Com a morte de Redding, Conley recebeu a missão de substituir o menino de ouro da Stax Records |
Arthur
Conley é outro grande nome da Black Music norte-americana nascido na racista
Atlanta, Estado da Geórgia. Parecido com o estilo de cantar de Otis Redding,
por muitos anos o Show Biz subestimou seu talento. Nascido em 1946, em 1967,
aos 21 anos, explodiu nas paradas com o hit “Sweet Soul Music”. A morte trágica
de Redding antecipou a entrada de Conley no mundo artístico.
Em 1968 e 1969 continuou fazendo sucesso antes
de ir para a Capricorn Records em 1971. Ali lançou o álbum Sweet Soul Music,
destacando cada um dos seus cinco primeiros singles e duas canções inéditas de
Redding, no qual se inspirou. De acordo com a crítica, este é um dos seus
melhores discos, deixando em primeiro plano os hits: “Funky Street”, “People
Sure Act Funny”, “Burning Love” e “You Really Know How to Hurt A Guy”.
Membro da Soul Clan ao lado de Bem E. King,
Solomon Burke, Wilson Pickett e Joe Tex, acabou substituindo Otis Redding nesta
confraria. Mais tarde migrou para Swamp Dogg onde gravou músicas que não
gostava, para depois ir morar na Europa. Dali emendou turnês, ao lado de Betty
Wright e Timmy Thomas, para o Reino Unido e África do Sul. Em seguida fixou
residência na Holanda, onde gravou um álbum ao vivo, usando o codinome de Lee
Roberts.
A partir dai, passou a apoiar e orientar
jovens músicos talentosos na Artcon Music Productions, além de trabalhar como
DJ numa estação de rádio local, a Q-Radio e aparece diversas vezes na televisão
holandesa. Seu último show foi na Suécia, onde fez jus ao título de Rei Arthur,
num tributo a Soul Music holandesa, com a banda SixtiesThe Original Sixties
R&B Soul Show para promover seu CD.
Ele continuava compondo boa música, às vezes
em parceria com produtores e letristas como Groovy “Soul Clapping”, Rojer
Hejjster e Alwin Mutgeert. Tudo para um CD sem data fixa de lançamento.
Infelizmente, apenas alguns meses antes de ser hospitalizado, gravou uma canção
inédita, “Soul Heaven”, com produtor Mutggert. Embora desprezado pelas
gravadoras, muitos artistas reconhecem que Conley foi um dos maiores cantores
de Soul Music do século XX.
Sua voz tinha um toque de Sam Cooke e às vezes
parecia como Rod Stewart, mas manteve a originalidade. No funeral foram
relembradas canções como “I´m A Lonely Stranger”, “Sweet Soul Music” e “May”. Por causa da grande pobreza musical atual, ele
faz falta assim como artista do porte de Marvin Gaye, Otis Redding, Jackie
Wilson, e claro, Sam Cooke.
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