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Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Natalie Cole: Soul Music perde outro grande talento


Natalie Cole ganhou nove prêmios Grammy



Luís Alberto Alves

O ano de 2016 começou triste para a família de Natalie Cole: na noite da véspera de Ano Novo ela morreu num hospital de Los Angeles de insuficiência cardíaca, decorrente de complicações de um transplante de rim realizado em 2009. Aos 65 anos, Natalie travou grande batalha durante os 40 anos que empolgou o mundo com lindas canções. Nesta trilha escorregadia do Showbiz passou pelo pântano do vício das drogas, onde conseguiu tirar os pés e continuar no caminho do sucesso.

Coincidentemente foi no mesmo Cedar Sinai Hospital, em 2003, que outro grande nome da Black Music dos Estados Unidos, Barry White, partiu, também, por problemas renais. Filha de Nat King Cole, cuja voz suave já embalava corações em 1950, com o hit “Straighten Up and Fly Right”, a garotinha nascida naquele ano iria alegrar o pai.
 Desde a estréia em 1975, com a canção “Inseparable”, levou para casa nove Grammys, dos quais seis foram pelo CD de 1991, Unforgettable: with Love, que vendeu 14 milhões de cópias em todo o mundo. No início o nome de Nat a ajudou, até passar a andar com as próprias pernas. O último prêmio veio em 2009, com o CD Still Unforgettable. O fio da meada começou em 1973, após sair da universidade e juntar forças com os produtoes Chuck Jackson e Marvin Yancey (com quem se casou) e assinou contrato com a Capitol Records. As canções “This Will Be” e “I´ve Got Love on My Mind” estouraram nas paradas.

 Depois emplacou “Mr. Melody” antes do final dos anos de 1970, Soul Music com pitadas de Disco Music, que virou febre nas boas rádios FMs do Brasil. Outro destaque foi “Sophisticate Lady”, com a qual acabou escolhida como Melhor Cantora de R&B de 1977. Dez anos depois explodiu com o disco Everlasting, onde cantava a versão da canção de Bruce Springsteen: “Pink Cadillac”. No final de 2000 lança a autobiografia “Angel On My Shoulder.

Natalie é a típica filha de peixe. O pai foi uma das maiores lendas do Jazz. A mãe, Maria, trabalhou como cantora na orquestra de Duke Ellington. Desde criança respirou música em casa, quando aos seis anos estreou no disco de Nat, Christimas Album. Aos 11 anos subiu aos palcos e deles nunca mais desceu, só no começo da década de 1980 precisou se ausentar por causa de sérios problemas com drogas. Dessa trágica experiência herdou uma hepatite C da época em que a cocaína, heroína e álcool eram rotina na sua vida.



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