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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tammy Allen: a beleza da black music

Tammy Allen é bem conhecida e amada em Atlanta, por causa do seu excelente trabalho e sua paixão por música, inclusive o Jazz. Quando sobe ao palco, é visível a energia que ela imana, cantando Soul, fazendo Scats, dançando e entrando em sintonia com o público.
No Festival de Jazz de Atlanta, onde se apresentou por dois consecutivos, desde de 2007, teve a honra de abrir o show de Jonathan Butler em "The Stewart Lithonia Amphitheatre" no verão passado.
Durante o ano, seu calendário de shows incluem as principais casas de Jazz nos Estados Unidos, como  Churchill Garden, Mable House Barnes, The Callanwolde Fine Arts, Jazz Londzell e Blues Cafe entre outras.
Ela se apaixonou por Blues ao ouvir BB King na época de sua adolescência. A partir dai, incluiu vários gêneros da black music em seu repertório. Estudou piano, violão, composição, dança e canto. Aperfeiçou sua voz cheia de Soul e suave como seda. Já é uma veterana na música.
Suas turnês a levou por toda a costa Oeste dos Estados Unidos durante dez anos, antes de fixar moradia em Atlanta. Abriu seu próprio estúdio de gravação, onde com ajuda de engenheiros ensina canto, guitarra e composições. O negócio cresceu e fez criar outro concurso de Jazz em parceria com a secretaria de Assuntos Culturais daquela cidade.
Já lançou três CDs de sucesso. O último: Wonderful to Be vendeu bastante e foi elogiado pela crítica. No hit "From Me To You" é possível notar que Tammy não é mais um rostinho bonito no show-biz. Ela tem competência para cantar e tocar bem diversos gêneros da black music, incluindo Jazz, Gospel, Funk e o Rock, que sempre foi negro.




Shari Addison é o melhor do domingo

O ano de 2009 trouxe duas belas surpresas para a black music: o primeiro e segundo lugares do Sunday Best com a vencedora Crystal Aikan e a vice Shari Addison.
Muito antes de Shari estrear na televisão, ela já era uma artista bem versada. Nascida em Chicago, começou a cantar aos três anos de idade, sob incentivo da mãe, ministra de louvor da igreja batista naquela cidade.
Quando participava de algum concurso sempre ganhava. Ela poderia ser chamada de alguém que começou tarde cantar Gospel, fora do círculo da igreja. Porém sua madura presença vocal  a faz ficar confortável em qualquer ambiente, independente do arranjo que estiver nas suas mãos.
Isto é vísivel na sua estreia na Verity Records, quando contou com as presenças de Kevin Bond e Lawrence Donald. Enquanto a maioria dos interpretes procura os reality show para realizar o sonho de cantar, Addison já obteve essa conquista aos 45 anos de idade, como atriz, cantora, além dos deveres com o ministério de música da igreja Estrela Brilhante de Deus em Cristo. 
Mesmo ficando em segundo lugar, ela ganhou o prêmio de embaixatriz da música gospel dos Estados Unidos. No Festival Gospel de Chicago, no verão de 2008, ela já deu mostras do que seria capaz de fazer diante de um microfone.
Quando participou do Sunday Best, apenas mostrou que tinha muito talento, que o mundo secular precisava conhecer na beleza de sua voz. Para black music norte-americana, inclusive para o Gospel, Shari Addison é umas das mais belas revelações dos últimos tempos.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Aceyalone and The Lonely adoram ficar fora nas normas

Estar fora das normas era a regra para Aceyalone. Este rapper de Los Angeles, fundador do Freestyle Fellowship, Haiku D´Etat e Project Blowed, volta com Aceyalone and The Lonely, um álbum baseado em Phil Spector, JB´s e uma série de Funks de primeira linha.
Após ceder aos encantos da música jamaicana em 2007, ele voltou aos braços do Blues e Funk e outros ritmos da black music. Neste CD Lightning Strikes, a faixa título é nitroglicerina, por causa dos vocais em falsete e a guitarra nervosa de Rickenbacker, e um som mais próximo de Phil Spector.
"What it Wuz" lembra a época da Motown Records, quando a dupla Holland/Dozier era a máquina de produção de tantas canções de sucesso nas décadas de 1960 e 1970. Aceyalone não se esqueceu da clássica batida de Bo Diddley. Tudo envolto com o molho do papa do Funk, James Brown. Ele reconhece que não viveu aquela rica época, mas escolheu esta praia musical para surfar.
Aceyalone cresceu em Los Angeles. De tanto ir ao cais de Santa Mônica assistir shows de artistas da black music desenvolveu a veia de compositor, pois ao voltar para casa aproveitava o tempo dentro do ônibus para compor. Após ganhar um concurso em 1989, tornou-se um dos reis do hip-hop da costa oeste dos Estados Unidos. Depois de gravar nove  ábuns, um deles em 2006, teve a humildade de reconhecer que ainda é um talento em lapidação. Parece que sua caminhada será longa, pois a crítica o reconhece como um dos maiores compositores da atualidade no oeste norte-americano.



domingo, 26 de fevereiro de 2012

Oleta Adams mostra que a black music continua viva

Oleta Adams é o que se pode chamar de garota prodígio. Filha de um pastor batista da pequena cidade de Yakima, Washington, quando criança já tocava piano e dirigia o grupo de louvor da igreja. Aos 18 anos renunciou a bolsa de estudos e foi para Los Angeles em busca do sonho de tornar-se artista. Ao seu estilo, não se encaixava no som do início da década de 1970.
Mudou-se para Kansas City e aos poucos continuou a cantar e tocar piano em boates. Logo seu show virou point para visita de celebridades.
Sua grande chance veio em 1988, quando Roland Orzabal e Curt Smith, do grupo britânico, em seguida, Tears for Fears, viu seu show e ofereceu-lhe a oportunidade de fazer backing vocals para o álbum The Seeds of Love, o acompanhamento da sua Songs smash internacionais álbuns a partir da Big Chair (e seu hit "Everybody Wants to Rule  the World"). Seu desempenho em The Seeds of Love foi notável, e ela logo assinou contrato com a Mercury Records para gravar seu álbum de estreia com produção Orzabel.Estréia de Adams de 1990, Circle of Love, foi como nada mais no momento, e levou o mundo musical pela tempestade. Sua capa de Brenda Russell soprosa "Get Here" era praticamente irreconhecível em relação ao original. Foi uma obra-prima latente, Torchy e produção escassa Orzabal atrás dela voz profunda e clara, feita para uma das baladas verdadeiramente grandes da década.
O resto do álbum foi igualmente notável, especialmente a cobertura sete minutos jazzy do clássico "Everything Must Change" e composição legal Orzabel de "Rhythm of Life". Numa altura em que o público adulto urbano já estava regozijando-se estrelas em ascensão Luther Vandross e Anita Baker, Adams proporcionou um igualmente forte - mas jazzier - Além do crescente mercado adulto contemporâneo urbano.Seu álbum seguinte, Evolution, foi mais de uma declaração pessoal, com Adams escrevendo sete das 12 canções. Trabalhando com o produtor britânico Stewart Levine, Adams criou um álbum memorável menos completo, mas com alguns pontos altos notáveis, incluindo a balada impressionante "I Just Had to Hear Your Voice" eo número de fechamento alegre "Window of Hope". Infelizmente, a falta de um único grande feito este álbum menos apreciado do que deveria ter sido, e ela desapareceu a partir dos prontuários de forma relativamente rápida.Adams seguiu em 1995 com Moving On, um álbum mais urbano em sonoridade que não clique crítica ou comercialmente. Ela se mudou de volta para suas raízes gospel em 1997 com o passeio muito agradável Come With Me, alcançando seu maior aclamação da crítica desde sua estréia. Ela então passou os próximos anos em turnê antes de lançar e o CD All the Love  na Europa em 2001. Foi um sucesso moderado lá, e um ano depois o mercado norte-americano respondeu de forma positiva.
 Ela seguiu alguns anos mais tarde com Christmas Time Com Oleta, mas não gravou outro álbum de estúdio do padrão até 2009.Embora apenas os mais fortes fãs têm investido em catálogo inteiro Oleta Adams ', a compilação The Best of Oleta Adams é altamente recomendado para todos os fãs do clássico Soul Music, Jazz com sabor. Ele inclui os melhores cortes de seus três primeiros álbuns, assim como alguns cortes adicionais de escolha de outras sessões de gravação.

 



Bloodstone: outra banda da rica década de 1960

A banda Bloodstone surgiu em 1962 na cidade de Kansas, Missouri. Composta por Melvin Webb na bateria, Roger Durham na percussão, Charles Love na guitarra e vocais, Charles McCormack no baixo, Harry Williams na percurssão e  Willis Draffen na guitarra, o grupo deixou seu nome escrito na história da black music. O nome Bloodstone batizou o conjunto quando mudaram para Los Angeles em busca de maior visibilidade. Na década de 1970 fizeram sucesso com os hits " It´s The Way We Make Our Music" e "Natural High", com essa canção ficaram conhecidos pelo Funk misturado com Soul, além de pitadas de Rock e Gospel.
Ainda na década de 1970 emplacaram as canções "Never Let You Go", "Woman Outside" e "My Little Lady". Foram importantes para o movimento funk naquela época. O álbum Nature (1973), produzido por Mike Vernon, vendeu mais de 1 milhão de cópias, além de ganhar o Disco de Ouro daquele ano. Na década de 1980, a bola do grupo baixou um pouco, com a saída de McCormick. Mesmo assim chegaram de novo às paradas com os hits "Go On" e "Cry", num disco gravado em 1982. Nos anos 1990 continuaram a gravar, além de escrever trilha sonoras para filmes produzidos em Hollywood. Porém, o ano de 2002 marcou a morte do fundador da banda, Willis Draffen.




Ron Anthony é o sucessor de Luther Vandross

Perfomances enérgicas, letras românticas, apoiadas numa grande banda ao vivo, e uma voz parecida com a de Luther Vandross são as grandes ferramentas do sucesso de Ron Anthony. Antes de morrer, Luther disse para ele acreditar no seu talento, que o céu seria o seu público. Como ocorre com maioria dos grandes intérpretes dos Estados Unidos, Ron deu os primeiros passos numa igreja Batista do bairro do Brooklin, Nova York. Aos 13 anos já cantava num coral gospel.Ali aprendeu que é preciso interpretar a canção, não basta apenas deixar a voz invadir o microfone. Passou a estudar música, principalmente canto, onde desenvolveu o som característico e cinco oitavas de tenor. Estudou com o famoso diretor artístico Harry Poe no Mindbuilders Centro de Artes Criativas. Em 1992, ganhou papel de liderança na produção da turnê de Mama, I Want to Sing. Passou vários anos viajando pelos Estados Unidos, Europa, Japão e Taiwan. Ali começou a construir sólida reputação como cantor de fundo trabalhando ao lado de Phoebe Snow, Debarge Chico e Amel Larrieux.
Nestas apresentaçãos passou a chamar atenção de Luther Vandross. Ele reconheceu o talento de Ron e o levou para sua companhia de produção, a LV Productions. Começou a cantar a seu lado. O público foi cativado por seus vocais carismáticos e perfomances de palco dinâmicas.
Ron  reintroduziu letras e melodias suaves e sedutodas de R&B atual e Soul Music. Logo apareceram os hits "You Are My Love Song", "All Nite", "Step Brooklin", "Get You Back", "Playa" e "Superman".
Ao lado de sua banda Skin Tight, passou a correr o mundo, principalmente o Oriente Médio, onde faz diversos shows. A explicação para o sucesso é simples: escreve música que todo mundo pode ouvir, misturando o eclético da velha escola com a nova. Coloca no liquidificador de suas canções pitadas de Donny Hathaway, Stevie Wonder e Marvin Gaye.
Mas sem esquecer de explorar temas da responsabilidade, respeito, amor e social. Caso continue nesta estrada, provavelmente sentirá o gosto suave do sucesso por décadas. É só manter os pés no chão.

Crystal Aikin: outro talento bruto do Gospel

Crystal Aikin é outro grande talento da música Gospel norte-americana. Desde criança envolvia-se com grupos de louvor da igreja. Tinha o sonho de chegar ao pedestal dos grandes intérpretes do Gospel. Ficava maravilhada ao ouvir os hits de Kirk Franklin. Enquanto não chegava a fama, trabalhava como enfermeira num pronto-socorro.
Não perdeu tempo. Procurou as músicas certas e bons produtores para realizar seu sonho. Aos poucos as pessoas não podia contestar a força de sua voz, bem colocada nas canções Gospel e R&B e até mesmo em Jazz. Como soprano, Crystal Aikin transmite emoção e mostra, por meio de suas músicas, a gratidão do Senhor em relação a nós.
Isto é vísivel nas faixas "What If", "I Deserve More" e "A Song About Jesus", composta por Kirk Franklin. Sua voz deixou lindas as canções "He´s so Worthy", "Lord You Reign Forever" e "Turn to Him".
Crystal Aikin carimbou sua própria marca no estilo de suas interpretações. É um talento bruto, que o tempo vai encarregar-se de lapidar transformando numa grande joia.



 

Calloway é outra joia de Ohio

No final da década de 1980, os irmãos Calloway eram os destaques da Solar Records. Começaram a carreira como produtores e compositores de boas canções. Logo aproveitaram a oportunidade para gravar seus próprios discos.
Nascidos e criados em Cincinnatti, estado de Ohio, que deu tantas feras da black music nos últimos 60 anos, Reggie no trompete e Vincent no trombone formaram a banda Midnight Star em 1976, quando estudavam na Universidade do Kentucky.
Em 1980, o grupo gravou um disco para a RCA, antes de ir para a Solar Records dois anos depois. A banda engordou com a entrada dos guitarristas Gentry Melvin e Jeffrey Cooper, o baixista Kenneth Gant, o baterista Bill Simmons e o tecladista Bo Watson. Lançaram dois álbuns na Solar, com Reggie Calloway no comando firme do grupo. Ganharam disco duplo de platina em 1983, no álbum No Parking on The Dance Floor, destacando-se os hits "Wet My Whistle" (autoria de Reggie), "Freak-a-Zoid" e a faixa título do do disco.
Neste mesmo ano, Reggie trouxe de sua cidade natal o grupo The Deele, que se beneficiaram de sua produção e chegaram ao topo das paradas com a canção "Beat Street". Em 1984, a Midnight Star lança outro álbum e tornam-se sucesso os hits "Body Snatchers" ,"Operador" e "Love Cientifico". O ano de 1986 rendeu outro Disco de Ouro, com o álbum "Meeting in The Ladies Room" e a saída dos irmãos Calloway da banda.
Passaram a produzir sucessos de outros artistas, inclusive ajudaram a veterana Natalie Cole quando a canção "Jump Star" a jogou nas paradas novamente. O mesmo ocorreu com Gladys Knight & The Pips, no hit "Love Overboard" no final de 1987.
Depois de todas essas experiências, os irmãos Calloway perceberam que estavam prontos para tocar projeto próprio. Foram recompensados. A canção "I Wanna Be Rich" estourou. Composta em 1983, mas nunca gravada pela Midnight Star. Em seguida vieram "All The Way", "Sir Lancelot", "Let´s Get Smooth", "Sugar Free", "One Day At a Time"e "Set The Table". No ano 2000, Reggie lançou um CD que foi muito elogiado pela crítica e estourou nas paradas da Grã-Bretanha.





 

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Blackbyrds: da Universidade para o show-biz


Os Blabyrds era um grupo de Jazz-Funk que surgiu na Universidade Howard no começo dos anos 1970. O grupo tinha o guitarrista Barney Perry, o tecladista Kevin Toney, o trompista Allen Barnes, o percussionista Jacobs Perk, o baixista Joe Hall e o vocalista Keith Killgo. O líder da banda era o trompetista de Jazz Donald Byrd, responsável por ensinar música a todos membros do conjunto. 
O maior sucesso dos Blakbyrds foi o hit "Walking in Rhythm", cuja canção mesclava Soul e Jazz. No final da década de 1970 colocaram nas paradas as composições "Happy Music", "Time is Movin" e a Disco Dance "City Life". Continuaram a gravar nos anos 1980. Com menos componentes, a banda ainda prossegue em atividade.




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

All-4-One voltaram a acertar a mão

O quarteto All-4-One ainda continua sendo referência no Gospel e Soul dos Estados Unidos. Na década de 1990 foi um dos grupos mais talentosos a surgir nas terras norte-americanas.
O início da carreira de todos foi nos grupos de louvor das igrejas evangélicas. Ali cresceram musicalmente Tony Borowiak, Jamie Jones e Alfred Nevarez. Os três se reuniram num estúdio da Califórnia para cantar jingles comerciais. Acabaram convencidos a aceitar a inclusão de Delious Kennedy. Juntos enfrentaram um teste na LA Records. Cantaram o clássico "So Much in Love". Aprovados, lançaram o primeiro disco em 1994. Naquela época houve renascimento dos quartetos vocais, liderados pelos Boys II Men. A versão cappella de "So Much in Love" estourou nas paradas Gospel dos Estados Unidos. Outro destaque foi o hit "I Swear", sucesso absoluto nas paradas Pop durante mais de dois meses e o disco mais vendido do ano. Porém, até o final de 1995 o grupo parecia estar à beira do estrelato.
No segundo disco, o quarteto enfrentou o dilema: apoio crescente tanto no Pop e cantos da Soul Music e a cena da música já ter mudado desde a época do álbum de estreia da banda. Curiosamente, o grupo errou de forma criativa na gravação da canção " And The Music Speaks". Não era Soul nem Gospel, mas tinha um som suave. O hit "I Can Love You Like That" entrou nas paradas e o disco sumiu rapidamente das lojas. Em 1997 gravam  Ond and Ond, mas os estúdios atrasaram o disco em quase 18 meses. De forma silenciosa saiu para as lojas em 1999, pelo selo Atlantic, com pouco apoio. Foi o melhor disco do grupo. As baladas notáveis destacaram-se, como "Time to Come Home" e "I Will be Right Here", além das magníficas performances de Kennedy e Jones. Poderia ser melhor, mas um acidente de carro deixou o quarteto de molho por mais de um ano. Em 2001 gravaram o CD All-4-One...Has Left The Building, mas ele nunca foi lançado.
No ano seguinte soltaram A41, álbum dócil, contendo a balada melódica "Not Ready for Goodbye". Em 2004 lançaram o álbum Asia Split Personality. O destaque ficou para a faixa "Someone to Live in Your Heart". Depois desse trabalho, o vocalista Jamie Jones lançou um CD solo, isto não impediu de o grupo continuar junto em futuras gravações. Jones alcançou sucesso como produtor, especialmente com a canção "Wayne Brady Change is Gonna Come".
 Ele abriu as portas para os All-4-One assinar com a Peak Records. Ali lançaram o CD No Regrets, concluído em setembro de 2009. Nesta década é o melhor disco do conjunto, com excelente atualização do som do quarteto com arranjos mais quentes. É o renascimento comercial de um grupo determinado a fazer as coisas direito pela segunda vez.




Vanessa Bell Armstrong: uma das gigantes do Gospel

Uma das grandes cantoras de Gospel, nos Estados Unidos, é Vanessa Bell Armstrong. Seu último CD Walking Miracle é a prova disto. De contrato assinado com a Gospel EMI Records, ela encontrou lugar para explorar seu talento, unção e experiência.
Humilde, Vanessa ainda se sente como simples vocalista quando começou a cantar ao lado de Thomas Whitfield, mesclando o Gospel antigo e o atual. Ela reconhece que o som contemporâneo do Gospel é quem joga para cima o moral de quem se julga prostrado.
O CD Walking Miracle é a mistura de Soul e Gospel, mas de grande vibração. O primeiro single "So Good to Me" é a radiografia dela. A canção teve a produção de Smokie Norful. O conhecimento e amizade de ambos traduziu-se num excelente trabalho. No estúdio, Smokie confessou que ouvia Vanessa desde sua adolescência, quando cantava suas canções na igreja onde congregava. É um clássico construído com todos os ingredientes do Gospel.
A canção verbaliza o tema Armstrong, que está preocupada em dizer a todas as pessoas como Deus tem sido bom para com ela. É a resposta aos críticos que achavam que sua carreira tinha chegado ao fim. Vanessa disse apenas que o Senhor a tinha colocado em processo de hibernação, para trazê-la à tona na hora certa.
Das 11 faixas deste CD, a mais pessoal  é "It´s Over Now". É uma conversa íntima dela com Jesus Cristo, onde lhe pede uma canção para seu filho, filha e para mundo que precisa de uma cura coletiva para as pessoas enfrentarem suas lutas diárias. Reconhece ser a canção predileta, pois Deus preparou a música para ela enfrentar as forças das trevas, derrotando doenças e amarguras do coração.  Walking Miracle apresenta o superprodutor Rodney Jerkins na faixa título, onde Armstrong explora bem seus vocais claros e cativantes.
A letra fala da relação e poder de Deus que cura. Vanessa lembra que a canção surgiu por causa da doença  que acometeu seu filho. Nas orações, Jesus o curou. É uma composição que enfatiza a fé que precisamos continuar tendo no Senhor, mesmo nos momentos difíceis.
Outro destaque é a balada "Fall in Love", falando do sentimento amoroso dos cristãos em relação aos outros, da intensidade do primeiro amor por Jesus Cristo. O hit enfatiza a vontade de recuperar o tempo perdido e voltar aos braços do Pai.Também não pode ser esquecida a faixa "Seasons", onde os vocais de J. Moss deixam o CD mais lindo ainda.
Poucos sabem que Vanessa apareceu pela primeira vez na Broadway em 1991 na produção de Not Get Started God". Ela resistiu ao teste do tempo, pois seu primeiro lançamento, Peace be Still (1984), tornou-se canção de definição para ela. Depois gravou mais três álbuns, mostrando sua importância no Gospel norte-americano.
Desde aquela época, que seus discos, por meio de lindos louvores, procuram incentivar, inspirar e lembrar a todos nós do incrível poder de Deus. O CD Walking Miracle passa a mensagem de que precisamos esperar, ter fé, saber que há vitória e que Jesus Cristo está ao nosso redor. É o recado de que Deus a ungiu para cantar às multidões, ainda presas nas garras do mundo.







Carl Anderson: o destaque do Smooth Jazz

Quando Carl Anderson surgiu em 1973, o show-biz imaginou que fosse uma estrela de infinita grandeza. Afinal sua performance na versão filme da premiada peça Jesus Cristo Superstar iludiu a crítica. Anderson roubava a cena por sua magistral interpretação do hit "Heaven on Their Minds".
Tudo não passou de track. Ele ficou sem gravar durante dez anos. E quando lançou um disco pela  Columbia Records, a faixa "Absence Without Love" foi outro fracasso. Em 1984 lançou "Ond and Ond". Só em 1985 acertou a mão trabalhando com Patrick Henderson e com o guitarrista Al McKay, da Earth Wind & Fire, num álbum maravilhoso. O destaque ficou para a canção "Cah´t Stop This Feeling". Depois veio o dueto com Gloria Loring, no hit "Friends and Lovers", tornando-se nitroglicerina nas paradas de sucesso dos Estados Unidos.
De olho grande, a Columbia lançou outro álbum: Carl Anderson. O disco direcionado ao público pop adulto fracassou nas vendas. Ele aproveitou e mudou-se para a MCA Records, onde gravou o disco Act of Love, numa linha próxima ao Smooth Jazz , mas recebeu pouca atenção da crítica. O desastre o deixou sem gravadora. Para escapar do prejuízo, resolveu apostar num trabalho de Jazz puro. Sob a batuta de Russ Freeman, o CD Piece of a  Heart foi sucesso comercial e de crítica. Lançou mais três álbuns e iniciou uma carreira de vocalista de Smooth Jazz.
Apresentou-se ao lado de Nancy Wilson e Eric Marianthal ao longo da década de 1990. Sua última gravação ao vivo do CD Why We Are Here  tornou-se boa introdução para seus futuros lançamentos na linha Smooth Jazz. A versão do hit " Who Can I Turn To?" é a referência para comprar este CD. Infelizmente Anderson não pôde ir mais longe: em fevereiro de 2004 a leucemia o derrotou para sempre.





Babyface é cara nova da black music

Na década de 1990 surgiu provavelmente o mais importante compositor e produtor de black music dos Estados Unidos: Kenneth "Babyface" Edmonds.  Seu aprendizado começou na banda  Bootsy Collins. Mais tarde juntou-se a LA Reid para formar o grupo A Deele. O Funk nunca mais foi mesmo.
Não demorou para Babyface passar a expandir-se para fora dos domínios da banda A Deele. Como compositor lançou a sussurrante "Rock Steady", em 1987, que atingiu o top das paradas de sucesso dos Estados Unidos. O mundo do show-biz ficou atento ao seu estilo de compor. Logo mudou suas composições mais melódicas, quase clássicos do Pop. Deu-se ao luxo de criar novas batidas de Funk. Após o sucesso das açucaradas "Two Ocassions", em contraste com "Body Talk", ele passou a trabalhar  no hit "Face´s Tender Love", outra canção a estourar nas paradas e pistas de danças norte-americanas. Após sair do grupo E Deele, Babyface  e LA Reid viraram rolo compreensor, com a dupla produzindo, numa década, diversas músicas de sucesso. Ganharam quatro Grammies de produtores do ano, além de criar hits para Bobby Brown, Whitney Houston, Karyn White, Toni Braxton e Boys II Men.
As canções "End of The Road" e "I´ll Make Love to You" tornaram-se clássicos da história da música Pop, por causa de suas irresistíveis melodias. Preocupado em escrever para outros artistas, Babyface tinha pouco tempo para sua carreira-solo. Enquanto seus álbuns, como Cool in You, cujo CD incluía a balada vencedora do Grammy "When Will I See You Again", foram sucessos consagrados, Babyface não teve maturidade suficiente para atingir o top e ali manter-se por muito tempo.
Na década de 1990 passou a trabalhar em trilhas sonoras, incluindo o filme O Guarda-Costas e a comédia Boomerang, com Eddie Murphy. Em 2001 lançou o CD Face 2 Face. O álbum ficou pouco tempo nas paradas. Depois gravou o intimista Grown & Sexy. Seus tropeços não retiram os méritos de ótimo compositor e produtor da recente geração de artistas de black music dos Estados Unidos. É difícil esquecer de suas canções, com impecáveis melodias.





Aysha é outra estrela do Jazz


Nos últimos seis anos, Aysha construiu uma sólida carreira solo. Não é uma cantora cometa, que logo aparece e depois some. Em 2010 ganhou o prêmio de Artista Jazz do Ano. Tudo começou em 2006 ao lançar de forma independente seu primeiro CD Love is a Rock. A faixa "Send for Me" reviveu as doces baladas das décadas de 1970 e 1980, quando os casais não conseguiam ficar parados.  Pouco tempo depois gravou Stay With Me.
Composto de cinco canções originais produzidas pelo competente e lendário arranjador Monty Seward, cujo currículo inclui diversas estrelas do show-biz norte-americano, entre eles Jackson´s Five. O CD recebeu ótimas críticas de diversas publicações de todo os Estados Unidos e atingiu as paradas de sucesso da Grã-Bretanha. O talento de violonista é visível no hit "I Give You My Love", onde Aysha mostra que não é uma cantora de proveta, como as inúmeras existentes no mercado.
Aysha tornou-se excelente estrela do Jazz e R&B, com várias apresentações no circuito de casas de show deste estilo. Sua voz aveludada é sensual e suave, com influências de Sade, Toni Braxton e Phyllis Hyman. Antes de apostar na carreira-solo trabalhou como backing vocal das bandas Zapp e War. Da experiência que teve com as feras desses dois grupos, ela teve coragem para apostar num estilo próprio, apresentando-se em várias casas de show de Los Angeles, entre elas a famosa BB King Blues.
Em agosto de 2006, uma rádio da Califórnia (a live365com) a escolheu como artista top, por causa de músicas que passaram a ser executadas em vários horários, forçadas pelos pedidos do público. De março de a outubro de 2008, Aysha destacou-se em inúmeras revistas que abordam artistas independentes. Neste pique, logo será uma grande estrela internacional do Jazz.