Apesar de várias tempestades na carreira, Bonnie Raitt se manteve fiel ao Blues |
Durante muito tempo a vocalista e guitarrista Bonnie
Raitt não ganhou a simpatia da crítica especializada, porque não conseguia
fazer sucesso comercial. Em 1989, com o álbum Nick of Time, o 10º da carreira,
após 20 anos de estrada de Blues, Rock e R&B ela conseguiu quebrar essa
escrita. De Burbank, onde nasceu em 1948, filha de uma estrela da Broadway,
John Raitt, ela pegou numa guitarra aos 12 anos e logo teve empatia com o
Blues.
Dois anos depois começou a gravar com artistas
de Blues de Boston, entrando para valer no circuito desta música. Conheceu Dick
Waterman, que a apresentou para ídolos como Howlin´Wolf, Sippie Wallace e
Mississippi Fred McDowell. Ganhou respeito e logo assinou com a Warner Bros
Records. O álbum Give It Up, 1971, foi sua porta de entrada. Ganhou elogios
pelos vocais estilo Soul Music e seleção de canções reflexivas e pelo talento
em tocar guitarra.
O ano de 1972 teve participações e gostos
ecléticos em composições de Jackson Browne e Eric Kaz e até três hits de Raitt.
Em 1973 soltou o disco Takin ´My Time. Durante cinco anos lançou um disco a
cada 12 meses, retornando com Streelights (1974), Home Plate (1975), Sweet
Forgiveness (1977) e a regravação de “Runaway”, de Del Shannon, The Glow
(1979), que teve várias estrelas num concerto antinuclear feito em Madison
Square Garden.
Ao longo da carreira, ela permaneceu uma
ativista comprometida, fazendo vários concertos beneficentes e trabalhando
muito em nome do Rhythm and Blues Foundation. Até o começo da década de 1980
sua caminhada estava em apuros. O álbum Green Light (1982) recebeu boas
críticas, mas não vendeu muito e Warner Bros a demitiu.
Para o caldo ficar mais
quente Raitt lutava contra drogas e álcool. Trabalhou em algumas faixas com
Prince, mas os horários de ambos não batiam e o material permaneceu inédito.
Depois lançou Nine Lives (1986), um de seus piores discos.
Por fim juntou forças com o
produtor Don Was para lançar Nick of Time, aparentemente do nada, o álbum
ganhou vários Grammys, incluindo Álbum do Ano e durante aquela noite ela foi a
superstar. O disco seguinte, Luck of the Draw (1991) estourou nas paradas,
rendendo os hits: “Something to Talk About” e “I Can't Make You Love Me”.
Após soltar o álbum Longing
in Their Hearts (1994), Raitt ressurgiu em 1998 com o disco Fundamental. Nesse
pique lançou o CD Silver Lining (2002), seguido de Souls Alike (2005) pela
Capitol Records. Em 2006 gravou o CD ao vivo, Bootleg-feel, Bonnie Raitt and
Friends, com participações de Norah Jones e Ben Harper entre outros artistas.
Após esses trabalhos ela se afastou da vida de
músico profissional, passando mais tempo ao lado dos pais, irmão e sua melhor
amiga. A pausa de gravações e turnês rendeu bons resultados. Em 2012 retornou
focada e renovada com seu primeiro álbum de estúdio em sete anos, Slipstream,
lançado por sua própria gravadora, Redwing Records.
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