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Luís Alberto Alves/Hourpress

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Tony Williams: Baterista que deixou o Jazz muito cedo

Tony Williams aprendeu a tocar bateria quando era criança

  A morte de Tony Williams, em 1997, foi grande perda para o Jazz. Aos 51 anos, aparentava ter menos idade, saudável e sem o longo tempo de janela que caracteriza os grandes bateristas. Sua carreira durou quase 35 anos. Ao lado de Miles Davis criou o estilo aberto neste instrumento e o manteve durante as décadas que o seguiram.

 A música já fazia parte do DNA de Williams. O pai era saxofonista e o levava aos clubes onde, aos 11 anos, mostrava o potencial de futuro grande músico. Para aprimorar a técnica teve aulas com Alan Dawson e aos 15 frequentava as Jam Sessions de Boston.

No período 1959/1960 esteve diversas vezes junto com Sam Rivers. Em dezembro de 1962, aos 17 anos, foi para Nova York tocar com Jackie McLean. Poucos meses depois se uniu a Miles Davis e sua batida influenciou e inspirou outros músicos, pois junto com Herbie Hancock e Ron Carter eles eram o dream team na arte de tocar bem.

 Com 18 anos deu as caras no clássico álbum de Eric Dolphy Out to Lunch. Permaneceu ao lado de Davis até 1969, levando suas próprias sessões ocasionais e virando nome familiar no mundo do Jazz. Ele gostava também de Rock e quando deixou Davis formou a The Fusion Band Lifetime, trio com Larry Young e John McLaughlin.

 Em seguida estudou composição e excursionou com o grupo de Herbie Hancock. No começo da década de 1980 dirigia seu próprio conjunto, ao lado de Wallace Roney como Miles Davis substituto e um repertório por clássicos do baterista, incluindo o padrão “Sister Cheryl”.

 Após romper com seu quinteto de longa data, em 1995 Williams reduziu o grupo para trio, gravando uma série de canções interessantes para Ark 21 Records e parecia ter grande futuro à frente. Sua morte prematura não deixou o Jazz órfão de suas obras, pois começou a carreira bem cedo.

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