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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Charline Arthur: A cantora que a mãe de Elvis Presley era fã


Charline tinha como fã a mãe de Elvis Presley

Luís Alberto Alves

Charline Arthur não atua pelas regras do showbiz. Durante a década de 1950, a Country Music  não era bem vista e muito menos cantada por mulheres, que se submetiam às ordens das gravadoras ou promotores de festas. Ela recebeu muita pressão, mas nunca mudou seu estilo.

 De temperamento feroz, era difícil de se trabalhar, especialmente irritando seu produtor. Porém sua música era boa. Foi precursora do Rockyabilly. Mesclou Bluesy, Country e fazia os shows pegarem fogo. Charline acabou sendo a primeira cantora deste gênero a se apresentar vestindo calças compridas e liberdade total no palco.

 De carreira curta, gravou na RCA Records por três anos. Filha de pastor pentecostal, Charline nasceu em 1929 no Texas, aonde começou a cantar na igreja. Aos sete anos começou a juntar garradas para comprar uma guitarra por seis dólares. Influenciada pelo Honky Tonk de Ernest Tubb, escreveu a primeira canção “I Got the Blues Boogie” aos 12 anos.

 Na adolescência já se apresentava em shows de rádio até ganhar um convite de viajar na década de 1940 num programa de medicina. Os pais não deixaram. Respondeu casando com Jack Arthur, contrabaixista de suas gravações.

 No final de 1940 começou a soltar em discotecas do Texas. Depois gravou um single e mudou-se, com o marido, para a cidade de Kermit, no mesmo Estado do Texas. Ali foi contratada como DJ numa estação de rádio. Montou uma banda e passou a se apresentar em clubes locais e ganhou diversos fãs.

 Em 1950, aos 21 anos, entrou na Imperial Records, lançando single. Nesta época o seu empresário Coronel Tom Parker, que mais tarde iria definir o destino de Elvis Presley, ficou impressionado com seu talento. Em 1953 estava na RCA Records.

 Do seu disco participaram os músicos renomados e passou a dividir o palco com Elvis Presley, cuja mãe era fã de Charline. Em 1955 foi segunda colocada num concurso promovido por uma revista de Country Music.

 Porém nem tudo era flores para ela. Seus hits eram considerados bem avançados para a época. Não fazia sucesso. Saiu da RCA em 1956. E depois largou o marido. Formou um trio com suas irmãs, Betty e Dottie, mas sem êxito também.

 Em 1960 estava sem dinheiro. Mudou-se para Salt Lake City e ali conheceu Ray  Pellum, dono de uma discoteca e gravadora. Passou a cantar naquele clube. Também gravou para a Eldorado Records. Em 1965 foi para a Califórnia.


Até 1978 lançou discos em três pequenos selos (Rustic, Wytra e Republic) com Alice Michaels. Em 1979 passou a sofrer de artrite, retornou a Idaho e ali ficou até 1987, ano de sua morte. Viveu o bastante para ver seu material reeditado da RCA Records pela Bear Family Records em 1986.

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