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Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

The Crusaders: apesar das baixas, ainda continuam na estrada

The Crusaders é o exemplo típico da longevidade na espinhosa estrada do show-biz. O conjunto surgiu em 1952 na cidade de Houston (Texas), sob a batuta do pianista Joe Sample, o baterista Stix Hooper, o saxofonista Wilton Felder e o trombonista Wayne Henderson. Como ocorre nos Estados Unidos, a meca da música é Los Angeles (seria em termos musicais o Rio de Janeiro) e para lá foram os primeiros membros da banda. Em 1960 assinaram contrato com a Pacific Jazz Records e ali ficariam dez anos. No início da década de 1970 já eram conhecidos pelos norte-americanos por misturar Jazz, Pop e Soul, espalhando adrenalina por onde passavam.  A mistura deu certo, porque desde os anos de 1960 até agora, já gravaram mais 40 álbuns, alguns ao vivo e outros de estúdio.  A grande sacada dos Crusaders foi colocar na linha de frente trombone e saxofone, solidificando as raízes no Hard Pop, mas enfatizando em R&B e Soul. Em 1971 adotaram o estilo Jazz/Funk, além de incorporar o baixo elétrico e guitarra. Nessa época entraram no grupo, o baixista Robert "Pops" Popwell e o guitarrista Larry Carlton. A pegada da dupla ficou caracterizada na maioria dos álbuns gravados durante a década de 1970. O novo método de trabalho resultou em canções estourando nas paradas pop da Billboard.
O auge chegou em 1979, com o disco Street Life, que alcançou o posto 18 nas paradas de discos pop da Billboard e 36 na Billboard Hot 100. Cinco anos antes, Henderson deixou a banda, após o lançamento do 28º disco, para seguir carreira-solo. A saída obrigou os Crusaders mudar de estilo, pois em 1983  Stix Hooper, um dos fundadores do conjunto no início da década de 1950, pulou fora do barco. Terminou a fase mais popular do grupo.
Continuaram gravando, mas nos anos de 1990, a maioria dos seus  membros originais já tinham escolhido carreira-solo. Em 1991, apenas Wilton Felder e Joe Sample permaneciam como músicos desde a fundação da banda. Mesmo assim, conseguiram chegar aos primeiros lugares na parada Top Jazz. Depois não lançaram mais nenhum CD até 2001. Nas tentativas anteriores, os hits não se pareciam com o estilo acústico da época áurea da banda, na década de 1970.
Em 2003, Felder e Hooper procuraram dar fôlego novo aos Crusaders ao gravar CD com as presenças de Ray Parker Jr e Eric Clapton. Sete anos depois, Joe Sample divulgou turnê de reencontro com Wayne Henderson e Wilton Felder, mas sem a presença de Stix Hooper. Era a primeira reunião dos membros fundadores dos Crusaders desde 1974. Os shows se transformaram num álbum.



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