Banda ocupa lugar específico no cenário atual da Black Music dos Estados Unidos |
Pode parecer clichê, mas é meio difícil
encontrar uma banda igual à rapaziada da Soul Talk. Eles captaram a mensagem de
que os jovens de hoje de Soul Music e R&B não querem ouvir conjuntos, porém
cantores e bons argumentos que os levem aos shows e a comprar seus CDs.
Eles pisaram no terreno minado do show biz
com o álbum batizado de Soul. Logo seus componentes Gary Poole, Toby Baker e
Ernie McKone perceberam que as bandas podem criar um som reconhecível e
distinto, porém a tarefa fica difícil de replicar, que o vocalista tenha às
mãos bons compositores, arranjadores e produtores.
O CD Soul ocupa um lugar específico na cena
musical norte americana. É o lugar onde Soul Music cruza com Funk (o legítimo
dos Estados Unidos). É neste momento que as boas bandas sabem como fazer um tipo
de som que os fãs detectam rapidamente. A grande jogada da Soul Talk é ter essa
capacidade.
Essa rapaziada tem boa musicalidade e canções
de bom conteúdo, executadas por um bom vocalista. Poole é um tenor rouco que
mescla gemidos com notas altas, como fazem Al Green e Boby Womack. Detalhe:
Poole não é imitador de nenhuma dessas duas feras da Black Music
norte-americana. Retirou essa química do Gospel.
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