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Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Yvette Rovira: grande cantora e discípula de Gandhi e Martin Luther King

Aos oito anos de idade, Yvette já estudava canto; é defensora do pacifismo

   Yvette Rovira é de uma família que mais se concentrava nas ciências do que nas artes (a mãe e o irmão são engenheiros). Mas ela foi ungida com o dom da música. Logo foi estudar canto aos oito anos de idade e este caminho o levaria da Flórida para um curso de licenciatura em composições no Berklee School Music de Boston e depois partiu para Nova York onde terminou de gravar seu novo CD.
  Entrou no mundo do show-biz sob batuta do produtor Rob Mounsey (Rihanna e Mary J. Blige) e com o mesmo grupo de músico com quem esteve junto nos últimos anos. Gravou 12 faixas, cujos hits se dividem em Funk, e a velha escola de R&B, carregados com o peso da percussão latina.
  Neste CD mostrou o talento de leitura de partitura, pois só aprendeu a ler e escrever música após entrar no Berklee como estudante de segundo ano e depois de um com especialização em canto na Loyola New Orlean University. No início sentia vontade de se concentrar mais em Pop Music e composições próprias. Ali conheceu a maioria das pessoas que agora fazem parte de sua banda.  Um deles é o rapper Lex Doe, que escreveu para ela o hit “Light City” e “Psychedelia”, inspirada na canção dos Beatles “Lucy in The Sky in Diamonds”.
   Ao ouvir Yvette é fácil perceber que suas letras ressoam como uma mensagem positiva ao mundo atual, mas sem se esquecer de revelar sua presença de espírito, e isto é visível na balada Pop “Passion”, onde revela o seu amor pela música. No hit “Everybody Stand Up” ela abre a canção com palavras do líder espiritual Mahatma Gandhi: “Seja a mudança que você deseja ver no mundo”. É uma crítica às pessoas que se queixam de tudo, mas não oferecem solução para os problemas.  Ivette nunca escondeu que se inspirou nos exemplos de Gandhi e Martin Luther King em lutar por opiniões positivas.
    A composição “Give me Just a Little Time” funde Pop, Gospel e Hip-Hop e conta a história por meio dos olhos de um homem que viveu 80 anos segurando a mão de sua esposa e observando o amor de sua vida ir embora. A inspiração foi o MC Atlas, que tinha acabado de perder a avó.  O curioso é que essa visão de compositora não a prejudica como cantora, porque nem sempre os compositores são grandes cantores ou vice-versa.
   “Das 12 faixas, apenas duas não foram escritas por ela: “Can Love Find a Way”, do produtor Rob Mounsey, e “ Do Not Le Me Lose This Dream”, uma das músicas menos conhecida fora da estreia de Aretha Franklin em 1967 na Atlantic Records. Ela reconhece que essa canção a marcou, pois sente o próprio sonho de ser capaz de prosseguir na carreira de intérprete. De sua memória não sai a lembrança do seu pai a colocando para dormir, enquanto cantava e tocava violão. Isto a fortaleceu na luta de se tornar uma cantora.

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