Natalie Cole ganhou nove prêmios Grammy |
Luís
Alberto Alves
O ano de 2016 começou triste para a família de
Natalie Cole: na noite da véspera de Ano Novo ela morreu num hospital de Los
Angeles de insuficiência cardíaca, decorrente de complicações de um transplante
de rim realizado em 2009. Aos 65 anos, Natalie travou grande batalha durante os
40 anos que empolgou o mundo com lindas canções. Nesta trilha escorregadia do
Showbiz passou pelo pântano do vício das drogas, onde conseguiu tirar os pés e
continuar no caminho do sucesso.
Coincidentemente foi
no mesmo Cedar Sinai Hospital, em 2003, que outro grande nome da Black Music
dos Estados Unidos, Barry White, partiu, também, por problemas renais. Filha de
Nat King Cole, cuja voz suave já embalava corações em 1950, com o hit “Straighten
Up and Fly Right”, a garotinha nascida naquele ano iria alegrar o pai.
Desde a estréia em 1975, com a canção “Inseparable”,
levou para casa nove Grammys, dos quais seis foram pelo CD de 1991, Unforgettable:
with Love, que vendeu 14 milhões de cópias em todo o mundo. No início o nome de
Nat a ajudou, até passar a andar com as próprias pernas. O último prêmio veio em
2009, com o CD Still Unforgettable. O fio da meada começou em 1973, após sair
da universidade e juntar forças com os produtoes Chuck Jackson e Marvin Yancey (com
quem se casou) e assinou contrato com a Capitol Records. As canções “This Will Be” e “I´ve Got Love on My Mind”
estouraram nas paradas.
Depois emplacou “Mr. Melody” antes do final
dos anos de 1970, Soul Music com pitadas de Disco Music, que virou febre nas
boas rádios FMs do Brasil. Outro destaque foi “Sophisticate Lady”, com a qual
acabou escolhida como Melhor Cantora de R&B de 1977. Dez anos depois
explodiu com o disco Everlasting, onde cantava a versão da canção de Bruce
Springsteen: “Pink Cadillac”. No final de 2000 lança a autobiografia “Angel On
My Shoulder.
Natalie é a típica
filha de peixe. O pai foi uma das maiores lendas do Jazz. A mãe, Maria,
trabalhou como cantora na orquestra de Duke Ellington. Desde criança respirou
música em casa, quando aos seis anos estreou no disco de Nat, Christimas Album.
Aos 11 anos subiu aos palcos e deles nunca mais desceu, só no começo da década
de 1980 precisou se ausentar por causa de sérios problemas com drogas. Dessa
trágica experiência herdou uma hepatite C da época em que a cocaína, heroína e
álcool eram rotina na sua vida.
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