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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

terça-feira, 10 de abril de 2012

Baiano & Os Novos Caetanos: o Chico Anysio cantor


Luís Alberto Alves-Hourpress
A década de 1970 foi triste por causa da Ditadura Militar, mas alegre por causa da genialidade musical. Exemplo disso é a brincadeira feita pelo trio Chico Anysio, Arnaud Rodrigues e Renato Piau em cima do conjunto Novos Baianos ( de onde saíram Moraes Moreira, Baby Consuelo, o contrabaixista Dandi e Paulinho Boca de Cantor) e o grande compositor Caetano Veloso, autor de verdadeiras pérolas da MPB, entre elas "Sampa", "Baby", "Sem Lenço, Sem Documento" entre outros sucessos imortais.
Naquela época, a sexta-feira na Rede Globo tinha o programa humorístico Chico City, com o desfile de inúmeros personagens criados por Chico Anysio. Para tirar onda em cima do movimento musical Tropicália, nascido no final dos anos 1960, ele gerou os personagens Baiano e Paulinho Boca de Profeta (Arnaud Rodrigues).
Logo as canções com letras divertidas e engajadas, apesar da tesoura da censura, ganharam as paradas de sucesso, pois misturavam Samba-Rock, MPB, Rock Rural e muita alegria. Apesar da gozação, com Chico fantasiado de Caetano Veloso, eram belos os arranjos de violões, sanfonas e cavaquinhos (numa época em que era raro este instrumento aparecer na televisão, visto que  samba só tocava em época de Carnaval).
Fizeram sucesso nos bailes o Samba-Rock "Vô Batê Pá Tu", cuja letra falava da caguetagem durante as torturas realizadas  nos quartéis das Forças Armadas  e no temível Deops (local onde suspeito entrava vivo e saia morto). O grupo não esqueceu de criticar a economia brasileira na letra "Urubu Tá com Raiva do Boi", pois o brasileiro começava enfrentar dificuldades para colocar comida sobre a mesa, por causa da inflação. Mas nem só de crítica vivia o conjunto, eles compuseram e interpretaram num belo arranjo a linda "Folia de Reis", exaltando o nome de Jesus Cristo. Poucos anos depois, Chico Anysio arquivou o conjunto Baiano & Os Novos Caetanos, quando o País conheceu  o lado do cantor de um dos maiores humoristas brasileiros.



Tanesha Aka: a borboleta da Soul Music


Faz seis anos que Butter SoulFly lançou seu primeiro CD Word Album. Era o cartão de visita de Tanesha Aka, criativa escritora, jornalista e palestrante motivacional, que preferiu encarar a dura trilha, mas deliciosa, do show-biz. Seu talento não precisou de trabalho de marketing para ser reconhecido pelo público. A ideia dela era criar um trabalho incentivador, legado que poderá deixar boas lembranças para seus parentes no futuro.
Após concluir seus estudos na Universidade de Michigan, ela mergulhou no jornalismo.
Neste período gravou inúmeros clipes, relacionados às artes, cultura, diversidade e história. Como repórter entrevistou diversas personalidades que lutaram pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos, além de vários poetas. Nesta caminhada ganhou o Prêmio de Jornalismo Comunitário da Associação de Imprensa de Michigan, depois mergulhou no Jazz e Soul, com várias letras repletas de palavras de ordem, usando a arte como correia para acordar quem ainda continua dormindo.
  

terça-feira, 3 de abril de 2012

O som contagiante de Brown Baby Girl

No outuno de 1998, Lorenda e Jamie fizeram a primeira música, "
Ignorant Bliss", usada como faixa-título na trilha sonora para um filme. Jamie é músico, compõe, arranja, toca trompete e piano. Já esteve ao lado de artistas renomados como Dizzy Gillespe e a famosa orquestra de Tommy Dorsey entre outros. Lorenda é carismática e gosta de Jazz, Funk e Rock. Além de colaborar com vários artistas do RAP, Jazz e música alternativa. Ela também apareceu num álbum de estreia de James Day, lançado em 2006, ganhou aclamação da crítica. Também foi elogiada ao participar do New Jazz Artist Absolut. Brown Baby Girl apresentou-se no famoso Blue Note. Atualmente colhe os frutos do CD This is Soul 2006. Ela é fusão de uma musicalidade magistral, além de um vocal sedutor, junto com Jamie.


 

quinta-feira, 29 de março de 2012

Caretta Bell: outra pérola do Texas

O Texas é conhecido por tantos artistas que ali nasceram, os mais conhecidos foram Barry White e Buddy Holly; e muitos intérpretes de Blues, Soul, Gospel e R&B.  O pianista  e vocalista Amos Milburn foi o pioneiro na década de 40, que influenciou Fats Domino e Dixon Floyd; depois vieram Archie Bell & Drells apimentando o Funk nos anos 60. O mesmo continuou nas décadas seguintes.
Agora se repete com Caretta Bell, figura chave da Soul Music de Houston. Ela ainda é desconhecida no restante do país apesar de ter uma voz linda.
O álbum "Love´s Eye View is All" é R&B puro. O conteúdo do CD prova com várias canções de Hip-Hop, Blues, Neo-Soul e Folk. Nele, Caretta mostra o seu lado diva em lidar com o amor. A composição "Foolish Me" é um Jazz falando dos arrependimentos nos relacionamentos. O primeiro single "Breath of Fresh Air" leva ao clima da Soul Music da década de 1980, quando ainda era forte os últimos suspiros da Disco Dance, principalmente por causa do uso da talk box, popularizada pela banda Zapp, com Roger Troutman e cia. A faixa "Unconditional" mistura Dance com Neo-Soul, e novamente o amor é o tema principal. Outro grande destaque é a balada "How Do I Love Thee" tem o show dos teclados de Alycia, além do dueto ao lado do guitarrista Robert Barreros, nas canções "Falling" e "Superwoman".
Este CD é uma exceção nos que falam de amor, lançados atualmente, pois ele tem boa produção, a cargo de K´Monte´s e força vocal, como a encontrada nos gravados por Rihanna e Akon.
Caretta ainda vai demorar para achar um público que goste do seu som em todo os Estados Unidos, mas na região do Texas ela já domina o território. Como ocorreu com outros filhos que sairam deste Estado para brilhar no restante do mundo, ocorreram o mesmo com Caretta Bell.




terça-feira, 27 de março de 2012

Ande´ no primeiro degrau da escada do show-biz

Ande´é outro rostinho bonito que surgiu na black music norte-americana. Sua meta pessoal é reviver o mundo da Neo Soul Music, com estilo sensual, carregado de bom vocal e letras de impacto.
Sem treinamento é possível perceber que essa menina do Texas já carrega dentro si o talento cru, pronto a ser lapidado por um bom produtor musical, visto que já sabe controlar os timbres da voz, algo difícil em diversos intérpretes.
Ande´ carrega dentro do peito diversas influências, a partir das raízes do Gospel, Jazz, R&B e o Neo-Soul Music.
As canções em suas voz saem suave e sensual, lembrando Nancy Wilson nas interpretações de grandes clássicos da black music na década de 1960. Ela mesma repete que pretende penetrar na alma do seus fãs, quando abrir seus lábios para cantar.
No final de 2006 excursionou pela Itália com a banda The Women of God, sob a batuta de Knagui Invernizzi. No ano seguinte repetiu a dose, mas com outro grupo diferente, Oscar Williams  & Perfected Praise, dirigido por Oscar Williams.
Ande´não é marinheira de primeira viagem. Já pisou em palcos de várias cidades dos Estados Unidos, além de apresentações em faculdades e eventos beneficentes realizados pela Universidade do Norte do Texas. Em 2011 lançou seu primeiro single, Let It Happen para o mundo conhecer o potencial artístico reinante dentro dela. Agora em 2012 chega às lojas o CD Embracing Ande. Para não morrer na praia, assinou contrato com a gravadora independente NuWu Entertainment. Além, claro, das famosas turnês que todo artista deve apostar fundo para deixar a marca nas paradas de sucesso.


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segunda-feira, 26 de março de 2012

Rachael Bell e a beleza do seu som acústico

Numa época em que o som está cada vez mais mecânico, é bonito ouvir a voz de uma mulher elegante cantando e tocando violão. Esta é a marca registrada de Rachel Bell, cantora e compositora nascida no Reino Unido. Foi  ali, no inicio desta década, que ela gravou seu primeiro CD pela Sony/Epic Records. Antes ganhava a vida como artista independente pelos clubes locais, onde sua plateia de fãs garantia o sustento.
Depois continuou o trabalho de forma silenciosa, lançando um CD acústico, depois veio o outro Colour Me Blue, com apoio do guitarrista Ross King. Seu último disco foi muito elogiado pela crítica e nomeado o Soul Tracks Beste of 2008. Trazia o bonito single "It´s About Time. Ele tornou-se o cartão de visita para a entrada nos Estados Unidos. Ali apareceu em diversos programas de televisão e rádio.
No final de 2008 lançou outro CD, batizado com seu nome, e firmou de vez as voz nas paradas norte-americanas, pois o público gostou de ouvi-la numa gravação acústica. Um disco intimista. Rachael acabou proporcionando ao público da Soul Music e Pop mais outra bela opção.


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Az Yet mantém em dia velha escola dos quintetos

O começo do grupo de Soul Music Az Yet, em 1989, foi com um duo reunindo Shaw Rivera e Allen Dion, mais tarde vieram Kenny Terry, Darryl Anthony e Marc Nelson. A descoberta ocorreu no saguão do Hotel Wyndham, onde cantavam.
Ficaram mais sintonizados nas mãos de Kenneth "Babyface" Edmonds por meio de sua sogra Jacqueline McQuam. Ela realizou vários trabalhos com o grupo, os destacando na mídia.
Como a qualidade sonora do conjunto era boa, Babyface sugeriu que o Az Yet fizesse concerto junto com After 7 e Debarge El.
Em 1996 lançaram o álbum com o nome do grupo pela LaFace Records. O hit "Last Night" chegou às paradas de R&B. O mesmo aconteceu com a faixa "Hard to Say I´m Sorry", rendendo um Disco de Platina. O sucesso levou Marc Nelson para carreira-solo. Em seu lugar entrou Tony Grant, depois substituido por Ledon Bishop. Isto não impediu que o grupo fizesse turnês pela Europa, Austrália e Japão por vários anos. O problema é que dois conjuntos usavam o mesmo nome. O primeiro Az Yet tinha Dion Allen, Shaw Rivera, Kenny Terry e Marc Nelson. O segundo contava com Darryl Anthony e LeDon Bishop, Kris Gilder e Dante 7 Harper. O primeiro Az Yet gravou o CD Back Home 2007, lançado em 2006 e disponível apenas por dowland. Ele tem o retorno do ex-vocalista Marc Nelson. O outro com Darryl Anthony gravou o CD That Bu (2004), retornando recentemente de uma turnê bem-sucedida pela Austrália, Ásia e Nova Zelândia.
Também participaram de diversos eventos nas emissoras de televisão norte-americana. Recentemente, o hit "Keep on Pushin", composto e produzido por Darry Anthony e LeDon Bishop, gravado pelo segundo Az Yet, virou tema da Associação Americana do Coração, cuja entidade faz trabalho de prevenção para educar a população afro-americana sobre os sinais e avisos de prevenção de AVC. Após muita confusão prevaleceu o primeiro Az Yet, com Dion Allen, Shaw Rivera, Kenny Terry e Marc Nelson. Em 2008, Tony Grant retornou mudando a formação do grupo para quinteto.

Angela Bofill: outra doçura do R&B


Ouvir Angela Bofill cantar é ter uma massagem suave nos ouvidos. Sua voz de contralto deixa qualquer ambiente  suave. Com sangue latino-americano (é filha de pai cubano e mãe porto-riquenha), ela foi uma das primeiras mulheres a fazer sucesso cantando R&B, primazia das norte-americanas. Mostra disso ocorreu quando apresentou-se, em 1978, ao lado de Ricardo Morrero e seu grupo, acompanhado do coral do Dance Theather do Harlem, no seu disco de estreia Angie.
A partir dai colocou nas paradas hits como "Angel of The Night", "Somenthing About You", "Holding Out For Love" e "Too Tought". Muitos a conhecem por causa da canção "This Time I´ll Be Sweeter" (regravação de Linda Lewis em 1976, que virou trilha sonora da primeira versão da novela da Rede Globo, Anjo Mau, com Suzana Vieira no papel principal). Há razão para a lembrança, visto que na voz de Angela Bofill, acompanhada de excelente arranjo, destacando os teclados, a composição ficou muito bonita, recomendável para qualquer casal apaixonado colocar como trilha sonora em seus quartos.
Aos 57 anos, Angela enfrenta  dureza na estrada do show-biz. Antes na década de 1980 gravou dueto ao lado de Johnny Mathis no hit "You´re a Special Part of Me". Já o álbum Teaser (1983) chegou ao top das paradas de sucesso dos Estados Unidos. A música "I´m On Your Side" marcou forte presença no Top 10 R&B.
 Sua primeira casa foi a Arista Records, antes de assinar com a Capital e trabalhar com o produtor Norman Connors no disco Intuition (1988), seu último grande sucesso, pois nos oito anos seguintes lançou três álbuns de qualidade duvidosa. Nesta época trabalhou como backing vocal de outros artistas, como o Eternity, lançado por Norman em 2000. Longe dos estúdios, aproveitou para realizar turnês pelos Estados Unidos e Europa em shows de Jazz.
 Mas a carga pesada de trabalho resultou num AVC em 2006, paralisando o lado esquerdo do corpo. Para pagar as despesas médicas, amigos realizaram show beneficente, com apoio de uma rádio FM de Nova York. O restante do dinheiro, a Fundação Rhythm And Blues completou. Mas no ano seguinte, ela enfrentou outro AVC e atualmente está afastada das turnês e estúdios. Seu último CD Live From Manila foi gravado num show nas Filipinas, em 2004 e lançado em 2006.

 





Regina Belle: a voz de veludo do Gospel e da Soul Music

A bela e sensual voz de Regina Belle cativam os amantes da boa música. Ela circula com desenvoltura pelo Jazz, Soul e recentemente pelo Gospel. Aliás, ela cresceu cantando Gospel e Soul ao mesmo tempo e tocando diversos instrumentos. Para refinar o talento foi estudar Jazz e Opera na Universidade de Rutgers. A oportunidade de ouro veio quando a apresentaram aos Manhattans e fez uma turnê com o grupo, além de dueto com Geraldo Alston no álbum Where Did We Go Wrong, em 1986. O ótimo resultado obtido pela música, produzida pelo soulman Bobby Womack, e seu desempenho chamaram a atenção do público e das gravadoras.
Não demorou para gravar seu primeiro disco-solo, All By Myself, em 1987. As paradas de sucesso acabaram conhecendo a voz sensual no hit "Show Me The Way". Dois anos depois o álbum Stay Me the Way estourou com a faixa "Baby Come to Me", apesar de parecer um pouco com Anita Backer, mas de produção refinada e boas letras.
A bela voz de Regina Belle chegou ao auge em 1990 com o disco Make It Like It Was, cuja balada linda resultou em mais sucesso. Ao longo dessa década, ela tornou-se parceira de Peabo Bryson, principalmente nos hit s "Without You" e "A Whole New World" e com Kool & The Gang, na canção "All I Want is Forever".
Voltou a sentir o gosto doce do sucesso só em 1998 ao entrar na MCA Records, num disco bem elogiado pela crítica. Todos perceberam que sua voz amadureceu. Quatro anos depois já estava na Peak Records. Ali gravou excelente disco e destacou-se pelo belo dueto com Glenn Jones, na canção "From Now On".
Em julho de 2004 lançou o CD Belle, mesclando Jazz e Soul, com produção de George Duke. Foi outro teste para sua carreira. Passou na prova, especialmente na bela interpretação no estilo capella, sob acompanhamento apenas de piano Rhodes, de da balada "For the Love of You" (aliás essa música também ajudou Whitney Houston chegar ao sucesso na década de 1980). No ano de 2008 gravou o primeiro CD de Gospel, onde mostrou sua versatilidade na arte de cantar. É maravilho ouvi-la cantar "I Just Want to Be Lonelly (sucesso da década de 70 com a banda Blue Magic), mas desta vez em ritmo de Soul.




sábado, 24 de março de 2012

Ashanti: quando a sensualidade ajuda fazer sucesso

Ashanti é conhecida como  a Princesa do Hip Hop e R&B. Já vendeu 7 milhões de CDs nos Estados Unidos e 15 milhões no restante do mundo. Na trilha de outras cantoras norte-americanas, a beleza e o corpo escultural servem de isca para atrair novos fãs.
Nascida em 1980, além de cantar, também compõe, produz seus CDs, é atriz (quando sobra tempo), trabalhou de modelo (como Whitney Houston) e ganhou pernas bonitas como dançarina.
Conheceu o gosto doce da fama no início dos anos 2000. Dai para frente pisou firme no acelerador gravando seu primeiro CD Ashanti, cujo o hit "Foolish" vendeu mais de meio milhão de cópias na primeira semana de lançamento nos Estados Unidos. Nesse mesmo período ocupou, de forma inédita, os dois primeiros lugares na parada de singles Billboard Hot 100 com "Foolish" e "What´s Luv" (dueto com Fat Joe). Quebrou os recordes novamente por colocar três canções Top Ten na Billboard Hot 100. Nesta façanha, ela perdeu apenas para os Bealtles.
Para completar a cobertura do bolo do sucesso, compôs e cantou, como backing vocal, o hit "AIn´t It Funny" interpretada por Jennifer Lopez, que também estava no Top 10 das paradas dos Estados Unidos.
Caso seja bem orientada e não caia nas mãos de empresários sacanas e gravadoras interessadas apenas em aumentar os cifrões no cofre, pode ir bem longe, até quando a beleza começar ceder aos avanços da velhice. Ai vai tentar enganar com voz recheada de recursos técnicos existentes em todos os estúdios.



sexta-feira, 23 de março de 2012

Eric Benet e a velha Soul Music da década de 70

Eric Benet já sentiu o sabor de ganhar o Grammy, sonho de muitos cantores. Nascido em Milwaukee, Wisconsin, desde criança adorava música, herança do pai, fã dos clássicos.
Aos 14 anos, em 1980, entrou no Grupo Top 40, depois formou com a irmã Lisa e o primo George Nash Jr.,a banda Benet, lançando um álbum independente, que vendeu 70 mil cópias em 1992.
Mas sua carreira sofreu interrupções
por diversas tragédias pessoais. O pai morreu de câncer e a namorada, mãe de sua filha, morreu em decorrência de ferimentos causados num acidente de carro.
Não segurou a barra e entrou em depressão. Passou a produzir gravações demo para outros artistas.
Só em 1994 assinou contrato com a Warner Bros Records, gravando o primeiro álbum solo True to Myself in Fall. Estouraram nas paradas "Spiritual Thang" e "Let´s Stay Together".  Em 1999 lançou o CD A Day in the Life, com destaque para a faixa "Georgy Porgy", mas o grande sucesso foi "Spend My Life With You". Ganhou Disco de Ouro e indicado ao Grammy 2000 de Melhor Performance R&B. O CD também ganhou um Soul Train Award de Melhor Álbum de R&B e Soul.
Em alta gravou  uma faixa para a Earth Wind & Fogo no CD de 30º aniversário da banda. Participou do CD de caridade para ajudar as vítima do furacão Katrina, Heart of America, ao lado de Michael McDonald, Wynonna JUdd e Terry Dexter. Emprestou seus vocais em álbuns de George Duke,  Chris Botti, Jeff  Lorber e James Boney.
Mas cantar ainda era pouco para ele. Em 2001 estreou no cinema ao lado de Mariah Carey no filme Glitter, também teve destaque no roteiro do show da MTV, Kaya (2007), onde interpretou um produtor musical.
Há seis, o CD Hurricane recebeu elogios da crítica, mas foi o CD Love&Life (2008) a estourar nas paradas, para em 2010 soltar Lost in Time, num disco cheio de homenagens de amor à Soul Music da década de 1970.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Avant: o diamante de Cleveland







Cleveland, em Ohio, é a cidade natal de Avant, ali aprendeu admirar as mulheres que teriam grande importância em sua vida: irmãs e mãe.
Aprendeu que se pode amar alguém, sem esperar algo em troca. A mãe que o incentivou a seguir na carreira de cantor, quando percebeu seu talento em clássicos do R&B de Smokey Robinson, Supremes e Marvin Gaye.
Em 1998b surgiu a primeira oportunidade de ouro, ao lançar o primeiro single: "Separated". A música estourou na programação das rádios e o ajudou a entrar na gravadora já extinta, Magic Music Johnson. Logo lançou o álbum My Thoughts, vendendo mais de 1 milhão de cópias, atraindo vários fãs. Dai para frente o caminho ficou fácil, após gravar os CDs Ecstasy, Private Room e Director. Com eles ganhou Disco de Ouro e Platina.
 

Bashiri Asad carrega o estilo de grandes vocalistas do Soul e Blues

Quem teve o privilégio de curtir o som de Donny Hathaway (parceiro de Roberta Flack em inúmeros sucessos na década de 1970), Stevie Wonder, Sam Cooke (da inesquecível "You Send Me", que desbancou Elvis Presley nas paradas de sucesso de 1957) e Otis Redding, perceberá que Bashiri Asad carrega um pouquinho de cada um deles no seu estilo de cantar, apesar de ele definir o modo de interpretar canções como Soul Indy.
Para não fazer feio nas apresentações, Bashiri treinou muito canto clássico. Como gosta de cantar, uniu a força do talento com a paixão e o resultado o público já conhece.  Em todo show, os fãs ficam eletrizado quando sua banda começa a tocar os primeiros acordes dos principais hits de sucesso dele. Foi assim que teve início a caminhada, quando dava os primeiros passo em Circle City. Parece que a caminhada será longa, principalmente caso continue beber nas fontes do Soul e Blues, que tanto sucesso fizeram nas décadas de 50, 60, 70 e 80. Como a banda Isley Brothers, cujo seu timbre de voz lembra muito os vocalistas desta nitroglicerina que tantas canções famosas ficaram gravadas em nossos corações.

terça-feira, 20 de março de 2012

Ice Cube: a fera do Gangsta RAP

Sem vacilar, Ice Cube (O´Shea Jackson) é um dos grandes nomes do RAP norte-americano, principalmente por causa de suas letras violentas, algumas com fortes críticas ao governo. Algo parecido com as canções dos Racionais MC´s. Além de cantor, é diretor e produtor musical. Um de seus filmes famosos no Brasil foi Os Donos da Rua, da década de 90, retratando a periferia de Los Angeles, tão barra pesada quanto a Baixada Fluminense no Rio de Janeiro ou Jardim Ângela, Zona Sul de São Paulo, nos anos 80.
Ex-integrante do grupo N.W.A, desde o começo de 2000 apostou mais no cinema, deixando as composições de cunho violento de lado. Ice Cube é precursor do Gangsta RAP. O gosto pelos microfones surgiu aos 15 anos, quando passou a escrever enquanto estudava teclado na escola. Para sua sorte, na mesma sala estava o rapper Candyman. Juntou-se ao colega Sir Jinx e formou o grupo C.I.A e passaram a cantar em festas organizadas por Dr.Dre. Ele já tinha contato com as gravadoras. O potencial de Ice Cube foi percebido, logo Dre dividiu com ele letra do hit "Cabbage Patch", depois produziram um disco, lançado pela Epic Records em 1986. Não fizeram sucesso. Ice Cube mostrou a Eazy-E, colega de Dr. Dre, a letra da canção "Boys-in-the Hood". Eazy gravou o hit no álbum N.W.A. and the Posse. Após o lançamento do disco, Cube vai estudar desenho arquitetônico na cidade de Phoenix. Mas volta em 1988, antes do lançamento do álbum Straight Outta Compton, pois havia perdido o lugar na banda. Nesta época, Dre descobre o lado produtor de Cube e o violento com o hit "Fuck The Police". Ambos receberam advertência do FBI para baixar um pouco a bola. Em 1989 saiu do N.W.A. acusando seu empresário de ladrão.
No início da década de 1990 começa carreira-solo, com o álbum AmeriKKKa´s Most Wanted, um dos clássicos do Gangsta RAP, numa parceria com técnicos de produção do Public Enemy. O disco aumentou a popularidade do RAP, apesar de Cube ser acusado de misoginia e racismo. Mesmo assim vendeu 1 milhão de cópias e ganhou Disco de Platina em 1991.
 Na carona do sucesso, Cube contrata a rapper Yo-Yo para administrar sua empresa e ajudou produzir seu disco de estreia Make Way for the Motherlode, além de dar uma força ao seu primo Del the Funky Homosapien. No embalo grava Kill at Will, com sete músicas e ganha Disco de Ouro e Platina.
O álbum AmeriKKKa´s Most  Wanted aborda a questão racial nos Estados Unidos, contando a história de um jovem negro sobrevivendo no gueto, drogas, violência, repressão do estado e a rotineira brutalidade da polícia, como ocorre, também, na periferia do Brasil. Um lado disco, Ice Cube classifica de Lado da Vida e o outro de Lado da Morte. As letras incentivaram depredação de lojas de bebidas de propriedade de orientais, cujos donos Cube acusa de racistas. Resultado: em 1992 várias lojas foram queimadas numa série de distúrbios em Los Angeles. Odisco vendeu mais de 1 milhão de cópias e eleito o oitavo melhor álbum de Hip Hop de todos os tempos pela MTV. Em 1992 lança o álbum The Predator, grande sucesso comercial, sendo o seu primeiro lugar na Billboard 200, vendendo mais de 2 milhões de cópias, além de explodir nas paradas Pop e R&B. As faixas de maior destaque foram "Wicked", "It Was a Good Day" e "Check Yo Self".
 No ano seguinte sua marcha reduziu, ao gravar Lethal Injection, disco não bem recebido pela crítica, mas vendeu o suficiente para ganhar Disco de Platina. Colocou nas paradas as canções "You Know How We Do It" e "Bop Gun (One Nation)".
Depois de 1994 deu um tempo com a música e passou a trabalhar em produções de cinema e na carreira de artistas como Mack 10, Mr.Short Khop, Kausion e Da Lench Mod. Após quatro anos, lançou a primeira parte do projeto War&Peace, feito em parceria com Mr.Short Khop. O destaque ficou para as canções "Pushin´Weight" e " Fuck Dying". A conclusão ocorreu em 2000, com o hit "Hello". O CD ganhou Disco de Platina e de Ouro. Em 2006, Cube grava o CD Laugh Now, Cry Later pela sua própria gravadora, a Lench Mob. Vendeu 144 mil cópias na primeira semana e estourou nas paradas, além de ganhar Disco de Ouro. Em 2010 gravou I am the West, seu nono disco. Nele colocou produtores do porte de DJ Quick, Dr.Dre, E-A. Ski e Sir Jinx. Assim como Mano Brown no Brasil, Ice Cube continua polêmico nos Estados Unidos, marcando forte presença na mídia, mas tecendo comentários coerentes, mostrando que não é um rebelde sem causa.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Teodross Avery é tão bom quanto Jr., Walker

O som do sax de Teodross Avery é conhecido. Já gravou ao lado de Amy Winehouse, James Leela, Roy Ayers, Mos Def, Lauryn Hill, Shakira, Matchbox Twenty, Joss Stone, Talib Kweli, Hargrove Roy e muitos outros. Como músico, Teodross é um dos mais experientes saxofonistas da black music atual.
Sua presença de palco é impressionante. Não segura apenas o instrumento, mas incendeia a apresentação de quem estiver acompanhando. É fácil conferir assistindo programas como American Idol, TRL da MTV, The Ellen Degeneres Show, The Morning Show CBS, quando explodiu tudo ao lado de Shakira, VH1, The Essence Awards, Saturday Night Live, MTV Awards, Billboard Music Awards, Soul Train, Source Awards.
Teodross não é um curioso, tem mestrado em Música pela Escola Steinhardt da Universidade de Nova York e bacharel pelo conceituado Berklee College of Music. Enfim, faz a black music ficar mais  brilhante com o sopro do seu saxofone, como fazia Jr. Walker nas décadas de 1960, 1970 e 1980.