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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sábado, 15 de outubro de 2011

Dion e os Belmonts: brilho curto de um bom conjunto

Dion e The Belmonts poderiam ter permanecido muitos anos na dura estrada do sucesso. Quarteto fundado em 1958 por Dion DiMucci, Fred Milano, Angelo D´Aleo e Carlo Mastrangelo, filhos de italianos nascidos no pesado bairro do Bronx , Nova York, (na época tão violento quanto o Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro, antes da ocupação do Exército em 2011).
 O nome Belmonts é homenagem à avenida onde os quatro amigos sempre encontravam-se. Estudaram na mesma escola e todos cantavam. Como trio, Milano, D´Aleo e Mastrangelo gravaram um disco em 1957 na Mohawk Records.
Quando Mastrangelo compôs "We Went Away", Dion gostou e o grupo vira quarteto. Assinam com a Laurie Records.
A estratégia dos quatro rapazes, quando o Rock ainda usava fraldas e fazia muito barulho junto à conservadora sociedade norte-americana, era imitar o estilo de cantar dos vocais de negros.
Gravam o hit "I Wonder Why". Apareceram em programas de televisão, emplacando mais duas canções nas paradas: "No One Knows" e "Don´t Pity Me".
Em março de 1959 gravam o álbum Presenting Dion and The Belmonts. A música "A Teenager in Love" entra no Top 100 da Billboard. Aliás, esse hit até hoje frequenta as pistas dos bailes onde ainda se dança samba-rock no Brasil. No mês de novembro do mesmo ano, lançam "Where or When", um dos maiores sucesso da banda. Chega ao 3º lugar do Top 100 da Billboard.
Porém, a tempestade atingiu o grupo, quando em 1960 a dependência de heroína leva Dion, a estrela do conjunto, à internação. Para piorar, é convidado a sair do conjunto. Outras músicas gravadas não obtiveram tanto êxito. Para piorar, começa a briga entre Dion e o restante da banda por causa de dinheiro dos direitos autorais. Ele preferia Rock e Blues, enquanto os outros três optavam pelo Jazz e baladas pop.
 Outubro de 1960 marca a saída de Dion do quarteto. Vai tentar a sorte numa carreira-solo. Leva o nome do quarteto e visita as paradas de sucesso com os hits "Runaroud Sue" e "The Wanderer", que no Brasil ganhou a versão como "Lobo Mau", na voz de Roberto Carlos.
O trio Belmonts permanece na Laurie Records, e com Mastrangelo de vocalista principal  regravam "We Belong Together", de Richie Valens, morto em 3 de fevereiro de 1959 num acidente de avião. O trio resiste até 1966.
Nas décadas de 1970 e 1980 encontram-se para shows repletos de flash backs. Dion prosseguiu em carreira-solo. Em 1996, Fred Milano ainda representava o que restou dos Belmonts, cujo o auge foi nos primeiros anos da década de 1960.

Osibisa é a marca do Afro-Rock

A banda Osibisa tem 42 anos de caminhada de Afro-Rock. Fundada em Londres, no final da década de 1960, por expatriados africanos e três caribenhos, eles foram o primeiro grupo musical africano a tornar-se popular na Europa no final dos anos de 1960. No Brasil, o conjunto ficou famoso por causa de uma música incluída na coletânea Sucessos de Todo o Mundo Difusora/Warner Bros, editada pela Rádio Difusora Jet Music, em 1975. Quem gosta de samba-rock já deve ter dançando o hit "Who´s Got The Paper", inesquecível por causa do solo longo de saxofone. Outros para apimentar o baile, traduziam com uma rima cheia de palavrões o nome da música.
As sementes do nascimento da Osibisa (dançar na rua, em dialeto africano) começa em 1962, quando Teddy Osei sai de Gana para estudar música na Grã-Bretanha. Ali conhece o baterista Sol Amarfio. Após sete anos de amizade resolvem criar a banda, mesclando ritmos africanos e caribenhos, Jazz, Rock e R&B. O primeira formação contou com o contrabaixista Spartacus R (falecido em 2010), o tecladista Robert Bailey, o guitarrista Wendell Richardson e a percussionista e sax-tenor, Lasisi Amao.
A grande sacada da Osibisa, para fugir de eternas comparações com as inúmeras bandas de Rock, Soul e Funk, no final dos anos de 1960, foi unir ritmos africanos, indianos, caribenhos aos existentes nos Estados Unidos. Nas suas canções, é visível a fusão desses estilos nos riffs de guitarras, solos de saxofone e arpejos de teclados. Seus arranjos não têm a leveza da New Wave nem o peso do Funk dos Estados Unidos. Conseguiram colocar um molho que só músicos nascidos na África dominam a receita.
O álbum de estreia, Osibisa (1971), produzido por Tony Visconti, responsável por alguns discos de Davi Bowie, estourou nas paradas da Europa e Estados Unidos. O segundo, Wayaya (1972), repetiu  a dose e ganhou elogios de Stevie Wonder, que tocou bateria com eles numa apresentação, e Art Garfunkel.
Mas para sentir o doce sabor do sucesso, os integrantes da Osibisa comeram muita salsicha e batata frita como almoço e janta, por causa da falta de dinheiro. Sem empresário, não conseguiam receber após as apresentações. Porém, a reportagem de um jornalista especialista em música, Richard Williams, publicada em agosto de 1970, mudou a história da banda.
Ao vê-los ensaiar num pequeno estúdio, ficou fascinado pela pegada do grupo. Dias depois escreveu uma página a respeito do que testemunhou. O casal Gerry e Lillian Bron, com amplo trânsito no show biz europeu, os conheceu e assumiu a gestão da banda. Em pouco tempo assinaram com a MCA Records.
Durante toda a década de 1970, a Osibisa fez shows no Japão, Austrália, Índia e África. A influência da Disco Music derrubou as vendas dos discos da banda. Eles mudam-se para Gana, onde montam estúdio de gravação e complexo de teatro para ajudar músicos mais jovens. A Osibisa continua em turnês, mantendo a mesma pegada que seduziu tantos fãs na Europa, Américas, África e Ásia. Nos bailes do Brasil, Who´s Got The Paper prossegue como trilha sonora obrigatória dos amantes do samba-rock.

Jimmy Cliff: uma das vozes do Reggae

Jimmy Cliff é um dos ícones do Reggae ao lado de Bob Marley. Ambos tornaram-se embaixadores desse estilo gostoso e suave de música, recheados de riffs de guitarras e letras politizadas. A história de Cliff começa em 1962, quando aos 12 anos mudou-se para Kingston, capital da Jamaica, para estudar numa escola técnica.
Dividia o tempo entre os livros e concursos de música, feitos por produtores em busca de novos talentos. Aos 14 anos passou a atormentar o manda-chuva do show biz jamaicano, Leslie Kog (acusado por Bob Marley de roubar os direitos autorais das canções de diversos reggaeman), para gravar um disco.
Conseguiu fazer um tape do hit " Hurricane Hattie". Despertou atenção da mídia local e passou a frequentar as paradas de sucesso. Anos depois foi para a Grã-Bretanha assinar contrato com a Island Records (selo responsável pelo lançamento de Bob Marley em nível mundial). Em 1968, seu álbum de estreia,  Hard Road to Travel, emplacou em alguns países. Dois anos após, lança Wonderful World, Beautiful People. A  crítica canção "Viet Nam" desperta atenção da mídia mundial, por causa da Guerra do Vietnã e seus violentos protestos nas ruas dos Estados Unidos.
Em 1972, Cliff é estrela do filme The Harder They Come, cujo enredo narra a história de um jovem que vai para a cidade grande  visando  tornar-se astro do Reggae e vira criminoso. Com várias músicas suas na trilha sonora, essa experiência aumenta sua fama em todo o mundo.

Atualmente com 63 anos, Jimmy Cliff continua fazendo turnês. Em mais de meio século cantando Reggae, já se apresentou ao lado de várias estrelas do Rock. Uma de suas músicas mais famosas no Brasil é "Reggae Night", sempre presente nos bailes de flash backs. De crítico feroz contra a Guerra do Vietnã e o Apartheid que vigorou na África do Sul, até 1990; hoje doa parte de seu cachê para instituições de combate à Aids.


 

Gregory Abbott: o boa pinta da Soul Music

Gregory Abbott é o soulman que todo marqueteiro de gravadora gosta: é boa pinta, ferramenta importante para seduzir as mulheres, mesmo com letras e canções ruins. Cantor, compositor, produtor, tecladista e baterista; aos oito anos estreou cantando na catedral de St. Patrick´s. Antes de enveredar pela carreira artística, estudou Psicologia na Universidade da Califórnia e Escrita Criativa em Stanford. 
Para obter dinheiro das mensalidades, formou uma banda que fazia shows ao redor da universidade. Após a conclusão do curso, optou pela música. Construiu seu próprio estúdio e aprimorou suas habilidades como cantor, guitarrista, compositor e produtor. 
Ao fazer um álbum para uma gravadora independente, emplacou  dueto com Whitney Houston. Em 1986, aos 22 anos, lançou seu primeiro disco, Shake You Down. A canção título rendeu  Disco de Platina e ficou no topo da Billboard Hot 100. Outra faixa, "I Got The Feelin (It´s Over)" chegou ao 5º lugar das paradas de R&B, lhe proporcionando status e diversos prêmios da crítica especializada.
Por causa de sua sofisticação, Abbott foi capa de diversas revistas, incluindo ensaio de seis modelos para a Playboy. Acabou caracterizado como um dos artistas mais sexy pela revista Playgirl.
Sua carreira no Exterior alçou voo. Ganhou o primeiro prêmio no Festival de Música de Tóquio. A faixa-título de seu segundo álbum, "I´ll Prove It  to You", lançado em 1988, tornou-se trilha sonora de filme japonês.
Desde a década de 1990, já gravou diversos discos, entre eles Eyes, Whispers, Rhytmn, Sex...and Dancing in The Inner Realm. Rhyme and Reason foi lançado em 2006. No ano seguinte gravou o single "Rhytmn Rhyme. Atualmente dedica-se a composição de trilhas sonoras para cinema e televisão. 








sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Cuba Gooding Sr continua brilhando na Soul Music

Os maiores sucessos de Cuba Gooding Sr., são "Everybody Plays The Fool" (1972), "Just Don´t Want to be Lonely" (1974), "Happiness is Just Around the Bend" (1983). Vocalista da banda The Main Ingredient, sempre navegou na praia da Soul Music e R&B. Com 67 anos, está no show biz desde 1964. Pais dos atores Cuba Gooding Jr., (ganhador do Oscar de 1996 pelo filme Jerry Maguire) e Omar Gooding Jr., como compositor já ganhou cinco vezes o Grammy. Uma delas foi em 2004 com a canção "You Don´t Know My Name" na voz de Alicia Keys. O hit ficou nove semanas seguidas na parada da Billboard.
Com 18 álbuns gravados, o último saiu neste ano, o seu timbre de voz continua inconfundível, na velha escola da Soul Music, onde as músicas românticas ganham roupagem bonita por meio de bons arranjos, conquistando  o coração de diversos fãs ao redor do mundo. Mesmo desfrutando do sucesso, não se esquece da comunidade afro carente dos Estados Unidos. Parte do dinheiro ganho nas turnês, ele doa ao Hospital de Atendimento à Criança St. Jude.
Ele também divide seu tempo com a televisão, onde já estrelou três filmes: Chicken Friend Roscoe and Waffles, Children of the Struggle e Gedo. Fez o mesmo no seriado da Showtime: Barbershop, ao lado do filho Omar. Atualmente é visto no programa de música Sweet Soul of the 70s da televisão norte-americana. 

Little Anthony & The Imperials: 53 anos de lindas baladas

Blues e Soul Music são a praia de Little Anthony & The Imperials, conjunto surgido em 1958 nos Estados Unidos. O falsete de Little Anthony é inesquecível para quem cresceu ouvido suas baladas nos últimos 53 anos.
A história do grupo começa com os integrantes da banda Chesters (Clarence Collins, Tracy Lord, Rodgers Nathaniel e Ronald Ross). Com a entrada de Anthony, eles mudam o nome para Little Anthony & The Imperials ao assinar contrato com a End Records.
O primeiro hit gravado foi "Tears of my Pillow", do outro lado do compacto simples (disco com duas músicas) estava "Two People in the World". Começaram a sentir o gosto doce do sucesso.
Em 1960 lançaram as canções "Shimmy, Shimmy Ko Ko Bop". No ano seguinte, época de vacas magras, Little Anthony tenta a carreira-solo e o restante do grupo entra na mesma praia. O ano de 1963 marca o retorno da banda, com alguns componentes novos: Ernest Wright e Sammy Strain. O produtor e compositor Tedd Randazzo (amigo de infância do grupo) coloca o conjunto na rota do sucesso. Aparecem nas paradas as canções "I´m Outside (Looking In)"(1964), " Goin Out of My Head" (1964), "Hurt So Bad" (1965), "I Miss You So" (1965), "Take me Back" (1965), "Hurt" (1966), "Out of Sight, Out of Mind" (1969).
Na década de 1970, na Avco Records, prosseguem navegando nas asas do sucesso com os hits "World of Darkeness", "If I Remember to Forget", "Yesterday has Gone" e "Help me Find Away (To Say I Love You), essa última produzida por Thom Bell.
Em 1973, o álbum On a New Street, montado por Thom Bell e Tedd Randazzo, estoura nas paradas com a canção "I´m Falling in Love With You". No Brasil, o hit entra na trilha sonora da novela das 19h, na Globo,Uma Rosa com Amor.
Depois, no restante da década de 1980, por desavenças internas Little Anthony mais uma vez segue carreira-solo e parte do grupo faz o mesmo, sob o nome The Imperials. Em 1992 eles se encontram para uma apresentação no Madison Square Garden. O sucesso os une novamente.
Os anos de 2002 e 2003 marcam a gravação de dois CDs: Little Anthony & The Imperials/Live: Up Close & Personal e Acapella Pure. Em 2004 Sammy Strain aposentou-se. No ano de 2010, Robert de Blanc entrou no lugar de Harold Jenkins, também aposentado.
Com Collins, Wright e Anthony, em 2011, o conjunto, ao lado dos Dells, são os únicos ainda ter nas turnês a maioria dos membros originais, em mais de 52 anos de carreira. Sempre trazendo novidades nesse meio século de show biz, o grupo lançou em 2008 o álbum You´ll Never Know.

Chaka Khan, outra diva da black music

Da Zona Sul de Chicago, a black music norte americana ganhou o talento de Chaka Khan (Yvete Marie Stevens). Aos 11 anos, em 1964, criou o grupo Crystalettes. Quando cursava o Ensino Médio juntou-se ao Teatro Afro-Arts. Dessa experiência, anos mais tarde, adotaria o nome africano Chaka Khan, quando já estava trabalhando no programa Café da Manhã com os Panteras Negras.
Em 1969, com 26 anos, entrou para conjunto Lyfe numa jogada que sairia errada. Porém, o destino a colocou no caminho de Kevin Murphy e Andre Fisher para formar o grupo Rufus. No ano de 1973, eles apareceram como uma grande promessa do Funk na ABC Records.
Os vocais dinâmicos de Chaka Khan rendeu ao grupo seis Discos de Ouro e outro tanto de Platina, antes de ela seguir carreira-solo cinco anos depois.
Sob as mãos do produtor Arif Mardin, Chaka Khan estourou nas paradas com o hit " I´m Every Woman" (regravada dez anos mais tarde por Whitney Houston). Porém teve de dividir seu sucesso com os colegas do Rufus, pois precisava ainda gravar dois discos com meninos, segundo acordo firmado com a gravadora. Em 1982 a pendência foi resolvida com um show no teatro Savoy, de Nova York. Dele saiu o álbum Stompin´at the Savoy. Nesse mesmo ano reuniu uma coleção de canções de Jazz com as participações de Freddie Hubbard, Joe Henderson, Stanley Clarke, Chick Corea e Lenny White. Foi o disco Echoes of an Era.
Mas em 1984, sua carreira entrou num pântano.A sorte é que a  canção I Feel for You lhe rendeu um Disco de Platina e indicação ao Grammy. Os álbuns lançados em 1986 e 1988 a manteve nas nuvens do sucesso. O início da década de 1990 a premiou com outro Grammy, por causa do hit " I´ll Be Good to You" num dueto ao lado de Ray Charles. Oito anos depois, a canção "Come 2 My House", do selo independente Prince, a faz  ganhar outro Grammy. Em 2007 lançou mais um disco recheado de hits Funks, produzido por Jimmy Jam e Terry Lewis. Para quem gosta de baladas, é inesquecível a interpretação da clássica "You Send Me", de Sam Cooke, nas vozes de Chaka Khan e Rod Stewart.

Angie Stone: o lado feminino do RAP dos EUA

Angie Stone é uma artista autodidata. Aprendeu tocar teclados sozinha. Ainda criança já cantava música gospel na igreja Batista de Nazaré, em Columbia, Estados Unidos. Seu pai, membro do grupo de louvor, a levava para assistir apresentações de outros artistas Gospel. Na juventude escrevia poesias e praticava esportes. Após a formatura do Ensino Médio, a direção do colégio lhe ofereceu uma bolsa para disputar o basquete universitário.
Para o bem da música, Angie recusou e começou trabalhar para guardar dinheiro e mais tarde gravar uma fita demo e levar a alguma gravadora interessada em seu talento. Em 1979, com 18 anos, uniu-se a Gwendolin Chisholm e Cheryl Cook, formando um trio de RAP. Em cima do hit "Tear the Roof off the Sucker", da banda Parliament, escreveu as canções "Funk You Up" e "I Don´t Need Your Love".
O casal Joe e Sylvia Robinson, da Sugar Hill Records, gostou do som e a contratou. Começou  a trabalhar ao lado do roqueiro Lenny Kravitz e do rapper futurista Mantronix. 
O show biz acabava de ganhar o Classy R&B Trio. Criaram uma nova canção inspirada na clássica "Summertime". Depois escreveram "Seems You´re Much Too Busy". Após a gravação do segundo álbum, cada um pegou o seu caminho. 
Em 1999, contratada da Arista Records, Angie Stone em carreira-solo grava o álbum Black Diamond e ganha o Disco de Ouro por causa dos hits "No More Rain (In This Cloud)" e "Everyday". Este lançamento rendeu a ela o título de Lady of Soul. Dois anos depois recebe outro Disco de Ouro pelo álbum Mahogany Soul.
No ano de 2007, na lendária Stax Records, apresentou The Art of Love & War, seu quarto trabalho. As canções "Baby" e " Sometimes" foram bem-recebidas pelos fãs. 
Atualmente divide suas aparições em programas de televisão e shows. 


quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Van McCoy: maestro que esteve por trás de inúmeros sucessos

A vida do maestro, arranjador, compositor e produtor musical norte-americano Van McCoy durou 39 anos. A seis meses de completar 40 anos, um ataque cardíaco o matou. Produziu discos para diversos artistas, entre quais Aretha Franklin, Gladys Knight and The Pips, The Stylistics, Peaches and Herb, Davi Ruffin, Stacy Lattisaw, Linda Clifford, além de  ter os direitos autorais de 700 músicas.
Quando era criança já tocava piano e cantava no coral da igreja Batista de Washington, onde nasceu. Também  já escrevia suas próprias canções, para se apresentar junto com seu irmão, Norman Jr., de 12 anos, no grupo Starlighters. Aos 16 anos lançou o hit "The Birdland". Aos 19 anos lança seu próprio selo, Rockin´Records e apresenta a canção "Hey Mr. DJ". A música chamou a atenção de Florence Greenberg, dono da Scepter Records. Ele contratou Van McCoy como compositor.
Durante a década de 1960 fez mais hits e produziu diversos artistas, entre eles Gladys Knight and The Pips, lançou a dupla Peaches and Herb. Escreveu composições para Barbara Lewis e Jackie Wilson.
Na década de 1970 firma parceria com compositor e produtor Charles Kipps. Faz arranjos para diversos sucessos dos Stylistics.
Cria sua própria orquestra, a Soul City Symphony com as cantoras Faith (fé), Hope (esperança) e Charity (caridade), produziu diversos discos e apresentou-se em vários locais. Em 1975 lança o álbum Disco Baby, pela Avco Records. A canção "The Hustle", uma das últimas a ser gravada estoura nas paradas de sucesso. Ganha o Grammy. Também fizeram relativo sucesso os hits "Party", "That´s The Joint" e "Change With the Times". Dois anos depois repetiu a dose com a canção "The Shufle".
Antes gravou o álbum The Real Van McCoy e Rhytmns of World, ambos de 1976. Em 1978 lançou My Favourite Fantasy, Lonely´ Dancer e Sweet Rhytmn, os dois últimos de 1979.

Simon & Garfunkel: a dupla que deixou saudade

Simon e Garfunkel foi a dupla de Folk/Rock (espécie de música regional norte-americana) da década de 1960 que deixou muita saudade. Gravaram diversos álbuns e suas canções ficaram eternizadas em nossa memória. Quem não se lembra de "Mrs. Robinson"? E de "Bridge Over Troubled Water"? "El Condor Pasa"? Em 1981 conseguiram colocar 1 milhão de fãs durante apresentação no Central Park de Nova York.
A história desses dois amigos de infância começa no final da década de 1950, enquanto cresciam em Forest Hills, cidade de Nova York. É dessa época as primeiras músicas da dupla. Copiavam o estilo do grupo de rock Everly Brothers e chegaram a gravar o hit "Hey Schoolgirl". Foi um fracasso, mas Paul Simon continuou investindo na carreira de compositor adotando o pseudônimo de Jerry Landis.
Quando chega os fervorosos anos de 1960, Simon e Garfunkel já estavam influenciados pela Folk Music (rock rural, semelhante às músicas de Sá & Guarabira, Zé Geraldo, Renato Teixeira, Elomar entre outros no Brasil). 
Em 1965 o produtor de Bob Dylan, Tom Wilson resolveu apostar no talento de ambos. Gravaram "Sounds Of Silence" e o hit ficou bem colocado nas paradas no início de 1966. Os dois ficam animados e lançam as canções "I´m Rock", " Homeward Bound", "A Hazy Shade of Winter".
O estilo das letras melhorou e passaram a frequentar mais os estúdios. Procuravam fazer um som limpo, sem as distorções que alguns grupos de rock adotaram para chamar a atenção dos jovens e da crítica. Em termos musicais, Simon e Garfunkel eram a dupla de bons mocinhos, deixando de lado as batas indianas, diversos aneis nos dedos, faixas amarradas na cabeça ou inúmeros colares pendurados no pescoço, como faziam os concorrentes.
O  álbum Bookends (1968) refletiu a maturidade musical de ambos. É deste disco o sucesso "Mrs. Robinson". Depois a canção fez parte da trilha sonora do filme A Primeira Noite de Um Homem, onde o ator Dustin Hoffman  começou derramar seu talento.
Mas o peso do sucesso provocou enfraquecimento na dupla no final da década de 1960. Simon já não gostava mais da rotina de apresentar-se ao lado do amigo Art Garfunkel. Começaram a gravar separadamente. Era difícil assistir shows de ambos  em 1969.
O último álbum de estúdio foi Bridge Over Troubled Water, em 1970. Tremendo sucesso. Ficou nas paradas dez semanas seguidas. Os hits "Cecilia", "The Boxer", "El Condor Pasa" entraram no repertório de diversos fãs.
Depois não lançaram mais nenhum disco. Simon começou uma bem-sucedida carreira-solo, Art Garfunkel investiu dobrado no oficio de ator, conciliando com a música. Em 1975 gravaram o single "My Little Town" e passaram a fazer alguns shows juntos, porém sem resultar em disco. No início da década de 1980 excursionaram pelos Estados Unidos, como ocorreu neste primeiro semestre de 2011, quando o show realizado num festival em New Orleans, atraiu fãs de todo o mundo.

Grover Washington Jr., o mestre do Smooth Jazz

O saxofonista Grover Washington Jr., teve 28 anos (1971-1999) para brilhar no palco do show biz, antes de morrer de um ataque cardíaco aos 56 anos. Criador do Smoot Jazz, Grover começou a amar a música na infância. Sua mãe  cantava em corais de igreja e o pai era colecionador de discos de Jazz. Com dez anos ganhou seu primeiro saxofone. 
Passou a ir a clubes onde tocavam as feras como Jack McDuff, Harold Vick e Charles Lloyd. Sua vida de músico profissional começou aos 12 anos. Na bagagem não esquecia do R&B e Blues. Logo saiu da cidade de Buffalo, Estado de Nova York e foi para o Interior dos Estados Unidos participar do conjunto Four Clefs. 
Durante o serviço militar conheceu o baterista Billie Cobhan, músico da banda do Exército junto com Grover. O apresentou a colegas das cidades de Nova York e Filadélfia.
Depois foi trabalhar na banda do organista Charles Earland. Em seguinda participou de uma gravação ao lado de Johnny Hammond. Ele ficou admirado com seu talento ao saxofone. O produtor Credd Taylor não perdeu tempo e tratou de arrumar um espaço para Grover Washington Jr numa gravadora.
Em 1971 lança seu primeiro álbum: Inner City Blues. Começa sua temporada de sucesso nas paradas dos Estados Unidos. É quando vai batalhar para manter no topo o Grover´s Soulful, que será sua marca registrada durante toda a década de 1970 e o êxito de seus três primeiros discos: All The King´s Horses, Soul Box e Mister Magic. Este último abre as portas junto a colegas de show biz como Bob James, Dave Grusin, Randy Weston e Eric Gale. 
Com o álbum Winelight, em 1980, ganha reconhecimento da crítica especializada e dois Grammies de Melhor Gravação de Jazz Fusion e Melhor Canção R&B para "Just The Two of Us". No ano seguinte Winelight ganha o Disco de Ouro e as vendas atingem mais de 2 milhões de cópias.
O álbum Come Morning, de 1981, obtém outro Disco de Ouro. No ano seguinte é indicado ao Grammy no acompanhamento que fez numa música interpretada por Patti Labelle.
No disco lançado em 1987, Strawberry Moon, Grover Washington Jr., tem como companhia de gravação a lenda do Blues: B.B.King. Para o disco The and Now, de 1988, reúne as feras do Jazz: Herbie Hancock, Ron Carter, Tommy Flanagan e Marvin "Smitty" Smith. 
Em 1990, o disco On Time Out of Mind contou com a presença da cantora Phyllis Hyman no hit "Sacred Kind of Love". Dois anos depois radicalizou ao gravar o álbum Exit. Reinventou o clássico de Paul Desmond na canção "Take Five", como de sua autoria intitulando-se "Take Another Five",dividindo parceria ao lado dos Four Tops e Lalah Hathaway, mergulhando a fundo no RAP.
Para 1996, o disco Soulful Strut mesclou Hip-Hop, Acid Jazz e ritmos africanos. Até morrer em 17 de dezembro de 1999 continuou apresentando em seus shows hits de Jazz/Pop.

Central Line band dura seis anos

A banda britânica Central Line aproveitou o vácuo da Disco Music, no final da década de 1970 e início da de 1980 e colocou três hits nas paradas de sucesso. O grupo mesclava Jazz, Funk dos Estados Unidos, Pop, Soul e R&B. O conjunto surgiu em 1978 e no ano seguinte já estava na Mercury Records. Os integrantes originais eram Steve Salvari, Camelle Hinds, Lipson Francis e Henry Defoe. 
Para aquecer, o grupo participou de turnês com Roy Ayers, o saxofonista Grover Washington, Fat Larry Band e The Real Thing. O primeiro hit do grupo foi "Wot We Got Its Hot". Ele foi bem recebido pelo público, mas o segundo "Sticks & Stones" caiu no esquecimento. 
A cereja do bolo da Central Line foi "Walking Into Sunshine", sucesso nas paradas dos Estados Unidos em 1981. Dois anos depois emplacaram "Nature Boy", mas o fim da linha chegou em 1984. O tecladista Steve Salvari foi trabalhar com Barry White, Robert Palmer e Sheena Easton; o mesmo fizeram o vocalista Hinds e o guitarrista Defoe com o grupo The Style Council; o outro tecladista Lipson Francis e o percussionista Beckles Linton entraram para o mercado de música Gospel. O baterista Jake Le Mesurier morreu na década de 1990. 

O golpe musical chamado Mary Jane Girls

Quem curtiu os bailes de black music na década de 1980 se lembra do grupo feminino The Mary Jane Girls. Elas cantavam ou tentavam, melhor dizendo, interpretar hits de Funk dos Estados Unidos, Soul Music, R&B (Blues de rua) e Disco Dance. Suas canções mais conhecidas foram "Candyman", "In My House", "All Night Long". A que fez mais sucesso nas mãos dos DJs da Chic Show e demais equipes de som foi a  balada  "Hurting on The Inside".
Para suprir as deficiências vocais, Candice Ghant, Joanne Mcduff, Cheryl Bailey (de meias vermelhas) e Kimberly Wuletich abusavam de coreografias sensuais. Elas faziam backing vocal para Rick James, responsável na época por milhões de discos vendidos na Motown Records, a fábrica de sucessos de Detroit, comandada por Berry Gordy. 
James escreveu algumas canções para o conjunto, ensinou alguns macetes dos subterrâneos da indústria da música. Blefou com a Motown, ao vender a ideia de que As Mary Jane Girls seriam a nova revelação da black music na década de 1980. Como mentira tem perna curta, Berry Gordy, escolado em mais de 20 anos na função de selecionar talentos para sua gravadora, logo descobriu que as aquelas meninas não teriam longa vida no competitivo mercado do show biz.
Antes do lançamento do segundo álbum, Only For You, em 1985, Cheryl Bailey saiu do conjunto, sendo substituída por Yvette Marine, filha da cantora de Disco Music, Pattie Brooks. Mesmo com deficiências, o hit "In My House" chegou ao terceiro lugar das paradas de R&B dos Estados Unidos. Também passou 12 semanas no Top 40. As canções "Wind" e "Love Crazy" conseguiram ficar algum tempo nas paradas.
Em 1986, elas lançaram o hit "Shadow Lover", mas problemas entre Rick James e Motown resultaram em pouca divulgação e fracasso nas vendas. O terceiro disco do grupo foi gravado, mas o álbum Conversation nunca ganhou as ruas. Como o efeito da maconha que logo acaba (o nome Mary Jane é uma alusão à marijuana), o grupo Mary Jane Girls chegou ao fim em 1987.
Dez anos depois, Joanne Mcduff trabalhou como backing vocal de Rick James; e depois seguiu carreira-solo; Cheryl Bailey encontrou emprego num estúdio de música. Em 1995, Candice Ghant, Kimberly Wuletich e Cheryl Bailey formaram o trio MJG, mas dois anos após Ghant e Wuletich saíram do conjunto. 



Taylor Dayne uniu beleza e talento para cantar

Taylor Dayne conquista fãs pela beleza (bonita de rosto e de corpo) e voz. De olhos fechados ninguém imagina  que seja de uma branca o vozeirão que coloca em suas músicas. Como se diz na gíria, ela é uma branca negreira, por causa do seu timbre. Começou a cantar profissionalmente após concluir o Ensino Médio em Nova York. Mas pegou firme no batente depois de terminar a faculdade. Aos 23 anos, em 1985, lançou dois singles: "I´m The One You Want" e "Tell Me Can You Love Me" (1986).
Navegando entre o Smoot Jazz, Pop e Dance, pela Arista Records lançou o hit "Tell It To My Heart", em 1987, atingindo os primeiros lugares nas paradas de sucesso dos Estados Unidos e Europa. Depois emplacou as canções "Prove Your Love", "I´ll Always Love You", "Don´t Rush Me", " With Every Beat of My Heart", "Love Will Lead You Back", "I´ll Be Your Shelter", " Heart of Stone", " Send Me a Lover", "Naked Without You" e "Whatever You Want". 
Conquistou, na década de 1980, três Discos de Ouro. Em 1990 chegou ao primeiro lugar da Hot 100 da Billboard com a canção "Love Will Lead You Back". Três anos depois regravou de Barry White o hit "Can´t Get Enough Of Your Love". A canção chegou ao segundo lugar das paradas da Austrália. No ano de 1997, Taylor Dayne assumiu o posto de atriz numa série de televisão, interpretando uma cantora de Jazz.  Nesse mesmo período, participou do filme Paraíso da Mentira. Em 2004 esteve presente em Jesus, The Driver, produzido por Warren Beaty.
Os primeiros anos do século 21, ela dedicou à família, com o nascimento de dois filhos; fez dueto em 2006 num programa exibido pela Fox TV. Só em dezembro de 2007 lançou o hit "Beautiful", uma das faixas do álbum Satisfield. A canção chegou aos primeiros lugares da Billboard. No ano passado gravou a canção "Facing a Miracle".



Phyllis Hyman: sucesso e tragédia lado a lado

A cantora Phyllis Hyman estava no lugar e hora certos, quando o produtor Norman Connors assistiu ao seu show na década de 1970. Não demorou, para em 1977, ela assinar contrato com a Buda Records. Seu primeiro disco estourou com o hit "I Don´t Want to Lose You", canção que fez sucesso antes na voz do grupo Spinners e do saxofonista Jimmy Castor Bunch, cuja a versão saiu numa coletânea lançada em 1976 pela promotora de bailes de black music no Rio de Janeiro, Soul Grand Prix.
Com a compra da Buda pela Arista Records, Phyllis gravou diversos álbuns pela nova casa, mas sem atingir o topo das paradas de R&B dos Estados Unidos. Porém, a cada trabalho sua voz melhorava, tornando-se, tempos depois,  grande cantora de Soul Music. É quando grava as canções " You Know How to Love Me", " Riding the Tiger", "Can´t We Fall in Love Again" e a dramática " Somewhere in My Lifetime". Nessa fase ela transforma-se em concertista de diversos shows realizados mundo afora.
Na década de 1980, após sair da Arista, entra na Philadelphia International Records, selo ainda conhecido pelo estilo musical Som da Filadélfia, responsável pelo lançamento de vários cantores e conjuntos na década de 1970, responsável pela venda de milhões de discos.
Em 1987 gravou "Living All Alone", mas o grande sucesso do álbum foi " Old Friend", autoria da dupla Thom Bell/Linda Creed verdadeira máquina de compor. Atingiu em cheio os amantes das baladas em ritmo de Soul Music. Depois Phyllis sumiu das paradas. Deixou o alcoolismo dominá-la, e perto de inteirar 40 anos passou a se preocupar em demasia com o corpo, temendo engordar e prejudicar sua performance junto ao público que assistia aos seus shows.
Infelizmente não conseguiu dominar o mal que existia dentro de si. Em 1995, minutos antes de apresentar-se resolveu tirar sua própria vida. O álbum póstumo "I Refuse To Be Lonely" revelava que Phyllis não estava bem, sinalizando que algo trágico iria lhe ocorrer.
Como já repetiu com outros artistas, foi após sua morte que Phyllis teve seu talento reconhecido pela crítica.  Quando foram relançados em 1998 e 2004, discos contendo canções inéditas, entre elas "Forever For You" e "Magic Mona".

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Santo & Johnny: os pais de Sleepwalk

Quem já assistiu ao filme La Bamba não se esquece daquela música instrumental solada numa guitarra havaiana, quando a morte de Ritchie Valens é comunicada pelo irmão a sua mãe. Alguns chegaram a crer que a composição era autoria de Valens. Infelizmente não. Sleepwalk pertence aos irmãos Santo & Johnny, nascidos no bairro do Brooklin, Nova York no final das décadas de 1930 e início da de 1940. Após seus pais retornarem da Segunda Guerra Mundial, ambos começaram estudar violão e no começo da década de 1950 passaram a tocar em bailes, casamentos e conquistaram diversos fãs no local onde moravam. 
A fama dos meninos cresceu. Logo faziam sucesso em toda Nova York. Com uma fita demo visitaram diversas gravadoras daquela cidade em busca de interessados pelo trabalho. O cartão postal da dupla era  a canção instrumental "Sleepwalk". 
O som inconfundível da música rendeu um Disco de Ouro e logo Santo & Johnny estouraram em todas as paradas dos Estados Unidos. A fama os levou em turnês pela Europa, México e Austrália. Na Europa gravam um disco com "Love Story", "Maria Elena", "Ebb Tide", "Love is Blue", "Enchanted Sea", além de participarem de diversas trilhas sonoras dos filmes de James Bond.
Em 1965 lançam outro disco só com músicas dos Beatles, e "And I Love Her", com o molho Santo & Johnny, fica 21 semanas nas paradas de sucesso norte-americanas. 
Pela quantidade de álbuns vendida no Exterior, conseguem ganhar o Disco de Ouro em vários países. Com o tema do filme O Poderoso Chefão, na década de 1970, permanecem  26 semanas no topo das paradas italianas, quebrando todos os recordes de vendas de discos em terras italianas.
Até os dias de hoje, Santo & Johnny já gravaram mais de 40 álbuns no mundo todo. Nos últimos 14 anos passaram trabalhando em inúmeros cassinos e clubes europeus. O segredo do sucesso é o timbre da guitarra havaiana, responsável pelo som inesquecível da Sleepwalk desde a década de 1950. Em 2002, a dupla entrou para o Hall da Fama da Guitarra. Calcula-se que Sleepwalk seja responsável pela venda de 20 milhões de discos desde seu lançamento. Atualmente é uma das músicas instrumental mais popular do século.



domingo, 9 de outubro de 2011

Brass Construction e o Funk de Nova York

Quem gosta do Funk autêntico, nascido nas ruas dos Estados Unidos na década de 1950 e aperfeiçoado por James Brown nos anos de 1960, deve se lembrar do balanço da banda Brass Construction. Suas canções sacudiram diversos bailes nos últimos 40 anos. Ela surgiu em 1968 no bairro do Brooklin, Nova York, mas só decolou em 1975, quando assinaram contrato com Epic Records e apareceram nas paradas cantando os hits "Moving" e "Hot Dance Club Play Chart".
A alma do conjunto era o pianista/flautista Randy Muller, autor da maioria dos arranjos das músicas. Até 1988 eles sacudiram as pistas de danças e bailes de todo o mundo. Baixo, metais e teclados davam o molho nas composições do grupo, além da voz de Muller em falsete.
Logo no primeiro disco, ganharam o Disco de Platina. Em 1977 e 1978 vieram as canções " Ha Cha Cha (Funktion)" e "Loveu". Até 1980 ficaram na United Artists  Records, depois a trocaram pela Liberty Records.  É dessa época a balançante "Get Up", que colocou fogo em diversos bailes, onde os teclados de Muller aliado aos metais não deixavam ninguém ficar parado.  O hit "Sweet as Sugar", balada responsável pelo surgimento de vários namoros, é outro destaque do início dos anos de 1980. Revelava que a Brass Construction também sabia interpretar canções românticas.
De 1985 até 1988, quando a banda chegou ao fim, não conseguiram reproduzir a essência do som que os fizeram brilhar durante oito anos, mesmo enfrentando a concorrência da Disco Music. Nas décadas seguintes, alguns sucessos antigos do Brass Construction acabaram remixados e relançados pelo selo EMI, voltando às paradas da Grã-Bretanha.




Stephanie Mills: da Broadway à música

Stephanie Mills é daquelas cantoras que fazem sucesso com canções de refrão chiclete: grudam na sua mente e não saem mais. Os alvos são adolescentes e jovens. Faixa etária onde as paixões produzem efeitos devastadores nas manhãs de domingo, após a madrugada de sábado. Aos 9 anos, em 1966, começou sua carreira numa peça de teatro. Dois anos depois  abocanhou o prêmio Amateur Night no Apollo Theatre. Foi a porta de entrada na Brodway, onde encenou uma criança órfã filha de um escravo fugitivo no musical Maggie Flynn.
Com 14 anos entrou na Paramount Records e lançou o hit "I Knew It Was Love". Depois  foi para Motown, mas Berry Gordy não gostou de seu estilo, saindo dali em 1976. Antes, no ano anterior chegou a namorar Michael Jackson. Nessa época destacou-se na crítica especializada por causa de sua interpretação na peça The Wiz, cantando a canção "Home", anos mais tarde regravada por Diana Ross e Whitney Houston.
Sua carreira deslanchou após 1979, quando já estava na 20th Century Fox Records. É dessa época os hits "Put Your Body In It", "You Can Get Over" e " What Cha Gonna Do With My Lovin", responsável pelo seu primeiro Disco de Ouro. Repetiu a dose em 1980, com a canção " Never Knew Love Like This Before", composição cheia de refrões pegajosos e clichês sentimentais tipo "não sei viver sem você", "você é a luz do meu sol e minha chuva" entre outros. A canção ficou em 6º lugar nas paradas Pop dos Estados Unidos.
O álbum de 1981 trouxe Stephanie em dueto com Teddy Pendergrass no hit "Two Hearts". Ela manteve-se em lua-de-mel com o sucesso até 1985. Quando sua versão de "I Have Learned to Respect The Power of Love" chegou ao primeiro lugar na parada de R&B norte-americana. Quatro anos depois ganhou o Disco de Platina cantando o hit " Something in the Way You Make me Feel".
Em 1992 grava o álbum Something Real e outro disco natalino antes de sair da MCA Records. Três anos depois, já na GospelCentric Records lança o disco Personal Inspirations. Até 2000 não entrou em estúdios, dedicando seu tempo a peças teatrais. O ano de 2004 marcou sua gravação ao lado de BeBe Winans e do rapper DMX. A canção "Can´t Let Him Go" impactou nas rádios e bailes dos Estados Unidos. Em 2001 abriu sua própria gravadora: a JM. Seu álbum mais recente, Breathless, saiu ano passado.