Sem medo dos fundamentalistas islâmicos, Nneka é outro grande talento cristão da música na Nigéria |
Nneka Egbuna é de uma cidade, Warri, na Nigéria com mais de 1 milhão de
habitantes. Aprendeu desde criança a cantar no coral da igreja. Ato de coragem,
num país onde fundamentalistas islâmicos matam quem é cristão. Mas ela já resumiu
o que pensa a respeito disto: “Na minha vida, os únicos lugares onde me sinto
seguro é na música e no Senhor”.
Não demorou para mudar-se para Alemanha. Ali começou a cantar
profissionalmente por cinco anos. Suas influências artísticas iriam refletir
nos jovens nigerianos, pois Nneka Egbuna também as recebeu de Fela Kuti, Bob
Marley, bem como de contemporâneos iguais Mos Def, Talib Kweli, Mobb Deep e
Lauryn Hill.
Na sinuosa e perigosa estrada do Show Biz teve boas e más experiências
com produtores e concorrentes. Logo encontrou o DJ e Hip-Hop Beatmaker, e o DJ
Farhot e juntos foram trabalhar durante dois anos.
Suas canções variam a partir de baladas Soulful, como o hit “ Confession”
até as composições com batidas modernas, iguais “Massive Attack” e também do Funk-Driven
“Stang Strong”. Porém, ela canta mais RAP, embora tenha fortes raízes musicais
de Soul e Hip-Hop.
Ao ouvi-la se percebe que suas
letras são caprichadas e revelam o cotidiano da Nigéria, descrevendo situações
que ocorrem naquele país, um dos mais ricos da África, ao lado da África do
Sul. Nneka mostra, por meio das canções, como vivem, sofrem e suportam a dor a
população local, além de trazer à tona o modo de agir dos políticos e
religiosos nigerianos.
Em junho de 2004, apoiado pelo DJ Farhot, apresentou concorrido show em
Hamburgo, Alemanha, depois repetiu a dose no Holloway Islington, em Londres. No
ano seguinte proporcionou outro bis. A partir dai saiu em turnê pela Alemanha,
Áustria e Suíça. Lançou o CD Victim of Truth. Em 2005, o ano começou com dez
apresentações, um em Paris e outro em Amsterdam, além de passar por vários
festivais.
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