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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Gene Vincent: O cantor de gênio difícil do Show Biz


Gene tinha temperamento igual de Tim Maia

Luís Alberto Alves

 Vincent Eugene Craddock, mais tarde conhecido como Gene Vincent, foi outro grande nome do Rock na década de 1950. Nascido na Virginia em 1935, Gene era amante da destruição. Em julho de 1955 sofreu acidente de moto e teve a perna esquerda ferida gravemente. Dispensado do Serviço Militar na Marinha passou a aparecer nas rádios como astro da Country Music, sob asas do DJ “Sheriff” Tex Davis. Ele supervisionou a fita demo “Be-Bop a-Lula”.

 Em 1956 a mesma canção foi regravada na Nashville Capitol Records, com apoio da banda Blue Caps. Semanas mais tarde estourou nas paradas o hit “Be-Bop a-Lula”. Na carona Elvis Presley fez sua própria versão, mas a versão de Gene com riffs de guitarra e vocais marcaram nos ouvidos dos fãs do Rock, ainda criança.

 Ele era produto difícil para as gravadoras, pois apresentava imagem ameaçadora. A segunda canção, “Race With The Devil” não foi bem, porém explodiu no Reino Unido junto aos simpatizantes das trevas. Sem boa assessoria e influenciado por maus conselhos acabou perdendo espaço no Rock. Nem mesmo a ponta no filme The Girl Can Not Help It conseguiu deter a corrida rumo à ribanceira.

 Conseguiu respirar com os milhões de cópias do hit “Lotta Love”, mas mudanças na banda Blue Caps e problemas pessoais voltaram a lhe prejudicar. As seqüelas do ferimento na perna esquerda começaram a prejudicar sua carreira. Para completar o quadro ruim, mergulhou no alcoolismo.

 No final da década de 1950 foi para a Inglaterra. Ali o produtor Jack Good explorou sua imagem rebelde, incentivando a vestir roupas pretas. Não recuperou a glória do início da carreira. Escapou da morte num acidente de carro em 1966, onde morreu o amigo Eddie Cochran.

 Em 1970 gravou um disco sem grande destaque. Prosseguiu cantando, centrando fogo no repertório antigo. Desiludido passou a reclamar dos velhos amigos. Era apresentado como lenda original do Rock. Virou refém do tempo e já não encontrava força para seguir na carreira.

 A dor na perna o levou de vez ao alcoolismo, prejudicando a saúde. A agonia terminou em 1971, quando uma úlcera hemorrágica acendeu o sinal verde para morte. O Rock perdia um de seus mais rebeldes representantes.



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