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Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Earl Hines: Influência para várias estrelas da Black Music


 
A crítica reconheceu, embora tarde, o talento de Earl Hines
 Earl Hines é considerado o primeiro pianista do Jazz moderno, diferindo bastante dos tecladistas da década de1920, inovando no estilo de tocar com a mão esquerda, enquanto a mão direita, muitas vezes tocava oitavas. Fazia tudo isso, mas sem perder o ritmo. Virou influência para Teddy Wilson, Jess Stacy, Joe Sullivan, Nat King Cole e Art Tatum. É lembrado como compositor das inesquecíveis “Rosetta”, “My Monday Date” e “And You Can Depend on Me”, entre outras.

 Durante curto espaço de tempo, Hines tocou trompete até se apaixonar pelo piano. O primeiro trabalho importante ocorreu acompanhando o vocalista Lois Deppe na década de 1920. Depois foi para Chicago para trabalhar ao lado de Sammy Stewart. Emendou parceria com Louis Armstrong em 1926.

 O ano de 1928 resultou em grande produção para Hines, com ele gravando dez solos de piano, como “Blues in Thirds” e “57 Varieties”. Passou muito tempo trabalhando na orquestra de Jimmy Noone. Participou de gravações junto à banda de Louis Armstrong, Hot Five, nos hits “West End Blues”, “Basin Street Blues” e “Fireworks”.

 Nos 20 anos seguintes, Hines participaria de grandes bandas, inclusive montando o próprio grupo, que teve participação de Dizzy Gillespie, Charlie Parker e Sarah Vaughan. Em 1948 juntou força com o conjunto de Louis Armstrong, All-Stars. Três anos depois foi para Los Angeles e San Francisco entrando na banda de Dixieland.

 Para época, Hines tinha um estilo muito moderno. Mesmo assim manteve a pegada ao lado de Muggsy Spanier, Jimmy Archey e Darnell Howard. Na década de 1960, o mundo do Jazz o esqueceu. Em 1964, o escritor de Jazz, Stanley Dance lhe propiciou a oportunidade de realizar três concertos no Little Theater de Nova York, num solo e quarteto com Budd Johnson. A crítica reconheceu a injustiça, pois percebeu que estava diante de um artista criativo e com muita força. Até o final de sua vida, viajou mundo afora, gravando dezenas de discos, deixando escrito para sempre o seu nome na galeria dos gigantes da Black Music.



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