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Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Billy Eckstine: Pioneiro em gravar baladas românticas e populares no Blues

Eckstine foi pioneiro, como artista negro, gravar Blues românticos no estilo popular

 Billy Eckstine foi o primeiro cantor negro a fazer sucesso com música romântica na década de 1940. Isto repercutiu no estilo de Sam Cooke nos anos de 1950 e 1960. São inesquecíveis suas canções “Prisoner of Love”, “My Foolish Heart” e “I Apologize”. De Pittsburg, mas criado em Washington DC, Eckstine começou a cantar aos sete anos de idade.

 Logo começou a disputar prêmios nos shows de caça talentos da época. Apesar de ter planos de ser jogador de futebol. Após quebrar a clavícula, mergulhou de vez na música.  No final dos de 1930 entrou na Orquestra de Earl Hines. Devagar introduziu canções românticas, no estilo Blues.
  Os primeiros sucessos de Eckstine foram “Jelly, Jelly” e “A Jitney Man”. Em 1943 ganhou três colegas de peso na orquestra: Dizzy Gillespie, Charlie Parker e Sarah Vaughan. Não demorou em formar a própria banda naquele ano. Engordou o grupo com Wardell Gray, Dexter Gordon, Miles Davis, Kenny Dorham, Fats Navarro e Art Blakey, além dos arranjadores Tadd Dameron Gil Fuller. Era equivalente no futebol atual, montar um time igual ao Barcelona da Espanha.
 Para deixar sua marca no Show Biz, inovou aumentando seus harmônicos vocais nas baladas normais. Apesar de cunho modernista, nas turnês pela Europa, ele tocava trompete, trombone de válvula e guitarra. Entrou nas paradas com as canções “A Home for Sale” e “Prisoner of Love”.
 Quatro anos depois teve de abandonar a banda, com Gillespie formando seu próprio conjunto. Eckstine foi responsável pela transição para baladas cheias de cordas com extrema facilidade. Em seguida gravou vários hits, estourando na Europa as canções “No One But You” e “Gigi”, além de dueto ao lado de Sarah Vaugh.
 Voltou às raízes do Jazz ao gravar disco junto com Count Basie, Sarah Vaugh e Quincy Jones em álbuns separados na década de 1960. É dessa época o lindo disco No Cover No Minimum, repleto de solos de trompete. Lançou vários discos pela Mercury e List Records, aproveitando a brecha do filho ser presidente da Mercury. Depois mudou para Motown. Gravou pouco na década de 1970. O último disco, Billy Eckstine Sings With Benny Carter, saiu em 1986. Seis anos depois o Blues o perdeu para sempre.



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