Postagem em destaque

#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 29 de março de 2012

Caretta Bell: outra pérola do Texas

O Texas é conhecido por tantos artistas que ali nasceram, os mais conhecidos foram Barry White e Buddy Holly; e muitos intérpretes de Blues, Soul, Gospel e R&B.  O pianista  e vocalista Amos Milburn foi o pioneiro na década de 40, que influenciou Fats Domino e Dixon Floyd; depois vieram Archie Bell & Drells apimentando o Funk nos anos 60. O mesmo continuou nas décadas seguintes.
Agora se repete com Caretta Bell, figura chave da Soul Music de Houston. Ela ainda é desconhecida no restante do país apesar de ter uma voz linda.
O álbum "Love´s Eye View is All" é R&B puro. O conteúdo do CD prova com várias canções de Hip-Hop, Blues, Neo-Soul e Folk. Nele, Caretta mostra o seu lado diva em lidar com o amor. A composição "Foolish Me" é um Jazz falando dos arrependimentos nos relacionamentos. O primeiro single "Breath of Fresh Air" leva ao clima da Soul Music da década de 1980, quando ainda era forte os últimos suspiros da Disco Dance, principalmente por causa do uso da talk box, popularizada pela banda Zapp, com Roger Troutman e cia. A faixa "Unconditional" mistura Dance com Neo-Soul, e novamente o amor é o tema principal. Outro grande destaque é a balada "How Do I Love Thee" tem o show dos teclados de Alycia, além do dueto ao lado do guitarrista Robert Barreros, nas canções "Falling" e "Superwoman".
Este CD é uma exceção nos que falam de amor, lançados atualmente, pois ele tem boa produção, a cargo de K´Monte´s e força vocal, como a encontrada nos gravados por Rihanna e Akon.
Caretta ainda vai demorar para achar um público que goste do seu som em todo os Estados Unidos, mas na região do Texas ela já domina o território. Como ocorreu com outros filhos que sairam deste Estado para brilhar no restante do mundo, ocorreram o mesmo com Caretta Bell.




terça-feira, 27 de março de 2012

Ande´ no primeiro degrau da escada do show-biz

Ande´é outro rostinho bonito que surgiu na black music norte-americana. Sua meta pessoal é reviver o mundo da Neo Soul Music, com estilo sensual, carregado de bom vocal e letras de impacto.
Sem treinamento é possível perceber que essa menina do Texas já carrega dentro si o talento cru, pronto a ser lapidado por um bom produtor musical, visto que já sabe controlar os timbres da voz, algo difícil em diversos intérpretes.
Ande´ carrega dentro do peito diversas influências, a partir das raízes do Gospel, Jazz, R&B e o Neo-Soul Music.
As canções em suas voz saem suave e sensual, lembrando Nancy Wilson nas interpretações de grandes clássicos da black music na década de 1960. Ela mesma repete que pretende penetrar na alma do seus fãs, quando abrir seus lábios para cantar.
No final de 2006 excursionou pela Itália com a banda The Women of God, sob a batuta de Knagui Invernizzi. No ano seguinte repetiu a dose, mas com outro grupo diferente, Oscar Williams  & Perfected Praise, dirigido por Oscar Williams.
Ande´não é marinheira de primeira viagem. Já pisou em palcos de várias cidades dos Estados Unidos, além de apresentações em faculdades e eventos beneficentes realizados pela Universidade do Norte do Texas. Em 2011 lançou seu primeiro single, Let It Happen para o mundo conhecer o potencial artístico reinante dentro dela. Agora em 2012 chega às lojas o CD Embracing Ande. Para não morrer na praia, assinou contrato com a gravadora independente NuWu Entertainment. Além, claro, das famosas turnês que todo artista deve apostar fundo para deixar a marca nas paradas de sucesso.


.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Rachael Bell e a beleza do seu som acústico

Numa época em que o som está cada vez mais mecânico, é bonito ouvir a voz de uma mulher elegante cantando e tocando violão. Esta é a marca registrada de Rachel Bell, cantora e compositora nascida no Reino Unido. Foi  ali, no inicio desta década, que ela gravou seu primeiro CD pela Sony/Epic Records. Antes ganhava a vida como artista independente pelos clubes locais, onde sua plateia de fãs garantia o sustento.
Depois continuou o trabalho de forma silenciosa, lançando um CD acústico, depois veio o outro Colour Me Blue, com apoio do guitarrista Ross King. Seu último disco foi muito elogiado pela crítica e nomeado o Soul Tracks Beste of 2008. Trazia o bonito single "It´s About Time. Ele tornou-se o cartão de visita para a entrada nos Estados Unidos. Ali apareceu em diversos programas de televisão e rádio.
No final de 2008 lançou outro CD, batizado com seu nome, e firmou de vez as voz nas paradas norte-americanas, pois o público gostou de ouvi-la numa gravação acústica. Um disco intimista. Rachael acabou proporcionando ao público da Soul Music e Pop mais outra bela opção.


.

Az Yet mantém em dia velha escola dos quintetos

O começo do grupo de Soul Music Az Yet, em 1989, foi com um duo reunindo Shaw Rivera e Allen Dion, mais tarde vieram Kenny Terry, Darryl Anthony e Marc Nelson. A descoberta ocorreu no saguão do Hotel Wyndham, onde cantavam.
Ficaram mais sintonizados nas mãos de Kenneth "Babyface" Edmonds por meio de sua sogra Jacqueline McQuam. Ela realizou vários trabalhos com o grupo, os destacando na mídia.
Como a qualidade sonora do conjunto era boa, Babyface sugeriu que o Az Yet fizesse concerto junto com After 7 e Debarge El.
Em 1996 lançaram o álbum com o nome do grupo pela LaFace Records. O hit "Last Night" chegou às paradas de R&B. O mesmo aconteceu com a faixa "Hard to Say I´m Sorry", rendendo um Disco de Platina. O sucesso levou Marc Nelson para carreira-solo. Em seu lugar entrou Tony Grant, depois substituido por Ledon Bishop. Isto não impediu que o grupo fizesse turnês pela Europa, Austrália e Japão por vários anos. O problema é que dois conjuntos usavam o mesmo nome. O primeiro Az Yet tinha Dion Allen, Shaw Rivera, Kenny Terry e Marc Nelson. O segundo contava com Darryl Anthony e LeDon Bishop, Kris Gilder e Dante 7 Harper. O primeiro Az Yet gravou o CD Back Home 2007, lançado em 2006 e disponível apenas por dowland. Ele tem o retorno do ex-vocalista Marc Nelson. O outro com Darryl Anthony gravou o CD That Bu (2004), retornando recentemente de uma turnê bem-sucedida pela Austrália, Ásia e Nova Zelândia.
Também participaram de diversos eventos nas emissoras de televisão norte-americana. Recentemente, o hit "Keep on Pushin", composto e produzido por Darry Anthony e LeDon Bishop, gravado pelo segundo Az Yet, virou tema da Associação Americana do Coração, cuja entidade faz trabalho de prevenção para educar a população afro-americana sobre os sinais e avisos de prevenção de AVC. Após muita confusão prevaleceu o primeiro Az Yet, com Dion Allen, Shaw Rivera, Kenny Terry e Marc Nelson. Em 2008, Tony Grant retornou mudando a formação do grupo para quinteto.

Angela Bofill: outra doçura do R&B


Ouvir Angela Bofill cantar é ter uma massagem suave nos ouvidos. Sua voz de contralto deixa qualquer ambiente  suave. Com sangue latino-americano (é filha de pai cubano e mãe porto-riquenha), ela foi uma das primeiras mulheres a fazer sucesso cantando R&B, primazia das norte-americanas. Mostra disso ocorreu quando apresentou-se, em 1978, ao lado de Ricardo Morrero e seu grupo, acompanhado do coral do Dance Theather do Harlem, no seu disco de estreia Angie.
A partir dai colocou nas paradas hits como "Angel of The Night", "Somenthing About You", "Holding Out For Love" e "Too Tought". Muitos a conhecem por causa da canção "This Time I´ll Be Sweeter" (regravação de Linda Lewis em 1976, que virou trilha sonora da primeira versão da novela da Rede Globo, Anjo Mau, com Suzana Vieira no papel principal). Há razão para a lembrança, visto que na voz de Angela Bofill, acompanhada de excelente arranjo, destacando os teclados, a composição ficou muito bonita, recomendável para qualquer casal apaixonado colocar como trilha sonora em seus quartos.
Aos 57 anos, Angela enfrenta  dureza na estrada do show-biz. Antes na década de 1980 gravou dueto ao lado de Johnny Mathis no hit "You´re a Special Part of Me". Já o álbum Teaser (1983) chegou ao top das paradas de sucesso dos Estados Unidos. A música "I´m On Your Side" marcou forte presença no Top 10 R&B.
 Sua primeira casa foi a Arista Records, antes de assinar com a Capital e trabalhar com o produtor Norman Connors no disco Intuition (1988), seu último grande sucesso, pois nos oito anos seguintes lançou três álbuns de qualidade duvidosa. Nesta época trabalhou como backing vocal de outros artistas, como o Eternity, lançado por Norman em 2000. Longe dos estúdios, aproveitou para realizar turnês pelos Estados Unidos e Europa em shows de Jazz.
 Mas a carga pesada de trabalho resultou num AVC em 2006, paralisando o lado esquerdo do corpo. Para pagar as despesas médicas, amigos realizaram show beneficente, com apoio de uma rádio FM de Nova York. O restante do dinheiro, a Fundação Rhythm And Blues completou. Mas no ano seguinte, ela enfrentou outro AVC e atualmente está afastada das turnês e estúdios. Seu último CD Live From Manila foi gravado num show nas Filipinas, em 2004 e lançado em 2006.

 





Regina Belle: a voz de veludo do Gospel e da Soul Music

A bela e sensual voz de Regina Belle cativam os amantes da boa música. Ela circula com desenvoltura pelo Jazz, Soul e recentemente pelo Gospel. Aliás, ela cresceu cantando Gospel e Soul ao mesmo tempo e tocando diversos instrumentos. Para refinar o talento foi estudar Jazz e Opera na Universidade de Rutgers. A oportunidade de ouro veio quando a apresentaram aos Manhattans e fez uma turnê com o grupo, além de dueto com Geraldo Alston no álbum Where Did We Go Wrong, em 1986. O ótimo resultado obtido pela música, produzida pelo soulman Bobby Womack, e seu desempenho chamaram a atenção do público e das gravadoras.
Não demorou para gravar seu primeiro disco-solo, All By Myself, em 1987. As paradas de sucesso acabaram conhecendo a voz sensual no hit "Show Me The Way". Dois anos depois o álbum Stay Me the Way estourou com a faixa "Baby Come to Me", apesar de parecer um pouco com Anita Backer, mas de produção refinada e boas letras.
A bela voz de Regina Belle chegou ao auge em 1990 com o disco Make It Like It Was, cuja balada linda resultou em mais sucesso. Ao longo dessa década, ela tornou-se parceira de Peabo Bryson, principalmente nos hit s "Without You" e "A Whole New World" e com Kool & The Gang, na canção "All I Want is Forever".
Voltou a sentir o gosto doce do sucesso só em 1998 ao entrar na MCA Records, num disco bem elogiado pela crítica. Todos perceberam que sua voz amadureceu. Quatro anos depois já estava na Peak Records. Ali gravou excelente disco e destacou-se pelo belo dueto com Glenn Jones, na canção "From Now On".
Em julho de 2004 lançou o CD Belle, mesclando Jazz e Soul, com produção de George Duke. Foi outro teste para sua carreira. Passou na prova, especialmente na bela interpretação no estilo capella, sob acompanhamento apenas de piano Rhodes, de da balada "For the Love of You" (aliás essa música também ajudou Whitney Houston chegar ao sucesso na década de 1980). No ano de 2008 gravou o primeiro CD de Gospel, onde mostrou sua versatilidade na arte de cantar. É maravilho ouvi-la cantar "I Just Want to Be Lonelly (sucesso da década de 70 com a banda Blue Magic), mas desta vez em ritmo de Soul.




sábado, 24 de março de 2012

Ashanti: quando a sensualidade ajuda fazer sucesso

Ashanti é conhecida como  a Princesa do Hip Hop e R&B. Já vendeu 7 milhões de CDs nos Estados Unidos e 15 milhões no restante do mundo. Na trilha de outras cantoras norte-americanas, a beleza e o corpo escultural servem de isca para atrair novos fãs.
Nascida em 1980, além de cantar, também compõe, produz seus CDs, é atriz (quando sobra tempo), trabalhou de modelo (como Whitney Houston) e ganhou pernas bonitas como dançarina.
Conheceu o gosto doce da fama no início dos anos 2000. Dai para frente pisou firme no acelerador gravando seu primeiro CD Ashanti, cujo o hit "Foolish" vendeu mais de meio milhão de cópias na primeira semana de lançamento nos Estados Unidos. Nesse mesmo período ocupou, de forma inédita, os dois primeiros lugares na parada de singles Billboard Hot 100 com "Foolish" e "What´s Luv" (dueto com Fat Joe). Quebrou os recordes novamente por colocar três canções Top Ten na Billboard Hot 100. Nesta façanha, ela perdeu apenas para os Bealtles.
Para completar a cobertura do bolo do sucesso, compôs e cantou, como backing vocal, o hit "AIn´t It Funny" interpretada por Jennifer Lopez, que também estava no Top 10 das paradas dos Estados Unidos.
Caso seja bem orientada e não caia nas mãos de empresários sacanas e gravadoras interessadas apenas em aumentar os cifrões no cofre, pode ir bem longe, até quando a beleza começar ceder aos avanços da velhice. Ai vai tentar enganar com voz recheada de recursos técnicos existentes em todos os estúdios.



sexta-feira, 23 de março de 2012

Eric Benet e a velha Soul Music da década de 70

Eric Benet já sentiu o sabor de ganhar o Grammy, sonho de muitos cantores. Nascido em Milwaukee, Wisconsin, desde criança adorava música, herança do pai, fã dos clássicos.
Aos 14 anos, em 1980, entrou no Grupo Top 40, depois formou com a irmã Lisa e o primo George Nash Jr.,a banda Benet, lançando um álbum independente, que vendeu 70 mil cópias em 1992.
Mas sua carreira sofreu interrupções
por diversas tragédias pessoais. O pai morreu de câncer e a namorada, mãe de sua filha, morreu em decorrência de ferimentos causados num acidente de carro.
Não segurou a barra e entrou em depressão. Passou a produzir gravações demo para outros artistas.
Só em 1994 assinou contrato com a Warner Bros Records, gravando o primeiro álbum solo True to Myself in Fall. Estouraram nas paradas "Spiritual Thang" e "Let´s Stay Together".  Em 1999 lançou o CD A Day in the Life, com destaque para a faixa "Georgy Porgy", mas o grande sucesso foi "Spend My Life With You". Ganhou Disco de Ouro e indicado ao Grammy 2000 de Melhor Performance R&B. O CD também ganhou um Soul Train Award de Melhor Álbum de R&B e Soul.
Em alta gravou  uma faixa para a Earth Wind & Fogo no CD de 30º aniversário da banda. Participou do CD de caridade para ajudar as vítima do furacão Katrina, Heart of America, ao lado de Michael McDonald, Wynonna JUdd e Terry Dexter. Emprestou seus vocais em álbuns de George Duke,  Chris Botti, Jeff  Lorber e James Boney.
Mas cantar ainda era pouco para ele. Em 2001 estreou no cinema ao lado de Mariah Carey no filme Glitter, também teve destaque no roteiro do show da MTV, Kaya (2007), onde interpretou um produtor musical.
Há seis, o CD Hurricane recebeu elogios da crítica, mas foi o CD Love&Life (2008) a estourar nas paradas, para em 2010 soltar Lost in Time, num disco cheio de homenagens de amor à Soul Music da década de 1970.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Avant: o diamante de Cleveland







Cleveland, em Ohio, é a cidade natal de Avant, ali aprendeu admirar as mulheres que teriam grande importância em sua vida: irmãs e mãe.
Aprendeu que se pode amar alguém, sem esperar algo em troca. A mãe que o incentivou a seguir na carreira de cantor, quando percebeu seu talento em clássicos do R&B de Smokey Robinson, Supremes e Marvin Gaye.
Em 1998b surgiu a primeira oportunidade de ouro, ao lançar o primeiro single: "Separated". A música estourou na programação das rádios e o ajudou a entrar na gravadora já extinta, Magic Music Johnson. Logo lançou o álbum My Thoughts, vendendo mais de 1 milhão de cópias, atraindo vários fãs. Dai para frente o caminho ficou fácil, após gravar os CDs Ecstasy, Private Room e Director. Com eles ganhou Disco de Ouro e Platina.
 

Bashiri Asad carrega o estilo de grandes vocalistas do Soul e Blues

Quem teve o privilégio de curtir o som de Donny Hathaway (parceiro de Roberta Flack em inúmeros sucessos na década de 1970), Stevie Wonder, Sam Cooke (da inesquecível "You Send Me", que desbancou Elvis Presley nas paradas de sucesso de 1957) e Otis Redding, perceberá que Bashiri Asad carrega um pouquinho de cada um deles no seu estilo de cantar, apesar de ele definir o modo de interpretar canções como Soul Indy.
Para não fazer feio nas apresentações, Bashiri treinou muito canto clássico. Como gosta de cantar, uniu a força do talento com a paixão e o resultado o público já conhece.  Em todo show, os fãs ficam eletrizado quando sua banda começa a tocar os primeiros acordes dos principais hits de sucesso dele. Foi assim que teve início a caminhada, quando dava os primeiros passo em Circle City. Parece que a caminhada será longa, principalmente caso continue beber nas fontes do Soul e Blues, que tanto sucesso fizeram nas décadas de 50, 60, 70 e 80. Como a banda Isley Brothers, cujo seu timbre de voz lembra muito os vocalistas desta nitroglicerina que tantas canções famosas ficaram gravadas em nossos corações.

terça-feira, 20 de março de 2012

Ice Cube: a fera do Gangsta RAP

Sem vacilar, Ice Cube (O´Shea Jackson) é um dos grandes nomes do RAP norte-americano, principalmente por causa de suas letras violentas, algumas com fortes críticas ao governo. Algo parecido com as canções dos Racionais MC´s. Além de cantor, é diretor e produtor musical. Um de seus filmes famosos no Brasil foi Os Donos da Rua, da década de 90, retratando a periferia de Los Angeles, tão barra pesada quanto a Baixada Fluminense no Rio de Janeiro ou Jardim Ângela, Zona Sul de São Paulo, nos anos 80.
Ex-integrante do grupo N.W.A, desde o começo de 2000 apostou mais no cinema, deixando as composições de cunho violento de lado. Ice Cube é precursor do Gangsta RAP. O gosto pelos microfones surgiu aos 15 anos, quando passou a escrever enquanto estudava teclado na escola. Para sua sorte, na mesma sala estava o rapper Candyman. Juntou-se ao colega Sir Jinx e formou o grupo C.I.A e passaram a cantar em festas organizadas por Dr.Dre. Ele já tinha contato com as gravadoras. O potencial de Ice Cube foi percebido, logo Dre dividiu com ele letra do hit "Cabbage Patch", depois produziram um disco, lançado pela Epic Records em 1986. Não fizeram sucesso. Ice Cube mostrou a Eazy-E, colega de Dr. Dre, a letra da canção "Boys-in-the Hood". Eazy gravou o hit no álbum N.W.A. and the Posse. Após o lançamento do disco, Cube vai estudar desenho arquitetônico na cidade de Phoenix. Mas volta em 1988, antes do lançamento do álbum Straight Outta Compton, pois havia perdido o lugar na banda. Nesta época, Dre descobre o lado produtor de Cube e o violento com o hit "Fuck The Police". Ambos receberam advertência do FBI para baixar um pouco a bola. Em 1989 saiu do N.W.A. acusando seu empresário de ladrão.
No início da década de 1990 começa carreira-solo, com o álbum AmeriKKKa´s Most Wanted, um dos clássicos do Gangsta RAP, numa parceria com técnicos de produção do Public Enemy. O disco aumentou a popularidade do RAP, apesar de Cube ser acusado de misoginia e racismo. Mesmo assim vendeu 1 milhão de cópias e ganhou Disco de Platina em 1991.
 Na carona do sucesso, Cube contrata a rapper Yo-Yo para administrar sua empresa e ajudou produzir seu disco de estreia Make Way for the Motherlode, além de dar uma força ao seu primo Del the Funky Homosapien. No embalo grava Kill at Will, com sete músicas e ganha Disco de Ouro e Platina.
O álbum AmeriKKKa´s Most  Wanted aborda a questão racial nos Estados Unidos, contando a história de um jovem negro sobrevivendo no gueto, drogas, violência, repressão do estado e a rotineira brutalidade da polícia, como ocorre, também, na periferia do Brasil. Um lado disco, Ice Cube classifica de Lado da Vida e o outro de Lado da Morte. As letras incentivaram depredação de lojas de bebidas de propriedade de orientais, cujos donos Cube acusa de racistas. Resultado: em 1992 várias lojas foram queimadas numa série de distúrbios em Los Angeles. Odisco vendeu mais de 1 milhão de cópias e eleito o oitavo melhor álbum de Hip Hop de todos os tempos pela MTV. Em 1992 lança o álbum The Predator, grande sucesso comercial, sendo o seu primeiro lugar na Billboard 200, vendendo mais de 2 milhões de cópias, além de explodir nas paradas Pop e R&B. As faixas de maior destaque foram "Wicked", "It Was a Good Day" e "Check Yo Self".
 No ano seguinte sua marcha reduziu, ao gravar Lethal Injection, disco não bem recebido pela crítica, mas vendeu o suficiente para ganhar Disco de Platina. Colocou nas paradas as canções "You Know How We Do It" e "Bop Gun (One Nation)".
Depois de 1994 deu um tempo com a música e passou a trabalhar em produções de cinema e na carreira de artistas como Mack 10, Mr.Short Khop, Kausion e Da Lench Mod. Após quatro anos, lançou a primeira parte do projeto War&Peace, feito em parceria com Mr.Short Khop. O destaque ficou para as canções "Pushin´Weight" e " Fuck Dying". A conclusão ocorreu em 2000, com o hit "Hello". O CD ganhou Disco de Platina e de Ouro. Em 2006, Cube grava o CD Laugh Now, Cry Later pela sua própria gravadora, a Lench Mob. Vendeu 144 mil cópias na primeira semana e estourou nas paradas, além de ganhar Disco de Ouro. Em 2010 gravou I am the West, seu nono disco. Nele colocou produtores do porte de DJ Quick, Dr.Dre, E-A. Ski e Sir Jinx. Assim como Mano Brown no Brasil, Ice Cube continua polêmico nos Estados Unidos, marcando forte presença na mídia, mas tecendo comentários coerentes, mostrando que não é um rebelde sem causa.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Teodross Avery é tão bom quanto Jr., Walker

O som do sax de Teodross Avery é conhecido. Já gravou ao lado de Amy Winehouse, James Leela, Roy Ayers, Mos Def, Lauryn Hill, Shakira, Matchbox Twenty, Joss Stone, Talib Kweli, Hargrove Roy e muitos outros. Como músico, Teodross é um dos mais experientes saxofonistas da black music atual.
Sua presença de palco é impressionante. Não segura apenas o instrumento, mas incendeia a apresentação de quem estiver acompanhando. É fácil conferir assistindo programas como American Idol, TRL da MTV, The Ellen Degeneres Show, The Morning Show CBS, quando explodiu tudo ao lado de Shakira, VH1, The Essence Awards, Saturday Night Live, MTV Awards, Billboard Music Awards, Soul Train, Source Awards.
Teodross não é um curioso, tem mestrado em Música pela Escola Steinhardt da Universidade de Nova York e bacharel pelo conceituado Berklee College of Music. Enfim, faz a black music ficar mais  brilhante com o sopro do seu saxofone, como fazia Jr. Walker nas décadas de 1960, 1970 e 1980.




Candace Bellamy: um dos belos vocais do R&B

Candace Bellamy começou a cantar há muitos anos como hobby. Gostou e resolveu fazer aula de canto e depois passou a atuar em produções teatrais na comunidade do Tennessee.
Não demorou muito tempo e formou sua própria banda de Rock e Blues.
Mudou-se para a cidade de Austin e envolveu-se mais ainda com música. Distribuiu seu talento por vários conjuntos de R&B, aparecendo, inclusive, no aclamado pela crítica, "Porgy and Bess", de Zach Scott Theatre, além de ter sido líder de louvor na igreja Gateway. Ali foi convidada para participar de um musical em Nova York. Conheceu Kevin Spirtas, ator muito popular por causa do drama "Days of Our Live". Ele lhe contou histórias sobre suas apresentações e Candace inspirou-se no relato para desenvolver programa parecido, mas com sua ótica feminina.
Não contente retornou para completar os estudos de música na Universidade do Texas. Apareceu em seu caminho Ruth Carter, compositora de canções gravadas por diversos artistas, entre os quais Stevie Ray Vaughn, Brian Setzer e Robert Palmer.  As duas chegaram a trabalhar com Jimmi Hendrix, Wilson Pickett, John Lennon  e Sly Stone, entre outras estrelas do show-biz norte-americano.
Nesta época gravou seu primeiro disco, com Denny Freeman na guitarra, Jimmi Calhoun (contrabaixo), Smith Frosty (bateria), MIke Thompson (teclados) e Bill Carter (guitarra acústica). A partir dai não parou mais, para o bem da boa música.





 

sábado, 17 de março de 2012

Paris Bennett: outro fruto do American Idol


O segredo de Paris Bennett cantar tão bem é escorado nas aulas de canto ministradas por sua mãe e avó, ambas grandes vocalistas. Desde os 4 anos de idade passou a ser educada nessa nobre arte. O esforço valeu. Recebeu elogios de Barry Manilow e Rod Stewart quando participou em 2008 do programa de televisão American Idol, conhecido por revelar diversos talentos nos Estados Unidos. Conseguiu chegar à final, por causa de sua habilidade vocal. Agora aos 18 anos já está pronta para trabalhar seu primeiro CD Dreamin. Por causa do seu carisma terá vida longa nesta longa estrada do show-biz. O principal ela tem: talento para cantar qualquer tipo de gênero musical. Com ótima banda de apoio, vai vender milhões de CDs e massagear nossos ouvidos, ávidos em ouvir artistas talentosos.



Steve Arringhton: a arte de nunca se repetir

Durante certo tempo, Steve Arringhton ficou afastado do show-biz, mas sabia que logo retornaria. Por causa do seu jeito inovador de cantar, como pode ser conferido nos hits "Watching You", "Just A Touch of Love", "Snap Shot" e "Wait for Me", o público logo o teria de volta. Suas canções grudam igual chiclete quando cai na roupa ou sola do sapato. Como se vê com as composições "Nobody Can Be You", "Way Out", "Feel So Real", "Where You Never Been Before" e "Dancin in The Key of Life", além, claro, de "Stone Love", onde mostra todo seu potencial de grande vocalista. O destaque de Steve é que ele nunca se repete ao gravar suas músicas, como ocorre com outros artistas.
O talento já vem de berço. Aos cinco anos de idade tocava bateria em panelas e frigideiras, até que aos sete anos, os avós compraram seu primeiro kit semiprofissional. Com 13 anos entrou no show Batalha das Bandas de Dayton, com diversos músicos talentosos. No último ano de Ensino Médio participou do grupo The Young Mystics.
Em 1975, ele e o amigo Victor Godsey passaram a excursionar com a banda The Murphys. Dois anos depois foi para a Califórnia estudar percursão latina. Em 1982 forma sua primeira banda de funk, com Charles Carter (sax e teclados), Arthur Rhaimes (guitarra), Roger Parker (bateria), Buddy Hankerson (baixo), Gary Jackson (percursão), Victor Godsey (teclados e flauta).
No ano de 1985 tornou-se cristão, durante gravação em Nova York; em 1986 ganhou o prêmio de Melhor Artista Masculino do Ano. Em 1991 afastou do show-biz, tornando-se evangelista, pastor e ministro de música gospel, como ocorreu anos atrás com Al Green.








76 Degrees West é a soma de JB´s e Bar-Kays

Dream team da música é a 76 Degrees West. Banda de apoio de vários artistas norte-americanos, desde 2001 ela  é apontada pela crítica como excelente conjunto. Reúne feras como Jimmy Sommers (saxofonista), Gordon Chambers, Eric Darius, Williams Allyson e Angela Johnson.
Funk e Jazz são caminhos facilmente trilhados pelo grupo. Em 2009 lançaram CD solo e o mercado pode sentir o potencial da rapaziada. Lembram a Bar-Kays da época de Otis Redding e a saudosa JB´s, responsável pelo som classe A de James Brown. Atualmente é composta por Leon Rawlings (baixista), Eddie Baccus (trombone), Thomas Duane (bateria), Allen Theljon (trompete), Vince Evans (teclados), Alfredo Mojica (percursão), Stanley Cooper (guitarra), Gerry Gillespie (teclados). Este time já se apresentou em diversos festivais, além de fazer em vários clubes de inúmeros países. O remake de "Crush School Boy" (Average White Band) é a prova do talento da 76 Degrees West. Ela minstura o Funk da velha e nova escola.


Anointed Pace Sister: a força do gospel tradicional




A música gospel norte-americana é repleta de artistas talentosos. É o que acontece com o grupo Anointed Pace Sister. O CD Return, recheado de letras tradicionais e arranjos ecléticos, todas falando sobre a volta de Jesus Cristo, é a mostra disto.
O grupo é composto por Leslie, Duranice, Phyllis, June, Melonda, Dejauii, Latrice e Lydia. Como o próprio nome sugere (As Irmãs Pace Ungidas), a unção do talento está sobre elas.
O início foi dificultoso, como ocorre com a maioria dos bons artistas, mas hoje elas estão mais maduras. Isto é visível nas harmonias vocais do conjunto. Reconhecem que sem a intervenção do Senhor, o sonho de continuar cantando teria sido interrompido. Speights Micah L, marido de Latrice, foi quem ajudou o grupo no começo, enviando realease a imprensa, visitando as gravadoras, além de incentivá-las. Com mais de dez anos de estrada, elas alertam que o erro de vários cantores gospel é abandonar o ministério após sentir o gosto doce do sucesso. Acabam destruídos, por faltar sabedoria. Reconhecem que artista e gravadora precisam trabalhar duro para manter o sucesso conquistado. Os hits favoritos da banda são "Strategically Ordered", "Words You Say", "Words U Say", "Rescue", "God´s World" e "Contentment".