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Luís Alberto Alves/Hourpress

sábado, 7 de janeiro de 2012

Louis Armstrong: o trompete que ajudou nascer o Jazz



Louis Armstrong começou a tocar com 13 anos de idade, em 1913. Para ajudar nasceu em Nova Orleans, berço do Blues, Sul dos Estados Unidos. Nessa época o Jazz ainda não existia. Em cima disso, o seu trompete iria entrar para a história da black music nas décadas seguintes. Seus críticos mais exigentes reconhecem que, sem o talento de Armstrong, o Jazz talvez não seria reconhecido como um modo universal de expressão musical. Era cantor, compositor, instrumentista, cornetista, saxofonista, letrista, arranjador, produtor musical, dramaturgo, tenor, ator, maestro e ativista político. É considerado o pai do Jazz.
De família  muito pobre. Para aumentar a renda em casa, sua mãe precisava se prostituir, pois o marido a deixou quando Armstrong ainda era criança.
A primeira experiência como músico ocorreu numa banda amadora de uma prisão para adolescentes de Nova Orleans.  O primeiro trompete foi comprado com dinheiro emprestado por uma família de judeus, que até o final de sua vida, em julho de 1971, considerava como seus parentes, pois cuidava  dele na ausência da  mãe. Em gratidão, Armstrong usou sempre na lapela do  paletó uma Estrela de Davi.
 Livre da cadeia, passou a tocar em casas noturnas e nas barcaças que cruzavam o famoso Rio Mississippi. Depois, em busca de dinheiro, levou o som do seu trompete aos bordeis existentes na zona de prostituição da cidade. Ali conheceu Joe Lindsay e Sidney Bechet. Mais tarde eles seriam peças importantes na criação e divulgação do Jazz.
Após a Marinha fechar todos os prostíbulos, os músicos foram procurar emprego em Chicago. Aos 22 anos, ele entra na banda de King Oliver e passa a ser ouvido por plateias maiores. Oliver tornou-se mentor e figura paternal para Armstrong.
Aos 20 anos aprendeu a ler partituras e passou a tocar grandes e extensos solos de trompete. Foi um dos primeiros Jazzman a aplicar essa técnica neste gênero musical. Acabou criando um som único, que o acompanharia pelo resto de sua vida.
Sua segunda mulher, a pianista Lil Hardin, o incentivou a desenvolver seu novo estilo, sem as influências musicais de King Oliver. Sugeriu que ele tocasse música clássica nas igrejas, visando aperfeiçoar sua pegada, além de experimentar se apresentar sem banda e com coral de louvores.
 Em 1925, após turnê em Nova York, retorna a Chicago e cria sua própria banda: Louis Armstrong Hot Five. Com este grupo grava diversas canções, que anos mais tarde se tornariam clássicos da black music. Sete anos depois vai a Europa, e sua popularidade começa a crescer, pois suas canções aparecem nas rádios, filmes e mais tarde na televisão.
Nessa época fez diversas gravações, além de concertos com a banda Williams Blue Five, na companhia de cantores de Blues como Bessie Smith, Ma Rainey e Alberta Hunter. É deste período os hits "Potato Head Blues", "Muggles" e "West end Blues". Sua introdução na canção "West end Blues" é uma das mais famosas influências na história do Jazz.
Depois foi morar no bairro de Queens, Nova York, em 1943. Durante os 30 anos restantes de sua vida, Armstrong tocou inúmeros solos e com diversas bandas, além de trabalhar em vários filmes. Ficou na ativa até morrer dormindo em 6 de julho de 1971.
Uma das marcas registradas de Armstrong foi a criação do scat (espécie de solo vocal, imitando notas musicais), que décadas depois seriam copiadas por Billy Stewart, George Benson, Tim Maia, Ed Motta e João Bosco.





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