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Luís Alberto Alves/Hourpress

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Andy Bey: Outra grande injustiça do Jazz vocal






Andy Bey é outro grande talento do Jazz injustiçado

Luís Alberto Alves

 
Um dos grandes heróis não reconhecidos do jazz cantando, Andy Bey é um intérprete dominante de letras que tem uma vasta gama e uma grande voz, voz rica, completa. Bey reconhece que não é tão famoso como deveria ser.

 Nascido e criado em Newark, New Jersey, conheceu o Jazz na infância e começou a cantar aos oito anos de idade. Num dos shows teve a companhia do sax tenor de Hank Mobley. Aos 13 anos, em 1952, gravou o primeiro disco solo, Mama's Little Boy's Got the Blues e aos 17 formou o grupo Andy & The Bey Sisters com os irmãos Salomé e Geraldine.

 Excursionou 16 meses pela Europa e gravou três álbuns (um para RCA Victor em 1961, e dois para Prestige em 1964 e 1965) antes da separação em 1967. Entre 1960 e 1970 as canções de Bey foram apresentadas por Max Roach, Duke Pearson e Gary Bartz, cujas letras era políticas e críticas à Guerra do Vietnã.

 A década de 1970 rendeu passagem pela Atlantic ao lado do pianista Horace Silver. Seus álbuns eram marcados por canções de auto ajuda metafísica. Na década de 1990 continuou trabalhando até lançar em 1993, pela Columbia Records, o álbum It's Got to Be Funky, com ótimo desempenho nas paradas. O sucesso do àlbum Ballads, Blues & Bey em 1996 o deixou bem como pianista.

 Em 2001 lançou disco fora do mundo do Jazz, num remake de canções de Nick Drake, Milton Nascimento entre outros. Em 2013 acabou indicado ao Grammy pelo CD gravado na Highnote Records.

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