O gangsta rapper 2Pac deixou sua marca na Black Music dos EUA |
Luís
Alberto Alves
Freguesia Lesane Crooks, mais tarde conhecido
como 2Pac, nasceu no bairro do Brooklyn, Nova York, em 1996. Já trazia na veia
o sangue da polêmica por filho filho de dois membros do grupo político Panteras
Negras, que provocou várias passeatas agitadas nos Estados Unidos na década de
1960. Sua mãe, Alice Faye Williams, fico grávida quando estava numa prisão.
Depois ela se casou com Mutulo Shakur e o
batizou de Tupac Amaru Shakur. Gangsta rapper, o menino estudou na Escola de
Artes de Baltimore, antes de mudar para Marin City, Califórnia e participar da
febre de suas ruas. Despontou no HipHop rapidamente como parte do Digital
Underground. Mas foi em 1991, quando lançou o disco 2Pacalypse, que mostrou à
Black Music que era um dos mais novos talentos do RAP ao ter várias de suas
canções censuradas.
Em 1993 estourou com o hit “I Get Around” e
ganhou Disco de Platina. A letra falava da união da comunidade negra. Num dos
refrões dizia: “Unidos venceremos, divididos cairemos, eles podem atirar em um
negão, mas eles não podem atirar em todos nós”. Divulgo o álbum na rede
Underground Railroad para adolescentes problemáticos da Native Oakland,
Califórnia.
O ano seguinte deu força ao seu irmão mais
velho, Mopreme, Syke, Macadoshis e o Rated R no projeto Thug Life, liberando o
primeiro volume desse trabalho. Nessa época sua carreira de ator estava em
alta, após desempenho como Bishop ao lado de Ernest Dickerson. Após aparecer no
filme do diretor John Singleton Poetic Justice, ao lado de Janet Jackson, saiu
do Ensino Superior. De pavio curto ofendeu o diretor do conjunto Menace II
Society, Allen Hughes. Ficou preso 15 dias.
Antes tinha sido preso, mas por causa do seu
talento driblou as grandes. Porém a cair nas mãos da polícia outra vez, ao se
envolver numa briga que resultou na morte acidental de um garoto de seis anos,
a barra pesou. Em 1993 acabou acusado da morte de dois policiais à paisana e
suspeita de estupro de uma fã.
Em liberdade sob fiança entrou em outra
encrenca, quando agrediu uma mulher que lhe pedia autógrafo. Depois foi preso
por andar armado e agressão a um motorista em Los Angeles. Considerado culpado,
no dia seguinte recebeu tiros e roubado no saguão do Quad Studios, em Times
Square, Nova York.
A maré brava prosseguiu com a suspeita de
atirar no rapper Notorious BIG, que estava junto com Andre Harrell e Sean “Puffy”
Combs, numa disputa do RAP do Leste contra o Oeste nos Estados Unidos. Shakur
foi condenado a quatro anos e meio de prisão em 1995. O disco The epic Me Against The World saiu
enquanto ele estava na cadeia. Mesmo assim chegou aos primeiros lugares das
paradas dos Estados Unidos.
O presidente da gravadora Death Records,
Marion “Suge” Knight conseguiu que Shakur saísse em liberdade condicional, após
oito meses de prisão. Em 1996 lançou o disco duplo All Eyes On Me, outro
estouro na Billboard. Vendeu 6 milhões de cópias. O destaque ficou com o dueto
ao lado de Dr. Dre no hit, “California Love”.
Depois ele passou a se concentrar na carreira
de ator, aparecendo no filme Bullet and Gridlock’d, junto com Tim Roth.
Infelizmente acabou morto a tiros em Los Angeles, após assistir a luta de Mike
Tyson e Bruce Seldon, no MGM Grand. Faleceu cinco dias depois. Vários
comentários surgiram, inclusive de que Notorious BIG teria tramado o homicídio após
2Pac falar que o traia com sua mulher, Faith Evans.
A rivalidade Oeste/Leste na RAP Music
prosseguiu após a execução de 2Pac, levando ao assassinato de Notorious BIG
seis meses de forma idêntica. O principal suspeito da morte de 2Pac, Orlando
Anderson, foi executado em 1998. Após a morte de 2Pac saíram diversos
lançamentos póstumos e singles de sucesso. A versão colocada no mercado em
2000, do CD The Rose That Grew From Concrete foi excelente tributo de várias
novas estrelas do RAP a 2Pac.
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