No começo da década de 1960, a Grã-Bretanha ganhou mais um grupo de rock: The Hollies. Foram contratados pela Parlophone Records, como colegas de selo dos Beatles. Lançaram seu primeiro álbum em 1964 na leva de conjuntos ingleses que invadiram os Estados Unidos naquela época. A maioria dos membros morava ou residia próximos à cidade de Manchester. Nestes 50 anos de carreira, trocou de integrantes diversas vezes. A ideia de criar a banda partiu de Allan Clarke (vocalista) e Graham Nash. Depois vieram Don Rathbone (baterista), Eric Haydock (baixo) e Vic Steele (guitarra-solo). Mas Rathbone logo passou as baquetas para Bobby Elliot, eleito um dos melhores bateristas britânicos na década de 1960.
Em vendagens de discos, os Hollies ficaram apenas atrás dos Beatles. Conseguiram emplacar diversos hits nas paradas de sucesso. A marca registrada da época áurea do conjunto foram os vocais, às vezes duplos e até triplos, com Clarke, Nash e Hicks, semelhante na pegada com os Everly Brothers.
Mesmo numa época onde diversas bandas de boa qualidade disputavam as paradas de sucesso, oposto de hoje, onde qualquer cabeça de bagre apoiado num forte esquema de marketing vira estrela; tornaram célebres canções como: "Long Cool Woman in a Black Dress", "Stay", "Stop in The Name of Love", " Bus Stop", "Look Through Any Window", "Sorry Suzanne", " Jennifer Eccles", " The Air That I Breathe", e as inesquecíveis "He Ain´t Heavy, He´s My Brother". Alguns dos hits dos Hollies viraram versões em português na época da Jovem Guarda.
Mesmo emplacando tanto sucesso nas paradas da Europa e Estados Unidos, a banda sofreu diversas mudanças. Haydock foi o primeiro a pular do barco, suspeitando que não lhe pagavam corretamente pelos shows e vendas de discos. Seu lugar é preenchido pelo baixista Bernie Calvert. Isto após quatro anos de caminhada no mundo do show-biz.
Em 1968 gravaram "King Midas in Reverse" usando os recursos mais sofisticados da época, mas o hit fracassou nas paradas. Grahan Nash tentou fazer os Hollies mudar de postura musical, mas acabou sozinho. Saiu e nos Estados Unidos criou o trio Crosby, Stills and Nash. A vaga é ocupada por Terry Sylvester. Em 1971 é a vez de Allan Clarke seguir carreira-solo, deixando o microfone para Mikael Rickfors. O problema é que ele não conseguia cantar em inglês com facilidade. Passou por vários vexames em shows da banda.
Os Hollies saíram da Parlophone e assinaram com a Polydor. Sentiram o gosto do sucesso outra vez com a canção "The Baby". Porém, a ex-gravadora lançou a gravação de "Long Cool Woman", na voz de Allan Clarke, quando ainda era vocalista do grupo. A explosão nas paradas o levou novamente ao vocal dos Hollies em 1973. Ficou na banda até 2002.
Aos trancos e barrancos, a banda continuou lançando álbuns e viajando para diversos shows. Atualmente, eles se apresentam de vez em quando, com apenas dois de seus integrantes originais
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