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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sábado, 7 de janeiro de 2012

Pra não dizer que não falei de Geraldo Vandré


Na década de 1980, na Rua Martins Fontes, Centro de SP, uma fã corre e abraça Geraldo Vandré, que havia acabado de tomar café numa padaria. Confessa que admira suas músicas e lhe pede um autógrafo. A resposta dele a deixa abismada: "Desculpe, me chamo Geraldo Pedroso. Geraldo Vandré morreu já faz tempo". Até hoje, ele continua arredio. Nunca mais fez qualquer show no Brasil, nem aceitou participar de entrevista nos mais badalados programas da nossa televisão. Numa rara entrevista concedida à Globo News, Vandré garantiu nunca ter sofrido qualquer tipo de tortura durante o regime militar, que mandou no País de 1964 a 1985.  Até garantiu que sempre foram ótimas suas relações com as Forças Armadas, principalmente com a Aeronáutica.
Quem viveu os calorosos e terríveis anos de 1960 e princípio da década de 1970, nunca se esquecerá da bombástica "Pra Não Dizer que Não Falei das Flores", que tornou-se hino dos partidos de esquerda brasileiros, principalmente dos movimentos estudantis e sindicais. A canção participou do III Festival Internacional da Canção, em 1968, numa época em que a linha dura das Forças Armadas começava a mostrar a face cruel existente em toda ditadura, seja de direita ou esquerda. O refrão "Vem, vamos embora/ que esperar não é saber/ quem sabe faz a hora/ não espera acontecer..." acabou interpretado como convocação à luta armada para derrubar os militares que deram o golpe de estado contra o presidente João Goulart, em 1º de abril, e não no dia 31 de março como foi ensinado nas escolas públicas.  Ficou em segundo lugar, perdendo para "Sabiá", de Chico Buarque e Tom Jobim, porém o público vaiou a marmelada. Tanto é que poucos se lembram que essa canção perdeu o festival.
Na década de 1980, para fazer média, Simone regravou "Pra Não Dizer que Não Falei das Flores" e cantou a música num estádio do Morumbi lotado. Deixou Vandré magoado. Ele disse numa rara entrevista, que a cantora não tinha moral política para regravar sua música. Antes, a censura recolheu o disco e as rádios ficaram impedidas de tocar a canção. Com o fechamento do Congresso Nacional, em fins da década de 1960, por causa do AI-5,cassando direitos políticos de diversos governantes, Vandré desaparece do Brasil. Para alguns, ele teria sido preso e sofrido torturas psicológicas, até conseguir sair do Brasil. O cantor desmente, garantindo que viajou para o Exterior por conta própria, onde fez diversos shows na Europa e América Latina.
A carreira musical de Vandré começou em 1961, aos 26 anos, quando conheceu Carlos Lyra e tornou-se parceiro dele nos hits "Quem Quiser Encontrar o Amor" e "Aruanda". Três anos depois gravou seu primeiro LP (disco de vinil com seis músicas de cada lado), com as composições "Fica Mal com Deus" e "Menino das Laranjas", entre outros hits.
No ano de 1966 chegou à final do Festival de Música Popular Brasileira da TV Record, com a inesquecível "Disparada", numa maravilhosa interpretação de Jair Rodrigues. Ela dividiu o primeiro lugar ao lado de "A Banda", de Chico Buarque. Outros destaques de sua autoria são "Porta Estandarte" e "Aroeira". Após o fim da Ditadura Militar, na década de 1980, Vandré conseguiu se aposentar como servidor público federal, pois havia sido demitido por causa da canção "Pra Não Dizer que Não Falei das Flores". Concluiu o curso de Direito, iniciado na década de 1960. Hoje trabalha como advogado. Quando questionado se voltaria a cantar, responde de pronto: "Só se for para cantar canções em espanhol. Não tenho mais espaço neste Brasil de hoje, onde cresceu o número de miseráveis e a manipulação". Seu grande amor atualmente, é escrever letras elogiando a Força Aérea Brasileira, onde já participou cantando ao lado de um coral formado por militares. Talvez o ódio, que ele alega nunca ter existido contra as Forças Armadas, transformou-se em grande amor.



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Johnny Nash: ainda pode ver claramente


Johnny Nash é outro grande nome da Black Music. É lembrado por causa do seu grande sucesso "I Can See Clearly Now", que explodiu nas paradas de todo o mundo em 1972. Aos 71 anos, Nash ficou na ativa até metade da década de 1970, quando aproveitou para sair por cima. Em 1994, Jimmy Cliff regravou este hit e ficou vários meses, novamente, no topo das paradas de todo o mundo, inclusive no Brasil.Nascido em Houston, Texas, ele cresceu cantando nos grupos de louvor da Igreja Batista de sua cidade. Em 1956, aos 26 anos foi descoberto por Arthur Godfrey que o levou para seus programas de rádio e televisão durante sete anos. Depois Nash assinou contrato com a ABC-Paramount e lançou seu single "A Teenager Sings the Blues". Depois gravou "Love a Very Special". No final de 1958 associou-se a Paul Anka e George Hamilton IV na inspirada "The Teen Commandments".Para aquecer mais sua carreira, a gravadora passou a vendê-lo como rival de Johnny Mathis, até o colocando para trabalhar no cinema em 1959. Seis anos depois grava a balada "Let´s Move and Groove Together" e chega ao topo das paradas novamente. O hit estoura na Jamaica, para onde faz turnê em 1967. Na volta aos Estados Unidos traz no sangue o calor do Ska. Isto o faz regravar "Stir It Up", de Bob Marley. A canção emplaca na Grã-Bretanha. Ali assina contrato com a Epic Records. Em 1975 lança a clássica Tears on My Pillow", seguido depois do mega-sucesso de Sam Cooke "(What a) Wonderful World". Depois lentamente ausentou-se dos palcos. 

Carl Perkins: um dos pais do Rock


Quando se fala de Rock, nunca se pode esquecer de Carl Perkins, um dos pioneiros deste gênero musical que sacudiu o mundo a partir da década de 1950. Filho de um fazendeiro pobre do Estado do Tennessee, Estados Unidos, Perkins como todo prodígio já tocava guitarra aos 7 anos de idade, em 1939. Para aumentar sua bagagem cultural, cresceu ouvindo Gospel, o pai do Blues, cantado pelos negros que trabalhavam nas lavouras da região.
Aos 24 anos, em 1956, sem grana compõe a canção "Blue Suede Shoes". Nas mãos do produtor Sam Philips, da Sun Records, que iria descobrir Elvis Presley meses depois, o hit venderia milhões de cópias.
Porém, para o azar de Perkins, ele sofre um terrível acidente de carro e fica de molho no hospital. Neste intervalo, Presley lança sua versão da mesma música. O sucesso dele impediu que Perkins retornasse às paradas e ganhasse muito destaque no mundo Pop.
Até sua morte em 1998, ele gravou vários compactos (disco com uma música de cada lado) e álbuns, além de compor inúmeros sucessos tanto no Rock quanto no Country. Suas músicas ganharam versões dos Beatles. Na década de 1980, Perkins participou tocando guitarra no hit "Ebony and Ivory, que fez grande sucesso nas vozes de Paul McCartney e Stevie Wonder.



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Donna Summer: uma das muitas rainhas da Disco Music



Luís Alberto Alves-Hourpress

A Disco Music teve muitas rainhas na década de 1970; uma delas foi Donna Summer. Sua carreira explodiu  em Munique (Alemanha), quando os produtores musicais Giorgio Moroder e Pete Bellotte entregaram para ela, em 1975, a canção "Love to Love You Baby", a mistura de Pop/Rock/Soul/Funk/R&B recheada de sintetizadores. O hit estourou nas pistas de danças da Europa e depois no restante do mundo.

Nessa praia, a voz de Donna Summer invadiu as paradas com as canções "MacArthur Park", "Bad Girls", "Hot Stuff", "Dim All The Lights", "On The Radio", "Enough is Enough", "I Remember Yesterday" e " Last Dance", que ganhou o Oscar de Melhor Canção nos Estados Unidos. 

Ganhou cinco Grammys, sendo a primeira intérprete feminina a vencer na categoria Melhor Performance Rock Vocal, em 1979, com o hit "Hot Stuff". Ganhou 11 Discos de Ouro, 12 Singles de Ouro e quatro Singles de Platina. Também colocou 22 sucessos na paradas da Billboard Dance, ao longo de 25 anos. Calcula-se que em 40 anos de carreira completados em 2008,  já tenha vendido 130 milhões de discos em todo o mundo.

Aos oito anos de idade, em 1956, Donna Summer já cantava em corais de igreja. Na adolescência já se apresentava em musicais nos teatros da Alemanha, onde morou muitos anos, apesar de ter nascido em Boston, Estados Unidos.  Em 1971, aos 23 anos, gravou seu primeiro single "Sally Go Round The Roses". Foi descoberta pelos produtores Moroder/Bellotte quando trabalhava de backing vocal no grupo Jaynett´s Girls. Eles produziram o single "Hostage", que estourou nas paradas de sucesso da Holanda, França e Bélgica.

Na década de 1980, Donna Summer continuou nas paradas, enquanto outros artistas da Disco Music desciam ladeira abaixo. Assinou contrato com a Geffen Records, investindo em outro estilo de canção. Aproximou-se do maestro Quincy Jones e do compositor Michael Omartian. Dessa parceria, surgiram os hits "State of Independence", com a inédita participação de Michael Jackson como backing vocal, e "She Works Hard For The Money", além de "This Time I Know It For Real".

Em 1994 gravou "Endless Summer", retrospectiva de grandes sucessos com a nova canção "Melody of Love", que se tornou recorde da Billboard Dance. Nessa época, já morando em Nashville (meca da Country Music), lançou álbum com diversas músicas de Natal, acompanhada pela Orquestra Sinfônica de Nashville.

Além de cantora e compositora, Donna Summer foi pintora de quadros. Desde 1989 já vendeu US$ 1,2 milhão em obras artísticas nas exposições em que participa em todo o  mundo. Morreu, aos 63 anos,  em 17 de maio de 2012, vítima de câncer no pulmão.






The Mama & The Papas: a doce lembrança da era Hippie


A banda The Mamas & The Papas, nascida em Nova York na década de 1960, foi um dos ícones da era hippie. De 1966 a 1968 estouraram nas paradas de sucesso de todo o mundo com vários hits, entre eles "Monday, Monday" e "California Dreamin". O talento do quarteto permitiu que enfrentassem de igual para igual a invasão do rock britânico, que tinha como linha de frente os Beatles, seguido dos Rolling Stones.
Em três anos anos lançaram cinco álbuns e diversos compactos simples (discos com uma música de cada lado). O ponto forte do grupo era a harmonia vocal, apoiado nas mãos firmes de músicos profissionais em suas gravações. Outra sacada é regravação de hits como "Do You Wanna Dance", "I Call Your Name", "My Girl" e "Twist and Shout".
O nome The Mamas & The Papas foi inspirado numa entrevista que membros dos Hell´s Angels confessaram chamar suas mulheres de mammas. Logo Cass e Michelle (que serviu de inspiração para canção dos Beatles) pediram para ser chamadas de mamas e John e Denny serem os papas.
O primeiro álbum If You Can Believe Yours Eyes and Ears saiu em 1966 e trouxe as duas nitroglicerinas puras: "Monday, Monday" e "California Dreamin". Essas canções estouraram nas paradas de sucesso dos Estados Unidos. Nesta onda, Michelle (casada com John) começou a ter um caso com Denny, principal vocalista da banda. Tempos depois, John descobriu a traição. Depois Michelle apaixonou-se por Gene Clark, do grupo The Byrds. Michelle foi demitida, sendo substituída por Jill Gibson.
O segundo disco trouxe os hits "Dancing in The Street", "Words of Love", "Dedicated to The One I Love".  Essas canções ficaram em quarto lugar nas paradas. Com a recusa do fãs em aceitar Jill Gibson, Michelle retornou à banda, se reconciliando com o ex-marido John.
Em 1967 lançaram o álbum Delivery, segundo lugar como o mais vendido nos Estados Unidos. "My Girl" e "Creeque Alley" foram os destaques. Naquele mesmo ano, John ajudou organizar o Festival Pop de Monterey, de onde surgiriam Jimi Hendrix e Janis Joplin. Antes de 1967 chegar ao fim, Mama Cass sai do grupo. O último disco (People Like Us) da banda  é lançado em 1971.
John Philips divorciou-se de Michelle e tornou-se produtor de cinema, e a ex-esposa virou atriz. Denny Doherty e Cass Elliot seguiram carreira-solo. Em julho de 1974, Cass morreu de ataque cardíaco, após um show em Londres; John faleceu em março de 2001, também de problemas do coração, e Denny em janeiro de 2007, de aneurisma abdominal. Michelle é a única sobrevivente dos The Mamas & The Papas.






domingo, 25 de dezembro de 2011

Stanley Jordan: uma das feras do Jazz




Na década os fãs da boa músicas ficaram surpresos com o guitarrista de Jazz Stanley Jordan: toca o instrumento como se fosse piano, além de apresentar técnica refinada, com acordes lindos e suaves aos nossos ouvidos.
Mas além de ótimo músico, é formado em Composição pela Universidade de Princeton. Ou seja, não é mais um abelhudo tentando viver de engano no show-biz, como ocorre em diversas partes do mundo.
Aos seis anos de idade, em 1965, já estudava piano. Aos 11 passou para a guitarra. Nesta época começou a tocar em grupos de rock e soul da cidade de Chicago, onde nasceu. Com 17 anos recebeu seu primeiro prêmio, ao participar do Reno Jazz Festival. A partir dai sua carreira engrenou e entrou definitivamente para o mundo da música.
Mas este detalhe não o impediu de fazer suas apresentações nas ruas de diversas cidades norte-americanas, ficando tão próximo do público (algo que não ocorre nas casas de espetáculos) para ele testificar que não estava diante de um farsante.
A notícia chegou aos ouvidos de um executivo da Elektra Music, e tentou contratá-lo. Não conseguiu. Jordam preferiu o aconchego da família. Tempos depois a Blue Note Records repetiu o mesmo convite. Desta vez, Jordan concordou e lançou o álbum Magic Touch (1985). Ele ficou em primeiro lugar na parada de Jazz da revista Billboard, rendendo duas indicações ao Grammy e Disco de Ouro nos Estados Unidos e Japão.
A versão de "The Lady in My Life" virou cartão de visita do Jazz Contemporâneo. Cinco anos depois gravou o disco Cornucopia, também indicado ao Grammy e bem elogiado pela crítica. Em 1994 mudou-se para Arista Records e lançou o álbum Bolero, numa versão groove do "Bolero de Ravel".
No ano de 1998 gravou disco ao vivo num show feito em Nova York, cinco anos depois apresentou ao mercado o álbum Relaxing Music for Difficult Situations; em 2004 veio Ragas e Dreams of Peace, State of Nature (2008). Friends, lançado em 2011, tem homenagem ao compositor Milton Babbit, professor de teoria e composição na Universidade Princeton, onde Jordan estudou no final da década de 1970 e início da de 1980.







Paul Anka: o cantor da inesquecível Diana

Quem viveu os ardentes anos de 1950 e 1960 vai se lembrar do hit "Diana" na voz de Paul Anka. Com essa canção, composta  em homenagem a sua babá Diana Ayoub, em 1957, conseguiu entrar para o mundo do show-biz com apenas 16 anos. "Diana" é uma das música mais vendidas da história, ganhando inúmeras versões, inclusive com o brasileiro Carlos Gonzaga.
Desde criança o canadense Paul Anka cantava no coral da Igreja Ortodoxa Síria, da cidade de Ottawa. Seus pais perceberam que a carreira artística era o destino dele, desde aquela época já estudava piano. O incentivaram. Mudou-se para Nova York e apresentou o hit "Diana" na ABC Records. O maestro Don Costa percebeu que estava diante de um grande cantor, apesar de ainda ser um adolescente. O tempo provou que o seu feeling não o enganara. A partir dai, passou a escrever diversas letras, além de fazer turnês ao lado de Buddy Holly na Grã-Bretanha e Austrália. Em 1958 emplacou nas paradas "You Are My Destiny", "Crazy Love". No ano seguinte vieram "Put Your Head on My Shoulder", "Puppy Love", "(All of A Sudden) My Heart Sings", "I Miss You So", "Lonely Boy", "It´s Time to Cry".
 Para aprimorar suas habilidades na escrita estudou Jornalismo. A letra "Lonely Boy" retrata a solidão de todo grande artista: vive cercado de multidão, mas vai dormir sozinho no quarto de hotel após os shows. Como adolescente, Paul Anka sentia isto na própria pele diversas vezes.
Na década de 1960 passou a trabalhar em filmes, deixando em segundo plano a carreira de cantor. Nos anos de 1970 voltou com força lançando os hits "Having My Baby" (1974) num dueto com Odia Coetes. Repetiu a dose em "I Don´t Like to Sleep Alone" e depois sozinho interpretando "Times of Your Love" (1975). Outro destaque dessa época é a canção "(You´re) Having My Baby". No Brasil, ela ganhou versão em português e ficou vários meses nas paradas de sucesso. Como compositor traduziu para o inglês uma canção francesa, que nos Estados Unidos ganhou o nome de "My Way", imortalizada na voz de Frank Sinatra.
Prosseguiu trabalhando nas décadas de 1980, 1990 e 2000. Por causa do grande número de hits que emplacou nas paradas de sucesso de todo mundo, Paul Anka passou a gravar esporadicamente. Ainda faz turnês, principalmente em cassinos, mostrando aos seus fãs que ele continua o grande intérprete que surgiu como furacão na década de 1950 e continua soprando sua voz em diversas cidades, mesmo aos 70 de idade.


sábado, 24 de dezembro de 2011

Whitney Houston: voz de cristal quase destruída pelas drogas


Talento Whitney Houston tem de sobra. É uma das grandes vozes da black music. Seus agudos é algo espetacular. Mesmo que a letra seja insignificante, ela consegue transformar latão em ouro. Em menos de 27 anos de carreira, já vendeu 170 milhões de discos. Seu estilo de cantar, na década de 1980, influenciou diversos artistas ao redor do mundo. Até hoje foi a única cantora a colocar sete hits consecutivos nas paradas da Billboard Hot 100 ("Saving All My Love", "How Will I Know", "Greatest Love of All", "I Wanna Dance With Somebody" (Whos Loves Me)", "Didn´t We Almost Have It All", "So Emotional" e "Where Do Broken Hearts Go") .
Foi a primeira artista feminina a entrar na Billboard 200 Album Chart e o único artista com sete álbuns consecutivos de platina (Whitneu Houston, Whitney, I´m Your Baby Tonight, The Bodyguard, Waiting To Exhale e The Preacher´s Wife e as trilhas sonoras My Love is Your Love).
Outro grande feito de Whitney Houston foi transformar em megasucesso o hit de Dolly Parton "I Will Always Love You", com quatro Discos de Platina Duplo, num dos maiores sucessos da indústria da música dos Estados Unido, está entre os cinco dos mais vendidos de todos os tempos. Já ganhou seis Grammy, 30 Billboard Music Awards e 22 American Music Awards. Até 2010 já ganhou 415 prêmios.
Música está na veia de sua família. A tia Dionne Warnick é um dos ícones da black music norte-americana, assim como sua mãe, que durante fez parte do quarteto gospel Drinkards, do qual fazia parte Aretha Franklin. Seu primo, Dee Dee Warwick emplacou vários hits na década de 1960, inclusive a famosa "I´m Gonna Make You Love Me". Com 11 anos já cantava no grupo de louvor da igreja Batista de Nova Jersey, cidade onde nasceu em 1963. Ao cantar com sua mãe nos clubes de Nova Jersey, foi descoberta pelo empresário da Arista Records, Clive Davis. No final da década de 1970 trabalhou de backing vocal para Chaka Khan e Jermaine Jackson. No começo da década de 1980 passou a ilustrar como modelo as capas de diversas revistas norte-americanas.
Seu álbum de estreia, em 1985, vendeu 25 milhões de cópias. A regravação de "For The Love of You", dos Isley Brothers, estourou em todos os bailes do planeta. O segundo, lançado em 1987, ficou em primeiro lugar n Billboard 200. O trabalho no filme O Guarda-Costas (1992), ao lado de Kevin Costner, fez a trilha sonora ganhar o Grammy (1994) de álbum do ano. Na sua passagem pelo Brasil, em 1994, deixou boa impressão nos shows feitos em São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente quando cantou "I Will Always Love You".
Ninguém é capaz de encontrar explicação para tamanho sucesso ter mergulhado Whitney Houston no inferno das drogas nas décadas de 1990 e 2000, a ponto de ter sido retirada à força, pela sua mãe, a também cantora Cissy Houston, de sua casa imunda para internar-se numa clínica de desintoxicação de drogados. Em alguns shows esquecia trechos das letras e não conseguia cantar poucos minutos, causando irritação no público. Foi presa em aeroportos com drogas na bagagem. Em 2002 reconheceu que era dependente de cocaína, maconha, crack e outros tipos de drogas. Para tentar limpar sua barra, a gravadora lança um álbum com destaques para as baladas "Try It On My Own" e "You Light Up My Life", sendo esta uma regravação da década de 1970. Em 2003 lançou um CD com músicas natalinas. O destaque ficou com  a faixa "One Wish". Quatro anos depois assinou outro contrato com a Arista Records, estimando em US$ 100 milhões, colocando-a no time dos artistas milionários do show-biz norte-americano.



Rita Pavone: a pimentinha da música italiana



A cantora italiana Rita Pavone marcou época no Brasil da década de 1960. Suas músicas fizeram muito sucesso. "Datemi un Martello" é uma delas, regravada em inglês por Four Tops e Trini Lopez  nessa mesma época.
Desde criança, os familiares de Rita perceberam seu talento para cantar, pois ela  escrevia suas letras alegres.
Começou sua carreira em 1962, aos 17 anos, cantando o single "La Partita di Pallone". O hit vira sucesso em todo o mundo. Passa a fazer turnês por vários países. Emplaca outros hits nas paradas como "Alla mia Età", "Come Te Non C´é Nessuno", "Cuore", "Che M ´Importa Del Mondo".
No auge de sua carreira, em 1968, após ter vindo ao Brasil e a imprensa ter fabricado um namoro entre ela e Netinho do conjunto Os Incríveis, aos 23 anos Rita sai de casa e vai morar na Suíça com o namorado Teddy Reno, seu empresário, produtor e seu descobridor. O problema é Reno era casado e na época não havia divórcio na Itália. A sociedade daquele país não aceitava que uma mulher vivesse com um homem casado. Em 2006, após fazer concertos em várias partes do mundo, saiu do show-biz para sempre, cantando pela última vez em público.



The Hues Corporation: outra marca da Disco Music


O trio The Hues Corporation ficou famoso em todo o mundo, em 1974, por causa do sucesso "Rock the Boat". Porém, antes de essa porteira ficar aberta, abriram shows para Frank Sinatra, Nancy Sinatra, Glen Campbell. Eles surgiram em 1969, em Santa Monica, California. O nome do conjunto era um trocadilho com poderosa The Hughes Corporation. Antes eles propuseram  The Children of Howard Hughes. A gravadora recusou. Hughes, nas décadas de 1950 e 1960, foi considerado um dos homens mais ricos do mundo. Seria o Bill Gates daquela época. Com a diferença que comprava o amor das atrizes de Hollywood. Entretanto isso não impediu que no seu enterro comparecesse apenas seis pessoas. Os integrantes originais eram St. Clair Lee, Fleming Williams e Hubert Ann Kelley. 
Em 1972 aconteceu o primeiro racha no grupo, quando fora convidados a aparecer num filme estrelado pelo ator William Marshall. Também foram convidados a gravar três música para trilha sonora do filme: "There He is Again", "What The World Knows" e "Freedon for the Stallion". Esse último hit ficou entre as cem colocadas nas paradas da Billboard Hot 100 Chart.
Mas foi "Rock The Boat" que explodiu nas paradas de todo o mundo, rendendo o primeiro Disco de Ouro ao trio.  A faixa vendeu mais de 2 milhões de cópias. É considerada por alguns, como a primeira música da era da Disco Music. Mas antes, o conjunto Harold Melvin and The Blue Notes, em 1973, já haviam lançado "The Love Lost", esta sim a primeira canção em ritmo de Disco Music, pelo selo Philly Sound, conhecido como O Som da Filadélfia.  Nesta mesma época gravaram canções com esse ritmo a banda The Trammps. 
Apos a nitroglicerina "Rock The Boat", o trio The Hues Corporation lançou "Soul Rockin"(1974), "Love Corporation" (1975), e "I Caught Your Act" (1977).  Apesar de emplacar os hits nas paradas de sucesso, eles não conseguiram manter-se no auge, chegando ao fim em 1978. Na década de 1990, o grupo se reuniu para shows e eventos especiais.






sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Moraes Moreira: o coração que pulsava nos Novos Baianos

Os Beatles tiveram John Lennon, os Rolling Stones têm Mick Jagger e os Racionais MCs, Mano Brown. Essa foi a importância de Moraes Moreira para Os Novos Baianos na década de 1970. Enquanto ele esteve no grupo, diversas canções chegavam às paradas. Era o ponto de equilíbrio do grupo que ainda tinha o grande guitarrista Pepeu Gomes, o baixista Dandi, inovador por tocar o instrumento com palheta, quando a maioria usa apenas os dedos, além da bela vocalista Baby Consuelo (hoje Baby do Brasil) , Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão.
Desde criança, a música já estava no sangue de Moraes Moreira, baiano da cidade de Ituaçu, onde nasceu em 1947. Na infância já tocava sanfona de 12 baixos em festividades. Na adolescência aprendeu a tocar violão, enquanto cursava Ciências. Mudou-se para Salvador. Ali conheceu Tom Zé e bebeu da fonte do Rock. Em seguida entrou em contato com o restante da turma que formaria Os Novos Baianos, onde permaneceu de 1969 a 1975, quando partiu em bem-sucedida carreira-solo. No conjunto contribuiu com suas letras para um dos mais belos discos da MPB: Acabou Chorare (1972). Já gravou mais de 20 discos.
Em 1978 lançou o hit "Pombo Correio", grande sucesso do carnaval da Bahia. Em 1983 desenvolveu o Projeto Brasil, com uma série de shows pelas capitais brasileiras, incluindo no repertório Frevos e Marchas como "Gritos de Guerra" e "Festa do Interior" (regravada por Gal Costa). Quando percebeu que o carnaval baiano virou cópia do carioca e paulista, com excesso de turistas e perda de autenticidade, passou a apostar num trabalho mais acústico, integrando erudito e popular. É desta época (1984) o disco Moraes Moreira Acústico com  o hit "Carro Alegórico", uma balada com estilo de Blues, deixando sem fôlego que estava acostumado com o Moraes Moreira festeiro. Em 1991 lança o álbum Cidadão, destacando a canção "Leda" em parceria com Paulo Leminski. Dois anos depois grava o disco Terreiro do Mundo, sobressaindo a faixa "Agradeça ao Pelo" (dividindo a canção com Neguinho do Samba).
O ano de 1997 marcou seus 50 anos de idade. Apresenta o CD Estados, incluindo o sucesso "Sinal de Vida". Lança pela Virgin Records o álbum 50 Carnavais, incluindo sete canções inéditas e cinco regravações de antigos sucessos. Nesse CD estão os hits "Preta Pretinha", "Acabou Chorare", "É Ferro na Boneca", "De Vera", "Colégio de Aplicação", "Felicidade no Ar", "Os Carapintadas", "Festa do Interior", "Monumento Vivo", "Forro do ABC", "Meninas de Minas Gerais", "Estado de Graça", "Rádio Cidadão", "Arco-Íris" e "Que Papo" e "Esse é Cidadão".  Suas músicas já foram gravadas por Maria Bethânia, Simone, Fagner, Ney Matogrosso, Zizi Possi, Elba Ramalho, Marisa Monte e Daniela Mercury.


  

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Nilsson: de bancário a grande cantor

O cantor e compositor Nilsson morreu aos 52 anos, aparentemente de ataque cardíaco, mas nesse pouco tempo deixou sua marca na música norte-americana. Trazia de berço o gosto pela arte: os avós paternos eram artistas de circo e bailarinos suecos. Porém sua infância foi conturbada: aos três anos de idade, o pai abandonou a família. O outro irmão passou a viver igual cigano na casa de parentes, com uma sucessão de padrastos. O tio John, mecânico na Califórnia, o ajudou a melhorar suas habilidades vocais, preparando o caminho para  futura carreira.
Para não passar fome, desde criança Nilsson precisou trabalhar, incluindo um serviço no Teatro Paramount, em Los Angeles.  Depois virou bancário. Na época já conhecia informática, e o sistema bancário norte-americano começava dar os primeiros passos neste tipo de tecnologia. Durante a noite consertava computadores e de dia seguia o ofício de compositor e cantor.
Em 1958, aos 17 anos, começou a se interessar por Blues e artistas como Ray Charles.Tentou aprender esse estilo musical, formando dupla com o amigo Jerry Smith e imitar as harmonias parecidas com as do Everly Brothers. Logo ganhou um cavaquinho de plástico, aprendeu a tocar e mais tarde passou para o violão e piano.
Em 1963 começou a ter algum sucesso como compositor. Ao escrever uma canção para Little Richard, que o ouviu cantar, foi encorajado, pois tinha voz de negro apesar de ser branco. Passou a gravar singles independentes. Sob o pseudônimo Bo Pete lançou o hit "Baa Baa Blacksheep", depois emendou "Donna, I Understand". A partir dai, a Mercury Records lhe ofereceu um contrato e passou a gravar com o nome Johnny Niles.
No ano de 1964 trabalho com Phil Spector, escrevendo três canções juntos. Também aproximou-se do compositor e editor Perry Botkin Jr. Ele abriu mercado para as músicas de Nilsson.  Só em 1966, na Tower Records, lançou o primeiro single assinando o nome Nilsson. O mesmo ocorreu com o álbum Spotlight. O disco fracassou, apesar de diversos gravarem suas letras, como Glen Campbell, Fred Astaire, The Shangri-Las, The Yardbirds e outros. Não trocou o certo pelo duvidoso: continuou sendo bancário à noite.
Em 1966 entrou na RCA Victor Records, lançando um álbum Pandemonium Shadow Show no ano seguinte, um grande sucesso  de crítica, principalmente pela capacidade de Nilsson cantar em multi-oitavas, algo que poucos intérpretes conseguem. Depois recebeu elogios de John Lennon e Paul McCartney, quando os Beatles estavam no auge. A carreira de Nilsson decolou de vez.  Escreve o hit " Cuddly Toy" e a música explode nas paradas na voz dos Monkees, o grande conjunto da época nos Estados Unidos.
Em 1969 sua canção "Everybody Talkin" vira trilha sonora do filme The Midnight Cowboy. Emplaca nas paradas de sucesso de todo o mundo, inclusive no Brasil. Ganha seu primeiro Grammy.  Na década de 1970 compõe outro sucesso: "Without You", depois Coconout. A seguir seus álbuns já não têm o mesmo brilho. Esta pegada o vai acompanhar até sua morte de ataque cardíaco em 1994.




quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Donovan: de amigo dos Beatles ao ostracismo

O britânico Donovan teve sua época de ouro na década de 1960, quando aproveitou a onda do Folk no Reino Unido. No início só conseguiu emplacar algumas canções na Inglaterra, escorado na fama conquistada após apresentar-se diversas vezes nos programas de televisão. O sol do sucesso só começou a brilhar forte em sua carreira , após assinar contrato com norte-americana Epic Records. A parceria junto ao produtor Mickie Most o ajudou a desenvolver um estilo eclético e bem-sucedido, mesclando Folk, Jazz, Pop e Rock Psicodélico.
De 1966 a 1970 estourou a boca do balão. Para completar tornou-se amigos dos Beatles, ensinando John Lennon a tocar violão dedilhado. Um de seus maiores sucessos nos bailes do Brasil é "There is a Mountain", que foi a alegria de muitos dançarinos de samba-rock nas décadas de 1960 e 1970.
Após sair do guarda-chuva de Mickie Most, deixou de frequentar as paradas de sucesso. As canções calmas, no estilo New Wave, e a imagem hippie, viraram alvos da crítica especializada. Dai para frente sumiu. No final da década de 1990 conseguiu gravar um disco com o produtor de RAP Jack Rubin e saiu da geladeira. Lançou seu último CD Beat Cafe, de canções inéditas, em 2004.