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#BMW - Morre #QuincyJones, o gênio da produção de grandes discos

Luís Alberto Alves/Hourpress

sábado, 20 de agosto de 2011

Billie Holiday: uma das maiores cantoras do mundo

Billie Holiday foi uma das maiores cantoras de Jazz de todos os tempos.
Filha de mãe adolescente, com 13 anos; o seu talento veio do pai Clarence Holiday, músico de Jazz de sucesso na cidade Baltimore, Maryland, Estados Unidos. Aos cinco anos, conheceu o amargo da separação dos pais. Sua mãe passa a deixá-la aos cuidados de outras pessoas. Por faltar muito à escola, aos 10 anos, em 1925 é encaminhada à Casa do Bom Pastor, entidade que cuidava de crianças negras vindas de famílias conturbadas. Com 14 anos retornou ao local, pois havia sofrido abusos sexuais em casa. Antes virou faxineira de prostíbulos.
Para superar os traumas, encontrou refúgio na música. Passou a cantar canções de Bessie Smith e Louis Armstrong. No final da década de 1920, aos 15 anos sua mãe a obrigou prostituir-se no bairro do Harlem, em Nova York. Perto do início de 1930 passou a cantar em night clubs, quando em busca de emprego entrou no local para o cargo de dançarina. O dinheiro era para evitar o despejo dela e da mãe. Nessa época adota o nome artístico de Billie Holiday, deixando em segundo o plano o de batismo: Eleanor Fagan Gouch.
Com 18 anos, em 1933, é descoberta por John Hammond. Ele é peça importante para a gravação de um single com o clarinetista Benny Goodman. Sai seu primeiro trabalho comercial "Your Mother´s Son-in-Law" (http://youtu.be/u7UqVomYQZY). No ano seguinte coloca nas paradas o hit "Riffin".
Por ter uma voz onde é visível o tom de melancolia, passou a gravar com o pianista de Jazz, Teddy Wilson. A partir de 1935 grava diversas músicas: "What a Little Moonlight Can Do" (http://youtu.be/ldwDvw99HHs) e "Miss Brow To You" (http://youtu.be/jTnoIDRxEbc). Ao participar do filme Symphony in Black, ao lado de Duke Ellington, vira amiga do saxofonista Lester Young. Em 1937 entra para a orquestra de Count Basie.
Depois trabalhou com Artie Shaw e sua orquestra, sendo a primeira cantora negra a fazer parte de um conjunto de brancos nos Estados Unidos no final da década de 1930. A partir de 1940 conhece o sucesso, mas para superar a tristeza, passa a beber e consumir drogas, inclusive heroína, responsável por sua morte em 17 de julho de 1959, aos 44 anos, num quarto de hotel. Seus principais sucessos são: " Stormy Blues" (http://youtu.be/_t1xnnrUkGU), de 1954; " Our Love is Diferent"(http://youtu.be/BgsxLDL9nA8), de 1939; "Now or Never"(http://youtu.be/-DYG5MpNros), de 1949. Além da gravação da clássica "Summertime" (http://youtu.be/h5ddqniqxFM). Curiosidade: Janis Joplin, fã declarada de Billie Holiday, também morreu de overdose de heroína num quarto de hotel, em 1970. Ambas carregavam na voz a melancolia típica das excelentes cantoras de Blues.
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Smokey Robinson: o cartão de visitas da Motown



O encontro de de Smokey Robinson com Berry Gordy, fundador da lendária Motown Records, mudou para sempre sua vida. Ele já tinha um conjunto chamado The Miracles. Como Robinson é hábil em compor músicas, a Motown matou dois coelhos usando a mesma paulada. Gordy o ensinou a manter suas rimas inteligentes no tempo máximo de 3 minutos, padrão usado em todas as composições da gravadora.
Durante o começo da década de 1960, Smokey Robinson virou máquina produtora de hits de sucesso para The Temptations, Marvin Gaye, The Supremes, Stevie Wonder entre outros. De 1962 a 1966, ele escreveu "My Girl" (http://youtu.be/NG2qd8SXCQc), "Ooh Baby, Baby" (http://youtu.be/uThnUmWRCCs), autêntica balada para tocar em bailes e dançar de rosto colado. O vocal, no formato de capella, ajuda derreter qualquer coração apaixonado. Também teve "The Way You Do The Things You Do" e "My Guy" (http://youtu.be/TR4eAhBXKdc). A voz em falsete junto com seus olhos verdes transformaram-se em fortes atrativos às mulheres, principalmente as jovens. Ao lado do grupo The Miracles, Smokey Robinson virou frequentador assíduo das paradas de sucesso nos Estados Unidos. O hit "The Track of My Tears"(http://youtu.be/ZuDIiw2CLS4), de 1965, depois regravado por Johnny Rivers no ano seguinte, é a mostra do talento dessa verdadeira fábrica de canções inesquecíveis.
Em 1972, Smokey Robinson separou-se dos Miracles para carreira-solo. Nesse período, lançou diversos álbuns, mas conquistando poucos êxitos. Antes do final da década de 1970, em 1978, voltou às paradas com o hit "Cruisin" (http://youtu.be/ifhe6GQsxUo). No Brasil, a música entrou na trilha sonora da novela O Astro e ganhou, também, os salões de bailes.
Quando todos imaginavam que ele estava na lona estirado, "Crusin" serviu de energético para retomar a velha estrada do sucesso. Seu estilo de baladas românticas iria dominar a noite de black music na década de 1980, além de impusionar carreiras de artistas como Anita Baker e Luther Vandros.
Aliás, em 1983, ao lado de Rick James estourou com a canção "Ebony Eyes" (http://youtu.be/fd1CALKdQTM)
, o dueto de Smokey Robinson e Rick James e a ótima produção carimbaram a chancela de música inesquecível a este hit. Depois emendou com "Just To See Her" (http://youtu.be/g5bvjUrVObk); no Brasil ela ganhou a versão "Mais Uma Vez" na voz do grupo Placa Luminosa.
Dai para frente, continuou gravando até 1987, quando o vício na cocaína quebrou o seu ritmo. A venda da Motown Records o levou a trocar de casa com o selo SBK, em 1991.
No ano de 2004, grava seu primeiro álbum cantando Gospel. O hit "Jesus Told Me To Love You" (http://youtu.be/ckzIUI0w29Y) foi o destaque do disco, onde uma faixa descreve a conversão do apóstolo Paulo, a caminho da cidade de Damasco, quando ouviu pela primeira vez a voz de Jesus Cristo. Em 2009 comemorou os 50 anos de criação da Motown Records. Nas rápidas canjas, mostrou que continua com o mesmo falsete cativante desde o início da década de 1960.



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Etta James continua grande dama do Blues

Aos cinco anos de idade, em 1943, Etta James era um prodígio. Cantava Gospel tanto no coro da igreja Batista quanto nas rádios. Ao completar 12 anos mudou-se para San Francisco, onde formou um trio e começou trabalhar com Johnny Otis. Com 16, em 1954, foi para Los Angeles gravar "Wallflower" na banda de Otis. Até ai ela usava o nome de batismo: Jamesetta Hawkins. Logo tornou-se Etta James, o seu nome invertido.
Para acompanhá-la surgiu o grupo vocal The Peaches. Em 1955 lança "Good Rockin´Daddy" (http://youtu.be/DDwKeEzy72Q).
Cinco anos depois assinou com a Chess Records, de Chicago, e sua carreira começa decolar.
Faz dueto ao lado de seu namorado, Harvey Fuqua, e gravam a balada "All I Could Do Was Cry" (http://youtu.be/7GhDw-QWT5o), "At Last" (http://youtu.be/ADDigK8LwyE) e "Trust in Me" (http://youtu.be/5lxE1s8zpBg). Por essas três músicas, os fãs do Gospel e Blues poderiam esperar vida longa para Etta James. Outro sucesso inesquecível é "Stormy
Wheater" (http://youtu.be/KgdJjvWIlJg ), autêntico blues, que ficou famoso no Brasil quando apareceu como trilha de um comercial de cerveja no início dos anos 2000. Afinal tinha 22 anos. Mostra do seu talento cantando louvores a Deus é com "Oh Happy Day" (http://youtu.be/oma9nsPimqI).
Nessa trilha ela emendou "Something´s Got a Hold on Me", de 1962, e "In The Basement"
(http://youtu.be/HfPJUtwhgYE), uma dançante Soul Music, revelando o seu talento fora das baladas.
No início da década de 1970, o vício em heroína quase destruiu sua carreira. Visto que precisou ser internada em clínicas de desintoxicação e longo tratamento para abandonar a droga. Em 1973 recebeu indicação ao Grammy. No ano de 1977 entrou na Warner Bros Records. De cara limpa, apareceu na cerimônia de abertura das Olímpiadas de 1984, em Los Angeles.
Seus discos posteriores receberam elogios da crítica, incluindo o álbum Blue Gardenia que alcançou o topo das paradas de Jazz da Billboard. Em 1993 entrou para o Hall da fama do rock.
Há oito anos ganhou o Grammy de melhor álbum de blues contemporâneo. Em 2004 repetiu o feito com Blues To The Bone, no quesito melhor álbum tradicional de blues. Dois anos depois lançou o disco All The Way, cantando canções de Prince, Marvin Gaye e James Brown.
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Jimmy Helms vira líder da New Londonbeat

Em 1963, com 19 anos, Jimmy Helms lançou seu primeiro disco, com o hit "Ragtime Girl". Depois, em 1969, grava "If You Let Me". Não o ajudaram profissionalmente, mas contribuiram para mantê-lo na dura estrada da carreira musical. Três anos depois assina contrato com a Fly Records e grava "Love So Long".
No entanto ele só se tornaria intímo das paradas de sucesso com o hit " Gonna Make You An Offer You Can´t Refuse" (http://youtu.be/B6N5z2KKFlk), de 1973. A canção virou flash back e colou em Helms, como ocorre com "Flor de Liz", de Djavan.
Depois gravou " I´II Take Good Care of You" e "Jack Horner´s Holiday", mas não repetiu o mesmo êxito. Em 1977, sob a produção do maestro Biddu, lançou o álbum Black Joy, destacando a faixa "Romeo and Juliet" (http://youtu.be/B6N5z2KKFlk) em ritmo Disco Music.
Onze depois compôs trilha sonora do filme Water. Nesse período dedicou-se a trabalhar como músico de estúdio. Na década de 1990 passou a cantar jingles em rádios da Grã-Bretanha. Em seguinda formou a banda Londonbeat, composta por George Chandler (ex-The Olympic Runner), Jimmy Chambers e William Henshall. Estouraram na Holanda com o hit "I´ve Been Thinking About You" (http://youtu.be/Eq6tW6792ss). Canção típica para as pistas de dança. O mesmo ocorreu com "A Better Love" (http://youtu.be/STATIKgATvk).
Em 2003, a banda foi rebatizada como New LondonBeat com as entradas de Kayne Myles e Goldschmitz Marc. Passaram a fazer parte da gravadora alemã Coconut e lançaram o álbum Back in The Hi-Life. Jimmy Helms percebeu que sozinho não era possível mais fazer sucesso, optou por criar uma banda e deixar o romantismo de lado. Por enquanto deu certo.

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Os estilistas das canções românticas

Os Stylistics é a marca registrada das baladas em ritmo de Soul Music. A parceria com o compositor Thom Bell (era pianista clássico) rendeu ao grupo diversos sucessos na década de 1970 e milhões de discos vendidos em todo o mundo. É o caso de "You Make Me Fell Brand New" (http://youtu.be/qyD5tAGBP9U). O hit foi um estouro, inclusive no Brasil, onde o grupo se apresentou no Centro de Convenções do Anhembi, em 1974, na esteira de 10 milhões de cópias vendidas em todo o mundo.
Além de bons arranjos, preparados com mestria por Van McCoy e ótima produção da dupla Hugo & Luigi, o vocal dos Stylistics é primoroso. Nos discos é visível a voz em falsete de Russel Thompkins Jr. Em "You Make Me Fell Brand New" ele faz a segunda voz após a introdução das primeiras estrofes.
No álbum, gravado em 1974, as três primeiras faixas do lado 1 seduziram os ouvidos dos eternos românticos. "Let´s Put It All Together" (http://youtu.be/Ly2fZAKhlUo). A introdução de piano e suaves strings, aliados ao excelente vocal, foram a razão de tornar imortalizada esse hit na programação das boas rádios FMs.
A música que abre o disco, "We Can Make It Happen Again" (http://youtu.be/cNLwgas8-so) é outra massagem para os ouvidos. Visto que o maestro Van McCoy sabia fazer arranjos leves, baseados em teclados, com infinitos strings, e solos sutis de guitarra. A bateria soava, sempre, bem leve. Não descia a mão, como ocorria nos conjuntos do cast da Motown ou Stax Records.
Como emplacaram diversos hits nas paradas, os Stylistics deram-se ao luxo de fazer turnês escoradas em cima de seus flash backs. É o caso de " Maybe It´s Because You´re Lonely" (http://youtu.be/KWugm-lpBZU), faixa do álbum Fabulous de 1976, quando o grupo ainda tinha cinco integrantes. O mesmo se repete com " Because I Love Girl" (http://youtu.be/yEq1qfS0J1c), outra Soul Music romântica.
Uma das estratégias dos Stylistics, em mais de 40 anos de estrada, foi não mudar a maneira de cantar. Resistiram aos modismos das décadas de 1970, 1980, 1990 e 2000. Adotaram a máxima de que em time vitorioso não se mexe. Há 10 anos Thompkis Jr., saiu e entrou em seu lugar Eban Brown, de falsete mais espesso, porém sem a sensibilidade de Thompkis Jr. A tônica é a mesma: letras falando do amor entre um casal, recheado de bons arranjos de teclados, strings e bateria bem mansa. Barulho passa longe dos Stylistics.

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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Rose Royce é o exemplo de cantora cometa

Rose Royce é o exemplo de cantora cometa: rápido surgiu e velozmente desapareceu. Seu auge foi entre 1977 e 1979, quando estourou com diversos hits nas paradas de sucesso dos Estados Unidos. O combustível era o ex-compositor da Motown Records, Norman Whitfield.
Ele ajudou a montar a banda de apoio, com o vocalista e trompetista Kenny Copeland, o baterista Henry Garner, outro trompetista Freddie Dunn e o saxofonista Michael Moore.
Em 1977, Whitfield aumentou o grupo para nove membros, com a entrada de outro vocalista, Gwen Dickey. Logo eles gravaram um hit que entrou na trilha sonora do filme Car Wash (http://youtu.be/O1J9ofYW3LI). A música, bem dançante, chegou aos primeiros lugares das paradas nos Estados Unidos.
O problema é que Rose Royce e seus meninos ficaram indecisos entre fazer um som dançante para tocar em bailes ou cantar hits para emplacar nas rádios e programas de televisão.
Nem a balada " I Wanna Get Next To You" (http://youtu.be/5EO1nfSCKrU), composta por Whitfield melhorou a situação.
No ano de 1978, ela ainda conseguiu colocar nas paradas e bailes o hit " Love Don´t Live Here Anymore" (http://youtu.be/V5gFAiPJhvI). Em 1979, as brigas internas entre os integrantes da banda e Rose Royce provocaram o fim de sua carreira. Para complicar, Whitfield não tinha mais tempo disponível para compor material e manter o conjunto funcionando. Dickey deixou a carreira artística. Rose enfrentou diversos problemas pessoais nas décadas de 1980 e 1990. Em 2003, na companhia de Dunn, Copeland e Garner lançaram o álbum Live in Hollywood. Não perceberam que o trem do sucesso já tinha partido da estação, os esquecendo na plataforma.
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

As boas baladas de Al Hudson & The Soul Partners

Al Hudson & The Soul Partners, na década de 1970, cantaram canções de amor que ficaram marcadas para sempre no coração dos apaixonados. Quem ainda se lembra do hit " Lost Inside of You" (http://youtu.be/w88p3xq5KsI), totalmente apoiada no bom e excelente piano Rhodes. A bateria marcando bem de leve, com o contrabaixo pulsando levemente. O vocal do grupo também é uma verdadeira aula de cantar R&B (blues de rua). O tecladista Jonathan Meadowns dá um verdadeiro show de como se deve tocar teclados.
Outro destaque é o vocal comandado por Al Hudson. O hit serviu de inspiração ao velho Tim Maia relembrar sua passagem pelos Estados Unidos de 1960 a 1965, pois ele incorporou este estilo de tocar e cantar em suas baladas. Mas o estoque de boas músicas prossegue. Eles gravaram "Baby, Let me Love You" (http://youtu.be/WkfLZhctTPY), por volta de 1978. A balada entrou no circuito da maioria dos bailes que ocorriam em São Paulo, feitos pelas equipes Chic Show, Zimbabwe, Black Mad, Sideral, Os Carlos "O Som para Dançar". Novamente, o arranjo é baseado nos teclados, cheios de strings, e vocal deixando o coração dos apaixonados em polvorosa.
Antes, em 1977, Al Hudson & The Soul Partiners gravaram "Feelings" (http://youtu.be/1gXnz15A-84). Colocaram o mesmo molho de blues na composição de Morris Albert. Juntaram a fome com a vontade de comer. O arranjo no estilo black music deu outra roupagem ao hit, regravado por inúmeros cantores. Essa pegada durou até 1979, quando a gravadora ABC foi comprada pela MCA Records. Em nova casa, a banda passou a chamar-se One Way featuring Al Hudson. Juntos foram os guitarristas Dave Roberson e Cortez Harris, o baixista Kevin McCord, o baterista Green Gregory, o tecladista Jonathan Meadows, além do líder do grupo, Al Hudson. A eles se juntaram a vocalista Alicia Meyers.
Na MCA Records ficaram de 1980 a 1988. Em 1982 emplacaram o funk "Cutie Pie" (http://youtu.be/c24g4xZhHXQ). A música fez bastante sucesso nos bailes, pois não deixava ninguém parado. Dessa vez, a espinha dorsal é marcação forte de contrabaixo, bateria eletrônica e muito sintetizador, herança da Disco Music. Os ótimos arranjos vocais da década de 1970 ficaram para trás. Às vezes acertavam a mão, como em "Lady you Are" (http://youtu.be/eaJqFGL6DuM), outra balada escorada nos bons vocais de Alicia Meyers e Al Hudson, mas os teclados de Jonathan Meadows ficaram em segundo plano. Em 1989 trocaram a MCA pela Capitol Records. Pelo visto, a fonte de boas músicas ficou restrita às décadas de 1970 e 1980.

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Carlos Dafé é uma das raízes da soul music brasileira

A música já estava no DNA de Carlos Dafé desde quando se encontrava na barriga de sua mãe. Ela era poetisa e o pai multi-instrumentista. Aos 12 anos, em 1959, era aluno da academia de música. Depois aprendeu tocar piano e contrabaixo. Ao contrário de outras crianças, seus brinquedos estavam ligados ao seu futuro como cantor: gaita, violão e cavaquinho.
No subúrbio carioca da Penha, Rio de Janeiro, participou de diversos conjuntos. Fã de grupos de chorinho, aos 10 anos já participava desse estilo de música instrumental. Influência do seu pai, que tocava bandolim, cavaquinho e acordeon. Mais tarde trabalhou em orquestras.
Mesmo na Marinha, onde prestou serviço militar, o seu lado musical prevalecia. Nesse período conheceu o Caribe e Estados Unidos. Aproveitou para ouvir e trazer material de Jazz.
No início da década de 1970, com 24 anos, começou ter contatos com feras do porte de Oberdan Magalhães (fundador da Banda Black Rio), Paulo Moura, Dom Salvador (muito reverenciado nos Estados Unidos pela sua qualidade como músico) e Grupo Abolição. Em 1972 consegue gravar seu primeiro disco, com apoio de Ivan Lins e Roberto Menescal.
A qualidade do trabalho chamou a atenção de Tim Maia. Nessa época surge a oportunidade de tocar piano na banda do Síndico. Logo vieram convites para acompanhar Elza Soares, Nora Ney (a primeira cantora a gravar uma canção de rock roll no Brasil na década de 1950). Depois conhece Liza Minelli e Michael Jackson, quando ainda fazia parte dos Jackson Five.

Em 1975 era muito forte a influência da Soul Music no Brasil. Ou seja, ouvia-se mais o ritmo norte-americano nos bailes do que samba ou MPB. Foi este o pulo do gato de Carlos Dafé ao gravar, em 1977, seu álbum Dafé "Pra que vou recordar". O disco veio recheado de baladas no estilo Soul . Estourou nos bailes e em vendas. Logo começou se apresentar no ginásio do Palmeiras, com a equipe Chic Show reunindo 20 mil pessoas nas festas. No Rio de Janeiro ocorria o mesmo com a Soul Grand Prix. As baladas " A Cruz" (http://youtu.be/f3Hvt8RiPE0) e "Pra Que Vou Recordar o Que Chorei (http://youtu.be/E9khKwmA-E4) logo se transformaram em sucesso, mesmo sem tocar muito nas rádios. Os arranjos de teclados e cordas eram bem no estilo dos cantores norte-americanos. Tinham qualidade.
No ano de 1978 veio outro mega-sucesso: " Venha Matar a Saudade" (http://youtu.be/aMYnWB1l5S8). O disco vendeu igual pipoca na porta de cinema. Antes do fim da década de 1970, Carlos Dafé emplacou " Tudo Era Lindo" (http://youtu.be/aMYnWB1l5S8), composição com excelente arranjo de teclados e novamente a gostosa batida da Soul Music.
Nas décadas de 1980 e 1990, as gravadoras deixaram de apostar no talento de Carlos Dafé, optando pela febre do pagode descartável e do Axé Music, vindo da Bahia.
Mesmo fora do circuito comercial, Carlos Dafé continua em atividade, fiel às raízes da soul music, na mesma trilha de Tim Maia, Cassiano, Gérson King Combo e Banda Black Rio.
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

A dinamite chamada Brenda Lee

Brenda Lee tem menos de 1 metro e meio de altura, mas no palco tem a potência de uma dinamite. Quando começa a cantar, o público esquece o seu tamanho e não consegue ficar mais parado. Quem não se lembra do hit "Jambalaya" (http://youtu.be/aOIvOEF268I), autêntica bomba incendiária musical? Aos 12 anos, em 1957, gravou a canção "Dynamite" ( http://youtu.be/zmm2u85BwXo). Desde criança já tinha voz potente. Além do mais, pegou o nascimento do rock roll. O talento de Brenda Lee começou ser notado aos dois de idade, quando a menina conseguia assobiar as canções que ouvia no rádio.
A partir dos 5 anos de idade, a fama de garota prodígio chamou a atenção de todos. Aos 6 anos ganhou um concurso de canto e como prêmio se apresentou num programa de rádio da cidade. Aos domingos cantava louvores na igreja Batista de Atlanta, onde morava com sua família.
Com 10 anos de idade, em 1953, perdeu seu pai. Sustentava a mãe e os três irmãos se apresentado em programas de rádios e televisão. Tempos depois a família mudou-se para Cincinatti, Estado de Ohio. Ali, o seu padrasto divulgou o seu trabalho nas emissoras locais de rádio e televisão. Numa de suas apresentações, ela conheceu o produtor artístico Sammy Barton. Apostou no potencial da menina e mudou seu nome de Brenda Tarpley para Brenda Lee.
O teste de fogo veio em 1955, quando ganhou US$ 30 para aparecer num programa da rádio Swainsboro para ver o DJ Red Foley. Ele foi convencido a ouvi-la. Quando Brenda Lee cantou "Jambalaya", ficou impressionado com a potência da voz de uma menina tão pequena. Em março de 1955, aos 10 anos, a dinamite do rock estreou no programa TV ABC Ozark Jubilee. Em 30 de julho de 1956 assinou contrato com a Deca Records e lançou um compacto simples (disco com duas músicas). No lado A estava "Jambalaya" e no B, "Bigelow 6-200". No ano seguinte veio " On Step at a Time" (http://youtu.be/8vMoLvkll2g). E quando seu estilo começa ser definido como Pop e Country. Visto que o rock é a mistura de blues e country music.
De 1958 a 1965, gravou inúmeros sucessos: "Sweet Nothin´s" (http://youtu.be/KWgyum5fjJc), "I Wanna Be Wanted"(http://youtu.be/ch5lZZGKd0E), balada com grandes pitadas de blues; "All Alone Am I"(http://youtu.be/40moEkSDxlc) e "Everybody Loves me But You", outra canção lenta, onde country revela a importância do blues. No ano de 1960, Brenda Lee grava " I´m Sorry" (http://youtu.be/HEMjeYPfqSg). Ganha seu primeiro disco de ouro e o hit é indicado ao Grammy. A canção a define como o som de Nashville, a terra da country music nos Estados Unidos. A orquestra de cordas e o vocal de apoio transformou "I´m Sorry" num dos maiores sucessos de Brenda Lee.
Numa turnê à Inglaterra, em 1960, a abertura do seu show ocorreu com um conjunto ainda desconhecido na época: eram os meninos de Liverpool batizados de Beatles. Por incrível que pareça, o reconhecimento de cantora pop foi primeiro na Grã-Bretanha e depois nos Estados Unidos.
Nas décadas de 1970 e 1980 ela continuou a gravar e chegar às paradas de sucesso. Como em 1985, com o hit " Hallelujah I Love Her So", de 1956, mas gravado num dueto ao lado de George Jones. Atualmente, Brenda Lee vive em Nashville ao lado do esposo, duas filhas e três netos. Em 2008, a National Academy of Recording Arts and Sciences deu-lhe o prêmio Lifetime Achievement Grammy.

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domingo, 14 de agosto de 2011

Roberta Flack: fonte de inspiração para várias cantoras

Das décadas de 1970 a 1990, Roberta Flack serviu de inspiração para gerações de cantoras que gostam de bom gosto musical. Ela soube, com sabedoria, mesclar Gospel, Soul e Folk em letras falando de amor. O talento para essa nobre arte aflorou desde criança, quando aprendeu tocar piano no grupo de louvor da igreja onde congregava com sua família. Espelhou-se na grande cantora de Gospel, Mahalia Jackson.
Aos 15 anos foi aceita na Howard University com bolsa para estudar música. Ali conheceu seu futuro parceiro, Donny Hathaway. O pianista de Jazz, Les McCann ao ouvi-la cantando, a trouxe para a Atlantic Records em 1969.
Com 40 anos colocou o pé na estrada da carreira de cantora. First Take foi seu álbum de estreia, onde combinou Soul, Jazz e Folk. Não decepcionou, mas também não explodiu nas paradas. Em 1972, ela gravou a balada "The First Time Ever I Saw Your Face" (http://youtu.be/hOFrGbuUqnQ). O hit entrou na trilha sonora de um filme de Clint Eastwood. Logo chegou aos primeiros lugares. Nesse período, Roberta já tinha lançado três álbuns, incluindo Chapter Two e Quiet Fire.
Além do disco de duetos com Donny Hathaway. Este último tornou-se favorito nas programações das rádios, com a música "Where is The Love"(http://youtu.be/6Sl-MHhEJxI) e " You´ve Got a Friend"(http://youtu.be/ZRDYYFyAYVg). Nesse mesmo disco outra balada estourou: "Come ye Disconsolate".
Em 1973 ela grava o disco Killing me Softly. A canção que batizou o álbum "Killing me Softly With His Song" ( http://youtu.be/LQ2t5e7stVM), originalmente um reggae se transformou numa linda e inesquecível balada. Foi o segundo álbum mais vendido nos Estados Unidos, e 20 anos depois o grupo The Fugees repetiu o mesmo ao cantar a mesma composição. Até 1977, Roberta Flack pausou sua agenda de turnês. Nesse ano ela grava, ao lado de Donny Hathaway, o hit "The Closer I Get To You" (http://youtu.be/egx1cI7yCbA). Atinge os primeiros lugares e faz muito sucesso nos bailes. Vira trilha sonora de amor de diversos casais. Para colocar mais lenha na fogueira, um comercial de cigarros coloca o hit como fundo musical. Até hoje, quando Roberto Flack vem ao Brasil, não pode terminar sua apresentação sem cantá-la. Anos depois, Luther Vandross e Beyonce a regravaram.
Dois anos depois ela voltou a trabalhar em outro álbum de duetos com Hathaway, mas não pode conclui-lo, pois ele suicidou-se. Em 1980, lançou o disco Roberta Flack featuring Donny Hathaway, nele incluídas duas letras que havia feito junto com Hathaway: "Only Heaven Cant Wait" e "Stevie Wonder´s You are My Heaven".
Até 1990, ela gravou vários discos ao lado de Peabo Bryson. Conseguiram emplacar os hits " Tonight I Celebrate My Love" (http://youtu.be/2dbcFLz0R64), " You´re Looking Like Love To Me" e o disco "Maybe". Em 1994 lançou outro álbum; trê anos depois gravou dois discos na época de Natal.
Descansou até 2003, quando a Rhino Records lançou de The Very Best of Roberta Flack, incluindo todos os seus grandes sucessos. Prossegue trabalhando, além de colaborar com um grupo de advocacia que cuida dos direitos de artistas e suas obras.
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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A pérola negra britânica Linda Lewis

Linda Lewis é bela interpréte, além de boa guitarrista. Tudo começou aos 14 anos, em 1964, quando conheceu o bluesman John Lee Hooker num clube de Londres. Ousada, cantou junto com ele "Dancing in The Streets". Hooker a apresentou a Ian Samuel que incumbiu Don Arden para gerenciar sua carreira. Gravou o single " You Turned My Bitter Into Sweet" (http://youtu.be/D1vfgE1MEJ4). Em 1970 substituiu Marsha Hunt na banda de rock The Ferris Wheel. Em setembro desse mesmo ano, oito dias após o seu aniversário, Linda Lewis vai ao Festival de Glastonbury e conquista o primeiro lugar. Ali encontra com Ian Rafini, da Warner Bros Records. É convidada a assinar um contrato e sua carreira toma impulso.
Em 1973, aos 22 anos, estourou nas paradas de sucesso da Europa com o hit " Rock a Doodle Do" (http://youtu.be/Xlvck6i7Zcs), deixando para trás aquela impressão de mais um rostinho bonito no mundo da música. Em seguida estourou com "Sideway Shuffle"(http://youtu.be/TMq4F4aTNE8), funk com batidas de canções africanas. Apesar de 23 anos, a voz de menina de Linda Lewis cativa o público europeu. Em 1975, ela grava "Not a Little Girl Anymore" (http://youtu.be/qZJWxITBrRU). A balada faz sucesso nos bailes, inclusive por causa da interpretação de Linda. Quem ouve, imagina que é uma menina de 15 anos que está cantando. O bom arranjo de backing vocal aliado aos arpejos de teclados completam essa obra-prima. Em 1976, o Brasil conheceria o seu maior sucesso. O hit " This Time I´ll Be Sweeter" ( http://youtu.be/yNjFTU101gU) fez parte da trilha sonora da novela Anjo Mau, na sua primeira versão com Suzana Vieira no papel principal. Até hoje toca nos programas de flash back das boas rádios FMs e bailes de qualidade. Com 26 anos, Linda Lewis parecia o piloto de Fórmula-1 no primeiro lugar, voando a 350 km/h em busca do título. Na década de 1980 trabalhou de backing vocal para David Bowie, Cat Stevens, Steve Harley, Rick Wakeman, Rod Stewart e Jamiroquai. Com forte influência de Billie Holiday e Smokey Robinson; Linda Lewis consegue transitar facilmente pela Soul Music, Funk e Folk. Isto é bem vísivel no hit "My Love is Here to Stay " (http://youtu.be/nEos2ccRYzo), onde o ritmo lembra um pouco o mega-sucesso "How Sweet it Is", um dos grandes sucesso de Marvin Gaye na década de 1960. Nos anos de 1990, ela mudou-se para Los Angeles. Em 1995, o hit " Second Nature" estourou no Japão. O sucesso a levou em 1996 a uma turnê por aquele país. Em 2002, a Warner Bros lançou coletânea com os 30 anos do seu trabalho. Em 2003, a BMG Records solta no mercado o álbum The Best of Linda Lewis. No ano de 2005, compôs a canção "Old Smokey" (http://youtu.be/_ohCjQKU4Hc), também gravada pelo rapper Common. O hit chegou ao primeiro lugar das paradas dos Estados Unidos. Ela continua fazendo shows. Apesar de estar com 60 anos, ainda carrega o timbre de voz de menina.

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Se Ritchie Valens não tivesse morrido?

Se Ritchie Valens não tivesse morrido aos 17 anos, num acidente de avião, quais mudanças teriam ocorrido no rock? Na segunda metade da década de 1950 só existiam feras no mundo da música. Vejam com quem ele rivalizava: Elvis Presley, Chuck Berry (ensinou o guitarrista dos Stones, Keith Richards, a tocar), Buddy Holly (em quem os Beatles e Stones se espelharam para formar suas bandas), Little Richard, Bill Haley e seus Cometas, Fat Domino, Bobby Darin e Sam Cooke, sem citar os inúmeros grupos musicais que pegaram carona no surgimento do rock no início da década de 1950.
Em 1957 formou sua primeira banda, com dois negros, um americano descendente de mexicanos e outro de origem japonesa. Logo foi descoberto pelo produtor Bob Keane (o mesmo que apostou nos talentos de Sam Cooke e Barry White). Gravou um compacto simples (disco com apenas duas músicas) com o hit "Come on Let´s Go" (http://youtu.be/ozr-EItKGu8).
No ano seguinte, apaixonado por sua colega de escola Donna Ludwig, compõe a balada "Donna" (http://youtu.be/HMcHbh6HBDk). Ela chegou ao segundo lugar das paradas de sucesso dos Estados Unidos . Tudo isso com apenas 17 anos. De garoto pobre, morador numa favela da periferia de Los Angeles, Ritchie Valens virou pop star.
Numa viagem ao México resolveu homenagear sua raíz natal e grava em ritmo de rock, a canção folclórica "La Bamba" (http://youtu.be/74C_gVCT2wU). O hit estoura e a carreira de Valens toma ritmo alucinante. Para cumprir agenda de shows passa a viajar por todo o país. Pois precisa se apresentar em diversos locais numa mesma noite.
E o pior iria acontecer quando na noite do sábado de 3 de fevereiro de 1959, após show na cidade de Clear Lake, no Estado de Iowa, ele embarcou num pequeno avião monomotor. Debaixo de forte tempestade de neve, a aeronave explodiu numa plantação de milho, minutos após a decolagem. Com Valens morreram também o cantor Buddy Holly, o DJ Big Bopper, além do piloto. A música de Valens"We Belong Together" (http://youtu.be/AzgSFJEsg1I), com o vídeo do acidente, mostra o encontro dos restos do avião, destroçado no meio da neve. Aquele dia ficou conhecido como o "Dia em que o Rock Morreu".
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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A máquina de cantar chamada Harold Melvin and The Blue Notes

Harold Melvin and The Blue Notes é considerado um grupo fora de série na arte de cantar, principalmente nas décadas de 1950 e 1960. Quando descobriu Teddy Pendergrass, no final dos anos de 1960, a fome uniu-se à vontade de comer. De início entrou como backing vocal, depois adentrou à equipe dos vocalistas, quando o grupo integrou o time da Philadelphia International Records, pelo feeling dos produtores Kenny Gamble e Leon Huff.
Em 1972, eles estouram com o hit "I Miss You" (http://youtu.be/Ey2JUUrBFs8). A introdução do excelente piano Rhodes, aliada ao vocal, e letra muito bonita, virou composição eterna na vida dos grandes amantes.
Depois gravaram "If You Don´t Know Me By Now" (http://youtu.be/xFKy7fVVyyM) . Com esses dois hits, Teddy Pendergrass torna-se uma das estrelas brilhantes da Soul Music na década de 1970.
No ano de 1973, outro sucesso emplaca nas paradas: " The Love Lost" (http://youtu.be/qDNfN_t-DuQ). Outra vez a introdução de piano, salpicada de solos de guitarra e vocal inesquecível carimbaram a música na galeria da eternidade. A letra é bonita, pois fala da dor de perder o grande amor. Vendeu mais de 1 milhão de cópias e sua batida já anunciava a chegada da Disco Music.
Em 1975 gravaram "Wake Up Everybody" (http://youtu.be/uyAuATJXc14) e "Bad Luck". No ano seguinte, Teddy Pendergrass saiu do grupo para seguir carreira-solo e Harold Melvin and The Blue Notes vão para a MCA Records. Tentaram repetir na nova casa, a mesma pegada da Philadelphia International Records, mas o novo vocalista David Ebo não era páreo para Pendergrass.
Na década de 1980, veio o disco Blues. O fracasso do álbum provocou reestruturação do conjunto: com Melvin, Rufus Thorn, Spratley Bill, Dwight Johnson e Gil Saunders. O time durou quase uma década. Em 1997 morre Harold Melvin aos 57 anos. Sob o nome Blue Notes Harold Melvin, o conjunto prossegue em atividade.
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A sensibilidade do saxofone de Junior Walker

Junior Walker, na década de 1960, provou que era um dos grandes talentos da Motown Records. Ele e sua banda All Stars, apoiado no som de seu saxofone, colocou diversos hits nas paradas de sucessos, além de deixar sua marca em diversos bailes. Acabou, também, influenciando várias gerações de músicos que tocavam funk (o legítimo dos Estados Unidos).
Foi em Michigan, onde mudou-se ainda criança, que Junior Walker acabou descoberto pelo lendário cantor e produtor Harvey Fuqua. Na Motown, apoiado pelo trio All Stars (Tony Washington, Willie Woods e Victor Thomas) estourou em 1965 com "Shotgun" (http://youtu.be/YnhI_ECOAK4). A música ocupou o quinto lugar das paradas de sucesso.
Em seguida incendiou as rádios e programas de televisão com " I´m a Road Runner" ( http://youtu.be/7Ek1UslvFps) , "How Sweet it Is" ( http://youtu.be/b35kP8MvV4U ) foi o hit em 1964 que ajudou Junior Walker conquistar diversos fãs. Essa música acabou regravada por diversos cantores, entre eles Marvin Gaye, James Taylor, Cissy Houston (mãe de Whitney Houston) , "Shake and Fingerpop" (http://youtu.be/gTNf7QvkNa4) e "Gotta Hold on To This Feelings".
Em 1969 gravou o maior sucesso de sua carreira, nos Estados Unidos e Brasil: "What Does It Take (To Win Your Love)" (http://youtu.be/wzPQe8JYJns) , regravado mais tarde por Kenny G. A balada virou disco obrigatório nas mãos dos bons DJs nas décadas de 1970 e 80. Fazia o arder o fogo da paixão numa festa. Em 1977 estourou nos bailes de black music brasileiros com o hit "Fell Like Makin´Love (http://youtu.be/feJdZk6r-Ac). Aliás, essa música entrou na coletânea Verão 77 da rádio Difusora Jet Music.
No ano de 1981, após algum tempo longe das paradas de sucesso, Junior Walker é convidado pelo grupo de rock Foreigner, para colocar um solo de saxofone na faixa "Jumpy". Na improvisação, ele surpreendeu os rapazes. Criando um dos mais lindos solo de sax em uma canção de rock. O hit emplacou, rendendo a Junior Walker a gravação, em 1983, do álbum Blow Down The House. Com a carreira ganhando fôlego novamente, fez várias turnês no restante da década de 1980. Iria mais longe, porém o câncer o matou em 1995.
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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Linda Clifford, a miss que virou cantora


Linda Clifford é uma cantora talentosa. Apesar de alguns críticos a rotularem de diva da Disco Music no final da década de 1970. Quando criança, ela cantava em programas de televisão em Nova York. Na adolescência apaixonou-se pelo Jazz, logo formando o trio Linda e The
Tradewinds. Aos 20 anos, trocou o Jazz pelo R&B (blues de rua) e, em 1973, assinou contrato com Paramount Records. Antes aos 18 anos foi miss Nova York. Seu primeiro hit "Long Long Winter" não estourou nas paradas, mas mostrou ao mercado que uma nova cantora estava na área.
Pouco tempo depois foi para a gravadora de Curtis Mayfield. De cara explodiu nas pistas de danças com hit "Runway Love" (
http://youtu.be/pKEUuF_PdNM), faixa do álbum The Curtom Anthology. O backing vocal tinha a beleza e o charme das Jones Girls, tudo proporcional ao talento de Linda Clifford. O sucesso lhe rendeu indicação ao American Music Awards.
No seu terceiro disco, em 1981, as paradas norte-americanas conheceram o hit "Red Light" (http://youtu.be/ZGTS4-9QaO8), funk com batida de Disco Music e bom arranjo de teclados; a receita ideal para se dançar. Nesse disco também entrou "Let Me be Your Woman" (http://youtu.be/t839fhkXgGs), hit do seu primeiro disco no selo de Curtis Mayfield. Uma balada que ajudou muitos a encontrar seu par nos bailes.
Para mostrar aos críticos, que não estava brincando, fez um dueto com o soulman Isaac Hayes no hit "Shoot your Best Shot" . Depois lançou outro álbum, cantando ao lado de Curtis Mayfield. Com a redução da febre da Disco Music, a estrela de Linda Clifford perdeu um pouco de brilho.
Casada, mãe de um casal de filhos, e apaixonada pelo esposo Nick Coconato; gravou um disco com baladas e funk music. Destacando-se "You Keep on Loving You", "
Only The Angels Know"(http://youtu.be/YnvWrywNTck) e "All Need a Man" (http://youtu.be/nvrr60vM-oE). Apesar de diversos hits na sua carreira, nos bailes do Brasil, Linda Clifford é lembrada pelo R&B "Please Darling Don´t Say Goodbye" (http://youtu.be/q124GOv5uH0).
Hit que é autêntica dor de cotovelo, justificando o nome da música em português: "Por favor querido, não diga adeus". A longa introdução do backing vocal, strings, batida maneira da bateria e poucos acordes de guitarra resultaram numa balada que entrou para vida de diversos casais. Longa, com mais de 6 minutos, era fórmula ideal para não deixar ninguém voltar sozinho para casa.
Na década de 1990, Linda Clifford dedicou-se mais a família, inclusive levando os filhos à escola. Deixou a carreira musical em segundo plano. Para manter a renda, gravou jingles para diversas empresas, desde fast food a montadoras de automóveis. Aproveitou o ócio, para compor diversas canções.
Neste século 21, ela retornou à estrada, trazendo hits para dançar, destacando-se "
Changin" ( http://youtu.be/m6qWrbBoX4M) e " Philly Groove" (http://youtu.be/NX1gQVOYdDU). Com os filhos crescidos, Linda Clifford tem o projeto de regravar num álbum seus maiores sucessos, desde o início da carreira. E, claro, manter os pés na estrada.


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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A nitroglicerina chamada Booker T & The MGs

Uma gravadora que não conte com excelentes músicos de estúdio, é igual carro sem câmbio. Não sairá do lugar. Na década de 1960, a Stax Records, de Memphis, Sul dos Estados Unidos, rivalizava em pé de igualdade com a Motown. Visto que essa tinha os Funk Brothers, conjunto responsável pela "cozinha" em todos os discos produzidos por Barry Gordy.
O detalhe curioso da Booker T & The MGs, a banda de estúdio da Stax, é que ela foi uma das primeiras a aplicar a integração racial no conjunto. O guitarrista Steve Cropper e o baixista Donald "Duck" Dunn eram brancos, enquanto o baterista Al Jackson e o pianista Booker T. Jones eram negros.
Os anos 60 foram intensos na questão dos direitos civis dos negros nos Estados Unidos. Até 1962, a segregação racial obrigava negros a dar lugar a passageiros brancos no transporte coletivo, beber água em locais separados tanto em empresas quanto em estabelecimentos públicos. Também não podiam votar nem serem votados. No mundo da música, eram proibidos de trabalhar para artistas brancos. Esse é o gol de placa da política racial da Stax, ao formar uma banda "integrada".
O guitarrista Steve Cropper é o responsável pelo arranjo do hit "The Dock of The Bay" (http://youtu.be/wzrXc68gNjQ), gravado por Otis Redding, poucos dias antes de sua morte num acidente aéreo em 1967. Na década de 1960, a banda Booker T & The MGs fez sucesso com "Green Unions" (http://youtu.be/U-7QSMyz5rg). O ponto forte do conjunto era música instrumental, como é possível perceber no hit "Green Unions", além de ótima pegada na bateria e casamento perfeito entre guitarra e contrabaixo. O teclado, nas mãos de Booker T, fazia o molho ficar mais gostoso, sem agredir os ouvidos. O nome da banda teve como inspiração o modelo de carro fabricado pela montadora Triumph Motor Company.
Na clássica "Summertime" (http://youtu.be/4i7U1Uhq69A), imortalizada na voz de Janis Joplin, é magistral sua interpretação, principalmente no órgão, onde Booker T dá uma verdadeira aula de como se toca blues. A guitarra de Steve Cropper é outro tiro de canhão na arte de se passear pelas cordas desse instrumento. O contrabaixo de Donald "Duck" Dunn anda levemente, testemunhando o duelo entre órgão e guitarra. Outro destaque é Eleanor Rigby (http://youtu.be/toOTTq5ksBQ). O mesmo talento é aplicado nessa música gravada originalmente pelos Beatles.
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Placa Luminosa: uma das melhores bandas de baile de formatura

Quem já assistiu uma apresentação da banda Placa Luminosa é unânime em concordar com o som de primeira da rapaziada. Mesclam soul, funk (o legítimo dos Estados Unidos) e R&B. Lembram o estilo da Earth, Wind & Fire da década de 1970, quando seu fundador e líder do grupo, Maurice White, ainda estava na ativa.
Algumas pessoas imaginam que a Placa Luminosa, por ficar fora do circuito comercial, esteja na pindura. Engano. É um dos grupos mais requisitados para tocar em bailes de formatura de faculdades e universidades. É onde o talento prevalece, pois precisam tocar durante cinco horas, sem intervalo, apresentando todos os tipos de ritmos, além de hits de sucessos atuais. Tudo igual ao original.
Com mais de 30 anos de estrada, o conjunto surgiu na cidade satélite de Taguatinga em Brasília inspirada no nome de uma música, composta por Clodô Ferreira, que seria inscrita num festival universitário da canção, na primeira metade da década de 1970. Logo, o Distrito Federal ficou pequeno para o talento dos meninos da Placa Luminosa. Chegam em São Paulo, o horizonte se expande. Começam a aparecer em programas de televisão, como na TV Tupi, em 1976, interpretando um grande sucesso de Stevie Wonder, na voz de Jessé, um dos fundadores do conjunto. O balanço é inconfundível (http://youtu.be/6MhaWSnrKog). Ali já era visível que a Placa Luminosa iria permanecer no mundo da música, onde muitos passam igual cometa.
Na década de 1980, eles gravam "Mais uma Vez" (http://youtu.be/et54F886cFM), versão de um hit de Smokey Robinson. Estouraram nas paradas. Nessa época deixaram o circuito de baile de formatura para atuar no circuito comercial. É quando fizeram shows para a comunidade brasileira nos Estados Unidos, principalmente em Michigan. Lá, foram elogiados pela qualidade do som e vocal. E desta fase os bailes no ginásio do Palmeiras, promovido pela equipe Chic Show. Colecionaram diversos hits de sucesso, como "Fica Comigo" (http://youtu.be/et54F886cFM), que fez parte da trilha sonora da novela Top Model, da Globo, em 1989. Ego (
http://youtu.be/gToE6iN72pA) é outra composição bela do grupo, com introdução do velho e bom piano Rhodes, marca registrada dos Isley Brothers. "Faz de Conta" (http://youtu.be/YyE7JZ14CTI) revela o lado funk (o genuíno dos Estados Unidos) da banda. Não fica nada a dever aos grupos norte-americanos. Inclusive na mesma pegada rítmica. Outro destaque é "Pensando Nela" (http://youtu.be/6d4oXrmuF64), hit gravado originalmente por Dom Beto em 1978. O que era belo, ficou mais lindo ainda. Inclusive por causa dos arranjos de teclados. Mesmo após tanto anos de estrada, a voz do vocalista Luizão continua impecável, assim como os riffs de guitarra do seu irmão Ribah. Esse é o motivo, no inicio dos anos 80, para Tim Maia fazer algumas apresentações, com a Placa Luminosa no lugar da inesquecível Banda Vitória Régia.
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Ed Lincoln, o rei dos teclados no Brasil


Ed Lincoln é um grande instrumentista, cantor e compositor. Na década de 1960 conseguia rivalizar com os Beatles e demais conjuntos nas paradas de sucesso. Suas mãos faziam proezas nos teclados. Sob sua batuta, no final dos anos de 1950, um jovem violonista começou a tocar no seu grupo. Mais tarde o seu talento foi reconhecido mundo afora. Baden Powell era o seu nome. Outro diamante da MPB começou a ser lapidado por Ed Lincoln. Um ótimo crooner. No final da década de 1970, ele chegou ao grande público e permanece até hoje. Seu nome? Emílio Santiago.
A carreira de Ed Lincoln iniciou-se aos 19 anos, quando veio para o Rio de Janeiro em 1951 e passou a trabalhar na boate Plaza tocando contrabaixo e piano ao lado de feras como Luiz Eça e Johnny Alf, um dos pais da Bossa Nova. Quatro anos depois formou sua banda. Em 1961 gravou os discos Ao Teu Ouvido e Ed Lincoln Boate, nesse segundo inclui o hit "Saudade Fez um Samba", de Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli. Dois depois lançou o disco Ed Lincoln - Seu Piano e Órgão Espetacular. Do álbum constavam as músicas "Só Danço Samba", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes; "Influência do Jazz", de Carlos Lyra; "Vamos Balançar", de Carlos Imperial; "Balansamba", autoria de Luiz Bandeira; "Pra Que?", de Silvio César, entre outros hits.
Durante a década de 1960, Ed Lincoln foi considerado o rei dos bailes. Visto que seu conjunto literalmente colocava fogo nas pistas de danças. Quem curte samba-rock vai se lembrar do hit "Meu Querido Amor" (http://youtu.be/5eJXOOcMERI), de 1966. De letra simples, mas com bom arranjo, destacando o órgão que Ed Lincoln sabe tocar de forma magistral. Outra composição inesquecível é o "O Ganso" (http://youtu.be/0MmYIOUYVX0), da segunda metade da década de 1960. Novamente, é visível o molho que Ed Lincoln consegue colocar numa música, até considerada infantil. Mas nas mãos de um grande profissional torna-se obra-prima.
Outra nitroglicerina é o hit "Blues Walk" (http://youtu.be/SPMNJvwROLM). Instrumental, mas cheia de molho, com lindo solo de metal. Esse hit fez muito sucesso nos bailes de salão, principalmente nas periferias de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o estilo samba-rock predominou. Em 1968 lançou "Catedral" (http://youtu.be/5Zfc6kC41E4). Outro hit que entrou para a galeria de seus grandes sucessos. Com arranjo bem leve, recheada de strings, é um samba bem no estilo Bossa Nova.
Para avaliar o feeling musical de Ed Lincoln, pelo seu conjunto passaram feras como Toni Tornado, Silvio César, Orlandivo, Marcio Montarroyos (o nosso Kenny G), o papa da bateria Wilson das Neves entre outros.
Até 1971, Ed Lincoln lançou disco e trabalhava tocando em bailes. A partir daí passou a gravar jingles e trilhas sonoras. Dedicou-se à música eletrônica, sendo um dos primeiros a usar este tipo de tecnologia na produção de álbuns, o que fez em 1989, quando lançou o disco Novo Toque, com regravação de antigos sucessos.
Em 2000 participou do CD de Ed Motta, na faixa "Conversa Mole". Como ocorreu com a Banda Black Rio, de 2002 em diante as músicas instrumentais de Ed Lincoln estouraram nas pistas de danças da Inglaterra, algumas delas pirateadas.Após problemas de saúde, Ed Lincoln retornou ao pique em 2007, tocando órgão Hammond (que teve em Jimmy Smith excelente divulgador) no samba " Sem Compromisso", de Geraldo Pereira e Nelson Trigueiro.
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sexta-feira, 29 de julho de 2011

As baladas maravilhosas de Ray, Goodman & Brown

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Grande presença de palco, além de ótimo vocal. Eram as marcas registradas do trio Ray, Goodman & Brown na década de 1970. Eles surgiram como grupo de soul  da gravadora Moments. Com esse nome chegaram às paradas de sucesso com o hit “Love On a Two Way Street”.
Logo emplacaram outras músicas. Entre elas “If I Didn´t Care”, “Gotta Find a Way”, “Sexy Mama”, “Look At Me (I´m in Love)”. Ao final dos anos de 1970,  a proprietária da gravadora, Sylvia Robinson, dona do nome “Moments”, passou a demonstrar desinteresse pelo trabalho dos três rapazes.
Eles assinam contrato com o selo Polydor e o grupo passa a se chamar Ray, Goodman & Brown (combinação dos nomes de Harry Ray , Goodman Brown e Al Billy). Logo estouram nas paradas, em 1979, com o hit “Special Lady”.
Em vez de investir em músicas afinadas com a Disco Music, que estava no auge, o trio centrou fogo em baladas com ricas harmonias musicais e ótimos duetos. Era o que parte dos fãs desejava, já cansados da febre da Disco Music.
Nesse álbum destacavam-se “ Inside of You”, “ Slipped Way” e  “This is The Love Way” . A maioria das pessoas ainda não havia desconfiado que Ray, Goodman & Brown era o grupo Moments, descartado por Sylvia Robinson. Ela teve de amargar o prejuízo, pois o novo trio usava nomes próprios, contra os quais é impossível mover qualquer tipo de ação judicial.
O segundo álbum, intitulado Ray, Goodman & Brown II repetiu a receita do primeiro com dois hits fazendo sucesso: “ Happy Anniversary” e “ My Prayer”, essa última do grupo The Platters.
Em 1981, o terceiro trabalho “Stay” foi classificado pelo mercado como soul music velha. No ano seguinte Harry Ray segue curta carreira-solo no selo de Sylvia Robinson. Ao perceber que voltara às mãos da loba, retornou à companhia de Goodman e Brow.
Seis anos depois, dessa vez na gravadora EMI, lançam outro disco e apostam na balada “ Take It To The Limit”, mas ela não explode nas paradas. Em 1992 morre Harry Ray, substituído por Kevin Owens, tenor talentoso.
Na década de 1990, o trio participou de várias turnês em conjunto com os grupos Stylistics, The Chi-lites entre outros conjuntos de soul music clássica. Nos shows, eles detectam que eram mulheres o público simpático às suas músicas.
Já em 2003, após 15 anos sem gravar outro álbum, lançam dois discos de uma só vez. O primeiro “Intimate Moments”", apesar de boas críticas, não decolou. O segundo “A Moment with Friends” foi mais conceitual, com eles regravando clássicos de conjuntos como Stylistics (“You Are Everything”), “Break Up To Make Up”; Manhattans ( “It Feels So Good To Be Loved So Bad”) e Blue Magic (“Side Show” e “Three Ring Circus”.
A gravação é ótima. Em algumas músicas, eles superam em qualidade as originais. Torna-se coleção imperdível para quem gosta de soul music de qualidade. No final de 2003, Alicia Keys convida Ray, Goodman & Brown para fazer backing vocal no seu álbum “Diary”. Eles se destacam, principalmente no hit “ You Don´t Know My Name”.
Em 2009, o grupo passou a trabalhar num projeto piloto de um programa de rádio chamado Um Minuto com Amigos. Não foi para frente, porque em 2010  Goodman Brown morre de repente. Aos fãs de boa música, ficou a lembrança de outro grande conjunto de soul music.
O primeiro de uma série de sucessos
Ainda com o nome The Moments
Romantismo e bom vocal como grandes qualidades
O hit que estourou nas paradas e bailes do Brasil
Destaque do segundo álbum de Ray, Goodman & Brown

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Jimmy Bo Horne e a adrenalina funk de Miami

Jimmy Bo Horne - Front A Disco Music foi uma mãe para Jimmy Bo Horne. Com o hit “Dance Across The Floor”, em 1978, ele ficou entre os dez mais das paradas de sucesso da Black Music nos Estados Unidos.

Escrita e produzida do Harry Wayne Casey (líder da KC and The Sunshine Band), essa canção frequentou as pistas de danças e a maioria dos bailes, principalmente na periferia das grandes cidades brasileiras.

Nesse mesmo disco tinha outra dinamite sonora: “Let Me (Let Me Be Your Love)”. Em 1979, Jimmy Bo Horne estourou de novo, agora com o hit “You Get Me Hot”, ficando entre as 20 primeiras colocadas das paradas norte-americanas.

O disco não era só funk e soul, bem no estilo da KC and The Sunshine Band. No álbum de 1979, a balada “Close To You” contribuiu para muitos encontrar sua cara metade nos bailes. Com letra bonita e romântica, virou flash back.

No auge do sucesso, Jimmy Bo Horne veio ao Brasil, no começo da década de 1980 ,e lotou o ginásio do Palmeiras. A Banda Black Rio o acompanhou e manteve a mesma adrenalina sonora de suas músicas.

Depois retornou ao Brasil no final de 2010, desta vez trazido pela Musicalia. Cantou seus maiores hits e tocou fogo no público.

Balada que ajudou muitos encontrar sua outra parte
A dinamite funk dos bailes de 1978
Outra nitroglicerina sonora
Em dezembro de 2010, durante show na Casa de Portugal, em SP