Izzy Gordon já foi muito elogiada pelo competente Quincy Jones |
Luís Alberto Alves
Aos 51 anos, Izzy Gordon é
considerada uma das maiores cantoras de Black Music do Brasil. Surfa facilmente
pelo Jazz, Blues, Funk (dos Estados Unidos), RAP e MPB. Se tivesse nascido na
América do Norte teria estourado em todo o mundo, pois ali o artista é
valorizado, ao contrário do Brasil.
Izzy cresceu ouvindo Jazz e muita música
brasileira. O pai, Dave Gordon, é músico, e a tinha, Dolores Duran, é outro
ícone da MPB. Durante a infância, a menina conviveu em casa com grandes nomes como
Jair, Tim Maia, César Camargo Mariano (ex marido de Elis Regina), Wilson
Simonal, Cassiano e outras feras. O piano da família era usado em Jam sessions,
numa verdadeira aula de vários estilos.
Ela se casou muito cedo e até os
21 anos ficou fora do circuito artístico. Só mais tarde, ao ouvir a canção “Ribbon
in The Sky”, de Stevie Wonder, sucesso em 1986, que surgiu a vontade de cantar
profissionalmente. Passou a dar canjas em casas noturnas onde o pai trabalhava,
mas ao interpretar o hit “Emoções Baratas”, do diretor José Possi Neto, que o
negócio pegou.
Com esse musical, Izzy viajou
para Curitiba e Porto Alegre e participou do show de entrega do Prêmio Sharp
para o Teatro Brasileiro, ao lado de Beatriz Segal e Eva Wilma. Recusou por
anos convites para gravar discos fora de sua praia. A primeira participação
dela ocorreu na primeira formação do Grêmio Recreativo Amigos do Samba Rock
Funk Soul, com Skowa, resultando no disco Via Paulista, ao lado de Jorge
Benjor.
Depois participou com o Grêmio em
shows de Ed Motta e do álbum 23, de Jorge Benjor, atuando de backing vocal na
turnê. Passou pela banda Chic Night, uma das primeiras de Disco Music, Soul e
Funk de São Paulo. Embalada fez dois musicais com o irmão Tony Gordon, Mr. Jazz,
sob direção de Miéllie e a Tradicional Jazz Band e Whats on in London, com
Christianne Neves.
A convite do teatrólogo Naum
Alves de Souza participou do musical Divas EnCanto, em homenagem a Elis Regina,
Chiquinha Gonzaga, Dolores Duran e Ângela Maria, apresentado no Sesc
Pompéia/SP. O talento de Izzy a levou a backing vocal para banda de rock Deep
Purple, quando veio ao Brasil, shows com Banda Black Rio, Max de Castro, Gerson
King Combo, Zizzi Possi, Fernanda Porto, Ed Motta, Leo Maia, Rappin Hood.
Tamanha capacidade a colocou em
dois exclusivos para a banda irlandesa U2 e para o produtor de estrelas da
Black Music dos Estados Unidos, Quincy Jones. Ele, aliás, a elogiou muito.
Principalmente de alguém que produziu o disco mais vendido da história,
Thriller, de Michael Jackson, em 1982. Em 2005 gravou o CD Aos Mestres com
Carinho, Homenagem a Dolores Duran, recebendo indicações ao Grammy Latino e
Prêmio Tim, Revelação.
Em 2010 lançou pelo selo Label A o segundo álbum,
destacando a faixa de autoria própria: “O Que Eu Tenho Pra Dizer”. No ano
seguinte veio outro trabalho, pela gravadora Joia Moderna, Negro Azul da Noite,
onde canta hits menos conhecidas de autores como Tim Maia, Leci Brandão,
Carlinhos Brown, Milton Nascimento entre outros.
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