Tubby viveu 48 anos, mas revolucionou a música da Jamaica |
Luís
Alberto Alves
O nome de batismo de King Tubby é Osbourne
Ruddock, nascido em 28 de janeiro de 1941 em Kingston, Jamaica. Viveu 48 anos,
mas deixou seu nome marcado para sempre no Reggae. Na adolescência aprendeu a
consertar rádio e no final da década de 1950 já conhecia amplificadores de som.
Aos 23 anos, em 1964, já personalizava seu
próprio sistema, pois já trabalha com Duke Reid. Ao seu lado aprendeu a fazer
versões de grandes sucessos. Ao gravar a maior parte das canções, fazendo backing
vocal passou a reduzir o mix apenas para o baixo, soltando outras faixas
instrumentais para dentro ou fora. Acabou inventado o dub.
Inicialmente essa técnica foi utilizada para
especiais ou placas dub (acetatos personalizados fabricados exclusivamente para
uso no sistema de som). Esses espaços no mix permitiram que DJs usassem o
sistema de som para esticar liricamente as canções, antes de surgir os rappers
nos Estados Unidos na década de 1970.
Não demorou em produtores de gravadoras
começarem a ver potencial nessas versões. Isto ocorreu com os engenheiros de
som, Joe Gibbs e Errol Thompson. Para se manter à frente da concorrência, Tubby
comprou aparelho mais sofisticados, introduzindo outras técnicas, faders de
slides.
No final de 1971 trabalhava com produtores do
naipe de Bunny Lee, Lee Perry, Glen Brown, Augustus Pablo e “Prince” Tony
Robinson. Ao longo daquela década emprestou sua técnica para diversos artistas,
como Johnny Clarke, Cornell Campbell, Linyal Thompson, Jackie Edwards, Derrick
Morgan, Horace Andy entre outros.
A geração de engenheiros de som treinados por
Tubby incluiu King Jammy e “Prince” Phillip. Construiu estúdio próprio. Em 1988
passou a fazer música digital através de computadores, como outros DJs de
Raggae do porte de Pad Anthony, Courtney Melody, Anthony Rose Rede e demais
feras. Quando tudo navegava em águas tranqüilas do sucesso, Tubby morre
assassinado num assalto em fevereiro de 1989.
Ele deixou diversas inovações
na Black Music da Jamaica. É dele a técnica de prorrogar as letras de faixas de
música, destacando mais na mixagem baixo e bateria, desenvolvida entre
1969/1974.
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