Banda Raça Negra 30 anos depois, de branco o saxofonista Irupê |
A sorte do conjunto formado pelo vocalista
Luiz Carlos, líder do grupo, foi ter encontrado o pianista Júlio Vicente e o
saxofonista Irupê, que na década de 60 tocou na banda de rock The Jordans. A
dupla se responsabilizou pelos arranjos dos primeiros discos da Raça Negra.
Um
hit que se transformou em grande sucesso nos bailes na primeira metade dos anos
de 1990 é o samba rock “Quero ver você chorar”. A introdução com saxofone,
percussão leve, deixando sobressair o som do pandeiro e a batida compassada do
surdo e o violão aparecendo de leve, invadiu os ouvidos de futuros fãs. Era
samba, mas com outra forma. Não lembrava o ritmo do Rio de Janeiro, lento, nem
o do Bahia, bem agitado.
Este molho, lapidado e desenvolvido pela dupla
de arranjadores Irupê e Júlio Vicente, se transformou em grandes vendagens de
disco. Outro diferencial do Raça Negra eram as letras compostas por Gabu, que
tocou pandeiro no grupo até 1997. Ele tinha a sacada de escrever canções
relacionadas à rotina de casais, principalmente de quem frequentava bailes e
rodas de samba. Tinha romantismo, sem cair na breguice.
Não demorou em o grupo emplacar vários
sucessos nas paradas como: “Cigana”, “Doce Paixão”, Cheia de Manias”, “Caroline”,
“Que Pena”, “Era Diferente”. O álbum de 1992 trouxe a regravação de “É o Amor”,
da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, “Pensando em Você”. O terceiro
disco veio com “Estou Mal”, “Doce Paixão” e “Tempo Perdido”. A música que
estourou primeiro nas rádios foi o hit “Pro dia Nascer Feliz”, de Cazuza. Essa
canção levou o Raça Negra a participar de uma campanha nacional sobre os
perigos da Aids.
Banda Raça Negra em 1993; acima à esquerda o músico Edson Café, hoje morador de rua em São Paulo |
No disco de 1993, um dos destaques foi o hit “Estrela
Guia”, autoria do diretor da gravadora RGE, Antonio Carlos de Carvalho e do
cantor Peninha, compositor de canções românticas, estilo MPB. Outras músicas
fizeram a cabeça dos fãs, como “Jeito de Ser”, “Doce Daixão”, “Ciúme de você”,
que fez muito sucesso na época da Jovem Guarda com Roberto Carlos e “Quando te
encontrei”.
Embalados como carro de Fórmula 1, com a
canção “É Tarde Demais”, do álbum de 1995, entraram no Guinness Book, o livro
dos recordes. Foi a música mais tocada num único dia no mundo. Ela teve 600 execuções
durante 24 horas. A fama ajudou reunir 1,5 milhão de pessoas num único show
para o Dia dos Trabalhadores em São Paulo, segundo maior recorde de público no
Brasil, apenas atrás de Rod Stewart no réveillon de 1994 em Copacabana, Rio de
Janeiro. Nos Estados Unidos levou 700 mil pessoas numa praça, outro recorde de
público internacional. Em 30 anos de carreira a banda Raça Negra gravou mais de
18 discos e vendeu 33 milhões de cópias.
Da formação original que gravou o primeiro
álbum em 1991 (Luiz Carlos, Fininho, Paulinho, Fena, Fernando, Gabu), saíram o
baixista Paulinho, o pandeirista Gabu e Edson Café. Este último sofreu um AVC
em 1994, mas continuou no grupo até 2005, quando deixou a música. Atualmente
vive como morador de ruas em São Paulo.
Edson Café, atualmente é mendigo nas ruas de São Paulo |
o Gabhu sobrevive do legado q deixou no raça ele nunca conseguiu sobressair fora da banda o Paulinho ta mandando bem a voz ta boa as canções bem escolhidas o café perdeu feio era pra estar ao lado do fena e Paulinho na turma do raça o Luiz Carlos tomou o raça negra pra si achando q seu filho teria porte pra segurar a banda mais quebrou a cara eu tinha todas as fitas cassetes do 1 ao 9 todos os cd pra mim ninguém era mais fã q eu hje gosto das q eram de todos fora isso não tem raça negra.
ResponderExcluirFico triste pelas poucas informações sobre o julio vicente,na minha humilde opinião o poder dele sobre as teclas foi o grande diferencial naquele tempo, era fera nos teclados.
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