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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Gloria Gaynor é outro talento da Disco Music


Outro destaque da black music é Gloria Gaynor. Na era da Disco Music explodiu com os hits "Never Can Say Goodbye" (1974), "Let Me Know ( I Have a Right)" (1978), "I Am What I Am" (1984) e "I Will Survive" (1978).
O pontapé inicial foi com o grupo The Soul Satifiers na década de 1960. O conjunto se apresentava em boates dos Estados Unidos. Após ser descoberta, logo gravou seu primeiro single "She´ll Be Sorry/Let Me Go Baby". Fracasso nas paradas até lançar "Honeybee"; depois de "Never Ca Say Goodbye", o mundo passou a conhecê-la.
Gloria foi a primeira cantora a gravar versões "extended mix" das músicas e também gravar disco sem pausa. Isto a levou ser coroada oficialmente Rainha da Disco Music.
Prosseguiu nesta pista até 1978, época do seu maior sucesso: "I Will Survive", cuja a letra fala de uma mulher recém-abandonada, dizendo ao ex-companheiro que não precisa mais dele e já pode ser virar sozinha. Estourou em todas as paradas de sucesso do mundo e foi responsável pelo primeiro e único Grammy de Melhor Gravação para Disco Music. O hit foi regravado diversas vezes por inúmeros artistas. Continuou trabalhando na década de 1990 e em 2002 lançou o álbum I Wish You Love, rendendo mais prêmios. Recentemente gravou os singles "Supernatural Love", "Last Night", "I Never Knew" e "Hacer por Hacer", que gravou junto com o cantor Miguel Bosé.









Neil Young: outra voz crítica do Rock


Apesar de nascido no Canadá, Neil Young é outro grande destaque da música norte-americana, principalmente por fazer letras críticas ao sistema. Não é baba ovo, como ocorre com diversos cantores. Conhecido por sua voz suave, já é uma lenda do Rock, mas sem esquecer do Country e Folk. Às vezes alterna álbuns mais pesados e outros mais leves, carregados de solos distorcidos. Desde o início de sua carreira, em 1960, tem sua banda Crazy Horse na sua companhia.
Na avaliação da revista Rolling Stones está entre os 20 melhores guitarristas do mundo.
No começo da década de 1950, com 11 anos de idade, foi atraído pelo R&B, Country e pelo Rock que dava seus primeiros passos. Para não perder as novidades, não tirava os ouvidos do rádio. Confessou certa vez que se esforçou para ser igual Elvis Presley, ao ponto de inspirar-se nele para compor algumas de suas canções mas famosas, como "Hey, Hey, My, My" e "He Was The King". Também gostava muito de assistir as apresentações de Chuck Berry e Little Richard, duas lendas vivas do Rock. Assumiu que suas bases musicais foram Fats Domino, Ronnie Self, Jerry Lee Lewis, Johnny Cash, The Monotones, além de Chuck Berry e Elvis Presley.
Sua carreira começa decolar em 1966, quando se une à banda The Minah Birds, gravando alguns compactos (disco com uma música de cada lado). Depois foi para Los Angeles e formou o grupo Buffalo Springfield, uma banda de folk-rock.
Ficou com eles até 1968 e depois seguiu carreira-solo. Lança seus primeiros álbuns: Everybody Knows This is Nowhere (1969) e After The Gold Rush (1970). O sucesso o leva participar do conjunto Crosby, Stills & Nash. O quarteto faz sucesso de 1969 a 1970, principalmente por causa do disco Deja Vu. Depois sai do conjunto.
Em 1972 estoura nas paradas com Harvest e vira superstar do folk-rock, mas a morte de dois amigos o leva ao encontro das drogas e bebidas. Dessa época surgiram letras falando de morte, solidão, loucura, drogas e som pesado, afastando seus fãs e atraindo muita crítica. Seus discos de 1973 e 1975, conhecidos como Ditch Trilogy com os álbuns Time Fades Away, On The Beach e Tonight´s TheNight, reflete o fundo de poço de Neil Young.
O disco Zuma (1975) e Comes a Time (1978) já marcam a saída do abismo. No ano seguinte lança Rust Live, seu melhor álbum gravado ao vivo.
Na década de 1980 lançou alguns álbuns de rock com a batida da década de 1950, clássicos do Country e Blues. Outro destaque foi Freedom (1989). O hit "Rockin´in The Free World" ficou marcado, pois mostra a preocupação política de Neil Young com postura dos Estados Unidos, durante o governo George W. Bush.  Nos anos de 1990 aproxima-se da geração do rock pesado, principalmente o movimento grunge. Em 1991 grava o álbum Weld, ao vivo, com a participação do guitarrista Thurston Moore. Repetiria a dose em 1995 ao lado de Pearl Jam. Os anos 2000 são marcados por mais críticas ao governo de George W. Bush (filho).  Seu CD mais recente Le Noise saiu em 2010.



  

domingo, 22 de janeiro de 2012

Jimi Jamison: outra pérola do Mississippi


Jimi Jamison, na praia do rock, tem um forte e poderoso desempenho. Exemplo disso é o seu hit " I´m Always Here". Depois lançou "Baywatch", outra nitroglicerina nas paradas de sucesso dos Estados Unidos. De forma prudente imitou o gesto de Elvis Presley, que mesmo no auge da fama nunca se esqueceu de suas raízes rurais do Mississippi, no Estado do Tennessee.
Jimi iniciou sua caminhada na década de 1970, no grupo Cobra. Em 1983 entrou para o Survivor, com o qual iria colocar cinco singles nas paradas de sucessos, ganhando quatro Discos de Platina Duplos, além de participar de várias trilhas sonoras de filmes.
Sua marca registrada está nas canções "High On You", "The Search is Over", "Eye of The Tiger", e "Burning Heart", que fez parte da trilha sonora do filme Rocky IV. Já para que gosta da voz forte de Jimi, o hit " I Can´t Hold Back" cai como uma luva, além de "When Love Comes Down".
Além de sua carreira como vocalista, Jimi fez seis vídeos e diversas apresentações na televisão. Também escreveu várias canções para Joe Walsh e outros inúmeros artistas. Mesmo famoso, dedica parte de seu tempo para trabalho em entidades de caridades, como hospital especialista no tratamento de diabetes juvenil, casa de apoio a crianças vítimas de abusos e outros tipos de doença.


TheVentures: mais de 50 anos de lindo rock instrumental


Quando em 1959, o guitarrista Bob Bogle e  baixista Don Wilson tiveram a ideia de fundar o conjunto The Ventures, não imaginavam que iriam tão longe, entrando na galeria das bandas de rock mais antigas, apostando apenas em canções instrumentais. Uma delas é a inesquecível "Sleep Walk", do início da década de 1960, que nos anos de 1980 entrou na trilha sonora do filme La Bamba, contando a história do cantor Ritchie Valens. O estilo deles influenciaram Joe Perry (Aerosmith), Roger Fisher (Heart), Gene Simmons (Kiss) e Jeff Baxter (Doobie Brothers). Todos eles foram membros do fã-clube Ventures.
Durante mais de 52 anos de carreira, diversas gerações de músicos aprenderam a tocar violão e bateria, inspirados nos hits gravados pelos The Ventures. A formação da banda incluiu o guitarrista Nokie Edwards (1960), outro guitarrista, Gerry McGee (1968), e o baixista de estúdio Bob Spalding (1981). O percussionista Leon Taylor substituiu o pai, Mel Taylor, após sua morte em 1996.
Já venderam quase 100 milhões de discos, com 14 canções atingindo as paradas de sucesso. Desde 1959 já gravaram 37 discos. O longo tempo na estrada do show-biz torna, a cada apresentação, o som do The Ventures cada vez mais belo e poderoso.


The O´Jays: outra boa escola da Soul Music


A história da banda The O´Jays começou em 1957 com o quinteto reunindo Eddie Levert, Walter Williams, William Powell, Bobby Massey e Bill Isles. Três anos depois tornaram-se O´Jays, sendo batizados com este nome pelo lendário DJ Eddie O´Jay.
Em 1963 assinaram contrato com a Imperial Records e colocaram nas paradas o hit "Lonely Drifter". No ano de 1965 veio "Comin´Through". Ao lançar o álbum Sounds Soul, de 1967, tiveram a sorte de encontrar os compositores e produtores Kenny Gamble e Leon Huff (mais tarde eles ficariam conhecidos como os criadores do Som da Filadélfia, o Philly Sound).
Nesta época já tinham perdido Bill Isles, em 1972 Massey deixou o grupo e como trio passaram a gravar com Gamble e Huff pela Philadelphia International. É dessa época os melhores hits do grupo, ajudando a carreira do O´Jays disparar.
O estilo vocal unido ao carisma dos três vocalistas foram responsáveis por diversas músicas entrarem nas paradas de todo o mundo.  Exemplo disso é o álbum "Stabbers Back", resultando em Disco de Ouro, além de três indicações do Grammy de Melhor Grupo de R&B Vocal.
Nessa trilha prosseguiram nas décadas de 1980 e 1990, quando ganharam o American Music Award para o Grupo R&B, por causa do hit " Emotionally Yours". Com seus Discos de Platina e Oito de Ouro, o trio O´Jays continua resistindo ao teste do tempo.
O membro mais novo do grupo, Eric Grant, agora já faz parte dessa verdadeira escola de Soul Music, que há mais de 50 anos é responsável por diversas canções inesquecíveis. Com mais de 50 singles lançados nesta extensa carreira, The O´Jays ganharam o direito de ser chamados de lendas vivas da black music.



Martha Wash conseguiu vencer a ditadura da beleza


A jornada musical de Martha Wash começou na década de 1970 como integrante do grupo Two Tons of Fun. Ali, sua voz passou a cativar seus futuros fãs. A partir dai ficaram famosos, por meio de seus lábios, os hits "Everybody Dance Now (Gonna Make You Sweat)", "Everybody Everybody", "It´s Raining Men", "Your My One and Only Love True" e "Strike It Up". Logo passou a ser conhecida como rainha dos clubes.
Na época das vacas magras, numa de suas entrevista mandou o seguinte recado ao mundo do show-biz: "Senhor me levanta. Deixe-me subir acima, ninguém vai tirar o meu orgulho, não vou parar, não vou ser negada".  Suas palavras proféticas não a deixaram prostrada. Ele sentiu sua volta por cima ao gravar o single "Carry On". O hit ficou em primeiro lugar nas paradas, desta vez com o nome Martha Wash.
No início da década de 1980, a banda Two Tons of Fun ajudou Martha ser indicada ao Grammy, com um sucesso que tornou-se cult: "It´s Raining Men". Ela continuou no conjunto até o final dos anos de 1980, quando depois resolveu andar com as próprias pernas.
Na década de 1990, Martha lançou "You´re My One Only (True Love)". A canção estourou nos clubes e rádios dos Estados Unidos. Porém, a gravadora não considerava comercializável sua imagem (muito gorda), mesmo com suas qualidades vocais. Isto não a impediu de receber o reconhecimento da crítica dez anos depois. Em 1993 apostou no seu primeiro álbum solo, produzindo os singles "Carry On", "Give It To You", e "Runaround". Todos emplacaram nas paradas. Não havia mais dúvida de que sua imagem não comercializável não atrapalhava sua caminhada rumo ao sucesso. O público estava interessado era no som de Martha Wash.
O DJ Todd "The God" foi um dos primeiros a perceber isto, ao notar suas boas melodias, letras e a grande voz por traz de cada hit. Acabou propondo que Martha gravasse uma canção ao lado de Jocelyn Brown. Foi o que aconteceu com "Keep On Jumpin" e "Something´s Goin On". 

Em 1997 veio o CD solo The Collection. No ano 2000 lançou o álbum Sounds of a Better World. O CD beneficiaria diversas instituições de caridade. Martha Wash voou mais alto nas paradas de sucesso dos Estados Unidos, com sua mensagem positiva de esperança. Nesta trilha, ela continua andando, seja gravando no estilo Groove ou Gospel. As palavras de esperança continuam em suas canções. 




The Brothers Walker ficaram perdidos na estrada do sucesso



A carreira de John Walker começou nos palcos como ator infantil no início da década de 1950, quando já tocava guitarra aos 14 anos e formou sua própria banda.
Durante o tempo em que se mante no show-biz, escreveu e gravou diversas canções. No final dos anos de 1950, já tinha entrado no circuito de faculdades e passou a usar o codinome John Walker.
Em 1964, ele já era famoso na maioria dos clubes de Hollywood, principalmente no lendário Gazazari, onde se apresentava seis noites por semana. 
Com o nome artístico de The Brothers Walker Trio, em 1964, assinou contrato com a Mercury Records em Los Angeles. A gravadora os rebatizou como The Brothers Walker. Passaram a aparecer em diversos programas de televisão, além de participar de trilhas sonoras de filmes de Hollywood, como Beach Ball.
A convite do baterista Gary Leeds, John Walker foi para a Grã-Bretanha e promoveu a gravação do hit "Love Her". A canção entrou nas paradas do Reino Unido. Depois emplacou as composições "My Ship is Comin In", "Make It Easy on Yourself" e "The Sun Ain´t Shine Anymore". 
Mas na dura estrada do sucesso, o trio não conseguiu superar as pressões, dificuldades internas e diferenças artísticas. Após turnê no Japão, chegaram ao fim. Oito anos depois voltaram a gravar, colocando nas paradas o hit "No Regrets". Lançaram mais três álbuns, mas o fracasso de vendas selou a morte doThe Brothers Walker em 1979. O curioso é nenhum dos três músicos eram irmãos, como sugere o nome do grupo. 




sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

The Drifters: a banda que mais trocou componentes


As décadas de 1950 e 1960 foram as mais ricas musicalmente. Não se pode questionar. Um dos grupos surgidos naquela época é os Drifters, que estouraram nas paradas de sucesso entre 1953 e 1963 navegando na praia do R&B e Soul. Charlie Thomas é considerado como a alma desse conjunto, por causa de sua facilidade para cantar.
Outra fera que fez parte do grupo é Ben E. King. Conseguiram colocar emplacar 13 hits, a maioria dos quais gravações lendárias, que o público nunca esquece.
O curioso dessa história, é que os Drifters surgiram para fazer backing vocal para Clyde McPhatter e Billy Ward e seu  grupo, em 1950, após  vencer "Amateur Night" no Teatro Apollo, no bairro do Harlem em Nova York. Porém, três anos depois McPhatter saiu da banda para carreira solo. Mas o empresário não gostou da história, e o obrigou a criar outro conjunto. Nesse contexto surgem os Drifters.
Para colocar fogo nas paradas, misturaram Gospel, R&B e Soul. Clyde tentou manter seus irmãos de igreja na banda, mas eles recusaram cantar músicas seculares. Começa a procura por substitutos.
É quando surgem o segundo tenor Gerhart Thrasher, o barítono Andrew Thrasher, Bill Pinkney, o barítono Ferbee Willie e Walter Adams.
Essa formação é a responsável pela gravação de "Money Honey", lançado em setembro de 1953, com onome Clyde McPhatter & The Drifters. Logo a fama chegou.
Infelizmente Ferbee sofreu um acidente e deixou o conjunto. Em seguida Adams morreu, sendo substituído por Jimmy Oliver. A vida prosseguiu. Colocaram nas paradas "Honey Love" (1954), "Bip Bam" (1954), "White Christmas" (1954), "Gonna Do What´cha" (1955). Depois Clyde seguiu carreira solo.
Ele vendeu sua parte na banda para George Treadwell, ex-trompetista de Jazz e marido da cantora Sara Vaughan.  A inúmeras substituições dos componentes não permitiu que o grupo ganhasse muito dinheiro com os vários sucessos.
Isto irritou a Atlantic Records. Pois logo todos os componentes se rebelaram exigindo maiores remunerações. Nem o estouro de "I Got To Get Myself a Woman" aplacou os ânimos. Em 1957 lançaram "Fools Fall in Love", mas o problema persistiu.
Todos esses episódios cansaram o público e logo entraram em queda livre. Uma briga de rua com o dono do Teatro Apollo, Rapl Cooper, ajudou a dispersar o restante do grupo.
Para aumentar a confusão, Bill Pinkney lutou para manter a banda em pé. Para isso saiu à procura de outros membros. Porém, isto ajudou a surgir nos Estados Unidos diversos conjuntos com nomes semelhantes dos Drifters. O duro era descobrir quem era original.
Em 1964 Bobby Lee Hollis se une a outros componentes e traz de volta Andrew Thrasher, Jimmy Lewis  e Bobby Hendricks. Quatro anos depois os Drifters juntaram-se com The Tears. A lua de mel durou pouco e meses depois separaram-se.
Na década de 1970 o troca-troca de vocalistas prosseguiu, que continuou nas décadas de 1980 e 1990. O início dos anos 2000 não apagou o fogo dessa confusão. O Drifters prosseguem fazendo shows, mas o difícil é saber por quanto tempo vai durar a formação.





Johnnie Johnson: outra grande lenda do Rock

Na rica história do Rock, Johnnie Johnson é outra peça importante, revelando que este gênero musical teve a raiz negra como base. Depois, claro, a indústria cultural tratou de branqueá-lo, até para driblar as barreiras impostas pela conservadora sociedade norte-americana da década de 1950. Para ajudar, o galã Elvis Presley apareceu e os grandes nomes de artistas negros, colunas fortes do Rock, caíram no ostracismo.
O talento de Johnnie despontou próximo dos 5 anos de idade, em 1929, quando seus pais compraram um piano para servir de moldura na sala. Porém, o menino ouvia as músicas no rádio e as tirava depois no piano. Esta versatilidade o levou a criar diversos tipos de canções. Durante a Segunda Guerra Mundial (1940/1945) fez diversos shows para os fuzileiros navais, após sair do front de lutas. Em seguinda entrou para a Count Basie Orchestra, de Lionel Hampton, e Glenn Miller Band. Em 1952 formou seu próprio grupo, o Sir John Trio com Ebby Hardy na bateria e um saxofonista. Outro d
staque foi o guitarrista Chuck Berry para preencher o show. A empatia de Chuck com o público o manteve bastante tempo no grupo. A apresentação que era para durar um noite transformou-se numa parceria de vários anos. Foi quando Chuck aumentou a fogueira contribuindo para o fortalecimento do Rock, por meio de padrões musicais lançados pelo grupo de Johnnie Johnson. Até aquela época os negros não tinham misturado o Country com o Blues.
É quando começam aparecer as letras, que Johnnie joga no liquidificador com Jazz, Blues, Gospel e Boogie Woogie; tudo com a furiosa guitarra de Chuck Berry mescladas com as lindas melodias nascidas nos lábios de Johnnie. O curioso é que inúmeros sucessos do Rock surgiram nas sessões de improviso feitas pelo Sir John Trio. Como dizia Johnnie, morto em 2005: era eu, Chuck e piano.





quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Johnny Winter: a fera branca do Blues


Sempre quando se fala de Blues, a primeira imagem que vem a nossa mente é de um guitarrista negro. Caso seja cantor, ocorre o mesmo. Porém, Johnny Winter é albino, mas é uma das feras do Blues. Entrou nessa praia aos 15 anos, em 1959, quando lançou o disco School Day Blues. Depois não parou mais. Já gravou 28 álbuns, o último em 2004. Na década de 1960 fez misérias ao tocar num trio que tinha o baixista Tommy Shannon e o baterista Uncle John Turner. É dessa época o disco Johnny Winter, lançado no final de 1968. Ao lado dessa rapaziada se apresentou em diversos festivais, inclusive no antológico Woodstock.
Depois, como ocorre com a maioria dos Bluesman, travou feroz luta para se libertar das drogas em 1973. Retornou e apresentou aos fãs o álbum Still Alive and Well. Quatro anos depois produziu o álbum Hard Again, de Muddy Waters. A parceria resultaria em inúmeras indicações ao Grammy, com ele gravando o disco Nothing But Blues, com os músicos da banda de Muddy. Prossegue em atividade, desmentindo a escrita de que guitarrista bom de Blues precisa ser negro. A boa música independe de cor e sexo.



domingo, 8 de janeiro de 2012

B.T. Express representa a riqueza cultural do Brooklin


O grupo B.T. Express representa a riqueza cultural do bairro do Brooklin, Nova York, em lançar diversos conjuntos que fortalecem cada vez mais a black music norte-americana. A base do conjunto foi a banda Rockers House. Ela havia gravado alguns singles com pouco sucesso entre 1967 e 1972 pela Verve Records. A espinha dorsal do B.T.Express era o guitarrista Richard Thompson, o saxofonista Bill Risbrook e sax alto Louis Carlos Ward. Depois entraram o baixista Louis Risbook, o percussionista Dennis Rowe, o baterista Terrel Wood e a vocalista Barbara Wood.
Para não morrer na praia, como ocorre com diversos artistas, trouxeram o produtor Jeff Lane e o compositor Billy Nichols (autor da célebre canção "Don´t It´Til You´re Satisfied", lançada em 1974, que ficou dois meses nas paradas). Sua primeira medida foi mudar o nome do grupo de Madison Street Express para B.T. Express.
Após o lançamento do  segundo single "Express", o mundo do show-biz percebeu que eles não eram fogo de palha ou banda cometa, que desaparece tão rápido como surgiu. Até 1978, eles gravaram um álbum por ano. Em 1979, o compositor Billy Nichols e o baterista Leslie Ming pulam do barco. Três anos antes, dificuldades financeiras abalaram a banda. Mas a assinatura do contrato com a Columbia Records os retirou do sufoco, pois ganharam maior exposição na mídia e puderam fazer turnês para diversos países do mundo, incluindo os do Extremo Oriente, como a Tailândia, por exemplo.
Na Columbia lançaram os hits "Shout It Out" e "Energy to Burn". Até terminar a carreira em 1985, com o single Uptown Express, a banda sentiu várias vezes o gosto doce do sucesso.Gravaram sete álbuns e 16 singles.  Mas após a saída do compositor Billy Nichols, no final da década de 1970, e do produtor Morrie Brown, o conjunto perdeu o feeling. A agonia durou até 1987.












sábado, 7 de janeiro de 2012

Louis Armstrong: o trompete que ajudou nascer o Jazz



Louis Armstrong começou a tocar com 13 anos de idade, em 1913. Para ajudar nasceu em Nova Orleans, berço do Blues, Sul dos Estados Unidos. Nessa época o Jazz ainda não existia. Em cima disso, o seu trompete iria entrar para a história da black music nas décadas seguintes. Seus críticos mais exigentes reconhecem que, sem o talento de Armstrong, o Jazz talvez não seria reconhecido como um modo universal de expressão musical. Era cantor, compositor, instrumentista, cornetista, saxofonista, letrista, arranjador, produtor musical, dramaturgo, tenor, ator, maestro e ativista político. É considerado o pai do Jazz.
De família  muito pobre. Para aumentar a renda em casa, sua mãe precisava se prostituir, pois o marido a deixou quando Armstrong ainda era criança.
A primeira experiência como músico ocorreu numa banda amadora de uma prisão para adolescentes de Nova Orleans.  O primeiro trompete foi comprado com dinheiro emprestado por uma família de judeus, que até o final de sua vida, em julho de 1971, considerava como seus parentes, pois cuidava  dele na ausência da  mãe. Em gratidão, Armstrong usou sempre na lapela do  paletó uma Estrela de Davi.
 Livre da cadeia, passou a tocar em casas noturnas e nas barcaças que cruzavam o famoso Rio Mississippi. Depois, em busca de dinheiro, levou o som do seu trompete aos bordeis existentes na zona de prostituição da cidade. Ali conheceu Joe Lindsay e Sidney Bechet. Mais tarde eles seriam peças importantes na criação e divulgação do Jazz.
Após a Marinha fechar todos os prostíbulos, os músicos foram procurar emprego em Chicago. Aos 22 anos, ele entra na banda de King Oliver e passa a ser ouvido por plateias maiores. Oliver tornou-se mentor e figura paternal para Armstrong.
Aos 20 anos aprendeu a ler partituras e passou a tocar grandes e extensos solos de trompete. Foi um dos primeiros Jazzman a aplicar essa técnica neste gênero musical. Acabou criando um som único, que o acompanharia pelo resto de sua vida.
Sua segunda mulher, a pianista Lil Hardin, o incentivou a desenvolver seu novo estilo, sem as influências musicais de King Oliver. Sugeriu que ele tocasse música clássica nas igrejas, visando aperfeiçoar sua pegada, além de experimentar se apresentar sem banda e com coral de louvores.
 Em 1925, após turnê em Nova York, retorna a Chicago e cria sua própria banda: Louis Armstrong Hot Five. Com este grupo grava diversas canções, que anos mais tarde se tornariam clássicos da black music. Sete anos depois vai a Europa, e sua popularidade começa a crescer, pois suas canções aparecem nas rádios, filmes e mais tarde na televisão.
Nessa época fez diversas gravações, além de concertos com a banda Williams Blue Five, na companhia de cantores de Blues como Bessie Smith, Ma Rainey e Alberta Hunter. É deste período os hits "Potato Head Blues", "Muggles" e "West end Blues". Sua introdução na canção "West end Blues" é uma das mais famosas influências na história do Jazz.
Depois foi morar no bairro de Queens, Nova York, em 1943. Durante os 30 anos restantes de sua vida, Armstrong tocou inúmeros solos e com diversas bandas, além de trabalhar em vários filmes. Ficou na ativa até morrer dormindo em 6 de julho de 1971.
Uma das marcas registradas de Armstrong foi a criação do scat (espécie de solo vocal, imitando notas musicais), que décadas depois seriam copiadas por Billy Stewart, George Benson, Tim Maia, Ed Motta e João Bosco.





Percy Sledge traduz a terrível dor da paixão

Percy Sledge é conhecido mundialmente por causa de sua magnífica interpretação de "When a Man Loves a Woman", que descreve com exatidão a cegueira que se apossa de todo homem apaixonado: "Quando um homem ama uma mulher/ não consegue manter sua mente em nada mais/ ele trocaria o mundo/ por uma coisa boa que encontrou/ se ela for má, ele não consegue perceber isso/ ela não pode fazer nada errado/ ele vira as costas para seu melhor amigo/ se o amigo criticá-la/ quando um homem ama uma mulher/ gasta seu último centavo/ tentando agarrar-se ao que ele precisa/ ele abriria mão de todos os seus confortos/ e dormiria lá fora na chuva/ se ela dissesse que esse é o modo como deveria ser/ quando um homem ama uma mulher/ eu entrego a você tudo que tenho (sim)/ tentando me agarrar/ ao seu precioso amor/ baby, por favor não me trate mal/ quando um homem ama uma mulher/ bem no fundo de sua alma/ ela pode lhe trazer tal miséria/ se ela está brincando com ele como se fosse um bobo/ ele é o último a saber/ olhos apaixonados nunca conseguem ver..."
Antes de ser cantor, Sledge trabalhou em hospital. Mas sua sorte mudou quando o produtor Quin Ivy o ouviu cantar. Trocou os doentes pelas canções ao assinar contrato com uma gravadora. Lançado em 1966, o single "When a Man Loves a Man" estourou em todas paradas de sucesso dos Estados Unidos e do restante do mundo. A inspiração para escrever essa letra foi o final de seu relacionamento um ano antes, quando sua namorada o trocou pela carreira de modelo. O hit virou marca registrada na carreira de Percy Sledge até os dias de hoje. Em qualquer show, não pode deixar o palco sem cantá-la, ajudando a derreter o coração de muitos apaixonados.
Depois compôs "Warm and Tender Love", "It Tears Me Up", "Take Time to Know Her"  e " Cover Me". Nenhuma delas igualou-se ao sucesso de "When a Man Loves a Woman". No início da década de 1980, essa canção estourou novamente ao servir de trilha sonora num comercial de uma marca de jeans. Ainda prossegue fazendo shows, colhendo os frutos financeiros de sua célebre composição, tentando ajudar os apaixonados a compreender a terrível dor de amor, que já atingiu ou vai atingir alguém em determinado dia.