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Luís Alberto Alves/Hourpress

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Ethel Walters: Fonte de inspiração para Billie Holiday e Ella Fitzgerald


 
Ethel Walters tornou o Blues música popular nos Estados Unidos
 Ethel Howard, nascida no final do século XIX, é considerada uma das mais influentes cantoras populares do Blues, que ajudou a tirar a marca de ser música de escravos naquela época. Ela serviu de parâmetro em canções como “Stormy Weather”, imortalizada na voz de Etta James, e “Travellin´All Alone", grande sucesso de Dinah Washington. Aliás, ela foi a primeira a gravar a linda "Stormy Weather" em 1933, verdadeira aula de como cantar.

 Sua primeira gravação ocorreu em 1921, aos 25 anos, acompanhada por talentos como Fletcher Henderson, Coleman Hawkins, James P. Johnson e Duke Ellington. Para ter acesso ao público branco, também aceitou gravar com Jack Teagarden, Benny Goodman e Tommy Dorsey. Adotou o sobrenome artístico de Walters.

 A partir do final da década de 1920, ela apareceu em diversos musicais da Broadway, como Rhapsody In Black, Thousands Cheerr, Cabin In The Sky, onde apresentou diversas canções como “Baby Mine”, “Till The Real Thing Go”, “Suppertime”, “Harlem On My Mind”, “Heat Wave”, “Got A Bran ´New Suit”, ao lado de Eleanor Powell, entre outras.

 Despontou, também, em papeis dramáticos no teatro e vários filmes, incluindo On With The Show, Gift Of The Gab, Tales Of Manhattan, Cairo, Cabin In The Sky, Stage Door Canteen, Pinky.

 Na década de 1950 apareceu em séries de televisão durante algum tempo e teve seu próprio show na Broadway: An Evening With Ethel Waters, em 1957. Os anos de 1960 e começo dos de 1970 a fez cantar como membro do grupo que acompanhava o evangelista Billy Graham. Embora a crítica tentasse deixá-la em patamar menor do que Bessie Smith ou Louis Armstrong, na década de 1930, ela rompeu os limites musicais do Blues e Jazz, espalhando sua influência em canções populares.


 Walters serviu de escola para artistas como Connee Boswell, Ruth Etting, Adelaide Hall, Mildred Bailey, Lee Wiley, Lena Horne, Ella Fitzgerald e até Billie Holiday, a quem ela reconheceu que cantava como se tivesse dolorida. Sua marca registrada era o alto astral e voz envolvente, parecendo de uma intérprete branca. Nem os terríveis problemas de infância impediram sua caminhada rumo ao sucesso, que desfrutou até morrer em 1977, aos 81 anos na Califórnia.

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