Tramp”, para o guitarrista Lowell Fulson, chegando o top das paradas de 1967 de R&B, apenas chamuscada pelo dueto inesquecível de Otis Redding e Carla Thomas.
 Na Imperial Records, ele lançou vários discos. Nos últimos dias de vida, McCraklin ainda tocava piano com muita força, parecendo um pugilista atrás do nocaute. Em dezembro de 2012, aos 91 anos, o Blues o perdeu para sempre, após rica trajetória na Black Music dos Estados Unidos.



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