Luís
Alberto Alves
George Lewis nunca
tentou ser um solista virtuose. Ele adorava gravar conjuntos melódicos onde seu
clarinete distintivo era livre para improvisar tão simples como desejava. Quando Lewis foi inspirado e em
sintonia, ele poderia realizar o seu próprio som com qualquer de seus
contemporâneos, em Nova Orleans e ele sempre soou bonito que toca suas
"Borgonha Street Blues".
Para surpresa de todos (incluindo o próprio), se
tornou uma das figuras mais populares do movimento de renascimento de Nova
Orleãs dos anos de 1950. Demorou muito para conquistar a fama. Aprendeu sozinho
a tocar clarinete aos 18 anos e trabalhou na década de 1920 com a banda Black
Eagle, Buddy Petit, The Brass Band Eureka, Chris Kelly e Kid Ory, entre outros
grupos de New Orleans.
Tocou com Bunk
Johnson no início dos anos de 1930. Quando Bunk foi descoberto em 1942, Lewis
virou parte de sua banda, mas a saudade de casa, fez ele retornar a New Orleans
em 1946. Trabalhou com seu próprio grupo. Em 1952 se apresentou para grande
público em turnês na Europa e Japão.
A banda Lewis tinha
o trompetista Kid Howard, o pianista Alton Purnell, o banjolista Lawrence
Marrero, o baixista Alcide "Slow Drag" Pavageau e o baterista Joe
Watkins.
Gravou em diversos
selos, mas Blue Note Records é quem reproduziu melhor suas coletâneas, virando
símbolo do que era certo e errado sobre o movimento de renascimento de New
Orleans. Ainda hoje é gostoso ouvir seus discos.
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